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Controle de Qualidade - Riscos em laboratório

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Controle de Qualidade – Riscos Resumo
De acordo com a NR-9, atualizada pela Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994, estabelece-se, obrigatoriamente, a elaboração e implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA para preservação da saúde e integridade dos trabalhadores, por meio da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. 
Tipos de riscos no ambiente de trabalho: 
· Risco de acidentes: Qualquer fator ou atividade que coloque o trabalhador em situação de perigo, como arranjo físico inadequado, o uso de equipamentos sem proteção, ou trabalho em locais sem a proteção a incêndio ou explosão. 
· Risco ergonômico: Qualquer fator que possa interferir nas características ergonômicas do trabalhador com posturas inadequadas, causando desconforto ou afetando sua saúde, como o levantamento de peso exagerado, o uso de cadeiras ou mesas inapropriadas ao trabalho, posicionamento inadequado do monitor do computador, estresse, jornadas prolongadas, esforço repetitivo que acarretam distúrbios osteomusculares e patologias musculares.
· Risco físico: Exposição a níveis inadequados de ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes e não ionizantes etc. 
· Risco químico: Exposição a substâncias que possam penetrar no organismo por qualquer via (respiratória, pele ou ingestão) e causar intoxicação, dermatites de contato, queimaduras e/ou apresentar potencial carcinogênico.
· Risco Biológico: Exposição a bactérias, fungos, vírus, entre outros patógenos.
O Ministério da Saúde identifica os riscos biológicos de acordo com alguns critérios:
· Natureza do agente biológico: Organismos ou moléculas (vírus, bactérias, archaea, fungos, RNA ou DNA e partículas virais) com potencial ação biológica infecciosa).
· Virulência: É a capacidade patogênica de um agente biológico, medida pelo seu poder de aderir, invadir, multiplicar e disseminar em determinados sítios de infecção e tecidos do hospedeiro. 
· Modo de transmissão: É o percurso feito pelo agente biológico a partir da fonte de exposição até o hospedeiro.
· Estabilidade: É a capacidade de manutenção do potencial infeccioso de um agente biológico no meio ambiente, mesmo que com interferentes como luz solar, calor etc. 
· Concentração: A concentração está relacionada à quantidade de agentes biológicos por unidade de volume. 
· O volume do agente biológico também é importante, pois, na maioria dos casos, quanto maior a concentração, maior o risco. 
· Dose infectante: Consiste no número mínimo de agentes biológicos necessários para causar doença.
· Origem do agente biológico potencialmente patogênico: Humano ou animal e a localização geográfica (áreas endêmicas) e o vetor. 
· Manipulação do agente biológico: A manipulação pode potencializar o risco, como em procedimentos para multiplicação, liofilização e centrifugação ou inoculação experimental em animais.
· Eliminação do agente biológico: O conhecimento das vias de eliminação do agente é importante para a adoção de medidas de contingenciamento, em especial aqueles transmitidos por via respiratória, pode exigir medidas adicionais de contenção. 
· Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes: Profilaxia por vacinação, agentes antimicrobianos, a adoção de medidas sanitárias, controle de vetores e medidas de quarentena em movimentos transfronteiriços.
· Disponibilidade de tratamento eficaz: Tratamento capaz de prover a contenção do agravamento e a cura da doença causada pela exposição ao agente biológico. 
Com base nesses critérios, podemos identificar elementos importantes dentro de um laboratório clínico ou unidade de saúde ou pesquisa, que precisam ser controlados. São eles: 
· Fontes de exposição e reservatórios: Reservatório é a pessoa, animal, objeto ou substância no qual um agente biológico pode estar presente de forma ativa ou latente, mantendo sua viabilidade. 
· Vias de transmissão e de entrada: 
Direta: Transmissão do agente biológico sem a intermediação de veículos ou vetores. 
Indireta: Transmissão do agente biológico por meio de veículos ou vetores. 
· Transmissibilidade, patogenicidade e virulência do agente: Capacidade de transmissão de um agente a um hospedeiro. 
· Persistência do agente biológico no ambiente: É a capacidade de o agente permanecer no ambiente, mantendo a possibilidade de causar doença. (Estabilidade)
 Com base nos conceitos de perigo e risco relacionados ao trabalho com material biológico, a Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS) do Ministério da Saúde, em 2017, atualizou a classificação de risco biológico em quatro classes (BRASIL, 2017):
· Classe de Risco 1 – Baixo risco individual e comunitário: Quando o micro-organismo tem pouca probabilidade de provocar enfermidades humanas ou veterinárias. 
Ex.: Lactobacillus spp. e Bacillus subtilis. 
· Classe de Risco 2 – Risco individual moderado; risco comunitário limitado: A exposição pode provocar infecções, porém, dispõe de medidas profiláticas e terapêuticas eficazes, sendo o risco de propagação limitada. 
Ex.: Schistosoma mansoni (causador da esquistossomose) vírus da rubéola. 
· Classe de Risco 3 – Risco individual elevado; risco comunitário limitado: Pode causar infecções graves em humanos e animais e se propagar de uma pessoa para outra, mas existe profilaxia e tratamento eficazes. 
Ex.: Bacillus anthracis (causador de carbúnculo ou antrax) e Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). 
· Classe de Risco 4 – Alto risco individual e comunitário: Inclui os agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade, em especial por via respiratória ou de transmissão desconhecida, que até o momento não existe tratamento.
 EX: EBOLA.
Considera instalações, equipamentos de segurança e procedimentos e práticas laboratoriais apropriados para cada nível.
São classificados como NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4. 
· Nível de Biossegurança 1 - NB-1: Necessário ao trabalho com os agentes biológicos da Classe de Risco 1; recomenda-se utilização de equipamentos de proteção adequados e observação das Boas Práticas de Laboratório (BPLs). 
· Nível de Biossegurança 2 - NB-2: Exigido para o trabalho com agentes da Classe de Risco 2; são aplicados a laboratórios clínicos e hospitalares, em que, além da adoção das BPLs, faz se necessária a contenção por meio de barreiras físicas primárias (EPIs e cabines de segurança biológica) e secundárias (projeção adequada do laboratório de acordo com normas específicas vigente). 
· Nível de Biossegurança 3 - NB-3: Destinado ao trabalho com micro-organismos da Classe de Risco 3 ou grandes volumes e altas concentrações de agentes da Classe de Risco II; controle rígido de vigilância, inspeção e manutenção; o corpo técnico deve receber treinamento específico sobre biossegurança e manipulação desses micro-organismos.
· Nível de Biossegurança 4 - NB-4: Nível de segurança máxima, para desenvolvimento de trabalhos com agentes da Classe de Risco 4; instalação em áreas isoladas e funcionalmente independentes de outras áreas; requer todas as exigências já citadas, além de procedimentos de segurança especiais.
A NR-32: Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde
Trata da saúde dos profissionais da área de saúde. Sua principal finalidade é estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores envolvidos nos diferentes tipos de serviços de saúde. Na NR-32, são definidos os agentes e ambientes de risco ocupacional em serviços de saúde (tipos de riscos) e as condutas esperadas em um ambiente de laboratório (BPL), já comentados nesta unidade.

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