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Regimes Totalitários
	A Europa foi, com certeza, a região mais atingida pela Primeira Guerra Mundial. Já os Estados Unidos saíram do conflito prestigiados e enriquecidos. Prestigiados porque sua participação foi decisiva para o resultado da guerra. Enriquecidos porque forneceram armas e alimentos a várias nações europeias. Os capitais acumulados durante a guerra e leis estadunidenses que aumentavam os impostos sobre os produtos estrangeiros favoreceram a arrancada dos Estados Unidos nos anos que se seguiram ao conflito.
Os “anos felizes”
	Na década de 1920 a produção industrial estadunidense aumentou 64%. Os Estados Unidos eram, de longe, a maior economia do mundo. Para boa parte da população do país, aqueles tempos foram de prosperidade e otimismo. Por isso, os anos de 1920 ficaram conhecidos como “os anos felizes”. Os altos investimentos em pesquisa científica, o uso de novas fontes de energia e a produção em larga escala ajudam a explicar esse excelente desempenho industrial estadunidense. A confiança nessa prosperidade e a força da propaganda que chegava aos lares através do rádio levaram as pessoas a consumir cada vez mais.
	Nos Estados Unidos, os meios de comunicação de massa da época (rádio e cinema), incentivaram o consumo dizendo que consumir ajudava o país a continuar crescendo. Possuir o último modelo de carro, geladeira, fogão, rádio, aspirador de pó, etc. passou a ser o ideal das famílias estadunidenses. Consumir sempre e cada vez mais passou a constituir o estilo de vida americano (American Way of Life).
	Em 1920 foi criada a primeira estação de rádio dos Estados Unidos.
A Grande Depressão
	A prosperidade dos anos 1920 nos Estados Unidos foi acompanhada de uma febre de investimentos na Bolsa de Valores. As pessoas compravam ações, esperavam algumas semanas e, então, as vendiam com grande lucro. Quem aplicou 100 dólares em março de 1928, em ações da General Eletric (empresa de eletrodomésticos), em setembro do ano seguinte vendeu-as por 300. Atraídos pelo lucro fácil, muitos empresários aumentavam artificialmente os preços das ações de suas empresas na Bolsa. A especulação parecia não ter limites.
A quebra da Bolsa de Nova York
	Com as altas constantes, no final dos anos 1920, o preço das ações já não correspondia à situação real das empresas. Até que em um dado momento, uma grande empresa inglesa faliu provocando a desconfiança dos investidores. Em 24 de outubro de 1929, uma quinta-feira, muitos correram para vender suas ações e descobriram que não havia compradores para elas. Os preços das ações começaram a despencar, o que levou ao Crash (quebra) da Bolsa de Valores de Nova York na semana seguinte. Iniciava-se, assim, a Grande Depressão (1929 – 1933).
Razões da Grande Depressão
	A maioria dos historiadores aponta quatro razões para a Grande Depressão.
a) a concentração de riquezas nas mãos de poucos: Em 1929, as 1.349 maiores empresas dos EUA possuíam juntas uma renda de 7 bilhões de dólares, enquanto a renda de todas as outras mal chegava a 1.700 milhões de dólares.
b) O descompasso entre o crescimento dos salários e o aumento dos lucros. Assim, os ricos foram ficando cada vez mais ricos e o número de pobres aumentava, o que limitava bastante a capacidade de consumo.
c) A concorrência que a Europa passou a fazer aos Estados Unidos no mercado internacional: A partir de 1924, os países europeus começaram a se recuperar e voltaram aproduzir o que antes importavam dos Estados Unidos.
d) A crise agrícola: a prosperidade dos anos 1920 estava ligada à indústria e não à agricultura, que esteve em crise durante toda a década. Com a mecanização e a eletrificação ocorridas no campo, produzia-se muito acima da capacidade de consumo. Assim, os preços dos produtos agrícolas mantinham-se baixos e os agricultores eram obrigados a pedir dinheiro aos bancos.
	Os agricultores passaram a perder suas terras por não ter como pagar as dívidas contraídas com os bancos; os industriais diminuíram a produção e despediram trabalhadores. Sem emprego, as pessoas compravam menos. O governo norte-americano, por sua vez, diminuiu ao máximo suas compras do exterior, cortou os investimentos externos e parou de conceder empréstimos. Com isso, a crise se agravou e atingiu outros países. A crise atingiu sobretudo os mais pobres, contados aos milhões, mesmo durante “os anos felizes”.
O fascismo na Itália
	Uma característica importante do fascismo é o nacionalismo extremado.
	Os fascistas defendiam a necessidade de uma nação forte, unida, sem luta de classes, afim de que a Itália revivesse as glórias do Antigo Império Romano. O líder máximo do fascismo, na Itália, foi o ex-combatente político e jornalista italiano Benito Mussolini.
	Mussolini escreveu: “ O princípio essencial da doutrina fascista é a concepção do Estado. Tudo no Estado, nada fora do Estado. O indivíduo está subordinado às necessidades do Estado, e à medida que a civilização assume formas cada vez mais complexas, a liberdade do indivíduo se restringe cada vez mais. Nós representamos um princípio novo no mundo, representamos a antítese nítida, categórica, definitiva e democrática, da plutocracia (governo de uma minoria rica), da monarquia, dos imortais princípios de 1789”.
“Só a guerra leva ao máximo de tensão todas as energias humanas e marca com um sinal de nobreza os povos que tem a coragem de afrontá-la.”

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