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PETIÇÃO CDC

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AO JUÍZO DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS/SC.
Gabriela, brasileira, solteira, portadora do RG nº 0000000 e CPF nº 000000, endereço eletrônico 0000@hotmail.com, residente e domiciliada à Rua 000, nº 000, Bairro 0000, na cidade de Florianópolis– SC, CEP: 00000, aqui representadas pelo advogado que esta subscreve, com procuração anexa, endereço profissional à Rua 111111, nº 111111, na cidade de Florianópolis– SC vêm, mui respeitosamente, a Vossa Excelência, com a devida vênia, alicerçado pelos Arts. 186 e 927 do Código Civil, bem como no art. 5º, X, CRFB/88 e demais dispositivos legais previstos no Código de Defesa do Consumidor, propor a presente: 
Ação de indenização por danos morais e materiais	
Ação proposta em desfavor da Empresa Bela Musa, pessoa jurídica de Direito Privado, detentora do CNPJ sob o nº 333.333.333/3333-33, tendo como principal atividade a prestação de serviços, endereçada na [Endereço completo], [CEP], pelos seguintes acontecimentos e circunstâncias expressas no âmbito legal:
I. DA JUSTIÇA GRATUITA (art. 98, CPC/15)
A Requerente faz jus à concessão da gratuidade de Justiça, haja vista não possuírem rendimentos suficientes para custear as despesas processuais e honorários advocatícios em detrimento de seu sustento e de sua família. Destaca o dever estatal de prestar assistência gratuita a Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 5º LXXIV, in verbis:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[...]
XXIV – O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
De igual modo, enuncia o artigo 98 e seguintes, do Código de Processo Civil de 2015:
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. [...]
Salienta-se, que a Requerente Gabriela, se encontra atualmente desempregada pelo prejuízo aqui exposto e como consequência possuirá complicações psicológicas que a prejudicará em futuras praticas laborais.
Com base na necessidade demonstrada, aguarda a Requerente o deferimento da justiça gratuita de modo integral.
II. Dos fatos
 A requerente Gabriela, aos dezenove anos de idade, foi convidada, a participar, na condição de modelo fotográfica, de uma campanha da marca denominada realeza. Para isso ela seria fotografada vestindo roupas, acessórios da marca. Neste esteio, Gabriela receberia, conforme pactuado no contrato para concordar com divilgações de sua imagem em empresas publicitárias, o valor de R$ 100.000 (cem mil reais), em 10 (dez) parcelas de R$ 10.000 (dez mil reais). Este valor seria pago na medida em que realizadas as fotografias. Após o acordo contratual e as assinaturas das partes, Gabriela cumpriu as duas sessões (fotográficas) um por mês. Adquiriu R$ 20.000 (vinte mil reais). Prosseguindo, faltando realizar terceira sessão de fotos, Gabriela resolveu contratar com uma pessoa Jurídica de Direito Privado, chamada Bela Musa; esta atuante na área envolvendo cuidados estéticos, para realizar tratamento a laser e praticamente retirar pequena marca em sua perna Direita- tudo isso procurando embelezar-se para o respectivo labor. Gabriela quisera pagar o valor de R$ 8.000 (oito mil reais), em 4 (quatro) parcelas de R$ 2.000 (dois mil reais); bela musa no acordo, resolveu retirar a marca de Gabriela. Realizou-se a primeira sessão (Laser). Quando esta se submeteu ao segundo procedimento, o funcionário daquela Empresa (Bela Musa) aplicou o laser na perna esquerda ao invés da Direita. Sendo assim ocasionou queimaduras em Gabriela. Posteriormente fora levada ao Hospital. Mas tarde, a Realeza sem qualquer anuência, rescindiu o contrato e suspendeu os pagamentos, em razão das cicatrizes (Vide Laser). Estes fatos sucessivamente trouxe a Gabriela transtornos Psicológicos. Piorando-se, a Bela Musa continuara extraindo valores do cartão da credora. A credora resolveu arcar com novo tratamento, desembolsando R$ 18.000 (dezoito Mil reais). Porém, soube que jamais removeria completamente a cicatriz nesta.
Assevera-se que Gabriela mesmo solicitando que a prestação contratual fosse interrompida pela Empresa, teve que arcar com as respectivas cobranças, expostas por extrato nesta peça; Em detrimento da cicatriz ocasionada pela Empresa Bela Musa o seu contrato de trabalho com a Empresa Realeza foi extinto unilateralmente, tendo assim a requerente suspenso o seu provento; Gabriela teve um prejuízo não só psicológico por ter mais seu sonho profissional ceifado junto com seu pagamento o qual a mesma fez inúmeros compromissos, inclusive com a reclamada que para solução estética teve que arcar desassistida conforme exposto, o valor de R$ 18.000 (Dezoito mil reais) para retirada da cicatriz. O abalo psicológico firmou-se ainda mais quando Gabriela descobriu que mesmo após ter pago a quantia de R$ 18.000 (Dezoito mil reais) seria impossível retirar por completo os estragos causados pela Empresa Bela musa, sua cicatriz a assombrará por muito tempo.
III. APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
O caso em análise trata-se de típica relação de consumo, onde se destacam de forma nítida as figuras de consumidor, fornecedor e produto/serviço. Tendo como instrumento normativo o Código de Defesa do Consumidor. 
IV. DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA 		
Diante da hipossuficiência técnica das Requerentes, a inversão do ônus da prova ante as verossímeis alegações apresentadas, juntamente com as provas documentais acostada aos autos, aproveita o contido na Lei 8.078/80, assim invocando a inversão de ônus da prova, previsão legal, art. 6, inciso VIII CDC :
Art. 6º: São Direitos básicos do consumidor:
VIII- a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a legação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiência;
No entanto a reclamada opta, por ser hipossuficiente e frágil, provar os acontecimentos, outrora, seja invertido o ônus probatório.
V. DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA REQUERIDA
No artigo 14 do CDC, dispõe que o fornecedor de serviços responderá independentemente da existência de culpa, pela reparação de danos por defeitos causados ao consumidor. Portanto, o artigo ora citado, não deixa dúvidas, quanto às omissões trazidas pelo fornecedor. Nota-se a teoria da responsabilidade objetiva. A jurisprudência pacifica a referência a seguir:
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, MATERIAIS E ESTÉTICOS. ACIDENTE DO TRABALHO. CORTE DE ÁRVORES COM O USO DE MOTOSERRA. ATIVIDADE DE RISCO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. Trata-se de insurgência do reclamante contra a improcedência do pedido de indenização por danos morais, materiais e estéticos decorrentes do acidente do trabalho sofrido no desempenho de suas atividades, relacionadas ao corte de árvores com o uso de motoserra. No caso, entendeu o Regional pela aplicação da responsabilidade subjetiva e pela ausência de culpa da reclamada na ocorrência do infortúnio. Todavia, ao contrário do que concluiu a Corte a quo, a atividade profissional desempenhada com o uso de motoserra deve ser considerada de risco. O artigo 927, parágrafo único, do Código Civil preconiza que a responsabilidade independerá da existência de culpa quando a atividade desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Está-se diante da responsabilidade objetiva, em que, mesmo ausente a culpa ou o dolo do agente, a reparação será devida. Na hipótese dos autos, as funções exercidas pelo autor, relativas ao corte de árvores com a utilização de motosserra, certamente apresentam risco acentuado, ou seja,um risco mais elevado que aquele inerente às atividades de risco em geral, diante da maior potencialidade de ocorrência do sinistro, o que configura o dano moral in re ipsa (decorrente do próprio fato em si). Dessa forma, tratando-se de acidente de trabalho ocorrido no exercício de atividade de risco acentuado, caracterizada está a sua culpa presumida. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido.
(TST - RR: 3477720125090053, Relator: José Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento: 24/04/2019, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 03/05/2019)
RECURSO DE REVISTA REGIDO PELO CPC/2015 E PELA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40/2016 DO TST. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, MATERIAIS E ESTÉTICOS. ACIDENTE DE TRAJETO. TRANSPORTE FORNECIDO PELA EMPREGADORA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. No caso, o Regional manteve a sentença em que se julgou improcedente o pedido de indenização por danos morais, materiais e estéticos, por entender que o acidente de trajeto sofrido pela autora dentro do ônibus fretado pela reclamada, por si só, não atrai a aplicação da responsabilidade objetiva. Destacou que "restou incontroverso que o acidente sofrido pela Reclamante, embora por certo lhe tenha trazido momentos de infortúnio e desprazer, não ocorreu por qualquer culpa ou dolo da empregadora , tampouco resultou do desrespeito às normas ergonômicas ou ao dever de proteção e segurança no trabalho". Discute-se, portanto, se a reclamada poderia ser responsabilizada pelo acidente de trânsito sofrido pela empregada durante o percurso para o labor em veículo por ela fornecido. Inicialmente, é inconteste a existência do nexo de causalidade entre o evento danoso e o labor prestado pela reclamante, já que o acidente ocorreu no trajeto para o trabalho, em transporte fornecido pela reclamada. A jurisprudência desta Corte entende que o empregador, ao fornecer transporte aos seus empregados, equipara-se ao transportador e, portanto, consoante a previsão constante dos artigos 734, 735 e 927, parágrafo único, do Código Civil, assume responsabilidade objetiva por eventuais danos causados ao trabalhador durante o trajeto casa-trabalho e vice-versa. Ressalta-se ser irrelevante para a responsabilização do empregador a comprovação de culpa de terceiro. Recurso de revista conhecido e provido.
(TST - RR: 108688720155150060, Relator: José Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento: 11/09/2019, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 13/09/2019)
VI. DA FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO E ATO ILÍCITO PERPRETADO 
Após expostas as provas das falhas na prestação de serviços, demonstrada por fotografias, demonstrando barbarismo no trabalho fornecido. Verificou-se a culpa minudentemente, conhecida como “stricto sensu” em relação à imperícia, nesse sentido amplo de culpa, Aduzindo o pressuposto reiteradamente no Art. 14 do CDC.
Irrefutavelmente, constatam-se as violações contra requerente pelo infortúnio proveniente da pratica laboral confirmada. Há consequentes danos a consumidora em questão e, portanto, ressalva-se ato ilícito dos requeridos.
Art. 186- aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Yussef Said Cahali, renomado Doutrinador, esclarece sobre dano Moral:
Dano moral, portanto, é a dor resultante da violação de um bem juridicamente tutelado, sem repercussão patrimonial. Seja dor fisica-dor-sensação, como a denominada carpenter - nascida de uma lesão material; seja a dor- sentimento, de causa imaterial. (Cahali, 2011, pag.28).
Artigo 927 CC: aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo’’.
Para tanto, a condenação faz-se necessária pela imprudência de erro - dano, como nossos renomados juristas aqui salientam.
VII. DA REPARAÇÃO CIVIL PELO DANO MORAL
Desde o procedimento até o presente momento a requerente se vê inábil de seu nirvana, tanto para relacionamentos pessoais quanto profissionais, inibida pelo dano que lacerou não só sua pele, mas também sua alma. O transtorno da alma é aqui o mais prejudicial, conforme laudo médico aqui exposto, pois afundou-se em profundo abalo e tristeza emocional, danos psicológicos, ansiedade rotineira e presente e sentimento de culpa e impotência. Um dos inúmeros danos desse serviço desrespeitoso e imperito. 
Romperam isocronicamente, dois incisos constituintes o V e X do respectivo art 5º CF, asseverado em nossa turma jurídica, sendo irrefutável sua responsabilidade aqui reprovadas e demonstradas, constituíram danos graves em desfavor da requerente, esta merece ser indenizada no quantum de R$ 15.000,00 (Quinze mil reais).
VIII. DA INDENIZAÇÃO POR LUCROS CESSANTES
O artigo 402 CC, transcreve que perdas e danos devidos ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu o que razoavelmente deixou de lucrar. Judith Martins-Costa não destoa deste entendimento, considerando que “o lucro cessante representa aquilo que o credor razoavelmente deixou de lucrar, ou seja, a diminuição potencial de seu patrimônio, causada pelo inadimplemento da contraparte”.
Analisando documentos presente nos autos, verificou-se que a autora deixou de obter R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).
Portando, sendo devido e justo, deverá a requerida prover deste valor que a mesma receberia caso não tivesse perdido contrato em razão da imprudência e imperícia da contratada.
IX. DA QUANTIFICAÇÃO DO DANO MORAL
Conforme estabelecido no artigo 292, inciso V (Lei nº 13.105/15) vejamos como oportuno quantificar a atual peça processual. A requerente sob as responsabilidades legais almeja fundadamente receber R$ 15.000,00 (Quinze mil reais), a título indenizatório.
X. DA REPARAÇÃO CIVIL PELO DANO MATERIAL
A súmula 37 do STJ. Entende que o dano material e dano moral são cumulados e os autos dão convicção para receber dupla indenização. O procedimento custou R$ 8.000,00 (Oito mil reais) e foram pagos pela sessão através dos comprovantes elencados do cartão de crédito. A autora arcou com o custo de R$ 18.000,00 (Dezoito mil reais) e terá que gastar R$ 10.000,00 (Dez mil reais) por razão dos gastos exorbitantes envolvendo maquiagem, cosméticos e alguns produtos farmacêuticos para o tratamento da depressão e transtornos psicológicos ocasionados.
XI. Dos Pedidos
· A concessão da assistência gratuita por ser a requerente pessoa sem condições financeiras para conseguir pagar as custas processuais ou quaisquer outras despesas;
· Garantia da requerente aos benefícios da inversão probatória, previsto no artigo 6 no código de defesa do consumidor;
· O recebimento de qualquer prova em direito admitido;
· Determinar a condenação do requerido ao pagamento de R$ 51.000,00 pelos danos matérias e morais a requerente;
· Condenados dos requeridos pelos danos materiais sofridos pela requerente;
· Lucros cessantes, valores havidos que a requerente deixou de obter R$8.000,00.
Sendo certo a presente causa com todas as deduções possíveis há de ser R$59.000,00 assim dispõe o art. 292, inciso V, VI código de processo civil.
Florianópolis, XXXXXXXXXX
Advogado
OAB

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