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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS.
NONO NINHO, já qualificado nos autos do processo nº xxxxx, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, tempestivamente, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, inconformado com acórdão que denegou a concessão da ordem de “habeas corpus” impetrada, interpor, com fundamento no artigo 105,II, alínea a da Constituição Federal c/c o artigo 30 a 32 da Lei 8.038/90 o presente RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL.
Requer seja recebido e processado o presente recurso, com o encaminhamento das inclusas razões ao Colendo Superior Tribunal de Justiça.
Termos em que, 
Pede deferimento.
Local, 03 de fevereiro de 2020.
Advogado xxxxx
OAB nº xxxx
Razões de Recurso Ordinário Constitucional
Recorrente: Nono Ninho
Recorrido: Justiça Publica
Habeas Corpus nº xxxxxx
Origem: Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais 
Egrégio Superior Tribunal de Justiça
Colenda Turma
Ilustres Ministros
Douta Procuradoria da República
Em que pese o notável saber jurídico da colenda câmara do egrégio tribunal de justiça, merece reforma o venerando acórdão que denegou o pedido de habeas corpus impetrado pelo acusado, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
DOS FATOS
O recorrente foi preso no dia 06 de janeiro de 2020, por volta das 08:00 horas da manhã, na cidade de Vargem-SP por ter supostamente, com esteio no artigo 302, inciso IV do código penal, incorrido no crime de roubo e ofereceu resposta a acusação. No qual, o Magistrado entendeu ser prematura a absolvição sumária, motivo pelo qual o acusado impetrou Habeas Corpus, que no momento, foi denegado, por votação não unânime pelo Tribunal competente (2x1).
Está sendo mantido preso, tendo em vista que o suposto flagrante foi convertido em prisão preventiva, para garantia da ordem pública, tendo o magistrado acompanhado os exatos argumentos ministeriais, mesmo diante de completa ausência de flagrante delito, e este Ministério Público) afirma ter sido encontrado na posse de Nono Ninho o bem subtraído e que o crime narrado no APFD (roubo) é extremamente grave, tendo em vista sua prática mediante grave ameaça, consistente no suposto emprego de arma de fogo, o que colocaria em risco a ordem pública (risco de reiteração criminosa e clamor social gerado pelo crime) e a própria aplicação da lei (risco de fuga), caso Nono Ninho seja colocado em liberdade. Ainda, fundamentou a decisão com base na conveniência para a instrução criminal, pois Nono Ninho poderia ameaçar testemunhas do fato (conveniência da instrução penal), restando assim, presumido o perigo.
No entanto, deve ser reformada a decisão por esta corte, conforme será demonstrado adiante.
DO DIREITO
Trata-se de prisão preventiva indevidamente decretada pela autoridade judiciária em face de cometimento de crime de roubo, com emprego de arma de fogo.
O respeitável acórdão não pode prosperar, por não encontrar amparo legal previsto no artigo nº 312 do CPP para decretação de prisão preventiva do recorrente.
Como dispõe o artigo 105, II, a da CF/88, compete ao STJ o julgamento em recurso ordinário constitucional da decisão denegatória de Habeas Corpus em sede de Tribunal Estadual.
No caso em tela a impetração do Habeas Corpus era perfeitamente cabível, não havendo razão de ter sido denegado pela Colenda Câmara.
O Habeas Corpus é uma garantia constitucional prevista no artigo 5º, LXVIII, da Constituição Federal de 1988, utilizada sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou Coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
Dessa forma, uma vez que o Sr. Nono Ninho somente fora encontrado com um relógio parecido no dia 23 de janeiro de 2020 e mesmo diante da completa ausência de flagrante delito, já constatado quando da decisão que relaxou a prisão, e de testemunhas de fato, da primariedade de Nono Ninho, sua residência fixa na cidade vizinha, ser ele possuidor de trabalho com carteira assinada, não ter ameaçado qualquer testemunha e do fato de ser pai de duas crianças pequenas, que dependem economicamente dele para a subsistência. O Ministério Publico ainda não trouxe em seu contexto, elementos acerca da necessidade da prisão, especificamente no que se refere a fatos que demonstrem o perigo gerado pelo estado de liberdade de Nono Ninho, assim como nada mencionou acerca da possibilidade ou não de aplicação de medidas cautelares diversas, conforme 319 do CPC e 282, §6º do CPP. Resta claro a incidência da causa de extinção da punibilidade prevista no art. 337-A, §1 do CP, que ensejaria a absolvição sumaria disposta no artigo 397, IV do CPP. O indeferimento das teses supramencionadas reforçado pela denegação da ordem de HC constituíram nítido constrangimento ilegal para o recorrente.
Assim, deve ser garantida a liberdade ao recorrente nos termos do artigo 5º, inciso LXVI, in verbis:
Art. 5º….
(…..)
LXVI – ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir liberdade provisória, com ou sem fiança.
Portanto é de se concluir que o presente recurso é medida para se reformar a respeitável decisão denegatória, possibilitando assim, que os recorrentes façam jus absolvição sumária do artigo 397, inciso I do CPP.
DO PEDIDO
Ante o exposto, requer seja dado recebimento e provimento ao presente recurso interposto para fim de ser concedida a ordem de habeas corpus impetrada, permitindo-se que o recorrente seja posto em liberdade provisória, nos termos do artigo 321 do CPP, impondo, se for o caso as medidas cautelares previstas no artigo nº319 do mesmo diploma legal, expedindo-se o competente alvará de soltura, por ser medida de inteira justiça.
Requer a expedição do competente alvará de soltura em favor do recorrente.
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Extrema-MG, 03 de fevereiro de 2020.
Advogado Xxxxxxx
OAB nº xxxxxxx

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