Buscar

AÇÃO DE USUCAPIÃO ORDINÁRIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA XXXX DE 
JUSTIÇA DA COMARCA DE XXXXX -RJ 
 
 
 
 
 
 
LEILA DE CAVALCANTI AZEREDO ​, brasileira, xxxx, xxxx, 
inscrito no CPF sob nº XXXXXXX e portadora da Cédula de Identidade 
XXXXXXX ,residente e domiciliada à Rua XXXXXX, por intermédio de 
seu advogado, com procuração em anexo, vem respeitosamente, à 
presença de Vossa e Excelência, propor 
 
 AÇÃO DE USUCAPIÃO ORDINÁRIA 
 
 ​com fulcro no art. 1.242 do CC, em face de ​WANDA DE 
CAVALCANTI AZEREDO​, (nacionalidade), casada, (profissão), inscrito 
no CPF sob o nº XXXXXXXXX, RG nº XXXXXX, residente e domiciliada 
na XXXXXXXXX, nº XXXX, Bairro XXXXXXX, (cidade), (estado), pelos 
fatos e fundamentos a seguir expostos: 
 
I - DOS FATOS 
 
A autora relata que o imovel foi adquirido no ano de 1982 ( mil 
novecentos e oitenta e dois) por registro particular,ou seja, ​justo título​, 
devidamente no nome das autora e da irmã, ora ré, ​WANDA DE 
CAVALCANTI AZEREDO​ totalizando assim mais de 10 (dez) anos que 
obteve a posse da propriedade, no imovel em questão residiam a 
autora, a irmã, a mãe das mesmas e a avó. 
Porém, a ré se casou no ano seguinte à aquisição do imovél e 
logo veio a se mudar, nunca mais retornando ao imovel, bem como 
nunca se opôs à posse da irmã, que reside no imovél até os dias de 
hoje. 
Cabe ainda ressaltar, que a autora realizou diversas melhorias 
nos imóveis de caráter urgência para o mesmo, com seus próprios 
recursos, bem como ingressou com pedido de pré executividade a fim 
da prescrição dos IPTUS referentes a 1999 (mil novecentos e noventa e 
nove) a 2008 ( dois mil e oito), e desde então tem arcado com todas as 
taxas oriundas ao imovel na sua integralidade, sem qualquer interesse 
no imóvel por parte de sua irmã ora ré . 
A autora nunca sofreu qualquer tipo de contestação ou 
impugnação por parte de quem quer que seja, sendo a sua posse, 
portanto,​ legítima, mansa, pacífica, e ininterrupta durante todo esse 
tempo. 
 
II - DO DIREITO 
 
 
A ação tem como natureza a declaração de direito estabelecida 
pelo magistrado, que requer, nesse momento, a declaração de direito de 
posse integral e propriedade à autora. Cabe ressaltar que a autora 
possui um justo título, tem a seu favor a presunção de que é possuidora 
de boa-fé, conforme determina o art. 1.201, parágrafo único, do CC. 
Resta claro que a ré nunca demonstrou ​animus domini​, ou seja, 
nunca teve a intenção de obter o domínio do imóvel, como prevê o art. 
1.238, do CC: 
“Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem 
oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, 
independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que 
assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no 
Cartório de Registro de Imóveis.” 
Ainda no que tange a conceituação desse instituto jurídico, 
"Animus domini", na lição de De Plácido e Silva, 
"é a consciência do senhor da coisa de que esta lhe pertence de pleno 
direito, e, por isso, juridicamente, a poder deter em sua posse. E a 
posse que resulta daí é a do próprio direito, porque indica a posse do 
domínio. O animus domini é elemento substancial do direito de posse, e 
a indica como uma posse perfeita, visto que ela se comporta sobre uma 
coisa que se possui como sendo de propriedade própria" ("Vocabulário 
Jurídico", vol. I). 
 
Ora, a autora sempre prezou pela função social da propriedade, 
respeitando o direito da coletividade de ter o mesmo direito de usar, 
gozar e dispor da propriedade, prezando sempre pelo bem estar integral 
do imóvel, visto que a ré não deu a necessária utilidade ao bem. A 
autora sempre se preocupou para que fosse atingida a função social da 
propriedade, observando a produtividade, o respeito ambiental e o 
cumprimento da legislação social, está elencada como princípio 
constitucional fundamental artigo 5º, inciso XXIII, CRFB/88: 
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:[…] 
XXIII – a propriedade atenderá a sua função social;” 
 
Importante mencionar que houve abandono do imovél por parte da 
ré, por isso, a conduta da mesma caracteriza-se, no abandono, pela 
intenção de não mais ter a coisa para si, como prevê o art. 1275, III, CC: 
 
“Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde-se a 
propriedade: 
 
III - por abandono;” 
 
 Assim, abandonado o imóvel por parte da ré, a autora sempre 
preservou o mesmo com animus domini, atendendo sempre a função 
social da propriedade, e bem como sempre arcou com todos os 
encargos de manutenção do mesmo, caracterizando assim sua vontade 
de ser proprietária integral do imovel em questão. 
 
III - DOS PEDIDOS 
 
 
Ante o exposto, requer que a ação seja julgada ​PROCEDENTE​, 
concedendo à Requerente o domínio útil e integral do imóvel em 
questão, declarando por sentença a posse e o domínio do imóvel, bem 
como: 
1. Que seja citada a qualquer momento a ré do imóvel a ser 
usucapido a fim de ​responder a presente ação; 
2. Que seja declarado o abandono do imovel por parte da ré nos 
termos do art. 1275, III, CC; 
3. Que, nos termos do artigo 246 II do CPC, sejam citados todos 
os confrontantes, por oficial de justiça, nos termos do artigo 246 § 3º do 
CPC, para querendo, contestem a presente ação, oferecendo a 
resposta que tiverem, no prazo legal a ser fixado pelo juízo, sob pena de 
não o fazendo, presumirem-se aceitos como verdadeiros os fatos 
alegados na peça exordial, conforme estabelece o artigo 218 § 1º do 
CPC; 
4. Que sejam intimados, por via postal, os representantes da 
Fazenda Pública da União, Estados, Distrito Federal e Municípios para 
que manifestem eventuais interesses na causa. 
5. A citação dos réus certos e incertos e terceiros interessados, 
por Edital (art. 221, III CPC), para querendo, contestarem a presente 
ação, oferecendo a resposta que tiverem, no prazo legal de 15 dias, sob 
pena de não o fazendo, presumirem-se aceitos como verdadeiros os 
fatos alegados na peça exordial. 
6. A intimação do Ministério Público, cuja manifestação se faz 
obrigatória no presente feito, conforme manda o artigo 178 inciso I do 
CPC. 
7. Que a sentença seja transcrita no registro de imóveis, mediante 
mandado, por constituir esta, título hábil para o respectivo registro junto 
ao Cartório de Registro de Imóveis, de acordo com o art. 945 do CPC 
c/c com art. 1.241, parágrafo único do Código Civil. 
 
IV. DAS PROVAS 
 
 
Pretendem os Requerentes provarem suas argumentações 
fáticas, por toda e qualquer forma de prova permitida legalmente, dando 
ênfase à forma documental, apresentando, desde já, os documentos 
acostados à peça exordial, protestando pela produção das demais 
provas que eventualmente se fizerem necessárias no curso da lide. 
 
Atribui-se à causa o valor de R$ XXXXX. 
Nestes termos, 
Requer deferimento. 
XXXX-XX, XX de XXXX de XXXX 
ADVOGADA 
OAB XXXX

Outros materiais