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O feocromocitoma é um tumor que se origina das células cromafins, possuindo uma incidência estimada em aproximadamente 0,8 casos a cada 100000 pessoas/ano, com prevalência na quarta década de vida, em células neuroendócrinas encontradas na região medular das glândulas adrenais, enquanto que o paraganglioma é o tumor desenvolvido em outros gânglios do sistema nervoso simpático, tendo como distúrbio principal a produção excessiva de catecolaminas levando à morbidade cardiovascular e até mortalidade. Em até aproximadamente 50% dos casos de feocromocitoma e de paraganglioma, ocorre herança genética, tornando-os os tumores mais geneticamente determinados. Vários estudos vêm mostrando que muitos casos de feocromocitoma aparentemente esporádico também acontecem no contexto de uma linhagem de mutação genética. As principais linhagens de mutação associadas a essa doença estão presentes na neurofibromatose tipo 1 (NF1), na neoplasia endócrina múltipla (NEM) tipo 2a e 2b, na doença de von Hippel-Lindau (VHL) e nas síndromes de paraganglioma familial. Os três principais clusters de mutação genética, os quais apresentam diferentes mecanismos de patogenia, são: via de pseudohipóxia, na qual há predomínio de liberação de norepinefrina ou dopamina e os principais genes envolvidos são SDHx, FH e VHL; via de sinalização quinase, na qual há maior produção de epinefrina e os genes associados são RET e NF1; via Wnt, na qual ocorre normalmente uma forma mais agressiva e metastática do tumor e está associada ao gene MAML3.
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