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TUTORIA- CASO 8

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CASO 8 - TUT 9 - 1º SEMESTRE 
CASO 8: 
Adamastor nasceu em Salvador em 22 de fevereiro de 1950. Com um ano de idade, ele já media cerca de um metro de altura e pesava 
20 quilos. Aos 8 anos, atingiu o pai em altura, e aos 10 chegou a 1 metro e 70 centímetros, quando conseguiu finalmente iniciar um 
tratamento; ainda assim, aos 22 anos, Adamastor media 2 metros e 30 centímetros e seu sapato era número 60. Os ossos do seu 
rosto e o nariz eram maiores e mais alongados que o das outras pessoas e seu queixo projetava-se para a frente, proporcionando 
um aspecto alongado à sua face como um todo. Antes do tratamento ser iniciado, ele também cursava com outro sintoma: não 
enxergava quase nada nas regiões temporais dos campos visuais. 
Aos 25 anos, Adamastor conheceu, no consultório do seu médico, Leonora, uma encantadora moça 10 anos mais velha e ambos se 
apaixonaram. Ela também fazia um tratamento para uma doença que se manifestou, inicialmente, com muita sede (chegava a beber 
em torno de 5 litros de água em 24h), e um grande aumento do volume urinário diário, mas não era diabete mellitus. Casaram-se, e 
foram pais quatro lindos e saudáveis filhos: Hilda, Poliana, Filipe e Selma. Certa vez, em um jornal, Adamastor viu fotografias de um 
rapaz com uma história muito parecida com a sua: Robert Wadlow. Eis as fotos do antigo periódico. 
1- O que são os distúrbios 
endócrinos? 
Os distúrbios endócrino-metabólicos são 
alterações dos hormônios do organismo que 
acarretam modificações importantes nas 
taxas de glicemia, colesterol e triglicerídeos. 
2- Quais os parâmetros de 
normalidade para cada idade 
pontuada? 
 
 
 
3- Explique o eixo hipotálamo 
hipofisário. 
O hipotálamo é uma estrutura que atua em 
dois sistemas, endócrino e nervoso. No 
sistema endócrino, é atuante como uma 
glândula produtora de hormônios que são 
secretados ao restante do corpo de forma 
indireta, ou seja, dependente de uma outra 
estrutura, a glândula pituitária, formando o 
eixo hipotálamo-hipofisário. O hipotálamo 
produz, também, hormônios que não serão 
secretados para o restante do corpo, mas que 
atuam na regulação de produção e liberação 
dos hormônios hipofisários. 
 
4- Qual glândula e sua área 
responsável pela secreção do 
hormônio GH? 
Quem produz o GH é a adeno-hipófise, 
mas para que essa produção seja 
realizada, o hipotálamo é quem estimula 
a hipófise e, assim, controla a produção 
do GH. 
 
 
 
 
 
5- Quais são os hormônios 
específicos que podem influenciar a 
liberação do GH? 
O hipotálamo atua fazendo com que haja 
produção de GHRH (Hormônio Liberador de 
GH) pelo próprio hipotálamo. O GHRH é 
transportado até a adenohipófise, por meio de 
capilares. E, ao chegar atua, nas células 
somatotróficas da hipófise, que são células 
especializadas na produção de GH. E, então, 
essas células fazem a produção de GH. Após 
produzido, é secretado na corrente sanguínea 
e vai atuar em diferentes locais do organismo. 
6- Como o GH atua no organismo e 
quais seus efeitos colaterais? 
https://blog.jaleko.com.br/eixo-hipotalamo-hipofise-como-funciona/
https://blog.jaleko.com.br/eixo-hipotalamo-hipofisario-conexao-perfeita-entre-sistema-nervoso-e-sistema-endocrino/
É essencial para uma série de processos 
metabólicos e o crescimento de diversos 
tecidos - entre eles, o muscular. Em crianças, 
estimula o crescimento, tanto ósseo quanto 
de diversos tecidos. Diferentes concentrações 
de GH são observadas ao longo da vida, e o 
pico hormonal, ou seja, a maior concentração 
se dá na puberdade, pois nesse período há 
um grande desenvolvimento. Em indivíduos 
adultos, embora a quantidade secretada seja 
menor, o GH estimula o sistema imune, 
participa do metabolismo da glicose, 
promove a queima de gordura e o aumento 
da massa muscular. 
 
O aumento da síntese de proteínas e 
consequente aumento da deposição proteica 
em diversos tecidos. Esse aumento da síntese 
se dá por diversos “caminhos”, como aumento 
da transcrição de DNA e aumento de tradução 
do RNA. E, além de aumentar a síntese de 
proteínas, o hormônio também leva a redução 
do catabolismo, ou seja, da degradação 
proteica. 
 
O GH atua no metabolismo de gorduras, 
aumentando sua utilização como fonte 
energética. Ou seja, ele estimula a lipólise, 
liberando os ácidos graxos presentes no 
tecido adiposo que são convertidos em acetil 
coenzima-A (Acetil Co-A), e esse é utilizado 
como fonte energética. 
Combinando-se as duas ações citadas, 
percebemos que o GH promove um aumento 
de massa magra, pois aumenta massa 
proteica e reduz o tecido adiposo. 
O GH poupa a utilização de carboidratos para 
produção de energia. E, além de reduzir a 
utilização de glicose, também estimula a 
produção de glicose pelo fígado num processo 
chamado de gliconeogênese. Com isso, há 
aumento das concentrações séricas de 
glicose. O GH aumenta também a secreção 
de insulina, porém atenua, ou seja, reduz os 
efeitos da insulina. Isso pode provocar um 
efeito conhecido como “efeito diabetogênico 
do GH”, pois há uma alta concentração de 
insulina, mas que não consegue exercer seu 
papel, pois o GH gera “resistência insulínica”. 
Dentre os efeitos colaterais de seu uso 
injetável da substância sintética tem-se o 
surgimento e agravamento de câncer, 
diabetes mellitus, doença cardíaca e doença 
articular. 
7- Qual relação do GH com o disco 
epifisário? 
Uma das funções do GH é 
promover crescimento de ossos e 
cartilagens. Quanto ao crescimento ósseo e 
cartilaginoso, o GH não atua diretamente. Ele 
estimula a produção de substâncias pelo 
fígado, chamadas de somatomedinas, 
também chamadas de Fator de 
Crescimento semelhante à Insulina (IGF-I), 
sendo a mais importante a somatomedina C, 
e são essas substâncias que atuam. O IGF-I 
atua no sistema esquelético, estimulando a 
produção e deposição de proteínas, tanto 
pelas células osteogênicas, quanto pelas 
células condrocíticas. Dessa forma, há 
aumento da matriz óssea. Além disso, 
aumenta a reprodução dessas células para 
que o efeito seja maior. O GH tem a 
capacidade de converter células condrocíticas 
em células osteogênicas, e assim forma-se o 
osso. Há crescimento ósseo tanto em 
comprimento quanto em espessura. O 
crescimento ósseo no comprimento ocorre 
pela formação de cartilagem nas epífises, e 
então essa cartilagem é substituída por matriz 
óssea, até que chegue em uma certa fase, 
depende da idade e fatores hormonais, por 
exemplo, e as epífises se fechem. Quando 
ocorre o fechamento epifisário, não há mais 
crescimento ósseo longitudinal. Já o 
crescimento em espessura ocorre graças ao 
periósteo. O periósteo é uma camada que 
reveste externamente os ossos, e nele há 
diferentes tipos celulares da linhagem 
osteogênica. Um desses é o osteoblasto, uma 
célula que realiza deposição de matriz óssea. 
Os osteoblastos são estimulados pelo GH. Em 
contrapartida, há os osteoclastos que 
realizam absorção óssea, em outras palavras, 
degradam o osso. O aumento da espessura 
óssea ocorre quando a taxa de deposição 
pelos osteoblastos, os quais são influenciados 
por GH, for maior que a taxa de degradação. 
8- Cite os diferentes tipos celulares da 
adenohipófise e quais hormônios 
produzidos por cada tipo celular? 
As células da adenohipófise possuem uma 
classificação funcional que as dividem em 
cromófilas ou cromófobas, de acordo com a 
afinidade com corantes reagentes. As células 
endócrinas funcionais que participam da 
produção e secreção de hormônios são as 
que fazem parte do grupo que possui 
afinidade com o corante. Este pode ainda ser 
dividido em acidófilas ou basófilas, referindo-
se ao pH dos corantes reagentes. 
Cromófilas 
• Células acidófilas: 
• Somatotróficas- GH 
•Mamotróficas ou lactotróficas- 
prolactina 
• Células basófilas: 
•(Adeno)Corticolipotróficas- ACTH, 
lipotrofinas 
• Tireotróficas- TSH 
• Gonadotróficas- FSH, LH 
Cromófobas – sem secreção 
 
9- Quais hormônios armazenadosna 
neurohipófise? E quem sintetiza? 
A síntese ocorre em núcleos de neurônios no 
hipotálamo e transmitidos ao terminal secretor 
hipofisário por meio de movimento 
anterógrado pelo axônio. 
 
10- Onde se localiza a glândula 
hipófise? Essa estrutura anatômica 
faz parte de qual osso? 
A glândula pituiária localiza-se na região da 
sela turca (túrcica) do osso efenoide, uma 
estrutura intracraniana relacionada 
anteriomente com o seio efeinoidal que a 
separa da cavidade nasal. 
11- Qual relação da visão com o 
sistema endócrino? 
12- Quais hormônios produzidos pelo 
pâncreas? Qual diferença entre 
pâncreas exócrino e endócrino? 
O pâncreas é um órgão atuantes como 
produtor e secretor de substâncias que atuam 
no metabolismo corporal, os hormônios, bem 
como no processo digestivo, enzimas do suco 
pancreático. O pâncreas endócrino é a divisão 
produtora de hormônio e que libera seus 
produtos no interior de vasos sanguíneos, 
dentre os hormônios produzidos tem-se a 
insulina, o glucagon e a somatostatina. Já o 
pâncreas exócrino libera enzimas em 
cavidades do TGI, como o duodeno (região 
inicial do intestino delgado), que atuam na 
digestão. 
13- Existe uma célula especializada do 
sistema endócrino? Cite suas 
características histológicas. 
As células do sistema endócrino são 
especializadas de acordo com a 
funcionalidade de cada glândula que elas 
compõem, ou seja, cada estrutura produtora e 
secretora possui diferentes tipos de células 
com funções diferentes dentro do quadro 
funcional daquela glândula. Como exemplo 
tem-se as células da adenohipófise 
(cromófilas e cromófobas), células do 
pâncreas (ilhotas pancreáticas, que possuem 
três grupos de células, α, que produzem 
glucagon, β que produzem insulina e as Δ, que 
produzem somatostatina) e etc. 
 
 
 
14- Como se caracteriza um tipo de 
comunicação endócrina? Como ela 
ocorre no organismo? 
A comunicação entre células pode ocorrer por 
diversas vias (endócrina, parácrina, autócrina 
e neuroendócrina/sináptica). Na comunicação 
endócrina, ocorre a produção de substâncias 
atuantes no metabolismo corporal por meio de 
estruturas especializadas, glândulas, e 
secreção delas no interior de vasos 
sanguíneos que são responsáveis pela 
distribuição destas substâncias por todo o 
corpo até chegar em seu órgão-alvo. 
15- Qual ação da Insulina e do 
Glucagon no organismo? 
A insulina tem sua atuação voltada para a 
absorção de glicose pelas células do fígado, 
músculos esqueléticos e tecido adiposo, 
diminuindo sua concentração em razão 
da retirada de glicose do sangue. o glucagon, 
com atividade estimulante oposta, faz 
aumentar o teor de glicose na corrente 
sanguínea a partir da quebra do glicogênio 
(substância de reserva energética). 
16- Há relação entre a sede e algum 
hormônio específico? Se sim, como 
é dada sua atuação? 
O hormônio ADH (vasopressina) é produzido 
pelo hipotálamo e secretado pela 
neurohipófise. Sua atuação direta na 
sensação de sede é dada em situações de 
desidratação por inibição de sua síntese ou 
secreção por diversos fatores, podendo 
causar a polidipsia (sensação excessiva de 
sede). A ação fisiológica do ADH inibe a perda 
de água pela urina. No entanto, disfunções 
endócrinas podem causar inibição da 
vasopressina (síntese ou recepção no órgão-
alvo), acarretando a perda excessiva de água 
e consequente desidratação do corpo. Tal 
fator explica a relação com a sede, ou seja, a 
tentativa de repor a água perdida. 
 
 
17- Quais os tipos de glândulas e suas 
principais características? 
As glândulas do sistema endócrino podem 
sem classificadas de acordo com a liberação 
de suas substâncias para atuação no 
organismo. As glândulas endócrinas liberam 
os hormônios diretamente na corrente 
sanguínea. Glândulas exócrinas liberam 
hormônios ou outras substâncias para dentro 
de um duto. Tem-se ainda a glândula mista 
(como o pâncreas) que atua de maneira 
endócrina e exócrina. 
 
18- Quais as classes dos hormônios? E 
quais os seus tipos de receptores? 
ESTEROIDES- Receptores intracelulares 
PROTEICOS- Receptores de membrana 
DERIVADOS DE AMANINA- Receptores 
nucleares.

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