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Retalhos Cutâneos

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FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS
CLÍNICA CIRÚRGICA
GABRIELA PICCHIONI BAÊTA - 68A
Retalhos Cutâneos
Na criação de um ferimento cirúrgico, a primeira tentativa sempre deve ser o fechamento por aproximação das
bordas visando a cicatrização primária, exceto se houver a incapacidade de aproximação, tensão excessiva de pele
(predisposição a deiscência) ou sinais de hipo ou desvascularização (predisposição a necrose de bordas). Nesses
casos torna-se necessário a realização de um retalho de pele.
Existe uma escada de reconstrução de acordo com a complexidade do defeito que é feito:
cicatrização por segunda intenção (a pele preenche a região, granula e reepiteliza) → síntese primária (aproximação
de bordas) → enxerto (retirada de uma área de tecido de região distante para aplicação na área do defeito sem
obedecer referências vasculares específicas) → Retalho local (os retalhos sempre obedecem referências vasculares)
→ Retalho Regional → Retalho microcirúrgico livre (realização de anastomoses vasculares).
Fechamento Primário: indicado após ressecção de pequenas lesões, quando a possibilidade de fechamento com
aproximação simples de borda.
- A incisão deve ser programada: elíptica ou em cunha, pequenas, respeitando as linhas de força.
- Linhas de tensão: se obedecida, há maior flexibilidade da pele para fechamento dos defeitos.
Retalhos cutâneos: segmento de pele e subcutâneo com suprimento vascular próprio, que será removido de uma
área doadora para outra receptora com a finalidade de preencher uma ferida cirúrgica. Possuem pedículo que o
comunica com a área doadora e garantir aporte sanguíneo e podem ser realizados imediatamente no momento do
ato cirúrgico ou até 7 dias após.
É importante considerar:
- Macrocirculação cutânea: artérias
regionais ou segmentares e vasos
perfurantes
- Microcirculação: plexos
vasculares
Para conseguir uma boa rotação de um
bom retalho, são necessárias algumas
características na pele da área doadora:
- Mobilidade
- Boa vascularização
- Não haver piora do dano estético
- Exérese completa da lesão
Os retalhos são classificados por forma, composição de gula o método de mobilização
utilizado e o suprimento sanguíneo.
- Forma: plano (transferência simples para a área receptora), duplo revestimento
(ex: enxerto de mamilo - pele dos dois lados), pré moldados (lóbulo de orelha)
- Composição: diretamente relacionada a profundidade de tecido a transpor e o
suprimento vascular
- Cutâneo randomizado: apenas pele e porção parcial do subcutâneo, com
microvascularização.
- Cutâneo axial: pele + maior parte do tecido subcutâneo + pequenas aa.
do tecido subcutâneo.
- Fasciocutâneo: fáscia muscular + porção final das aa. perfurantes
- Musculocutâneo: grandes territórios arteriais inervados
- Método de Mobilização:
- Pediculado: movimenta-se ao redor de um ponto fixo do pedículo, quanto
mais amplia mobilização, menor o comprimento do retalho. Pode haver
deformidade cutânea leve em pedículo.
- Rotação: Retalhos pediculados com formação curvilínea,
adjacentes à defeitos triangulares e com base larga: boa
vascularização do pediculo
- Transposição: Verticalmente ou horizontalmente passaram tecido
da área doadora para receptora. São retalhos com fechamento
linear de área doadora e sua base é contígua a do defeito. Existem três tipos o rombóide
(defeito quadrilátero com transposição lateral), bilobado (transposição de ferida circular) e
a zetaplastia (retalho romboide duplo, transposição em dois sentidos)
- Interpolado: pula uma área sem defeito, O pedículo interpõe tecido sadio e é uma cirurgia
feita em dois tempos.
- Ilhado: defeitos mais distantes, É feita a incisão em todas as rodas
do retalho e o pedículo é tecido subcutâneo. Pode ser transferido
por pivotação (lateral) ou avanço.
- Avanço: Se movimentam por deslizamento direto e ocorre em locais de
pele elástica. Pedículo e o retalho se movem juntos
- Unipediculados
- VY: falhas triangulares
- Bipediculados
- Dobradiça: muito pouco utilizado, O Retalho é dissecado no subcutâneo e
rebatido como um livro. A superfície epitelial é virada para baixo para construir o forro de um
defeito e a face subcutânea é recoberto por outro retalho ou enxerto.
- Suprimento sanguíneo:
- Randomizados: não há definição da artéria de irrigação do pedículo. Exige retalhos pequenos Pois
é regado por microvascularização. Não obedece trajeto vascular.
- Axial: pedículo definido por macrocirculação e corresponde a trajeto de um vaso sanguíneo
principal
Rotação Rombóide Bilobado Zetaplastia
Bipediculado VY Interpolado Unipediculado
Outras opções:
Enxertos de pele: Retirada completa de um tecido de área doadora para transposição completa para área receptora.
- Para funcionar bem precisa de que a área doadora já tenha vascularização suficiente para neovascularização
esse novo setor de pele (leito de granulação) e que não haja contaminação dessa região.
- Geralmente são feitos depois
- Tipos:
- Pele Total: epiderme e derme
- Pele parcial preservação da derme na área doadora
- Composto: epiderme + derme subcutâneo/cartilagem
- Auto enxerto: doador e receptor são os mesmos
- Homo ou aloenxerto: doador e receptor são diferentes
- Xenoenxerto: espécies diferentes
O fechamento por segunda intenção é a forma menos complexa de fazer a exérese e a reconstrução da área
cirúrgica. Exige reparo tecidual progressivo.
- Imediatamente após a exérese tem o período de inflamação que dura até 3 dias, com alteração da
permeabilidade vascular, deposição de fibrina, exsudação e edema. Ferida umida com débito de secreção
serosa.
- Durante esse período de inflamação já acontece microscopicamente o processo de desbridamento dessa
região: Proliferação de polimorfonucleares e atividade de linfócitos e macrófagos, Ou seja a ferida começa
a ser limpa pelas células e pelo 7 dia:
- Ocorre a fase de proliferação (3-14 dias) com angiogênese, fibrinólise, proliferação de fibroblastos,
granulação, síntese de colágeno e migração epitelial
- A partir de 14 dias há o início da epitelização circunferencialmente.
- Maturação: a pele sadia das bordas começa a fazer evolução de capilares, aumento de depósito de
colágeno e retração cicatricial

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