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PERGUNTAS COM RESPOSTAS E RESUMO DE RETALHOS E ENXERTOS

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TÉCNICA OPERAT´RIA RETALHO e ENXERTO MARCOS V T RAUTH 1 
 
RETALHO E ENXERTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Com o advento das microcirurgias, os retalhos podem ser totalmente desvinculados da área doadora, 
fazendo uma ANASTOMOSE MICROVASCULAR dos vasos das artérias e veias. 
 
 
*Embebição plasmática: até primeiras 24 horas (há troca de eletrólitos entre vasos do enxerto e da pele receptora). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIFERENCIAÇÃO: RETALHO, um fragmento de pele que mantem conexão vascular com a pele doadora 
Sendo o ENXERTO TOTALMENTE DESCONECTADO, nutrido por uma endemissão plasmática da área receptora. 
Mas, com o advento da microcirurgia, hoje em dia os RETALHOS, podem ser transplantados totalmente desvinculados da 
área doadora para outra área receptora e são feitos uma anastomose microvascular dos vasos das artérias e veias, ou 
seja, é feito uma anastomose de um pedículo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA CUTÂNEA 
• PELE: 5 camadas: BASAL, ESPINHOSA, GRANULOSA, LÚCIDA e CÓRNEA. 
• DERME: 2 camadas: RETICULAR (profunda) e PAPILAR (superficial) 
• HIPODERME ou TECIDO SUBCUTÂNEO composto por tecido gorduroso e conectivo. 
 3 camadas: 
 • AREOLAR que devido a escassez de vascularização, a camada areolar desliza facilmente sobre o plano profundo 
 e é um excelente plano de clivagem para o levantamento dos retalhos 
 • FÁSCIA SUPERFICIAL 
 • LAMELAR 
VASCULARIZAÇÃO CUTÂNEA: 
• SISTEMA PROFUNDO: 
• ARTÉRIAS SEGMENTARES: 
 ANASTOMÓTICAS e AXIAIS que são ramos diretos da AORTA ou de GRANDES TRONCOS ARTERIAIS. 
• ARTÉRIAS PERFURANTES: 
ARTÉRIAS PERFURANTES MUSCULARES e SEPTAIS que penetram e nutrem o MÚSCULO, a FÁSCIA e a PELE. 
• SISTEMA CUTÂNEO: 
• ARTÉRIAS CUTÂNEAS DIRETAS e ARTÉRIAS MUSCULO-CUTÂNEAS. 
Os PLEXOS DÉRMICOS e SUBDÉRMICOS são formados pelos ramos terminais das artérias cutâneas diretas e artérias 
musculocutâneas, sendo o PLEXO SUBDÉRMICO responsável pelo suprimento sanguíneo primário da pele. 
• A DRENAGEM VENOSA SUPERFICIAL é realizada pelo PLEXO VENOSO DERMO-SUBDÉRMICO, 
pelas VEIAS CONCOMITANTES de ARTÉRIAS MUSCULOCUTÂNEAS VEIAS CONCOMITANTES e 
VEIAS HOMÔNIMAS de ARTÉRIAS MENOS CALIBROSAS. 
RETALHO: É uma unidade constituída por PELE e TELA SUBCUTÂNEA, 
 transferido de uma área doadora para uma área receptora, 
 sendo que os PEDÍCULOS VASCULARES da área doadora nutrem a área receptora (fragmento de pele 
que mantém conexão vascular com área doadora) 
ENXERTO: 
O ENXERTO CUTÂNEO é um fragmento de pele (epiderme e derme) retirado da área doadora e transferido para 
outra área (receptora). 
A área doadora é SEPARADA COMPLETAMENTE de seu leito original e SEM PEDÍCULO VASCULAR, portanto, o 
suprimento sanguíneo depende do leito da área receptora, sendo nutrido por uma embebição plasmática* da área 
receptora, tornando-se dependente do novo suprimento sanguíneo que se desenvolve a partir do leito receptor. 
TÉCNICA OPERAT´RIA RETALHO e ENXERTO MARCOS V T RAUTH 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORMA DE MOBILIZAÇÃO de RETALHOS: MÉTODOS: 
• AVANÇO: O método de avanço é utilizado para tratamento de lesões cuja cobertura pode ser realizada por 
um simples avanço de pele adjacente. Exemplo: Um avanço simples, avanço bipendiculado e avanço v-y ou y-v 
• SIMPLES: No avanço simples, a área é ressecada, dissecção e a conformação do retalho na mesma distância, 
mesmo tamanho e o avanço do retalho para cobertura da área retirada. 
• BIPENDICULADO: há dois avanços, dos dois lados. Há a irrigação realizada por meio de 2 pedículos vasculares. 
• V-Y ou Y-V: a pele é incisada em “V” e, após o avanço, suturada em Y, ou vice-versa, mantendo um pedículo 
subcutâneo. 
Amplamente utilizado em POLPAS DIGITAIS, ALONGAMENTO de COLUMELA (A columela nasal é caracterizada pela 
acentuação da curvatura do tecido localizado entre as narinas, cuja exposição da pele do septo membranoso do 
nariz causa incômodo e desconforto), CORREÇÃO de CICATRIZES e na SUTURA de ÁREAS CRUENTAS da FACE, 
também indicado no ALONGAMENTO de CICATRIZES CONTRÁTEIS. 
• TRIÂNGULO de BUROW: para evitar “orelha” que pode se formar quando não se faz esta técnica do avanço em 
triângulo de Burow. 
• ROTAÇÃO: É uma forma de mobilização cuja indicação é em lesões de conformação semi-circular. Primeiro a 
área é ressecada, após ocorre a transferência da área doadora para a área receptora por meio de um movimento 
de rotação. 
 Exemplos: 
• RETALHO de HEINZ-GILKE: fechamento de feridas circulares. 
• RETALHO de ESSER: reconstrução de pálpebra inferior e lesões da face. 
• Ressecção de tumor de pele. 
• TRANSPOSIÇÃO: Resseca-se uma área, faz-se o retalho, após faz-se a rotação e cobertura da área retirada. 
A transposição feita por meio de um pivô (suporte), que é um ponto de apoio, para tratamento de uma lesão 
receptora imediatamente adjacente. Os desenhos desse retalho para a transposição são variados. Podem ser: 
• SIMPLES (próxima) 
• BILOBADO (2 lóbulos) 
• TRILOBADO 
• RETALHO de LIMBERG ou RETALHO ROMBÓIDE. 
• RETALHO de DUFORMENTEL 
• ZETAPLASTIA: O Z pode ser SIMPLES ou MÚLTIPLA – 2 retalhos triangulares são transpostos. Indicado no 
tratamento de CICATRIZES RETRÁTEIS, MUDANÇA na POSIÇÃO de uma CICATRIZ em relação às linhas de força, 
CORREÇÃO de DEFEITOS CONGÊNITOS (SINDACTILIA, BRIDAS AMNIÓTICAS, EPICANTO, FISSURAS LÁBIO-
PALATINA). TÉCNICA: Desenha-se o “Z” onde o ramo central fica situado sobre a linha a ser alongada ou a cicatriz a 
ser ressecada, e os ramos laterais ao mesmo tamanho e formando ângulos semelhantes; Os dois retalhos 
triangulares são deslocados e transpostos, dependendo da medida do ângulo traçado, obtém-se uma determinada 
porcentagem de alongamento; Sabe-se que o angulo de 60o oferece um maior ganho tecnicamente possível. 
 • Plastia em W é uma técnica frequentemente utilizada na cirurgia cosmética facial para camuflar uma cicatriz linear transformando-a num padrão 
irregular. Consiste na excisão de uma série de pequenos triângulos consecutivos de pele de cada lado da cicatriz e na interdigitação dos retalhos triangulares 
resultantes, produzindo um efeito "zigue-zague". Este procedimento é particularmente útil em cicatrizes longas, largas, curvas, contráteis ou perpendiculares 
às linhas de tensão da pele relaxada, localizadas na fronte, bochechas, queixo e nariz. A W-plastia é uma técnica frequentemente utilizada na cirurgia 
cosmética facial para camuflar uma cicatriz linear transformando-a num padrão irregular. 
• INTERPOLARIZAÇÃO (RETALHO INDIANO): semelhante aos retalhos de transposição, porém, no momento de 
sua transferência, mantém-se uma ponte cutânea sobre seu pedículo, que posteriormente deverá ser seccionada. 
Classificação de RETALHOS 1. Localização 2. Composição 3. Forma de mobilização 4. Irrigação sanguínea 5. Número de pedículos 
LOCALIZAÇÃO de RETALHOS: 
• RETALHOS de VIZINHANÇA: área doadora está muito próxima à área receptora, 
geralmente áreas adjacentes com características da pele bastante semelhantes. 
O TRATAMENTO DE PRIMEIRA ESCOLHA é o uso dos retalhos de vizinhança. 
• RETALHOS de DISTÂNCIA: a área doadora encontra-se distante da área receptora 
- Exemplo: peitoral para mandíbula 
COMPOSIÇÃO de RETALHOS: 
• SIMPLES: exclusivamente compostos por pele e tecido celular subcutâneo 
• COMPOSTOS: quando as duas faces são revestidas por pele 
- Exemplo: O retalho da região auricular para região da asa nasal 
TÉCNICA OPERAT´RIA RETALHO e ENXERTO MARCOS V T RAUTH 3 
 
IRRIGAÇÃO SANGUÍNEA• RETALHOS AXIAIS – São planejados e confeccionados em função do eixo de uma ou mais artérias que irão nutrir 
o retalho. 
➢ Indicados para cobertura de grandes lesões, onde o risco de necrose dos retalhos é elevada. Ex.: lesão de 
calcâneo. 
Em geral, são transferidos com base no eixo arterial. Também podem ser utilizados como retalhos micro cirúrgicos, 
são retalhos cuja artéria principal é seccionada e anastomosada em outra artéria, com auxilio de microscopia ou 
lupa cirúrgica, para tratamento de LESÕES DISTANTES da ÁREA DOADORA. 
Exemplos: 
• Retalho inguino-crural: RETALHO GROIN FLAP 
• Radial do antebraço ou braço: RETALHO CHINÊS 
• Retalho escapular e paraescapular 
• Retalho do calcâneo lateral 
 • Retalho DELTA PEITORAL, é o RETALHO DE BAKANJIAN 
• Retalho dorsal do pé 
• Retalho do médio frontal, é o RETALHO INDIANO, usado na reconstrução do nariz. 
NÚMERO de PEDÍCULOS: 
• MONOPEDICULADO: 1 pedículo vascular 
• BIPEDICULADO: 2 pedículos vasculares 
• MULTIPEDICULADO: 3 ou mais pedículos vasculares 
VIABILIDADE dos RETALHOS: 
O TEMPO de ISQUEMIA de um retalho SUBCUTÂNEO varia de 8 a 12h em média. 
• AVALIAÇÃO CLÍNICA: presença de sangramento, isquemia, infecção, compressão pelo curativo, hematoma. 
No INÍCIO a avaliação da viabilidade é CLÍNICA: a COLORAÇÃO, presença de SANGRAMENTO, 
diretamente relacionado com o FLUXO SANGUÍNEO do retalho. 
 
Se necessário são realizados testes de viabilidade: 
• TESTES de VIABILIDADE: TESTE com CORANTES VITAIS (FLUOROSCEÍNA) é o teste mais utilizado. 
Outros testes de viabilidade: fatores mecânicos, farmacológicos, fotoelétricos, metabólicos, angiografia, 
pressão sanguínea, radioisótopos e temperatura. 
• INTRA-OPERATÓRIO: além do FLUXO SANGUÍNEO, a tensão das linhas de sutura, a formação de hematoma , 
angulação do pedículo vascular, a compressão do retalho pelo curativo e a infecção també podem 
comprometer a viabilidade dos retalhos. 
 Portanto, uma adequada técnica cirúrgica: ASSEPSIA, ANTISSEPSIA, PONTO ADEQUADO, TENSÃO ADEQUADA, 
vai ter grande influência na VITALIDADE do RETALHO. 
• 
• RETALHOS RANDÔMICOS: vascularização é feita por meio de um Plexo. Geralmente corresponde ao plexo 
dermo-subdérmico. 
 Podem ser de AVANÇO 
 TRANSPOSIÇÃO: ZETAPLASTIA 
 ROTAÇÃO, 
 INTERPOLARIZAÇÃO ou 
 TUBULARES. 
Na região facial, por haver uma maior rede anastomótica arterial, eles podem ser relativamente longos, o que não 
acontece nos membros, principalmente os membros inferiores, pois possuem vascularização terminal. 
RETALHOS: 
 Indicados sobretudo para cobertura de áreas que não possuem condições ideais de 
revascularização de transplantes, ou seja, a própria área doadora deve possuir seus pedículos. 
 Também indicado para preenchimento de cavidades ou depressões. 
 Possui resultado estético melhor do que o enxerto. 
TÉCNICA OPERAT´RIA RETALHO e ENXERTO MARCOS V T RAUTH 4 
 
ENXERTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORIGEM do ENXERTO: 
• AUTO- ENXERTO: doador é o receptor. É a mesma pessoa. 
Quando as áreas doadora e receptora pertencem ao mesmo indivíduo. 
• ISO ENXERTO: doador e receptor da mesma espécie e linhagem genética (exemplo: gêmeos univitelinos) 
Quando as áreas doadora e receptora pertencem a gêmeos homozigotos. 
• HOMOENXERTO ou ALOENXERTO: doador e receptor da mesma espécie (exemplo: uso de cadáver e 
transplantes em geral, como rim, fígado, coração...) 
 Quando as áreas doadora e receptora pertencem a indivíduos da mesma espécie. 
• HETERO ENXERTO, XENO ENXERTO ou ZOO ENXERTO: doador e receptor de espécies diferentes (exemplo: pele 
de rã para enxerto de pele em áreas de queimadura em humanos.) 
 Quando as áreas doadora e receptora pertencem a indivíduos de espécies diferentes. 
 
ESPESSURA DE ÁREA DOADORA: 
• PARCIAL: São enxertos constituídos pela epiderme + parte da derme: 
São subdividicos em: 
• FINO: 0,125 a 0,275mm 
• MÉDIO: ou intermediário: 0,276 a 0,40mm 
• ESPESSO: 0,41 a 0,75 
Estas medidas são variáveis, pois a espessura da derme varia conforme a região do corpo, a idade, o sexo e a raça 
do indivíduo. 
• Podem ser usados de maneira PERMANENTE (AUTO-ENXERTO) ou 
 TEMPORÁRIA (HOMO ou HETEROENXERTO). 
Os TEMPORÁRIOS são aplicados nos casos em que não há pele suficiente para cobertura da ferida, funcionando 
como CURATIVO BIOLÓGICO para PREVENÇÃO de INFECÇÕES (ex.: QUEIMADOS, GRANDES ESCORIAÇÕES, 
EXTENSOS DESBRIDAMENTOS). 
Os TEMPORÁRIOS podem ser utilizados em GRANDES DEFEITOS, pois a área doadora se reepiteliza a partir dos 
anexos dérmicos, quando utilizados como REPARO após a ressecção de NEOPLASIAS da pele. Facilitam a 
observação de eventuais recidivas locais. 
Como desvantagem os TEMPORÁRIOS, apresentam a MAIOR DISCROMIA, MAIOR RETRAÇÃO SECUNDÁRIA e 
SEQUELAS VISÍVEIS na área doadora. 
• TOTAL: São enxertos que ocupam toda a epiderme e derme. 
Retira-se toda epiderme e derme. São mais resistentes que o de pele parcial. 
A principal indicação está nos casos em que há perda de substância da pele da FACE, em ÁREAS de APOIO e de 
MAIOR ATRITO. 
 Enxerto de pele TOTAL apresenta RESULTADO ESTÉTICO e FUNCIONAL MAIS FAVORÁVEL, com 
 MENORES ÍNDICES de DISCROMIA e RETRAÇÃO SECUNDÁRIA quando comparado aos enxertos de pele parcial. 
Entretanto, há MAIOR RETRAÇÃO PRIMÁRIA, sendo necessária a retirada de enxerto mais ampla que a área a ser 
coberta. 
Sua MAIOR LIMITAÇÃO é a exígua (pequena) área doadora, portanto o seu uso é RESTRITO À PEQUENAS LESÕES. 
ENXERTO: 
Indicação do enxerto: Em casos em que não é possível um tratamento de uma área cruenta com sutura primária 
CLASSIFICAÇÃO: 
1. Origem 
2. Espessura da área doadora 
3. Composição da área doadora 
4. Forma de enxertia 
TÉCNICA OPERAT´RIA RETALHO e ENXERTO MARCOS V T RAUTH 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RETIRADA do ENXERTO: 
• DERMÁTOMO ELÉTRICO: regula a espessura da área doadora. 
• FACA de BLAIR: manual, não regula a espessura. 
COMPOSIÇÃO da ÁREA DOADORA: 
• SIMPLES: apenas pele 
• COMPOSTO: pele associada à gordura, osso, cartilagem ou músculo. 
FORMAS de ENXERTIA: 
• ENXERTOS em ESTAMPILHA ou em FRAGMENTOS: São pequenos fragmentos de pele utilizados para revestir 
grandes áreas, nos casos em que não se dispõem de áreas doadoras suficientes. 
São enxertos de pele parcial, colocados sobre uma área receptora sob a forma de pequenos segmentos, 
semelhantes a pequenos “selos”. Entre um fragmento e outro ocorre a reepitelização a partir das bordas, 
o que compromete o resultado estético, restringindo seu uso. Sua maior indicação é o GRANDE QUEIMADO 
 pelo fato de existir uma grande área receptora e pouca área doadora. E o resultado estético é ruim, insatisfatório. 
• ENXERTOS em MALHAS (mesh graft): São enxertos de pele parcial, submetidos a ação de um aparelho 
expansor (expansor de Turner), de uma maneira que, após a expansão, eles adquirem um aspecto semelhante a 
uma malha ou rede, pois sofreu múltiplos cortes, aumentando sua superfície, nas proporções de 1,5:1 até 6:1, 
conforme a distância entre os cortes. 
 Indicado na cobertura de grandes áreas cruentas, onde há pouca disponibilidade de área doadora, principalmente 
nos GRANDES QUEIMADOS pela exiguidade (escassez) da área doadora. 
Apresentam um resultado estético insatisfatório. 
• ENXERTOS em TIRA ou LAMINADOS: São enxertos amplos, que permitem o revestimento de toda ou quase 
todaa área cruenta. 
São ENXERTOS de PELE PARCIAL obtidos por meio do uso de faca cirúrgica, como a faca de Blair, 
dermátomos manuais ou elétricos. 
➢ É o ENXERTO de PELE PARCIAL o mais utilizado • em CIRURGIA PLÁSTICA e 
 • em CIRURGIA ONCOLÓGICA, no tratamento de NEOPLASIA de PELE. 
➢ Os ENXERTOS de PELE mais utilizados são os AUTO- ENXERTOS de PELE PARCIAL em FORMA de TIRAS. 
PLANEJAMENTO CIRÚRGICO: 
• ÁREA DOADORA: É importante a escolha da área doadora. O preparo rigoroso do leito receptor e a fixação do 
enxerto ao leito receptor. 
A área doadora deve ser escolhida com o intuito de minimizar suas sequelas. 
Potencialmente qualquer área do corpo pode ser doadora. 
• Local ideal da área doadora: local mais semelhante o possível com a área receptora, proporcionando um 
melhor resultado estético. Dá-se preferência às áreas com apoio ósseo pela maior facilidade de retirada. 
• ENXERTOS de PELE PARCIAL: áreas + frequentes: coxa, perna, tórax, abdome, couro cabeludo, cavo-plantar. 
• ENXERTOS de PELE TOTAL (mais restritas): áreas + frequentes: supraclavicular, retroauricular, prega do punho, 
prega do cotovelo, prega inguinal, glútea, aréola, prepúcio, pequenos lábios e pálpebra superior. 
• ÁREA RECEPTORA: 
• Deve-se ter um preparo adequado do leito receptor é fator determinante para o sucesso da enxertia da pele. 
• Tamanho 
• Bom aspecto: deve estar limpo, com presença de granulação firme, coloração viva e plana, sem evidência de 
infecção, com a presença de vascularização adequada e não muito extenso. 
• Nos casos que for necessário realizar enxerto de pele sobre ossos corticais sem periósteo, esses devem ter 
sua camada cortical perfurada, para que haja granulação a partir da camada medular. Pois, osso sem periósteo, 
cartilagem sem pericôndrio, tendão sem paratendão, constituem-se em leitos inadequados, por não apresentarem 
capacidade de nutrição dos enxertos. Obs.: DEFINIÇÃO principal do ENXERTO: SE NUTRE POR CONTIGUIDADE. 
• FIXAÇÃO do ENXERTO de PELE: 
• Pontos com fios de NYLON filamentar 5 zeros (mais realizado), esparadrapo (microporo), cola de fibrina. 
• CURATIVO de BROWN (realizado com os próprios fios de fixação do enxerto, com a finalidade de imobilizá-lo. 
Muito utilizado em extremidades: mão, pé, região nasal e em áreas de difícil imobilização com curativos comuns. 
TÉCNICA OPERAT´RIA RETALHO e ENXERTO MARCOS V T RAUTH 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUIDADO PÓS-OPERATÓRIO: 
• ÁREA DOADORA: 
• ENXERTOS de PELE PARCIAL: o curativo é feito em 3 camadas, retirado após 30 ou 50 dias pós operatório. 
O curativo em 3 camadas: A 1ª gaze do tipo Rayon embebida em solução fisiológica ou vaselina líquida, 
A 2ª camada: algodão hidrófilo com gaze e a 3ª camada é com ma atadura de crepe. 
Em geral, é exposta no 3° ao 5° dia pós-operatório devendo-se manter a gaze Rayon até o seu total desprendimento 
que ocorre em média em 10 dias 
Normalmente a área doadora de enxertos de pele parcial de média espessura se REEPITELIZAM entre 8 a 12 dias. 
• ENXERTOS de PELE TOTAL: Como toda a derme é retirada no ENXERTO TOTAL, a área doadora em geral é 
fechada por síntese primária direta (síntese direta: SUTURA PRIMÁRIA). Ou, quando não há esta possibilidade 
poderá ser ENXERTO de PELE PARCIAL. 
• ÁREA RECEPTORA: 
• CURATIVO: o curativo é feito em 3 camadas ou curativo de Brown. O objetivo principal é a PROTEÇÃO ou a 
IMOBILIZAÇÃO do enxerto. 
O curativo é mantido no mínimo até o 5o dia pós operatório, daí a área pode ser exposta. Realizando a limpeza 
cuidadosa com Soro Fisiológico, desbridando as áreas que não aderiram ao leito receptor e rompendo as 
flictenas (bolhas na pele). 
• IMOBILIZAÇÃO: nos membros, a imobilização pode ser completa com TELAS GESSADAS. 
 Na região cervical utilizar um curativo, que além de propiciar a COMPRESSÃO, 
 mantem a área imobilizada em EXTENSÃO. 
➢ O RETORNO da SENSIBILIDADE na área do enxerto pode ocorre pela REINERVAÇÃO SENSITIVA, 
por meio do crescimento de fibras nervosas provenientes do leito receptor que migram para o interior do enxerto. 
Em geral essa recuperação tem início em torno da 4a ou 5a semana, atingindo o máximo em torno de 12 a 24 meses. 
O crescimento nervoso é muito lento. 
De maneira geral, a longo prazo, o resultado dos RETALHOS é superior aos ENXERTOS. 
 Os RETALHOS apresentam COLORAÇÃO e TEXTURA NORMAIS, 
 preservam as glândulas sebáceas e sudoríparas, além da manutenção dos pelos. 
Após alguns meses, a sua ESPESSURA geralmente sofre REDUÇÃO. 
Ambos, RETALHOS e ENXERTOS podem apresentar regeneração nervosa sensitiva dentro de meses ou anos. 
COMPLICAÇÕES nos RETALHOS e nos ENXERTOS: 
• IMEDIATAS (precoces):o HEMATOMA, a INFECÇÃO, o SEROMA, a necrose total ou parcial do retalho, 
 a deiscência de sutura e a epiteliose (Lesão caracterizada por intensa proliferação epitelial). 
Principais causas: mobilidade do enxerto sobre o leito receptor, leito receptor mal vascularizado, 
erros técnicos, hemostasia inadequada, sutura do enxerto sob tensão impedindo o contato adequado entre o 
enxerto e o leito receptor e o armazenamento inadequado do enxerto (in situ, em refrigeração ou em congelação). 
A complicação mais temida é a PERDA DO ENXERTO, que na maioria dos casos está relacionada à uma das 
complicações já citadas. 
• TARDIAS: 
• DISCROMIAS: Distúrbios de pigmentação mais frequente é a HIPERPIGMENTAÇÃO, causada por 
ESTIMULAÇÃO dos MELANÓCITOS através de HORMÔNIOS ou devido a RAIOS SOLARES. 
Quanto MAIS DELGADO o ENXERTO, → MAIOR o índice de DISCROMIA – problemas de circulação. 
• ALTERAÇÕES CICATRICIAIS: QUELÓIDES ou CICATRIZES HIPERTRÓFICAS, 
principalmente em pacientes predispostos – JAPONESES e AFRODESCENDENTES; 
• RETRAÇÃO SECUNDÁRIA e DEPRESSÃO da ÁREA ENXERTADA: a proliferação dos MIOFIBROBLASTOS 
se inicia por volta do 10o dia pós operatório, e continua até ao redor do 6o mês. 
A RETRAÇÃO SECUNDÁRIA é menor em áreas mais rígidas, como enxertos sobre o periósteo. 
A COMPRESSÃO tem como objetivo reduzir a intensidade do processo do RETRAÇÃO SECUNDÁRIA. 
 Na DEPRESSÃO da ÁREA ENXERTADA: pequenas diferenças de nível apresentadas podem aparecer 
após alguns meses. 
TÉCNICA OPERAT´RIA RETALHO e ENXERTO MARCOS V T RAUTH 7 
 
QUESTÕES 
 
 
 
Os Retalhos de Pele se diferem dos Enxertos de Pele por conta da vascularização da área a ser transplantada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Plastia em W é uma técnica frequentemente utilizada na cirurgia cosmética facial para camuflar uma cicatriz linear transformando-
a num padrão irregular. Consiste na excisão de uma série de pequenos triângulos consecutivos de pele de cada lado da cicatriz e na 
interdigitação dos retalhos triangulares resultantes, produzindo um efeito "zigue-zague". Este procedimento é particularmente útil 
em cicatrizes longas, largas, curvas, contráteis ou perpendiculares às linhas de tensão da pele relaxada, localizadas na fronte, 
bochechas, queixo e nariz. 
 Está ainda indicada em cicatrizes em superfícies curvas como a mandíbula ou em concavidades, cicatrizes largas ou com marcas de 
pontos semelhantes a linha de trem, bem como para dissipar as forças de contratura e prevenir novas retrações cicatriciais.Deve ser 
realizada em locais onde exista tecido adjacente frouxo, como na fronte, regiões temporais, bochechas ou mento.2 Não existe 
alongamento da cicatriz e o tecido é removido, pelo que existe um aumento da tensão da rede no eixo perpendicular à cicatri 
-trepanadas :fragmentos de pele humana, 
"trepanadas", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [emlinha], 2008-2020, 
https://dicionario.priberam.org/trepanadas [consultado em 16-09-2020]. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espessura total tem maior contração primária (maior quantidade elástica na derme) e menor contração secundária. 
 
 
 
 
 
 
Enxerto de pele TOTAL apresenta RESULTADO ESTÉTICO e FUNCIONAL MAIS FAVORÁVEL, com 
 MENORES ÍNDICES de DISCROMIA e RETRAÇÃO SECUNDÁRIA quando comparado aos enxertos de pele parcial. 
 
uso de enxerto de pele TOTAL é preferido, em decorrência da melhor qualidade estética e funcional 
4. Retalhos são tecidos com várias composições que carregam consigo seu próprio suprimento sanguíneo de um sítio 
doador para um sítio receptor. A respeito desse assunto, julgue os itens a seguir. Os retalhos em V-Y são amplamente 
utilizados para desfazimento de bridas em cicatrizes pós-queimadura, em casos de doença de Dupuytren e para 
fechamento de defeitos cutâneos em região malar V. 
5. Retalhos são tecidos com várias composições que carregam consigo seu próprio suprimento sanguíneo de um 
sítio doador para um sítio receptor. A respeito desse assunto, julgue os itens a seguir. O retalho de Keystone é um 
retalho locorregional utilizado para fechamento de defeitos cutâneos dos membros inferiores, superiores, pés e 
troncos. V. 
6. Retalhos são tecidos com várias composições que carregam consigo seu próprio suprimento sanguíneo de um sítio 
doador para um sítio receptor. A respeito desse assunto, julgue os itens a seguir. As W-plastias não são indicadas 
para reorientar cicatrizes prévias de forma linear nem para tratamento de cicatrizes trepanadas. F. 
1.A diferença entre enxertos e retalhos é definida 
(A) pela vascularização.(B) pela área receptora.(C) pela espessura.(D) pelo tempo de integração. 
2. Retalhos são tecidos com várias composições que carregam consigo seu próprio suprimento sanguíneo de um sítio 
doador para um sítio receptor. A respeito desse assunto, julgue os itens a seguir. Retalhos de transposição podem ser 
baseados em um pedículo vascular, como, por exemplo, o retalho frontal mediano ou o retalho nasolabial, largamente 
utilizados para reconstrução nasal. V. 
7. Considerando que os enxertos cutâneos são a opção padrão para o fechamento de defeitos que não podem ser 
fechados de modo primário, julgue os itens seguintes. Os enxertos de espessura parcial podem conter vários 
anexos da pele, como glândulas sudoríparas e sebáceas e folículos capilares, e permitem a cobertura de grandes 
áreas corporais, razão por que são de utilização variada. V. 
8. Considerando que os enxertos cutâneos são a opção padrão para o fechamento de defeitos que não podem ser 
fechados de modo primário, julgue os itens seguintes. Os enxertos sofrem dois fenômenos de contração: 
primária, a qual depende da presença de elastina, e secundária, a qual depende da atividade dos 
miofibroblastos, sendo essa última maior quanto mais espesso for o enxerto. F. 
9. Considerando que os enxertos cutâneos são a opção padrão para o fechamento de defeitos que não podem ser 
fechados de modo primário, julgue os itens seguintes. Após a retirada de enxerto de pele parcial, a área doadora 
regenera-se a partir da migração epitelial dos anexos de pele que são deixados na derme, sendo possíveis várias 
retiradas de enxerto da mesma área. V. 
10. Considerando que os enxertos cutâneos são a opção padrão para o fechamento de defeitos que não podem ser 
fechados de modo primário, julgue os itens seguintes. Em lesões de face, o uso de enxerto de pele parcial é 
preferido, em decorrência da melhor qualidade estética e funcional. F. 
TÉCNICA OPERAT´RIA RETALHO e ENXERTO MARCOS V T RAUTH 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMENTARIO: O leito receptor ideal deverá estar limpo, caracterizado pela presença de granulação firme, viva e plana, 
sem evidência de infecção, bem vascu larizado e não muito extenso. A perda de enxertos cutâneos se deve a um ou mais 
dos seguintes motivos: coleções fluidas abaixo do enxerto, forças de cisalhamento que rompem o enxerto aderente, 
presença de infecção levando à lise do enxerto, ou a uma excisão inadequada do leito da lesão com tecido necrótico 
remanescente. Resposta d. 
 
 
 
 
 
 
A embebição serosa, inicialmente, forma uma camada de fibrina que ancora o enxerto ao leito receptor. 
 A absorção de nutrientes ocorre por ação da capilaridade 
A circulação está restabelecida no 4º dia após a co locação do enxerto, e estará normal ao redor do 29º dia 
 
 
 
 
 
 
-em estampilhas sãoresultado estético é ruim, insatisfatório. 
-em malha Indicado na cobertura de grandes áreas cruentas, onde há pouca disponibilidade de área doadora, 
principalmente nos GRANDES QUEIMADOS pela exiguidade (escassez) da área doadora. 
- Espessura total tem maior contração primária (maior quantidade elástica na derme) e menor contração 
secundária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12. Considerando que os enxertos cutâneos são a opção padrão para o fechamento de defeitos que não podem ser 
fechados de modo primário, julgue os itens seguintes. Embora o enxerto de gordura livre, introduzido após a 
lipoaspiração, venha sendo largamente utilizado para enxertos volumétricos, ele deve ser evitado para o 
alargamento no pênis, sob o risco de necrose. V. 
11. Considerando que os enxertos cutâneos são a opção padrão para o fechamento de defeitos que não podem ser 
fechados de modo primário, julgue os itens seguintes. O sucesso da enxertia de pacientes com feridas crônicas 
depende de aspectos como boa condição geral do paciente, bom preparo da área receptora, com uso de 
curativos, desbridamentos prévios, combate a infecção e uso de curativos com pressão negativa. V. 
13. Em uma unidade de tratamento de queimados, um paciente teve perda de 80% do enxerto de pele a que foi 
submetido. As causas mais prováveis para a perda desse enxerto foram: 
a) infecção, torção do pedículo vascular e hematoma sob o enxerto 
b) infecção, estase venosa e compressão do pedículo causada pelo curativo 
c) leito receptor pouco vascularizado, torção do pedículo vascular e estase venosa 
d) infecção, acúmulo de líquido sob o enxerto e leito receptor pouco vascularizado. 
14. UNICAMP 2013. Em relação aos ENXERTOS DE PELE, quanto á sua integração, pode-se afirmar que: 
a) A nutrição do enxerto se faz por embebição plasmática nas primeira 48 horas. 
b) A nutrição se faz através da perfusão através do edema. 
c) O fenômeno de inosculação está presente imediatamente após a enxertia. 
d) A neovascularização inicia-se após 21 dias. 
15. Com referência à cobertura de pele, os enxertos 
(A) em estampilhas são mais difíceis de integrar (pegar), mas têm razoável resultado estético. 
(B) em malha são contraindicados para grandes queimados. 
(C) em tiras classificam-se em finos, médios e espessos. 
(D) de pele total apresentam contratura secundária maior que os de pele parcial. 
16. A zetaplastia é um exemplo de retalho 
(A) por avançamento. 
(B) por rotação. 
(C) em ilha 
(D) por transposição. 
TÉCNICA OPERAT´RIA RETALHO e ENXERTO MARCOS V T RAUTH 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma questão frequente em exames é qual angulação de zetaplastia permite o maior alongamento de uma cicatriz, cuja 
resposta é 90°. Nãoconfun dir com a pergunta sobre qu al é a angulação mais utilizada na prática cirúrgica, qu e é a de 60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- O ENXERTO é um fragmento de pele separado completamente do seu leito vascular original, sendo dependente do seu 
suprimento da área receptora. 
- O RETALHO mantém o pedículo vascular da área doadora. 
-Fase de embebição plasmática: enxerto pálido devido à vasoconstrição e diminuição de hemácias no interior. Inicia-se 
Puxo de líquido da área receptorapara a doadora. Dura 48h. 
- Xenoenxerto ou xenotransplante (origem grega transl.: xenos significa estranho, convidado, hóspede) é um enxerto 
cirúrgico de tecido de uma espécie para outra distinta (ou género ou família). 
17. PUC-PR, 2017. Em relação à espessura dos enxertos de pele, assinale a alternativa 
CORRETA. 
a) Os enxertos de pele total sofrem menor contração secundária e maior contração primária. 
b) Os enxertos de pele parcial sofrem maior contração secundária e menor contração primária. 
c) A área doadora de enxertos de pele total é extensa, enquanto a área doadora de enxertos 
de pele parcial é mais restrita. 
d) Os enxertos de pele total e parcial não estão indicados para lesões de mucosas devido à 
diferença histológica desses tecidos. 
e) Os enxertos em tiras são os menos utilizados, enquanto os enxertos em estampilha ou 
malha são utilizados nos grandes queimados, cuja área doadora é abundante. 
18.O RETALHO DELTA-PEITORAL é também conhecido como: 
a) RETALHO DE SCHULMANN 
b) RETALHO DE BAKANJIAN. 
c) RETALHO INDIANO 
19. A ZETAPLASTIA ou plástica em “Z”consiste na transposição de 2 retalhos triangulares coma finalidade de alongar 
uma cicatriz e reposicionar a cicatriz às linhas de força local. Qual o melhor ângulo para se realizar uma zetaplastia? 
a) 45º 
b) 90º. 
c) 30º 
20. Sobre os ENXERTOS CUTÂNEOS, é correto afirmar que: 
a) Nos primeiros dias depende somente do processo de embebição para sobreviver. 
b) Enxertos cutâneos de pele total integram mais facilmente em leitos ricos em fibrose. 
c) Leitos receptores infectados devem receber enxertos laminados finos que integram mais rapidamente. 
d) Não estão indicados em lesões de grandes dimensões por produzirem resultado estético inadequado. 
e) Ao indicar-se uma auto-enxertia cutânea na face, deve-se usar como área doadora a região dorsal onde a cor da 
pele é mais próxima à da face. 
21. Assinale a alternativa que indica a melhor definição para RETALHO. São transplantes de 
a) Tecido que mantém sua vascularização funcionante após a transferência. 
b) Tecido que não tem vascularização própria e dependem exclusivamente do leito receptor para sua sobrevivência. 
c) Tecido homólogo que depende de um pedículo microvascular. 
d) Tecido que pode ser rodado para qualquer local do organismo. 
e) Pele obtidos com dermátomo e que mantêm íntegra sua vascularização. 
22.Sobre ENXERTO de PELE, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Por definição, enxerto de pele é a retirada completa de pele de uma região e a sua transferência para outra área 
com um pedículo vascular. 
b) Nas primeiras 48 horas, o enxerto nutre-se por embebição. 
c) O xenoenxerto caracteriza-se por ser o doador e receptor indivíduos da mesma espécie. 
d) Hematoma, seroma e infecção não influenciam na integração do enxerto na área receptora. 
e) No pós-operatório não há necessidade de imobilizar a área que recebeu o enxerto. 
TÉCNICA OPERAT´RIA RETALHO e ENXERTO MARCOS V T RAUTH 10 
 
- IMOBILIZAÇÃO: nos membros, a imobilização pode ser completa com TELAS GESSADAS. 
 Na região cervical utilizar um curativo, que além de propiciar a COMPRESSÃO, 
 mantem a área imobilizada em EXTENSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23. 2013. SES-PE 
Com relação ao enxertos de pele, é correto afirmar que: 
a) Passam pelas fases de inosculação, embebição e neovasculação, nesta ordem 
b) A contração primária se deve à presença de elastina, existe na derme. 
c) A contração secundária ocorre pela supressão dos miofibroblastos. 
d) O enxerto de pele total tem mais chance de integração. 
e) Com relação à espessura, o enxerto de Padget é o total, enquanto de Ollier-Thiersch corresponde ao parcial fino 
24. UNESP 
Em uma unidade de tratamento de queimados, um paciente teve perda de 80% do enxerto de pele a que foi 
submetido. As causas mais prováveis para a perda desse enxerto foram: 
a) Infecção, torção do pedículo vascular e hematoma sob enxerto. 
b) Infecção, estase venosa e compressão do pedículo causada pelo curativo. 
c) Leito receptor pouco vascularizado, torção do pedículo e estase venosa. 
d) Infecção, acúmulo de líquido sob o enxerto e leito receptor pouco vascularizado. 
e) Leito receptor pouco vascularizado, pedículo vascular insuficiente e compressão do pedículo causada pelo 
curativo. 
25. Em relação aos enxertos de pele, quanto a sua integração. Pode-se afirmar que: 
a) A nutrição do enxerto se faz por embebição plasmática nas primeiras 48 horas. 
b) A nutrição se faz através da perfusão através do edema. 
c) O fenômeno de inosculação está presente imediatamente após a enxertia. 
d) A neovascularização inicia-se após 21 dias. 
26. Assinale a alternativa INCORRETA quanto aos enxertos de pele: 
a) A integração dos enxertos ocorre em duas fases: fase de embebição plasmática e fase vascular. 
b) Os enxertos de pele parcial são os mais empregados em pacientes queimados. 
c) Os enxertos de pele parcial apresentam melhor resultado estético e funcional do que os enxertos de pele total. 
d) Os enxertos de pele total têm como principal desvantagem, o uso restrito a pequenas lesões pela exiguidade da 
áreas doadoras. 
e) São áreas comuns para a retirada dos enxertos de pele parcial: coxa, perna, abdome, tórax anterior e posterior, 
couro cabeludo e cavo-plantar. 
TÉCNICA OPERAT´RIA RETALHO e ENXERTO MARCOS V T RAUTH 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
-Enxertos de pele total tendem a ser pedaços menores de pele, já que a área doadora de onde é colhida é geralmente 
unida e fechada em uma incisão reta com pontos ou grampos. 
-Enxertos cutâneos de espessura parcial: Finos (Ollier-Thiersch): úteis nos doentes grandes queimados, pois há melhor 
restauração da área doadora e integração mais fácil. 
-Quanto mais espesso o enxerto, maior a qualidade da reconstrução realizada 
-Feridas superficiais cobertas com pele de espessura total contraíam mais do que se cobertas com pele de espessura 
parcial. 
-Feridas que atingiam a fáscia muscular, se cobertas com epiderme pura ou enxerto de pele de espessura parcial, 
apresentavam contração maior do que se cobertas com pele de espessura total 
https://www.scielo.br/pdf/abd/v81n5/v81n05a10.pdf 
- Quanto à contração, sabemos que os enxertos de espessura parcial têm menor contração primária e maior contração 
secundária, já os de espessura total tem maior contração primária (maior quantidade elástica na derme) e menor 
contração secundária. Essa avaliação é de fundamental importância para compreendermos os resultados a longo prazo 
dos pacientes, que podem apresentar uma evolução boa no pós-operatório recente e evoluirem para retrações no PO 
tardio (principalmente os de espessura parcial. 
REVISTA BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA http://www.rbcp.org.br/details/304/pt-BR/enxerto-epidermogorduroso-e-
suas-aplicacoes 
-os EPT não sofrem contração tão frequentemente como os EPP, o que é particularmente importante em 
zonas como a face, mãos e sobre articulações. 
https://core.ac.uk/download/pdf/43586523.pdf 
 
28. PREENCHA AS LACUNAS: 
a) A hipoderme possui a camada AREOLAR que possui menor vascularização, sendo o melhor plano de clivagem dos 
retalhos. 
b) As artérias PERFURANTES nutrem o músculo, a fáscia e a pele. 
c) O ENXERTO é um fragmento de pele separado completamente do seu leito vascular original, sendo dependente do seu 
suprimento da área receptora. 
d) O RETALHO mantém o pedículo vascular da área doadora. 
e) O retalho COMPOSTO possui duas faces revestidas de pele. 
f) O retalho de TRANSPOSIÇÃO é realizado por meio de um pivô para o tratamento de uma lesão adjacente. 
g) O retalho de INTERPOLARIZAÇÃO mantém uma ponte cutânea sob seu pedículo, queposteriormente deverá ser 
seccionada. 
h) Um exemplo de retalho de transposição é o TRILOBADO. 
i) A avaliação inicial da viabilidade do retalho é CLÍNICA. 
j) No AUTO-ENXERTO o doador e o receptor são o mesmo indivíduo. 
l) A retirada do enxerto pode ser com A FACA DE BLAIR porém não há controle da sua espessura. 
m) Os enxertos colocados na área doadora sob forma de pequenos fragmentos é chamado de ESTAMPILHA. 
n) Os enxertos em forma de MALHA são submetidos à ação de um aparelho expansor. 
o) No enxerto de pele parcial o curativo da área doadora é realizado em 3 camadas, após o 3º ao 5º DIA deve-se manter 
somente a primeira camada. 
p) Quanto mais delgado o enxerto, maior a chance de haver DISCROMIA como complicação tardia no pós -operatório. 
q) A DEPRESSÃO da área enxertada é a pequena diferença de nível apresentado quando comparado com o tecido normal. 
r) Em relação a irrigação do retalho os AXIAIS são aqueles confeccionados em função do eixo de uma ou mais artérias 
para nutrí-lo. 
s) Os ALOENXERTOS são aqueles nos quais o doador e receptor são indivíduos diferentes. 
t) Os enxertos de pele mais utilizados são os auto-enxertos de pele PARCIAL e em forma de TIRAS. 
 
 
27. Em relação aos enxertos de pele parcial e total, assinale a alternativa correta. 
a) A quantidade de pele a ser retirada para enxerto é menor na pele total em relação à pele parcial. 
b) A adaptação do enxerto na área receptora (pega) é mais fácil na pele total. 
c) O enxerto de pele parcial é indicado para perdas de pele da palma da mão. 
d) A qualidade de pele do enxerto total é pior do que a do enxerto parcial 
e) O enxerto de pele total tem mais tendência à retração. 
TÉCNICA OPERAT´RIA RETALHO e ENXERTO MARCOS V T RAUTH 12 
 
FASES DA INTEGRAÇAO DO ENXERTO. 
FISIOLOGIA 
1. Fase de embebição plasmática: enxerto pálido devido à vasoconstrição e diminuição de hemácias no interior. Inicia-se 
Puxo de líquido da área receptora para a doadora. Dura 48h. 
2. Fase de inosculação: Após 48h, inicia-se anastomoses entre os vasos das duas áreas. Circulação linfática se faz da 
mesma forma. 
3. Fase de Revascularização: A partir de 5º dia a circulação começa a ser mais efetiva. O desenvolvimento vascular 
contínua, e por volta do 21º dia considera-se o enxerto integrado. 
 Fatores que interferem na integração do enxerto: Inexperiência do profissional. Desnutrição grave, Diabetes melitus, 
HAS, tumor maligno em atividade, uso de anti-inflamatórios, anticoagulantes, quimioterápicos e imunossupressores. 
-Enxertos cutâneos de espessura parcial: Finos (Ollier-Thiersch): úteis nos doentes grandes queimados, pois há melhor 
restauração da área doadora e integração mais fácil. 
-Enxertos cutâneos de espessura parcial Grossos (Padgett): melhor resultado estético dentre os enxertos de pele parcial. 
Área doadora com maior tempo para restauração 
-A qualidade estética e funcional dos enxertos é diretamente proporcional à quantidade de derme transplantada. 
Ou seja, quanto mais espesso o enxerto, maior a qualidade da reconstrução realizada. Essa característica é máxima nos 
enxertos de pele total e mínima no enxerto de pele parcial fino 
-Enxertos de pele total tendem a ser pedaços menores de pele, já que a área doadora de onde é colhida é geralmente 
unida e fechada em uma incisão reta com pontos ou grampos. 
- Em pacientes tabagistas crônicos a microcirculação inicial da integração do enxerto cutâneo pode se encontrar 
dificultada 
- O processo de integração do enxerto EDG tem uma analogia com a integração do enxerto de gordura preconizada 
por Bright e cols(1), assim como por Peer(1,12). Por volta do quarto dia de PO ocorre a anastomose entre canalículos 
capilares - 10 a 12µ (condutores vasculares) do leito receptor com os do enxerto presentes na sua porção gordurosa, 
também conhecido como inosculação (até então a nutrição se faz por embebição plasmática). Por volta do 10º dia 
ocorre a penetração de novos capilares e, posteriormente, de arteríolas terminais - 10 a 30µ do leito em direção ao 
enxerto

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