Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MECÂNICA DOS SOLOS: TOPOGRAFIA - PARTE I Topografia = topometria + topologia Topometria – planimetria (medidas de ângulos e distância no plano horizontal (x,y)) e altimetria (medidas de ângulos e distância no plano vertical z). Métodos clássicos de altimetria e planimetria substituídos por fotogrametria (satélites e drones) e laser scanner 3D. Topologia – estuda as formas do terreno, interpretação dos dados obtidos na topometria e representação gráfica do relevo. Sistemas de coordenadas Coordenadas dependem da superfície de referência e a sup. Terrestre é extremamente difícil de ser modelada matematicamente, aproximada por um elipsoide de revolução. Geodésicas (ângulos) ou planas (projeção terrestre em um plano). Coordenadas geodésicas – meridianos e paralelos. Latitude – variando de 0 a 90º, no sentido norte ou sul. Longitude – ângulo variando em relação ao meridiano de Greenwich 0 a 180º no sentido leste ou oeste. Além da latitude e longitude, é comum que seja fornecida a altitude, medida em relação ao nível médio do mar. Sistema geodésico brasileiro (SGB) utiliza coordenadas geodésicas tendo como referência o Elipsoide Internacional de 1967. Coordenadas Universal transversa de Mercator (UTM) – baseado na projeção cilíndrica transversa secante. Longitudinalmente – 60 zonas (6º cada) iniciando no antimeridiano de Greenwich (180º W); mesmos critérios da Carta Internacional ao Milionésimo. Latitudinalmente – 20 faixas , C até X, omitindo-se a I e O. 8º cada, exceto a faixa X de 12º. Sistema UTM sistema utilizado pela Cartografia Brasileira, utiliza como referência, o Elipsoide Internacional de 1967, facilitando a correspondência com o SGB. Sistema topográfico local – coordenadas planas cartesianas (método direto clássico). Abrangência limitada com dimensão máxima de 80 km, limitados os erros decorrentes da desconsideração da curvatura terrestre. Instrumentos básicos: teodolitos, níveis e medidores eletrônicos de dist. (MED) Instrumentos auxiliares: balizas, prumos esféricos, trenas, miras, prismas, termômetro, barômetro, psicômetro, dinamômetro, sapatas e pára-sol. NÍVEL: finalidade de medir o desnível (dif. De altura) pela diferença entre as leituras posicionando-se a mira. Tipo: Óptico, digital ou a laser. TEODOLITO: medição de ângulos horizontais e verticais, podendo também ser utilizados na leitura da mira. Tipo: mecânico, óptico e eletrônico. MED: utilizados exclusivamente na medição de distâncias lineares; Medição indireta através da reflexão de um sinal infravermelho. ESTAÇÕES TOTAIS OU TAQUEÔMETRO: nível + teodolito + MED. Capazes de armazenar e processar dados como: Altura do instrumento, coordenadas UTM, altitude, etc. Medição da ordem de km, quando utilizados com prismas. TRENAS: medição direta de distância (diastímetros). Tipo: fibra de vidro, lona ou aço inox. BALIZAS: finalidade de manter o alinham. horizontal (levantamento planimétrico), quando a distância a ser medida é maior que a trena. FICHAS: utilizadas no alinham. horizontal junto com balizas, em posições intermediárias. MIRAS: régua graduada, utilizada no levantamento altimétrico. NÍVEL DE CANTONEIRA: utilizadas para manter a baliza ou mira na posição vertical. FIO DE PRUMO: posicionar o instrumento no ponto de apoio. As estacas, piquetes, marcos de concreto, pinos de metal e superfícies pintadas com tinta são materializações de pontos de apoio que amarram o levantamento topográfico ao terreno. Após a cravação no solo, apenas uma pequena parte do piquete fica visível, são cravadas estacas testemunhas próximas ao piquete (de 30 a 50 cm) para facilitar sua localização. Medição de ângulos e distâncias no plano horizontal. Medição direta – uso da trena Medição indireta – trigonometria. Azimute – medido a partir do norte no sentido horário, variando de 0º a 360º. Rumo – menor ângulo entre a direção considerada e a referência. A partir do norte ou do sul, variando de 0º a 90º. Poligonais – linhas que ligam pontos consecutivos. Poligonais fechadas – início e término no mesmo ponto. Permite a verificação dos erros. Pode ser determinada pelos seus ângulos externos, internos ou de deflexão. Poligonal secundária – determina pontos do apoio topográfico de segunda ordem, apoiada nos vértices da pol. Principal. A deflexão é o ângulo que o lado seguinte (vante) da poligonal forma com o prolongamento do alinhamento anterior (ré), medido a partir desse prolongamento. MECÂNICA DOS SOLOS: TOPOGRAFIA - PARTE II Medição de ângulos e distâncias no plano vertical. Principal objetivo determinação de cotas ou altitudes Desnível entre dois pontos – leitura nas miras na posição ré e vante. Visada de ré: leitura feita com o intuito de se determinar a altura do instrumento (AI). Visada de vante: leitura feita com o intuito de se determinar a cota ou altitude de determinado ponto. 𝑨𝑰 = 𝑯𝑹 + 𝑳𝑹 𝑯𝒗 = 𝑨𝑰 − 𝑳𝒗 Ponto Visada de Ré AI Vante Vante de mudança COTA 0 1,80 101,80 - - 100,00 1 - 101,80 1,50 - 100,30 2 - 101,80 1,30 - 100,50 3 - 101,80 1,40 - 100,40 4 - 101,80 1,20 - 100,60 5 - 101,80 - 1,00 100,80 5 2,30 103,10 - - 100,80 Alturas calculadas, indiretamente, por meio de ângulos verticais – relações trigonométricas. A partir desses ângulos, e das distâncias horizontais e inclinadas, calcula-se a cota ou altitude. 𝐻𝑧 = 𝐷ℎ 𝑡𝑔 𝑧 = 𝐷ℎ 𝑐𝑜𝑡 𝑧 Ou 𝐻𝑧 = 𝐷ⅈ 𝑐𝑜𝑠 𝑧 𝛥𝐻 = 𝐴𝐼 + 𝐻𝑧 − 𝐻𝑚 𝐼𝑛𝑐𝑙ⅈ𝑛𝑎çã𝑜 (%) = 𝛥𝐻 𝐷ℎ 𝑥 100 Cálculo da inclinação importante em diversas áreas da engenharia: inclinação máxima de uma rampa, de laje, de um talude de aterro. A execução de levantamento topográfico, no Brasil, é normatizada pela ABNT NBR 13133 (1994), segundo a qual o levantamento topográfico deve ter, em qualquer de suas finalidades, no mínimo, as seguintes fases: a) planejamento, seleção de métodos e aparelhagem; b) apoio topográfico; c) levantamento de detalhes; d) cálculos e ajustes; e) original topográfico; f) desenho topográfico final; g) relatório técnico Levantamento de detalhes: conjunto de operações topográficas clássicas (poligonais, irradiações, interseções, ou por ordenadas sobre uma linha-base), destinado à determinação das posições planimétrica e/ou altimétrica dos pontos, que vão permitir a representação do terreno a ser levantado topograficamente a partir do apoio topográfico. Princípio da vizinhança – otimizar a distribuição de erros. Limitação dos comprimentos das visadas, tanto ré quando de vante: segundo a Norma devem ser aproximadamente igual e de, no máximo 80m, sendo ideal 60 m. Ângulo vertical: linha da visada medido a partir da linha do horizonte. Zenital: entre a vertical (acima do observador) e a linha de visada. Nadiral: entre a vertical (abaixo do observador) e a linha de visada. MECÂNICA DOS SOLOS: TOPOGRAFIA - PARTE III E TERRAPLENAGEM Representação dos dados obtidos no levantamento. ESCALA: 𝐸 = 1: 𝐷𝑅𝐸𝐴𝐿 𝐷𝐷𝐸𝑆𝐸𝑁𝐻𝑂 CURVAS DE NÍVEL: Pontos de mesma conta ou altitude. Também chamadas de isolinhas ou isoípsas. Formadas a partir da intersecção de planos horizontais, paralelos e equidistantes entre si. Duas linhas jamais se cruzam ou se tocam. Sempre é fechada. Mais próximas – maior inclinação. Mais afastadas – mais plano. Tipos de acidentes geográficos: Depressão e elevação: curvas de maior valor envolvem a de menor valor (depressão) ou o contrário (elevação). Espigão: elevação alongada. Corredor: faixa entre duas elevações de grande extensão. Talvegue: linha de encontro de duas vertentes (fundo de um vale), associado a formação de rios ou cursos d’agua. Vale: superfície côncava, associado ao talvegue. Divisor de águas: linha formada pelo encontro de dois cumes. Dorso: superfície convexa, associado ao divisor de águas. Curva de nível- Intersecção de planos horizontais. Perfil topográfico - Intersecção de um plano vertical. Muito utilizado no cálculo de volumes de terraplenagem, Adequar a topografia original do terreno ao projeto de construção. Conjunto de operações: escavação, carga, transporte, descarga e compactação dos solos aplicadas em aterros e cortes, Empréstimo: solo para suprir a deficiência ou insuficiência de material necessário à execução de aterro. Bota-fora: depósito do material excedente. Movimentos de massa: Cálculo de volumes – com base no levantamento topográfico. DNIT recomenda que esses volumes sejam calculados pelo volume do prismoide localizado entre duas seções transversais da estrada (método da média de áreas). 𝑣 = {𝛺1 + 4𝛺𝑚 + 𝛺2} 6 × 𝑑 Ao invés das seções transversais, em determinados casos, os volumes podem ser calculados com base num perfil longitudinal. Produto das áreas pela largura. *medição por caminhões não é precisa! Variação volumétrica Processo de compactação é natural na formação dos solos. Condição natural é o volume no corte (Vc). Ao ser escavado, solo sofre um desarranjo – empolamento, é o denominado volume solto (Vs). Vs é o volume que é efetivamente transportado. O solo solto é compactado no aterro (Va) Relação: Va<Vc<Vs Empolamento - 𝑣𝑠 = 𝑣𝑐(1 + 𝐸) Fator de conversão - 𝐹𝑐 = 1 𝐸 Contração - 𝑐 = 𝑣𝑎 𝑣𝑐 Homogeneização - 𝐹ℎ = 1 𝑐 Diagrama de Bruckner – Volumes acumulados Cortes positivo (linha ascendente) e aterros negativos (descendente). Ponto de máximo e mínimo – passagens de corte para aterro ou vice-versa. Perfil longitudinal diferente do Diagrama de Bruckner! Volume – diferença das ordenadas. Linha de compensação – cortes e aterros se compensam. Momento de transporte – área entre o diagrama e uma linha de compensação. Momento de transporte (m3 ∗ km) = V (m3) ∗ DMT (km) Distância média de transp. – largura do retângulo de área igual dos volumes compensados. Equipamentos de terraplenagem Tratores – empurra e puxar equipamentos. Fornece tração. Motoniveladoras – espalhamento e regularização. Scrapers – escavação por raspagem do solo. Pás carregadeiras – carregamento e escavação. Retroescavadeiras – escavadeira +carregadeira. Escavadeiras hidráulicas – escavação. Rolos compactadores – compactação. Tipos: pé-de-carneiro, lisos e pneumáticos.
Compartilhar