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SUPLEMENTO PARA O PROFESSOR suplemento Bio Plus volume 2_parte comum.indd 1 5/1/10 2:05:58 PM 2 Apresentação, 5 A Biologia no Ensino Médio: considerações sobre as propostas oficiais, 6 Características desta obra de Biologia em 3 volumes, 8 Organização geral, 8 Organização dos capítulos, 8 Texto e imagens, 8 Ciência e cidadania em destaque, 8 Atividades didáticas e avaliação, 8 Bibliografia, respostas e índice remissivo, 10 Sugestões de utilização dos capítulos da obra, 10 Documentos citados, 13 Sugestões de leitura didático-pedagógica, 14 Destaques temáticos, objetivos de ensino e sugestões para este volume, 15 Destaques temáticos, objetivos de ensino e sugestões para o volume 2, 16 Unidade A — A diversidade biológica, 16 Capítulo 1 — Sistemática e classificação biológica, 16 Apresentação, 16 Habilidades sugeridas, 16 Competências e habilidades do ENEM relativas ao capítulo, 16 Adequando o capítulo ao projeto pedagógico, 17 Sugestão de atividade complementar, 18 Leituras complementares para o professor, 18 Unidade B — Vírus, bactérias, algas, protozoários e fungos, 18 Capítulo 2 — Vírus e bactérias, 18 Apresentação, 18 Habilidades sugeridas, 19 Competências e habilidades do ENEM relativas ao capítulo, 19 Adequando o capítulo ao projeto pedagógico, 19 Sugestões de atividades complementares, 20 Leituras complementares para o professor, 20 Capítulo 3 — Algas, protozoários e fungos, 22 Apresentação, 22 Habilidades sugeridas, 22 Competências e habilidades do ENEM relativas ao capítulo, 22 Adequando o capítulo ao projeto pedagógico, 23 Sugestões de atividades complementares, 23 Leituras complementares para o professor, 23 Unidade C — Diversidade, anatomia e fisiologia das plantas, 24 Capítulo 4 — Diversidade e reprodução das plantas, 24 Apresentação, 24 Sumário suplemento Bio Plus volume 2_parte comum.indd 2 5/1/10 2:05:58 PM 3 Habilidades sugeridas, 24 Competências e habilidades do ENEM relativas ao capítulo, 25 Adequando o capítulo ao projeto pedagógico, 25 Sugestões de atividades complementares, 27 Leituras complementares para o professor, 27 Capítulo 5 — Desenvolvimento e morfologia das angiospermas, 27 Apresentação, 27 Habilidades sugeridas, 27 Competências e habilidades do ENEM relativas ao capítulo, 28 Adequando o capítulo ao projeto pedagógico, 28 Sugestões de atividades complementares, 29 Leituras complementares para o professor, 29 Capítulo 6 — Fisiologia das angiospermas, 29 Apresentação, 29 Habilidades sugeridas, 29 Competências e habilidades do ENEM relativas ao capítulo, 30 Adequando o capítulo ao projeto pedagógico, 30 Sugestões de atividades complementares, 31 Leituras complementares para o professor, 31 Unidade D — A diversidade dos animais, 32 Capítulo 7 — Introdução ao estudo dos animais, poríferos e cnidários, 32 Apresentação, 32 Habilidades sugeridas, 32 Competências e habilidades do ENEM relativas ao capítulo, 32 Adequando o capítulo ao projeto pedagógico, 33 Sugestões de atividades complementares, 34 Leituras complementares para o professor, 34 Capítulo 8 — Platelmintos e nematódeos, 34 Apresentação, 34 Habilidades sugeridas, 34 Competências e habilidades do ENEM relativas ao capítulo, 34 Adequando o capítulo ao projeto pedagógico, 35 Sugestões de atividades complementares, 36 Leituras complementares para o professor, 36 Capítulo 9 — Moluscos e anelídeos, 36 Apresentação, 36 Habilidades sugeridas, 36 Competências e habilidades do ENEM relativas ao capítulo, 37 Adequando o capítulo ao projeto pedagógico, 37 Sugestões de atividades complementares, 38 Leitura complementar para o professor, 38 Capítulo 10 — Artrópodes, 38 Apresentação, 38 Habilidades sugeridas, 38 Competências e habilidades do ENEM relativas ao capítulo, 38 Adequando o capítulo ao projeto pedagógico, 39 Leituras complementares para o professor, 39 Capítulo 11 — Equinodermos e cordados, 40 Apresentação, 40 Habilidades sugeridas, 40 suplemento Bio Plus volume 2_parte comum.indd 3 5/1/10 2:05:58 PM 4 Competências e habilidades do ENEM relativas ao capítulo, 41 Adequando o capítulo ao projeto pedagógico, 41 Sugestões de atividades complementares, 42 Leituras complementares para o professor, 42 Unidade E — Anatomia e fisiologia da espécie humana, 43 Capítulo 12 — Nutrição, 43 Apresentação, 43 Habilidades sugeridas, 43 Competências e habilidades do ENEM relativas ao capítulo, 44 Adequando o capítulo ao projeto pedagógico, 44 Sugestão de atividade complementar, 44 Leituras complementares para o professor, 45 Capítulo 13 — Circulação sanguínea, 45 Apresentação, 45 Habilidades sugeridas, 46 Competências e habilidades do ENEM relativas ao capítulo, 46 Adequando o capítulo ao projeto pedagógico, 47 Sugestões de atividades complementares, 47 Leituras complementares para o professor, 48 Capítulo 14 — Respiração e excreção, 49 Apresentação, 49 Habilidades sugeridas, 49 Competências e habilidades do ENEM relativas ao capítulo, 49 Adequando o capítulo ao projeto pedagógico, 50 Sugestões de atividades complementares, 50 Leituras complementares para o professor, 50 Capítulo 15 — Movimento e suporte do corpo humano, 50 Apresentação, 50 Habilidades sugeridas, 51 Competências e habilidades do ENEM relativas ao capítulo, 51 Adequando o capítulo ao projeto pedagógico, 51 Sugestões de atividades complementares, 52 Leitura complementar para o professor, 52 Capítulo 16 — Integração e controle corporal: sistemas nervoso e endócrino, 52 Apresentação, 52 Habilidades sugeridas, 52 Competências e habilidades do ENEM relativas ao capítulo, 53 Adequando o capítulo ao projeto pedagógico, 53 Sugestões de atividades complementares, 54 Leituras complementares para o professor, 54 Atividades complementares, 56 Páginas para fotocopiar, 79 suplemento Bio Plus volume 2_parte comum.indd 4 5/1/10 2:05:58 PM 5 Apresentamos, neste Suplemento para o Professor, nossa obra de Bio- logia em 3 volumes, destinada ao Ensino Médio. Os livros foram concebi- dos como instrumentos de apoio didático a professores e estudantes, para informar e guiar o estudo dos principais temas biológicos. Esta coleção de Biologia visa atender diversas opções de conteúdo adotadas pelos professores do Ensino Médio de todo o Brasil. A amplitude dos assuntos tratados, além de refletir o alentado arcabouço conceitual das ciências biológicas, procura contemplar assuntos tradicionalmente trabalhados pela maioria dos colegas de disciplina. Esperamos que cada professor possa utilizar a obra de acordo com seu projeto pedagógico, suas disponibilidades e seus recursos; nesse sentido, mais adiante há sugestões e ideias para cada capítulo do Livro do Aluno. Nossas principais metas, ao elaborar a obra, foram promover o inte- resse dos estudantes pelos temas biológicos fundamentais e integrar a visão científica ao seu cotidiano. Além disso, tentamos mostrar quanto as ciências biológicas têm sido importantes para a humanidade e o grande potencial para novas descobertas que se delineia neste século XXI. Comentaremos, mais adiante, alguns aspectos de propostas gover- namentais para a Biologia no Ensino Médio, publicadas nos documentos oficiais: PCNEM1, PCN12, Orientações Curriculares para o Ensino Médio3 e Matrizes de Referência do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)4. Na sequência, apresentamos nossa obra didática e sugerimos manei- ras de utilizá-la em consonância às propostas oficiais, em muitos casos instrumentalizando-as. Apresentação suplemento Bio Plus volume 2_parte comum.indd 5 5/1/10 2:05:58 PM 6 Em sua prática cotidiana, cada professor manifesta concepções de ensino e aprendi- zagem desenvolvidas em função de sua formação acadêmica, de suas leituras e de suas relações profissionais e sociais, entre outros fatores. É importante refletir continuamen- te sobre a relação entre a prática em sala de aula e os fundamentos teóricos do proces- so ensino-aprendizagem, adequando-osao dinamismo do mundo contemporâneo. O Ministério da Educação e Cultura (MEC) tem feito diversas propostas no sentido de ajudar o professor a refletir sobre as concepções de ensino e aprendizagem no país. Esse tema é tratado resumidamente no item “Breve histórico” do documento PCN de 19975, que traz também um histórico da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN - Lei No 9394/96), regulamentada em 1998 pelas Diretrizes do Conselho Nacional de Educação. A LDBEN “estabelece o Ensino Médio como a etapa conclusiva da educação básica de toda a população estudantil e não mais somente como uma etapa preparatória de outra etapa escolar ou do exercício profissional”.5 Como consequência da nova lei, o Ensino Médio, cuja identidade até então oscilava entre uma visão simplesmente preparatória para o Ensino Superior e outra estritamen- te profissionalizante, passa a constituir a etapa conclusiva da Educação Básica; esta tem como objetivos “preparar para a vida, qualificar para a cidadania e capacitar para o aprendizado permanente, em eventual prosseguimento dos estudos ou diretamente no mundo do trabalho”.1 É importante destacar a contemporaneidade da lei e sua conformidade com movimentos educacionais de outros países, onde a formação básica é encarada não apenas como uma preparação para a Universidade ou para o mercado de trabalho, mas principalmente para o exercício pleno da cidadania em uma sociedade democrática. Como exemplo, pode-se citar o projeto estadunidense de reforma educacional lançado em 1985 pela Associação Americana para o Progresso da Ciência (Science for All Americans: Project 2061 — American Association for the Advancement of Science – Oxford University Press — Oxford — 1990)6 e cujo principal objetivo é a alfabetização científica da população daquele país. O projeto estadunidense define a pessoa cientificamente educada como aquela “que é consciente do fato de a ciência, a matemática e a tecnologia serem empreendimentos humanos interde- pendentes, com poderes e limitações; que compreende conceitos-chave e princípios das ciên- cias; que está familiarizada com o mundo natural e reconhece tanto sua diversidade quanto sua unidade; que utiliza o conhecimento científico e o modo de pensar científico com objetivos individuais e sociais”. Em conformidade com a Lei No 9394/96, o Ministério da Educação criou, em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), com a finalidade de avaliar a aprendizagem dos estudantes em todo o país. Em 2009, a modificação do formato do exame — o novo ENEM — aproximou-o ainda mais das diretrizes curriculares nacionais. Além de estar afinado com as novas propostas dos PCN1 (veja a seguir), o novo ENEM valoriza conteúdos disciplina- res tradicionalmente praticados no Ensino Médio e possibilita utilizar os resultados desse exame na seleção de candidatos ao Ensino Superior. Em relação ao ensino da Biologia, as orientações contidas nos Parâmetros Curricula- res Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM)1, de 1999, foram complementadas no docu- mento PCN12, de 2002, que respondeu a críticas ao documento original, levantadas por muitos educadores. Em 2006, o MEC publicou um novo documento — Orientações Cur- riculares para o Ensino Médio3 —, elaborado a partir de discussões entre equipes téc- nicas do MEC, Secretarias de Educação, professores, estudantes da rede pública e re- presentantes da comunidade acadêmica. O objetivo dessas orientações é fornecer “um instrumento de apoio à reflexão do professor a ser utilizado em favor do aprendizado”.3 A Biologia no Ensino Médio: considerações sobre as propostas oficiais suplemento Bio Plus volume 2_parte comum.indd 6 5/1/10 2:05:58 PM 7 Nesse novo documento, aparece a seguinte crítica em relação ao original de 1999: “... os PCNEM apresentam um diálogo que não aprofunda suficientemente suas principais questões junto aos professores; o texto perde-se em exercícios de reflexão que são pou- co efetivos quando aplicados em sala de aula. Embora o documento traga orientações gerais sobre os princípios norteadores da prática didática, faltam, na verdade, suges- tões e propostas ao professor do ‘como fazer’”.3 O documento de 2006 reconhece a contribuição do diálogo entre o professor e a es- cola na prática docente, como fica claro a seguir: “Os PCN+, propostos como orientações complementares aos PCNEM, apresentam um diálogo direto com os professores e os educadores, tornando menor a distância entre a proposição das ideias e sua execução. O texto reafirma seu compromisso com a necessidade de se articularem as competências gerais com os conhecimentos disciplinares e organiza de forma mais sistemática muitas das propostas pretendidas pelos PCNEM. Nesse sentido, o texto dos PCN+ representou um avanço, pois propõe sugestões de organização de cursos e de aulas, além de múlti- plas abordagens sobre os temas da disciplina. O documento apresenta aos professores exemplos de aplicação das propostas previstas nos Parâmetros, além de permitir a cria- ção de novas possibilidades, segundo o perfil do aluno, a realidade de cada escola e de seu projeto político-pedagógico”.3 Segundo as Orientações Curriculares para o Ensino Médio, “A escola, ao definir seu proje- to pedagógico, deve propiciar condições para que o educando possa conhecer os fundamen- tos básicos da investigação científica; reconhecer a ciência como uma atividade humana em constante transformação, fruto da conjunção de fatores históricos, sociais, políticos, eco- nômicos, culturais, religiosos e tecnológicos, e, portanto, não neutra; compreender e inter- pretar os impactos do desenvolvimento científico e tecnológico na sociedade e no ambiente. Trata-se, portanto, de capacitar o educando para interpretar fatos e fenômenos – naturais ou não – sob a óptica da ciência, mais especificamente da Biologia, para que, simultaneamente, adquira uma visão crítica que lhe permita tomar decisões usando sua instrução nessa área do conhecimento”.3 As orientações contidas nos documentos oficiais, ao contrário de menosprezar conteú- dos científicos específicos, como alguns chegaram a interpretar, ressaltam sua importân- cia para a compreensão do mundo natural e a formação da cidadania. O grande desafio dos professores de Biologia é utilizar conteúdos básicos da disciplina como meios para que o estudante desenvolva uma visão científica do mundo, conheça os fundamentos dos méto- dos científicos de investigação e compreenda a natureza do empreendimento científico. É hoje unânime a ideia de que a aprendizagem envolve a construção ativa de conhe- cimento por parte do estudante. Nessa visão, conhecimento não é algo que possa ser simplesmente transferido do professor para seus alunos, como se pensava anteriormente, e sim o produto da atividade intelectual do estudante, resultante do processamento das novas informações recebidas e de suas conexões aos conhecimentos já estabelecidos. O documento “Ciência na Escola: um direito de todos”7, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), expressa essa linha de pensamento nos seguintes termos: “O aprendiz precisa tornar-se o principal protagonista na construção e na apropriação do conhecimento. [...] A escola deve propor atividades que envolvam os estu- dantes na aprendizagem, com temas de seu interesse e que tenham relevância social. [...] Em vez de um ensino descontextualizado, baseado na memorização pura e simples, podem ser introduzidas situações-problema para que os estudantes busquem soluções”. No item Sugestões de leitura didático-pedagógica, sugerimos algumas publicações que podem auxiliar o professor em sua prática cotidiana. suplemento Bio Plus volume 2_parte comum.indd 7 5/1/10 2:05:58 PM 8 Características desta obra de Biologia em 3 volumes Organização geral A obra aborda três níveis de organização da vida, tratados em três volumes. Procuramos incorporar aos conceitos tradicionalmente tratados no Ensino Médio novidades da Biologiadas últimas décadas, de modo a levar os estudantes a conhecer e acompanhar os grandes debates científicos da atualidade. O volume 1 apresenta o nível celular de organização da vida, relacionando-o, por um lado, com o nível das moléculas e, por outro, com o nível dos tecidos biológicos. Os principais assuntos tratados nesse volume são: a) características típicas do fenômeno vida e teorias atuais sobre a origem da vida em nosso planeta; b) estrutura e função nas células vivas (Biologia Celular) e organização celular dos tecidos animais (Histologia); c) aspectos gerais da reprodução e do desenvolvimento animal (Reprodução Humana e Embriologia). O volume 2 aborda a vida no nível dos organismos, estudando sua diversidade, anatomia e fisiologia. Os principais assuntos tratados nesse volume são: a) noções básicas de Siste- mática e classificação biológica; b) estudo sistemático dos principais representantes dos grandes reinos de seres vivos; c) anatomia e fisiologia de plantas e animais, com ênfase nas angiospermas e no organismo humano. O volume 3 trata de conceitos e processos mais diretamente relacionados com o nível populacional de organização dos seres vivos, estudando-o sob os pontos de vista da Ge- nética, da Biologia Evolutiva e da Ecologia. Os principais assuntos tratados nesse volume são: a) aspectos históricos e modernos da Genética, de Gregor Mendel até os recentes avanços no conhecimento genético e suas aplicações; b) aspectos históricos e modernos das teorias de evolução biológica, de Darwin à moderna teoria evolucionista, com destaque para a evolução da espécie humana; c) conceitos fundamentais de Ecologia e de Educação Ambiental. Organização dos capítulos Texto e imagens A linguagem empregada na obra procura aliar a precisão conceitual da comunicação científica à clareza didática. Em algumas situações, foi possível utilizar analogias e compa- rações, exemplificando com assuntos do cotidiano, de modo a tornar conceitos e fenôme- nos biológicos mais concretos para os estudantes. As imagens são fundamentais para a compreensão mais ampla dos assuntos e suas legendas complementam o texto básico. Além de fotografias, há esquemas com compara- ções didáticas e sínteses conceituais e, nesse caso, é importante levar os estudantes a perceber os elementos em diferentes escalas e em cores-fantasia. Ciência e cidadania em destaque Grande parte dos capítulos da obra contém um ou mais quadros denominados Ciência e cidadania, que destacam a presença das ciências naturais em nosso cotidiano e relacio- nam-se à cidadania. Esses quadros podem ser utilizados tanto durante o desenrolar do estudo do capítulo como servir de introdução ou fechamento dos temas tratados. Para auxiliar nesse aspecto, eles contam com um Guia de Leitura, roteiro que leva o estudante a explorar os assuntos apresentados. Mais adiante, comentamos aspectos pedagógicos importantes da utilização desses quadros. Atividades didáticas e avaliação Um ponto central na atividade de ensino-aprendizagem é a avaliação. No chamado “ensi- no tradicional”, a avaliação pautava-se, em geral, pela cobrança de conteúdos aprendidos muitas vezes de forma mecânica. O objetivo desse tipo de avaliação era puramente classifi- catório, ou seja, atribuir notas para classificar os estudantes e aprová-los ou reprová-los. suplemento Bio Plus volume 2_parte comum.indd 8 5/1/10 2:05:58 PM 9 Em um ensino orientado por competências e habilidades, a avaliação vai muito além da simples atribuição de notas em exames que priorizam conteúdos. Nesse tipo de ensino, a avaliação deve levar em conta, além dos resultados das tarefas, também o processo de aprendizagem, ou seja, o caminho percorrido pelos estudantes na aquisição de novos conhecimentos, habilidades e competências. Essa forma ampla de avaliação serve tanto para acompanhar a construção de conhecimento pelo estudante como para orientar o professor na tomada de decisões, no decorrer do trabalho pedagógico. Ao discutir a questão da avaliação, os PCN+ consideram que “entre outras característi- cas, o processo de avaliação deve: • retratar o trabalho desenvolvido; • possibilitar observar, interpretar, comparar, relacionar, registrar, criar novas soluções usando diferentes linguagens; • constituir um momento de aprendizagem no que tange às competências de leitura e inter- pretação de textos; • privilegiar a reflexão, análise e solução de problemas; • possibilitar que os alunos conheçam o instrumento assim como os critérios de correção; • proporcionar o desenvolvimento da capacidade de avaliar e julgar, ao permitir que os alu- nos tomem parte de sua própria avaliação e da de seus colegas, privilegiando, para isso, os trabalhos coletivos”.2 O processo de avaliação deve ser contínuo, e não pontual. Além de avaliar o produto da aprendizagem, isto é, os resultados das tarefas realizadas, é importante também consi- derar o esforço do estudante na realização das tarefas, sua interação com o grupo de co- legas, seu grau de independência intelectual e seu progresso no decorrer das atividades, entre outros fatores. Ao avaliar esses múltiplos aspectos do processo de aprendizagem, o professor ob- terá subsídios para orientar seu próprio trabalho, verificando continuamente se os objetivos propostos estão sendo atingidos ou se há necessidade de adequar as estra- tégias didáticas. As formas de avaliação podem e devem ser variadas: a) provas com questões objetivas para verificar a apropriação de conceitos e de ligações válidas entre conceitos e fatos; b) questões dissertativas que demandem reflexão, análise, resolução de problemas e ar- gumentação lógica, tendo por base a rede conceitual desenvolvida; c) seminários para verificar a capacidade de defender ideias e pontos de vista com base no conhecimen- to adquirido; d) análise de situações-problema para avaliar a consolidação de conteúdos fundamentais e a capacidade de correlacionar teoria e prática; e) debates sobre temas polêmicos que possam permitir o desenvolvimento da consciência crítica, da capacidade argumentativa, da formação ética e de valores pessoais e sociais; entre outras. A avaliação deve ser orientada pelas habilidades e competências que se pretende de- senvolver e deve haver transparência nos critérios avaliativos; assim, além de versar sobre o que foi efetivamente trabalhado, a avaliação deve ter objetivos e critérios de correção claros para os estudantes. Nesta coleção, ao final de cada capítulo há dois módulos de atividades. O primeiro – Questões para pensar e discutir – permite ao estudante avaliar a aquisição de conceitos fundamentais, sua ligação com fatos e processos e a aplicação do conhecimento adquiri- do na solução de problemas. O segundo módulo – Vestibulares pelo Brasil – traz questões selecionadas de vestibulares e do ENEM, permitindo que o estudante se familiarize com o formato desses exames. Os quadros Ciência e cidadania permitem avaliar a aquisição de conhecimentos funda- mentais, a capacidade de utilizar diferentes códigos e o desenvolvimento da capacidade leitora. Esta pode ser avaliada também por meio da elaboração de “mapas de conceitos”, que são formas esquemáticas de representar o conhecimento sobre um tema. suplemento Bio Plus volume 2_parte comum.indd 9 5/1/10 2:05:58 PM 10 Bibliografia, respostas e índice remissivo Após o último capítulo, cada volume tem, em sequência: a) respostas às questões do módulo Questões para pensar e discutir e às questões do módulo Vestibulares pelo Brasil; b) siglas de vestibulares; c) bibliografia; d) índice remissivo. Sugerimos estimular os estudantes a utilizar frequentemente o índice remissivo, tanto para localizar rapidamente assuntos no texto como para relacionar informações de diferen- tes temas. Isso pode ajudá-los a utilizar melhor obras de consulta de qualquer assunto. Sugestões de utilização dos capítulos da obra Com o objetivo de sistematizar e padronizar sugestões e comentários no Suplemento para oProfessor, em todos os capítulos há a mesma sequência de itens. a) Apresentação resumida do capítulo. Permite que o professor informe-se rapidamente dos assuntos tratados em cada capítulo. b) Habilidades sugeridas. Tanto no livro do estudante quanto neste Suplemento, sugeri- mos diversas habilidades a serem desenvolvidas pelos estudantes; em cada capítulo, elas estão organizadas por seção. Modernas correntes pedagógicas elegem dois aspec- tos importantes a serem considerados no processo ensino-aprendizagem: competên- cias e habilidades. As primeiras referem-se a capacidades intelectuais, éticas e sociais que os estudantes devem adquirir ou implementar ao estudar os temas. As habilidades, por sua vez, são metas ou objetivos específicos a serem desenvolvidos, guiando o cami- nho para atingir as competências desejadas no projeto pedagógico. c) Competências e habilidades do ENEM relativas ao capítulo. No Suplemento para o Professor, em cada capítulo, apresentamos as principais habilidades e competências utilizadas pelo ENEM como referência para sua avaliação. Vale a pena citar aqui os PCN+, onde se define competência como “um feixe ou uma articulação coerente de habilida- des. Tomando-as nessa perspectiva, observe-se que a relação entre umas e outras não é de hierarquia. Também não se trata de gradação, o que implicaria considerar habilidade como uma competência menor. Trata-se mais exatamente de abrangência, o que significa ver habilidade como uma competência específica. Como metáfora, poder-se-ia comparar competências e habilidades com as mãos e os dedos: as primeiras só fazem sentido quan- do associadas às últimas”.2 d) Adequando o capítulo ao projeto pedagógico. Um projeto pedagógico é um plano de ensino que elege competências, habilidades e estratégias a serem desenvolvidas ao longo de um curso; ao elaborar seu projeto, cada escola e cada professor têm dife- rentes preferências e defrontam-se com diferentes realidades. Assim, utilizar um livro didático dentro desses projetos não significa compromisso de esgotar completamente seu conteúdo, nem de seguir rigorosamente sua sequência de assuntos. Naturalmente, cada volume de nossa coleção divide-se em capítulos encadeados de acordo com prio- ridades ou pré-requisitos entre os assuntos tratados. Isso não impede, entretanto, que determinados temas sejam abordados mais resumidamente, ou mesmo postergados, a título de informação ou aprofundamento posterior. A razão de os conteúdos de cada volume serem relativamente extensos é que há diferen- tes preferências de assuntos entre os professores. Cabe a cada um selecionar, entre os ca- pítulos da obra e seus conteúdos, aqueles que são mais relevantes no projeto pedagógico. Neste item, “Adequando o capítulo ao projeto pedagógico”, discutimos algumas formas de trabalhar o conteúdo, enfatizando temas que julgamos essenciais e outros que poderiam ser tratados com menor destaque, se houver necessidade. Em relação aos conteúdos praticados no Ensino Médio, os PCN1 “reafirmam que os con- teúdos e as estratégias de aprendizagem devem propiciar o ensino por competências. Nesse sentido, […] o ensino da Biologia deve servir como ‘meio para ampliar a compreensão sobre a realidade, recurso graças ao qual os fenômenos biológicos podem ser percebidos e interpre- tados, instrumento para orientar decisões e intervenções’. (PCN1). suplemento Bio Plus volume 2_parte comum.indd 10 5/1/10 2:05:58 PM 11 Reconhecendo que os principais temas biológicos referem-se à compreensão da vida na Terra, das consequências dos avanços tecnológicos e da intervenção humana, os PCN1 sin- tetizam, a título de referência, seis temas estruturadores: 1. interação entre os seres vivos; 2. qualidade de vida das populações humanas; 3. identidade dos seres vivos; 4. diversidade da vida; 5. transmissão da vida, ética e manipulação gênica; 6. origem e evolução da vida. [...]. Não se trata simplesmente de mudar o planejamento para que a ação pedagógica se enquadre nos temas estruturadores, e sim de utilizar esses temas biológicos como ins- trumentos para que a aprendizagem tenha significado, de forma que o aluno seja capaz de relacionar o que é apresentado na escola com a sua vida, a sua realidade e o seu cotidiano. Um professor que utilize o livro didático em suas aulas conta com uma sequência já orga- nizada de apresentação dos assuntos. Diante da proposta dos temas estruturadores, e con- siderando a sua realidade específica, as necessidades de seus alunos, as particularidades de sua escola e região, o professor pode selecionar os temas que são mais significativos e resolver como deverão ser trabalhados de modo a possibilitar situações de aprendizagem a partir das vivências dos alunos”.3 Ao iniciar uma seção do capítulo, sugerimos ao professor que converse com os estudan- tes e avalie seus conhecimentos prévios sobre o assunto, sejam concepções baseadas no senso comum, sejam conceitos aprendidos em ciclos escolares anteriores e que são pré-requisitos para a construção e o ancoramento de novos conhecimentos. Conversar sobre as habilidades a serem desenvolvidas e discutir as ideias que os estudantes têm a respeito dos temas tratados na seção são ações importantes para detectar os conceitos que exigirão mais discussões e explicações. A ideia de ligar o que se aprende na escola ao cotidiano aparece nos capítulos sempre que possível. Os estudantes geralmente se motivam quando percebem conexões entre fatos próximos à sua vida e conteúdos estudados na escola. Isso fica evidente no inte- resse que eles manifestam em conteúdos referentes a saúde, higiene, questões sobre reprodução, contracepção e DSTs, por exemplo. Assuntos veiculados pela imprensa podem ser utilizados como instrumentos de problematização de conteúdos. Jornais e revistas costumam ter seções especializadas em ciências naturais; é possível estabelecer, na sala de aula, uma rotina para acompanhar notícias de interesse científico, que podem ser apre- sentadas em um mural, por exemplo. Nesta obra, as relações das ciências da natureza com o cotidiano e com o exercício da cidadania são especialmente destacadas nos quadros Ciência e cidadania. Cada quadro aborda, em texto acompanhado de ilustrações, um assunto relacionado ao capítulo. Os parágrafos do texto dos quadros são numerados, em função das atividades propostas no Guia de Leitura; este tem como principal objetivo mostrar aos estudantes estratégias para o aprimoramento de sua capacidade leitora. É consenso entre os professores do Ensino Médio que muitos estudantes têm dificul- dade na leitura compreensiva dos textos escolares. Em geral, eles leem um texto rapida- mente, do início ao fim, com pouca reflexão sobre o que estão lendo. Ao final, na melhor das hipóteses, têm apenas uma compreensão desconexa das ideias centrais do texto. Em nossa experiência como professores, concluímos que essa é uma das principais razões de a leitura de um texto ser tão desestimulante para muitos estudantes: eles geralmente não compreendem bem o que leem e preferem esperar por uma aula expositiva, na esperança de que o professor lhes forneça as informações necessárias. suplemento Bio Plus volume 2_parte comum.indd 11 5/1/10 2:05:59 PM 12 O Guia de Leitura dos quadros Ciência e cidadania se propõe a fazer uma “varredura fina” do texto, parágrafo por parágrafo, estimulando o estudante a descobrir as ideias principais, a utilizar conhecimentos prévios sobre o assunto, a emitir opiniões pessoais e a comparar informações de diversas fontes. Além disso, o Guia propõe aos estudantes a produção de textos, a organização de dados em forma de tabelas, desenhos ou gráficos, ajudando-os a sistematizar conhecimentos e a apresentá-los em diferentes linguagens. Esse tipo de ativi- dade possibilita instrumentalizar uma das propostas constantes nas Orientações Curricu- lares para o Ensino Médio: “Informar e informar-se, comunicar-se, expressar-se, argumentar logicamente,aceitar ou rejeitar argumentos, manifestar preferências, apontar contradições, fazer uso adequado de diferentes nomenclaturas, de diferentes códigos e de diferentes meios de comunicação, são competências gerais, recursos de todas as disciplinas. Por isso, devem desenvolver-se no aprendizado de cada uma delas”.3 Sugerimos que o professor elabore guias semelhantes aos utilizados nos quadros Ciên- cia e cidadania para orientar a leitura de outros textos, tanto do livro didático quanto de jornais e de revistas de divulgação científica. O mesmo pode ser feito pelos estudantes, ajudando-os, entre outras habilidades, a desenvolver sua capacidade leitora. A integração interdisciplinar é também uma importante estratégia de ensino. Por um lado, professores das diferentes disciplinas complementam informações, trocam ideias e desenvolvem o trabalho em equipe. Os estudantes percebem mais facilmen- te as relações entre diferentes fenômenos da natureza quando estudam os mesmos conceitos em diferentes disciplinas. Considere a possibilidade de integração interdis- ciplinar formal ou informal e, se possível, inclua no planejamento ao menos uma ativi- dade desse tipo. Neste Suplemento, sempre que possível, sugerimos possibilidades de integrar assuntos do capítulo a outras disciplinas. Os PCN1 apresentam uma argumen- tação interessante a respeito de interdisciplinaridade: “Quando na Biologia se fala em energia da célula, na Química, em energia da reação e, na Física, em energia da partícula, não basta que tenham a mesma grafia ou as mesmas unidades de medida. Os três temas são tratados em contextos tão distintos que o aluno não pode ser deixado solitário no esforço de ligar as ‘coisas diferentes’ designadas pela mesma palavra. [...] Alguns con- ceitos gerais das ciências, como os de unidades e de escalas, ou de transformação e de conservação, presentes de diferentes formas na Matemática, na Biologia, na Física e na Química, seriam muito mais facilmente compreendidos e generalizados se fossem objeto de um tratamento de caráter unificado, feito de comum acordo pelos professores da área. Com certeza, são diferentes as conotações destes conceitos nas distintas disci- plinas, mas uma interpretação unificada em uma tradução interdisciplinar enriqueceria a compreensão de cada uma das disciplinas”.2 Por fim, manifestamos nossa expectativa de que os comentários e as sugestões cons- tantes deste item do Suplemento auxiliem o professor em suas tarefas. e) Sugestões de atividades complementares. No Suplemento para o Professor, sugeri- mos a execução de atividades complementares, idealizadas para dinamizar o curso de Biologia e para motivar os estudantes. As atividades consistem de sugestões de pes- quisas, debates, simulações e aulas práticas, entre outras. Sempre que possível, veri- fique a possibilidade de executar as atividades complementares sugeridas ao fim de cada capítulo. Algumas atividades de laboratório requerem o uso de fogo, álcool, objetos cortantes, entre outros. Nesses casos, sugerimos que as atividades sejam feitas por você, professor, e observadas pela classe, evitando, assim, risco à integridade física dos alunos. ! suplemento Bio Plus volume 2_parte comum.indd 12 5/1/10 2:05:59 PM 13 f) Leituras complementares para o professor. Selecionamos, para cada capítulo da obra, um ou mais artigos das seguintes revistas de divulgação científica publicadas em por- tuguês: Ciência Hoje, Scientific American Brasil e Genética na Escola. Os artigos sele- cionados podem ajudar o professor a ampliar temas tratados no capítulo e, eventual- mente, serem utilizados em atividades para os estudantes. Documentos citados 1 Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC/Semtec, 1999. Dis- ponível em: portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/blegais.pdf (Acesso em: mar. 2010.) 2 PCN1 Ensino Médio: orientações curriculares complementares aos Parâmetros Curricu- lares Nacionais — Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/ Semtec, 2002. Disponível em: portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view= article&id=12598:publicacoes&catid=195:seb-educacao-basica (Acesso em: mar. 2010.) 3 Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Vol. 2 — Secretaria de Educação Básica. Brasília: MEC, 2006. Disponível em: portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_02_internet.pdf (Acesso em: mar. 2010.) 4 Matriz de Referência para o ENEM 2009. MEC/INEP. Disponível em: portal.mec.gov.br/ index.php?option=com_docman&task=doc (Acesso em: mar. 2010.) 5 Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997. Disponível em: portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf (Acesso em: mar. 2010.) 6 Benchmarks for Science Literacy: Project 2061. American Association for the Advance- ment of Science. Oxford: Oxford University Press, 1993. 7 UNESCO – Ciência na Escola: um direito de todos. Disponível em: http://unesdoc.unesco. org/images/0014/001400/140099porb.pdf (Acesso em: mar. 2010.) suplemento Bio Plus volume 2_parte comum.indd 13 5/1/10 2:05:59 PM 14 AUSUBEL, D. P.; NOVAk, J. D.; HANESIAN, H. Psicologia Educacional. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980. COLL, C. Psicologia da aprendizagem no Ensino Médio. Porto Alegre: Artmed, 2003. ; MARTIN, E.; MAURI, T. M. M.; ORNUBIA, J.; SOLÉ, I.; ZABALA, A. O Construtivismo na sala de aula. 6 ed. São Paulo: Ática, 2002. kRASILCHIk, M. Prática de ensino de Biologia. 4 ed. São Paulo: EDUSP, 2008. LUCkESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 15 ed. São Paulo: Cortez, 2003. MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa. Brasília: Editora da UnB, 1999. . Aprendizagem significativa: da visão clássica à visão crítica, 2006. (Disponível em: <www. marcoantoniomoreira.com.br> Acesso em: mar. 2010.) MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 4 ed. São Paulo: Cortez e UNESCO, 2004. NOVAk, J. D. Aprender, criar e utilizar o conhecimento. Mapas conceptuais como ferramentas de facilitação nas escolas e empresas. Lisboa: Plátano Universitária, 2000. ; GOwIN, D. B. Aprendendo a Aprender. Lisboa: Plátano Edições Técnicas, 1996. PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000. . A prática reflexiva no ofício de professor: profissionalização e razão pedagógicas. Porto Alegre: Artmed, 2002. SANT’ANNA, I. M. Por que avaliar? Como avaliar? Critérios e instrumentos. 11 ed. Petrópolis: Vozes, 2005. wEISSMAN, H. (org.) Didática das Ciências Naturais: contribuições e reflexões. Porto Alegre: Artmed, 1998. ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998. . Enfoque globalizador e pensamento complexo: uma proposta para o currículo escolar. Porto Alegre: Artmed, 2002. Sugestões de leitura didático-pedagógica suplemento Bio Plus volume 2_parte comum.indd 14 5/1/10 2:05:59 PM destaques temáticos, objetivos de ensino e sugestões para este volume 15 suplemento Bio Plus volume 2_parte especifica.indd 15 5/1/10 2:06:22 PM 16 Destaques temáticos, objetivos de ensino e sugestões para o volume 2 apresentação O reconhecimento da grande variedade de seres vivos existentes levou os cientis- tas a desenvolver um sistema para organi- zar e compreender essa diversidade; esse sistema é a classificação biológica, ou taxo- nomia. Este capítulo apresenta os princípios fun- damentais da classificação biológica, que faz parte da Sistemática, o ramo da Biologia cujo objetivo maior é descobrir as relações de parentesco evolutivo entre as espécies biológicas atuais e as que viveram no pas- sado. Habilidades sugeridas seção 1.1 — Fundamentos da classificação biológica Reconhecer que as polêmicas e a falta • de consenso entre os cientistas quanto à classificação dos seres vivos devem-se à variedade de pontos de vista sobre o assunto, indicativo de que a ciência é um processoem contínua construção. Conhecer a hierarquia nas relações de • inclusão das seguintes categorias taxo- nômicas: espécie, gênero, família, ordem, classe, filo e reino. Compreender a importância da nomencla-• tura binomial e reconhecer que a primeira palavra do nome científico designa o gêne- ro (epíteto genérico) e a segunda, a espé- cie (epíteto específico). seção 1.2 — Classificação biológica e parentesco evolutivo Compreender que a classificação bioló-• gica organiza a diversidade dos seres vi- vos e facilita seu estudo, além de apon- tar as possíveis relações de parentesco evolutivo entre diferentes grupos de or- ganismos. Compreender os princípios básicos da • elaboração de árvores filogenéticas e cladogramas, reconhecendo-os como formas de representar as relações de parentesco entre os seres vivos. seção 1.3 — Os reinos de seres vivos Caracterizar cada um dos reinos de se-• res vivos – Monera, Protoctista, Fungi, Plantae e Animalia – quanto a: tipo de cé- lula (procariótica ou eucariótica); núme- ro de células (unicelular ou multicelular); nutrição (autotrófica ou heterotrófica). Compreender e explicar por que os vírus • não são incluídos em nenhum desses reinos de seres vivos. competências e habilidades do enem relativas ao capítulo competência Compreender as ciências naturais e as • tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade. Habilidades Confrontar interpretações científicas • com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em dife- rentes culturas. UNIDADE A A diversidade biológica CAPÍTULO 1 Sistemática e classificação biológica suplemento Bio Plus volume 2_parte especifica.indd 16 5/1/10 2:06:23 PM 17 Compreender o papel da evolução na pro-• dução de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos. Relacionar informações apresentadas • em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físi- cas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica. adequando o capítulo ao projeto pedagógico A taxonomia, ou classificação biológica, até pouco tempo atrás era considerada uma área pouco dinâmica da Biologia. Entretanto, com o desenvolvimento da nova Sistemática e da cladística, a taxonomia transformou-se em uma das linhas de frente do pensamento biológico. Uma maneira de iniciar o estudo do capí- tulo é analisar a infografia de abertura, que discute algumas características e relações evolutivas dos peixes-bois. A infografia an- tecipa algumas das questões trabalhadas no texto, o que pode ser uma estratégia in- teressante de problematização e de motiva- ção para os estudantes. As polêmicas envolvendo a classificação dos seres vivos também acrescentam um aspecto motivador, que pode ser explora- do nas aulas. Passar a considerar as aves como integrantes do grupo dos répteis, como propõem as novas classificações, pa- rece estranho e inaceitável para alguns e mostra bem as dificuldades de mudar con- ceitos fortemente arraigados. Vale a pena investir tempo no estudo deste capítulo, pois isso facilitará o estu- do subsequente dos diferentes grupos de seres vivos. Lembre-se de que o objetivo maior da Sistemática é nada menos que estabelecer relações de parentesco en- tre os seres vivos. Realmente, é desafia- dor desenvolver a habilidade que o ENEM destaca em suas Matrizes: Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização ta- xonômica dos seres vivos. Geralmente, a teoria evolucionista é tra- tada mais detalhadamente no último ano do Ensino Médio. Desde o primeiro ano, porém, é importante abordar os fundamentos da evolução biológica para dar sentido ao con- teúdo da Biologia. Neste capítulo, será ne- cessário apresentar certos conceitos evolu- cionistas, principalmente os relacionados à especiação. Uma sugestão para economizar tempo é encarregar os estudantes de lerem em casa a Seção 1.1 do capítulo. Eles provavelmente terão muito o que discutir na parte relativa ao conceito biológico de espécie; conduza essas discussões em sala de aula e enfatize a problemática dessa conceituação. A utili- zação de categorias taxonômicas superio- res (filos, classes, ordens etc.) é atualmente questionada por alguns sistematas; segun- do eles, essas categorias nem sempre cor- respondem aos diversos graus de parentes- co entre os seres vivos, e mais atrapalham do que ajudam na empreitada de revelar as relações evolutivas entre os grupos. O pro- fessor poderá notar que, em muitos capítu- los, deixamos de lado essas especificidades taxonômicas. Assim, sugerimos esclarecer os estudantes sobre as mudanças que es- tão ocorrendo nas classificações e como é interessante acompanhar as polêmicas científicas nas fronteiras do conhecimento. A Seção 1.2 aborda o ponto central do ca- pítulo: a relação entre classificação biológi- ca e parentesco evolutivo. O professor deve enfatizar aos estudantes o quanto é desa- fiadora essa empreitada, que corresponde a nada menos que tentar resgatar a história do parentesco evolutivo entre as espécies. Para se ter uma ideia das dificuldades, peça aos alunos que imaginem como seria des- cobrir toda a sua árvore genealógica, desde a época de seu mais antigo ancestral aus- tralopiteco. Ou ainda antes. Para facilitar a compreensão das árvo- res filogenéticas, sugerimos realizar a ati- vidade complementar Trabalhando com suplemento Bio Plus volume 2_parte especifica.indd 17 5/1/10 2:06:23 PM 18 representações gráficas de árvores filogené- ticas. O objetivo é concretizar conceitos de- senvolvidos no capítulo, tais como filogenia, parentesco evolutivo e categorias taxonô- micas, por meio do exercício das habilidades de leitura e interpretação de gráficos. A Seção 1.3 apresenta os principais rei- nos de seres vivos, em meio às polêmicas da classificação. Mais importante que a no- menclatura, é entender os critérios utiliza- dos para organizar os seres vivos em gru- pos, atualmente denominados clados. Se houver tempo e interesse, pode-se in- tegrar alguns conteúdos com a área de His- tória, focalizando-se, por exemplo, a época de Lineu e o perío do em que começaram a surgir as ideias evolucionistas. É importan- te ressaltar que as ideias de evolução bio- lógica não surgiram isoladamente, mas que faziam parte de uma mudança social mais ampla. Converse com o professor de Histó- ria sobre a possibilidade de realizar algum tipo de integração nesse sentido. sugestão de atividade complementar 1. Atividade prática: Trabalhando com re- presentações gráficas de árvores filogené- ticas (p. 56) leituras complementares para o professor CARVALHO, R. A. A ciência por trás dos nomes. Ciência Hoje, n. 247, abr. 2008, pp. 62-64. Os alunos de Biologia, muitas vezes, torcem o nariz para a zoologia, com seus incontáveis nomes de espécies e estruturas a serem estu- dados. Entretanto, esse ramo da Biologia não se resume à “decoreba” de nomes difíceis e das características de um grupo. O artigo revela o lado excitante da zoologia e mostra a impor- tância de relacionar estruturas e funções dos animais com o local onde vivem, o tamanho, o modo de vida e a história de sua linhagem. CHAVES, P. B. Código de barras de DNA: aderir ou não? Ciência Hoje, n. 237, maio 2007, pp. 59-61. Estima-se que existam pelo menos 10 milhões de espécies na Terra. Entretanto, até agora, foram descritas pela ciência apenas em torno de 1,7 milhão. Para acelerar o processo de des- crição de novas espécies, discute-se a utilização de códigos de barras de DNA, já que os métodos taxonômicos tradicionais podem ser insuficien- tes para desvendar toda a biodiversidade do planeta nos próximos anos. O artigo discute os prós e contras da adoção dessa técnica. SOLÉ-CAVA, A. M. Código de barras de DNA: o rabo que abanao cachorro. Ciência Hoje, n. 245, fev. 2008, pp. 65-67. Neste artigo, o autor contesta a ideia de criação de um código de barras de DNA, que permitiria a identificação rápida e automática de todos os organismos, defendida pelo biólogo Paulo Chaves em artigo anterior. Segundo Solé-Cava, essa proposta apresenta deficiências científi- cas, como atribuir valores arbitrários de per- centagens de genes como forma de diferenciar as espécies. STOECKLE, M. y.; HERBERT, P. D. N. Código de barras da vida. Scientific American Brasil, n. 78, nov. 2008, pp. 66-71. Sequências de DNA possibilitam a identificação de espécies de forma rápida e econômica. As sequências são comparáveis aos códigos de barras informatizados utilizados no comércio. Descubra, no artigo, como pode ser utilizada a informação contida no DNA. zIMMER, C. O que é uma espécie? Scientific Ame- rican Brasil, n. 74, jul. 2008, pp. 50-57. Ainda hoje, os cientistas continuam a debater uma questão central em Biologia: o que é uma espécie? Acompanhe essa discussão neste artigo. UNIDADE B Vírus, bactérias, algas, protozoários e fungos CAPÍTULO 2 Vírus e bactérias apresentação Vírus e bactérias são seres microscópi- cos, muitos deles causadores de doenças. suplemento Bio Plus volume 2_parte especifica.indd 18 5/1/10 2:06:23 PM 19 Os primeiros são seres acelulares, isto é, não apresentam estrutura celular; as bac- térias, por sua vez, são seres unicelulares, cuja célula é procariótica, estruturalmente mais simples que as células eucarióticas de todos os outros seres vivos. Neste capítulo estudaremos os vírus, com ênfase nos causadores de gripe e da aids, e as bactérias, tanto as que causam doenças como algumas outras espécies aliadas da humanidade. Habilidades sugeridas seção 2.1 — Vírus Conhecer a estrutura geral dos vírus, re-• conhecendo sua relativa simplicidade es- trutural e bioquímica quando comparados a qualquer outro grupo de organismos. Relacionar essa relativa simplicidade dos vírus ao fato de eles serem parasitas in- tracelulares obrigatórios. Estar informado sobre as principais for-• mas de transmissão dos vírus, o que permite atuar com mais consciência e cidadania no combate e na prevenção de doenças virais. Conhecer, em linhas gerais, em que con-• siste uma infecção viral e explicar como a célula afetada tem seu metabolismo con- trolado pelo vírus; reconhecer que a infec- ção é a maneira de o vírus se multiplicar. seção 2.2 — Bactérias Conhecer a estrutura geral da célula bac-• teriana e identificar suas partes principais: parede celular, membrana plasmática, ci- toplasma, ribossomos, nucleoide, cromos- somo, plasmídio e flagelo. Conhecer o processo de reprodução asse-• xuada em bactérias. Estar informado de que certas bactérias • são causadoras de diversas doenças hu- manas e conhecer formas de tratamento e de prevenção. Caracterizar as arqueas e apontar suas • principais diferenças em relação às bac- térias. competências e habilidades do enem relativas ao capítulo competências Compreender interações entre organis-• mos e ambiente, em particular aquelas re- lacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos cul- turais e características individuais. Apropriar-se de conhecimentos da Biolo-• gia para, em situações-problema, inter- pretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas. Habilidades Reconhecer mecanismos de transmissão • da vida, prevendo ou explicando a mani- festação de características dos seres vi- vos. Avaliar propostas de alcance individual ou • coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saú- de individual, coletiva ou do ambiente. adequando o capítulo ao projeto pedagógico Pela importância das doenças que causam à humanidade, os vírus realmente merecem destaque, tanto no aspecto epidemiológico quanto científico. Vírus estão no limiar da vida e há aqueles que os consideram tão so- mente partículas infecciosas, não realmente seres vivos. Esse é um assunto interessante a ser debatido com os estudantes e pode levar ao refinamento dos conceitos de vida e de ser vivo. Aspectos epidemiológicos dos vírus são tratados no texto da Seção 2.1, no item 3 Vírus e doenças humanas. Esses aspectos são com- plementados em dois quadros Ciência e cida- dania: “Um problema mundial de saúde: gri- pe” e “Doenças sexualmente transmissíveis suplemento Bio Plus volume 2_parte especifica.indd 19 5/1/10 2:06:23 PM 20 causadas por vírus e bactérias”. Para se ga- nhar tempo em sala de aula, oriente os es- tudantes a trabalhar os quadros em casa; nesse meio-tempo, o professor pode desen- volver em sala de aula aspectos conceituais sobre transmissão, tratamento e prevenção de doenças virais. As respostas dos estu- dantes às atividades propostas nos Guias de Leitura dos quadros podem ser a base de um proveitoso debate de fechamento des- ses assuntos em classe. Para otimizar o tempo destinado à Seção 2.2 do capítulo, sugerimos ao profes- sor que oriente os estudantes a ler, como trabalho de casa, os itens referentes às bac- térias e arqueas. O tempo em sala de aula pode ser usado prioritariamente para discus- são da grande diversidade das bactérias no que se refere aos tipos celulares e às estra- tégias nutricionais. Oriente os estudantes a trabalhar o quadro Ciência e cidadania: “A im- portância das bactérias para a humanidade” como atividade extra classe, individualmen- te ou em grupo; assim, ganha-se tempo em sala de aula para o fechamento do assunto, a resolução de dúvidas e debates. Ao lado da importância epidemiológica de vírus e bactérias, vale a pena explorar o de- senvolvimento de atitudes preventivas dian- te de doenças infecciosas, absolutamente fundamental no caso de doenças ainda in- curáveis como a aids. O grande destaque das gripes suína e aviária na mídia, com uti- lização de termos técnicos como as siglas H1N1 e H5N1, por exemplo, é uma excelente oportunidade para mostrar a relevância do aprendizado escolar para a compreensão de temas do cotidiano. Quanto a esses as- pectos da transmissão das doenças entre países, converse com seus colegas das dis- ciplinas de Geografia ou de História sobre a possibilidade de realizar algum tipo de inte- gração interdisciplinar, ainda que pontual. Pode-se, por exemplo, abordar o impacto da peste negra nas comunidades europeias do final da Idade Média. O capítulo apresenta também dois Qua- dros de consulta, que sumarizam as princi- pais doenças virais e bacterianas e podem servir como fonte de consulta básica. sugestões de atividades complementares 2. Pesquisa: A história dos antibióticos (p. 57) 3. Construção de modelos: Trabalhando com desenhos e modelos (p. 57) leituras complementares para o professor BARRy III, C. E.; CHEUNG, M. Alternativas de com- bate à tuberculose. Scientific American Brasil, n. 83, abr. 2009, pp. 58-66. A tuberculose é uma doença bacteriana que se manifesta em diferentes regiões do planeta. Atualmente, uma preocupação de cientistas e autoridades sanitárias é o aparecimento de linhagens de bactérias tuberculinas resistentes à maioria das drogas disponíveis. BONJARDIM, C. A. Uma poderosa barreira. Ciência Hoje, n. 243, nov. 2007, pp. 76-78. Graças aos estudos de dois virologistas, o britâ- nico Alick Isaacs e o suíço Jean Linderman, foi possível descobrir a substância responsável por tornar as células mais resistentes a infecções virais. O artigo comemora os 50 anos da des- coberta dessa importante substância, chamada de interferon por seus criadores. CODEçO, C. T.; COELHO, F. C. Pandemias: risco para a humanidade? Ciência Hoje, n. 224, mar. 2006, pp. 26-31. A peste negra, na Idade Média, e a gripe espa- nhola, no século 20, dizimaram grandes contin- gentes humanos. Hoje, os avanços da medicina e os sistemas de vigilância tentam conter a expansão de possíveis pandemias, como a gripe aviária, por exemplo. O estudo do fenômeno deespalhamento de uma doença, simulado em computador, permite planejar melhor as medi- das de controle, como mostra este artigo. CRAPEz, M. A. C.; BORGES, A. L. N.; BISPO, M. G.; PE- REIRA, D. C. Biorremediação: tratamento para derrames de petróleo. Ciência Hoje, n. 179, fev. 2002, pp. 32-37. suplemento Bio Plus volume 2_parte especifica.indd 20 5/1/10 2:06:23 PM 21 Derrames acidentais de petróleo evidenciam como o combustível natural é danoso para o ambiente marinho. A descoberta de bactérias capazes de transformar o combustível em biomassa trouxe a possibilidade de utilizar métodos biológicos para a limpeza de ecossis- temas marinhos contaminados por petróleo. Este artigo trata sobre esses novos métodos, que constituem a biorremediação. (Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/ banco-de-imagens/lg/protected/pass/ch179/ bioremed.pdf/view> Acesso em: mar. 2010.) FERREIRA, L. B.; TIDON, R. Aids, seleção natural e pobreza. Ciência Hoje, n. 219, set. 2005, pp. 57-59. A epidemia mundial de aids vem induzindo – em especial na África – a seleção de indivíduos com variações genéticas que conferem maior resis- tência ao vírus HIV. Entretanto, a sobrevivência das vítimas é mais influenciada por fatores so- cioeconômicos do que por possíveis vantagens genéticas. O artigo defende a necessidade de ampliar a prevenção da infecção e o acesso da população aos serviços de saúde, ressaltando que a informação é o mais importante, em es- pecial nos países mais pobres. FINLAy, B. B. A arte da guerra bacteriana. Scientific American Brasil, n. 94, mar. 2010, pp. 46-53. Novas pesquisas revelam como bactérias se- questram células do nosso corpo e enganam o sistema imunitário. Entretanto, podemos usar essas “armas” contra elas mesmas. GIBBS, W. W.; SOARES, C. À espera da pandemia. Scientific American Brasil, n. 43, dez. 2005, pp. 64-73. Cedo ou tarde, um vírus de gripe altamente contagioso e letal deve surgir. O número de mortes que a nova praga vai causar é incerto e dependerá do quanto estivermos preparados para esse ataque. OJCIUS, D. M.; DARVILLE, T.; BAVOIL, P. M. O ataque silencioso da clamídia. Scientific American Bra- sil, n. 45, fev. 2006, pp. 58-65. Biólogos desvendam os mecanismos de ação de uma bactéria que se dissemina quase sem deixar sintomas, mas pode causar infertilidade e cegueira em longo prazo. PINTO, A. R. A vitória de Sabin. Ciência Hoje, n. 262, ago. 2009, pp. 34-39. Nos anos 1950, o virologista Albert Sabin criou uma vacina que, além de ser administrada via oral, não apresentava outras desvantagens da vacina então existente. O artigo celebra os 50 anos de conclusão da extensa bateria de testes que levaram à aprovação dessa vacina. RIBEIRO, C. G. A música do microcosmo: a influên- cia microbiana nos processos globais. Ciência Hoje, n. 265, nov. 2009, pp. 40-41. Os microrganismos constituem a base de sus- tentação da vida na Terra, estando presentes no começo e no fim da teia alimentar. O artigo mostra que tamanho não é documento e que os microrganismos são seres fascinantes. Alerta também para os impactos que o modo de vida humano tem sobre os processos mi- crobianos. STEVENSON, M. Afinal, a Aids tem cura? Scientific American Brasil, n. 79, dez. 2008, pp. 34-39. Para eliminar o HIV do organismo é preciso removê-lo de seus esconderijos e evitar que volte a ocupar essas reservas. O artigo comen- ta que esse é um desafio enorme, mas não impossível. TAUBENBERGER, J. K.; REID, A. H.; FANNING, T. G. À caça do vírus da gripe assassina. Scientific American Brasil, n. 35, abr. 2005, pp. 66-75. Pesquisadores reconstituem o vírus da influen- za de 1918, na tentativa de descobrir por que ele foi tão letal e se há maneiras de deter ou controlar novas pandemias. VIEIRA; C.L.; FURTADO, F. Andrew Whiteley: amigas invisíveis. Ciência Hoje, n. 246, mar. 2008, pp. 10-13. O artigo apresenta a entrevista de Ciência Hoje com o ecólogo inglês Andrew Whiteley, especia- lista em bactérias do solo. O entrevistado fala sobre como esses microrganismos são capazes de sobreviver aos mais diversos ambientes e discute a sua importância para a vida na Terra. Atualmente, o pesquisador trabalha em um cen- so sobre a densidade e a distribuição geográfica de micróbios de solo. VILLARREAL, L. P. Ameaça fantasma. Scientific American Brasil, n. 32, jan. 2005, pp. 60-65. Os vírus situam-se nas fronteiras entre o mundo da Química e o da Biologia. Esses minúsculos seres exercem uma influência surpreendente sobre outros seres vivos. suplemento Bio Plus volume 2_parte especifica.indd 21 5/1/10 2:06:23 PM 22 WALSH, C. T.; FISCHBACH, M. A. A ameaça das su- perbactérias. Scientific American Brasil, n. 87, ago. 2009, pp. 38-45. Cientistas adotam novas táticas e ferra- mentas na corrida para desenvolver novos antibióticos. WOLFE, N. Na natureza selvagem. Scientific Ameri- can Brasil, n. 84, maio 2009, pp. 72-77. O artigo sugere a criação de uma rede inter- nacional para monitorar o fluxo de viroses de animais para os seres humanos, o que pode ajudar a prevenir pandemias. CAPÍTULO 3 Algas, protozoários e fungos apresentação As primeiras classificações dividiam o mundo vivo em animais e vegetais, mas logo se descobriu que muitos organismos não se enquadravam nessas categorias. Desde então, os cientistas discutem a criação de novos reinos para classificar mais adequa- damente os seres vivos. Neste capítulo estudaremos as principais características de algas e protozoários (rei- no Protoctista), e dos fungos (reino Fungi). Habilidades sugeridas seção 3.1 — Algas Valorizar o estudo sistematizado das al-• gas, de modo a reconhecer padrões de semelhança e de diferença entre os seres com os quais convivemos. Reconhecer que o estudo de certos grupos de algas pos- sibilita aproveitar seus benefícios para a espécie humana. Explicar as principais características das • algas quanto à estrutura, à nutrição, à re- produção e aos ambientes em que vivem. Compreender, em linhas gerais, a alter-• nância de gerações, fenômeno que ocorre em muitos grupos de algas. seção 3.2 — Protozoários Explicar as principais características dos • protozoários quanto à estrutura, à nutri- ção, à reprodução e aos ambientes em que vivem. Conhecer protozoários causadores de do-• enças humanas – amebíase, leishmaniose, doença de Chagas e malária – e formas de tratamento e de prevenção dessas proto- zooses. seção 3.3 — Fungos Explicar as principais características dos • fungos quanto à estrutura, à nutrição, à re- produção e aos ambientes em que vivem. Reconhecer e explicar a importância eco-• lógica dos fungos, assim como os bene- fícios e prejuízos que causam à espécie humana. competências e habilidades do enem relativas ao capítulo competências Compreender interações entre organis-• mos e ambiente, em particular aquelas re- lacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos cul- turais e características individuais. Apropriar-se de conhecimentos da Biolo-• gia para, em situações-problema, inter- pretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas. Habilidades Reconhecer mecanismos de transmissão • da vida, prevendo ou explicando a manifes- tação de características dos seres vivos. Associar características adaptativas dos • organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em ambientes brasileiros. Avaliar propostas de alcance individual ou • coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saú- de individual, coletiva ou do ambiente. suplemento Bio Plus volume 2_parte especifica.indd 22 5/1/10 2:06:24 PM 23 adequando o capítulo ao projeto pedagógico Algas, protozoários e fungos são orga- nismos de grande importância no contexto ecológico e em sua relação com a huma- nidade. Entretanto, a grande diversidadedesses organismos pode dificultar ou tor- nar enfadonho o trabalho de professores e estudantes. Sugerimos, principalmen- te em cursos com carga horária reduzida, que o enfoque principal do capítulo seja dado na importância ecológica e econômi- ca desses seres. Dependendo do tempo e do interesse, pode-se minimizar aspectos sistemáticos e estruturais detalhistas, que exigem maior memorização. Além dos aspectos práticos e utilitários de algas e fungos na alimentação humana, esses organismos são, respectivamente, o primeiro e o último elos da cadeia alimen- tar. Vale a pena explorar essa abordagem ecológica, porém sem entrar em maiores detalhes. Se possível, leve os estudantes a um litoral ou uma floresta, à procura de al- gas, fungos e liquens. Para explorar um dos muitos aspectos práticos dos fungos em nossa vida, sugerimos a atividade de fazer pão (ver Sugestões de atividades comple- mentares, a seguir). Não deixe de solicitar aos estudantes que leiam o quadro Ciência e cidadania: “Proto- zoários que causam doenças”, seguindo as orientações de seu Guia de Leitura. Este fa- cilita aos estudantes trabalhá-lo fora do pe- ríodo de aula, individualmente ou em grupo, seguindo-se uma discussão de fechamento dos assuntos em sala de aula, o que expõe a diversidade das respostas dos estudantes, contribuindo para a motivação e interativi- dade. sugestões de atividades complementares 4. Atividade prática: A fermentação bioló- gica no pão (p. 57) 5. Atividade de laboratório: Observando algas, protozoários e fungos (p. 58) 6. Atividade de laboratório: Constatando a atividade dos levedos (p. 59) leituras complementares para o professor BAGNARESI, P.; GARCIA, C. R. S.; RODRIGUES, M. Malária: batalha de múltiplas frentes. Ciência Hoje, n. 256, fev. 2009, pp. 10-11. A malária, causada por um protozoário (plas- módio), mata cerca de 2 milhões de pessoas por ano. A boa notícia é que uma equipe inter- nacional de pesquisadores conseguiu frear o desenvolvimento do plasmódio no fígado pela alteração de um mecanismo bioquímico do parasita. O resultado revigora a esperança de obtenção de novas drogas para uma das mais devastadoras doenças do planeta. (Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com. br/revista-ch/revista-ch-2009/256/malaria- batalha-de-multiplas-frentes> Acesso em: mar. 2010.) CESARIO, M.; CESARIO, R. R. Malária, Amazônia e desenvolvimento. Scientific American Brasil, n. 46, mar. 2006, pp. 54-57. O artigo aborda a situação da malária no norte do país, onde a migração, a degradação am- biental e as doenças infecciosas estão rela- cionadas. DUNAVAN, C. P. Como deter a malária. Scientific American Brasil, n. 46, mar. 2006, pp. 48-53. Erradicada em várias partes do mundo, a ma- lária ainda persiste nas regiões mais pobres. No entanto, há maneiras de prevenir e tratar a doença. FERREIRA, A. V. B. Fungos: os primórdios do sexo. Ciência Hoje, n. 218, ago. 2005, pp. 34-41. O artigo discute a reprodução dos fungos, que pode ser assexuada ou sexuada. Nesses organismos, a reprodução sexuada apresenta uma variedade de formas que vem ajudando os cientistas a descobrir as origens da reprodução sexual dos organismos mais complexos. KROPF, S. P. Um feito espetacular. Ciência Hoje, n. 256, fev. 2009, pp. 71-74. suplemento Bio Plus volume 2_parte especifica.indd 23 5/1/10 2:06:24 PM 24 Em abril de 1909, o médico Carlos Chagas comunicou a descoberta de uma nova doença tropical causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida pelo inseto popularmente conhecido por barbeiro. O artigo comemora o centenário desse triplo descobrimento – vetor, agente causador e doença – como um grande feito da ciência nacional. OKI, y.; FERNANDES, G. W.; CORREA Jr., A. Fungos, amigos ou inimigos? Ciência Hoje, n. 252, set. 2008, pp. 64-66. O artigo trata de fungos que vivem no interior das plantas, contribuindo para seu crescimento e para sua defesa contra pragas e doenças. SILVA-NETO, M. A. C.; ATELLA, G. C. Doença de Cha- gas: a invasão silenciosa do parasito. Ciência Hoje, n. 266, dez. 2009, pp. 34-39. Ainda não há cura para a doença de Chagas, descrita no Brasil há 100 anos pelo médico sa- nitarista Carlos Chagas. Uma pesquisa recente revelou que moléculas presentes na saliva do inseto transmissor dificultam a reação do sistema de defesa humano, como mostra este artigo. SOUzA, D. O.; CHAVES, G. C. Cem anos de negligên- cia. Scientific American Brasil, n. 88, set. 2009, pp. 68-73. No centenário da descoberta do tripanossomo como agente causador da doença de Chagas, não há muito para comemorar: essa parasi- tose ainda assola muitas regiões pobres do planeta. STEINDEL, M.; DIAS, J. C. P.; ROMANHA, A. J. Doença de Chagas: mal que ainda preocupa. Ciência Hoje, n. 217, jul. 2005, pp. 32-38. O artigo trata da doença de Chagas, que atinge 8 milhões de brasileiros. A doença esteve re- centemente na mídia com o surto infeccioso ocorrido em Santa Catarina, que serviu para confirmar a suspeita de que a doença pode ser transmitida via oral. É um alerta para as autoridades sanitárias sobre a necessidade de intensificar o combate ao inseto transmissor (o “barbeiro”) e ao parasita causador (Trypano- soma cruzi). UNIDADE C Diversidade, anatomia e fisiologia das plantas CAPÍTULO 4 Diversidade e reprodução das plantas apresentação Acredita-se que algas verdes primitivas, ancestrais das plantas atuais, foram os pri- meiros organismos multicelulares a coloni- zar a terra firme. A conquista desse novo ambiente pelas plantas permitiu a chegada dos animais, que delas passaram a se ali- mentar. Neste capítulo, apresentamos caracte- rísticas gerais das plantas, seus ciclos de vida e sua diversidade, além de comentar as tendências mais recentes da classificação do grupo. Habilidades sugeridas seção 4.1 — Características gerais das plantas Listar e explicar as principais caracterís-• ticas das plantas e reconhecer que elas têm um tipo de embrião que as distingue das algas. Conhecer os principais grupos de plantas • atuais – briófitas, pteridófitas, gimnosper- mas e angiospermas – identificando suas características básicas. Reconhecer, no ciclo de vida das plantas, • a alternância de gerações haploide (ga- metófito) e diploide (esporófito). seção 4.2 — Plantas avasculares: briófitas Conhecer os filos atuais de briófitas e • descrever aspectos básicos de seu ciclo de vida: a) a alternância entre gerações haploide e diploide; b) a dependência do esporófito em relação ao gametófito; c) a predominância da fase gametofítica. suplemento Bio Plus volume 2_parte especifica.indd 24 5/1/10 2:06:24 PM 25 seção 4.3 — Plantas vasculares sem sementes: pteridófitas Conhecer os filos atuais de pteridófitas e • descrever aspectos básicos de seu ciclo de vida: a) a alternância entre gerações ha- ploide e diploide; b) a dependência do es- porófito jovem em relação ao gametófito; c) a predominância da fase esporofítica. seção 4.4 — Plantas vasculares com sementes nuas: gimnospermas Conhecer os filos atuais de gimnosper-• mas e descrever aspectos básicos de seu ciclo de vida: a) a alternância entre gera- ções haploide e diploide; b) a dependência do esporófito jovem em relação ao game- tófito feminino contido na semente; c) a predominância da fase esporofítica. Identificar o estróbilo (pinha) como a es-• trutura reprodutiva das gimnospermas, cujas folhas férteis formam grãos de pó- len e óvulos. Conceituar óvulo em plantas, reconhecen-• do-o como uma estrutura multicelular que abriga o gameta feminino, a oosfera. Conceituar grão de pólen, reconhecendo-o • como a estrutura formadora dos gametas masculinos das plantas com semente. seção 4.5 — Plantas vasculares com flores e frutos: briófitas Conhecer os principais grupos de angios-• permas e descrever seu ciclo de vida. Distinguir a fecundação simples, que ocor-• re em gimnospermas, da dupla fecunda-ção que ocorre em angiospermas. Reconhecer a importância da semente na • adaptação das plantas ao ambiente de terra firme. Conceituar flor e identificar suas partes • básicas. Conceituar fruto, reconhecendo sua im-• portância na proteção e na disseminação das sementes de angiospermas. competências e habilidades do enem relativas ao capítulo competências Compreender interações entre organis-• mos e ambiente, em particular aquelas re- lacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos cul- turais e características individuais. Apropriar-se de conhecimentos da Biolo-• gia para, em situações-problema, inter- pretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas. Habilidades Reconhecer mecanismos de transmissão • da vida, prevendo ou explicando a manifes- tação de características dos seres vivos. Identificar padrões em fenômenos e pro-• cessos vitais dos organismos, como ma- nutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade, entre outros. Compreender o papel da evolução na pro-• dução de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos. Associar características adaptativas dos • organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em ambientes brasileiros. adequando o capítulo ao projeto pedagógico Muitos estudantes e mesmo professores de Biologia não se entusiasmam com a Botâ- nica. Uma das razões é a ênfase exagerada dada à terminologia científica nessa área. Como ainda não compreendem a rede con- ceitual e os objetivos mais importantes no estudo da Botânica, os estudantes tentam se apropriar dos conceitos por meio da me- morização dos termos, o que torna o apren- dizado enfadonho e desprovido de sentido. suplemento Bio Plus volume 2_parte especifica.indd 25 5/1/10 2:06:24 PM 26 No Ensino Médio, o estudo das plantas deve enfatizar aspectos integradores da Biologia, como compreender simultaneida- de entre a diversidade e a unidade da vida. A unidade, isto é, os aspectos que todos os seres vivos compartilham, evidencia a evo- lução a partir de um mesmo ancestral; a di- versidade, por sua vez, revela os caminhos trilhados pelas diferentes espécies rumo à sua adaptação particular. Sob esse prisma, a comparação da organização corporal dos componentes dos quatro grandes grupos de planta (briófitas, pteridófitas, gimnos- permas e angiospermas) e de seus diver- sos modos de reprodução podem ser ex- plorados para mostrar tanto a diversidade quanto a unidade do mundo vivo. Como res- saltam os objetivos dos temas estrutura- dores sugeridos nos PCN1: (a) “com auxílio da zoologia, da botânica e das ciências am- bientais, os alunos poderão entender como a vida se diversificou a partir de uma origem comum e dimensionar os problemas relati- vos à biodiversidade”; (b) “caracterizar os ciclos de vida de […] plantas, relacionando- -os com a adaptação desses organismos aos diferentes ambientes”; (c) “construir árvo- res filogenéticas para representar relações de parentesco entre diversos seres vivos”. (www.sbfisica.org.br/arquivos/PCN_CNMT. pdf – Acesso em: mar. 2010.) Caso o tempo para trabalhar esse capí- tulo seja reduzido, sugerimos que se de- dique o tempo em sala de aula aos temas mais motivadores. Partes específicas do assunto, que o professor considere rele- vantes, podem ser trabalhadas como lei- tura extraclasse, com fechamento dos as- suntos e resolução de dúvidas em sala de aula. Estimule os estudantes a elaborar, individualmente ou em grupos, Guias de Leitura semelhantes aos que utilizamos nos quadros Ciência e cidadania. Os guias podem ser trocados entre os estudan- tes durante o trabalho, propiciando boas oportunidades de interação e troca de co- nhecimentos. Embora o capítulo apresente muitos ter- mos botânicos específicos, nossa sugestão é que esses conhecimentos sejam consi- derados de menor importância para evitar o risco de aprendizagem descontextualiza- da e por simples memorização. Converse com os estudantes sobre a importância da nomenclatura na linguagem científica e na comunicação em ciência, ajudando-os a dis- tinguir entre a aprendizagem significativa e a aprendizagem mecânica por simples me- morização. O aprendizado da Botânica é mais fácil e motivador quando se observam exemplares vivos dos diversos grupos de planta, o que é possível em quase todas as regiões do país. Lembre-se de que os esquemas, embora im- prescindíveis, podem levar os estudantes a imaginar os organismos de maneira irreal. É preciso deixar bem claro aos estudantes que esquemas e desenhos são apenas re- presentações didáticas dos organismos. In- centive a consulta das ilustrações do livro e de outros materiais didáticos, comparando- -as, sempre que possível, com os exempla- res de plantas que conseguir coletar. O capítulo aborda as características dos diversos grupos de plantas, organismos com os quais temos contato estreito em nosso cotidiano. As plantas são fontes de alimento, fornecem matéria-prima para a construção de nossas casas e dos mais di- versos utensílios, são usadas na ornamen- tação etc. Converse com seus alunos sobre a importância das plantas em nossa vida e leve-os a reconhecê-las como organismos vivos dos quais depende a vida de muitos outros. Solicite aos estudantes que tragam exem- plares de plantas dos diversos grupos e de estruturas que estão sendo estudadas como: plantas de musgos e hepáticas; plan- tas de samambaias e avencas, em cujos va- sos é comum haver prótalos; estróbilos de gimnospermas e sementes aladas dessas plantas; exemplares de angiospermas para suplemento Bio Plus volume 2_parte especifica.indd 26 5/1/10 2:06:24 PM 27 identificação de suas partes (raízes, caule, folhas, gemas, flores e frutos); flores de dife- rentes espécies de planta, para identificação e comparação de suas diversas partes; frutos diversos para identificação e comparação de suas partes, com destaque para as semen- tes. Vale lembrar que a nova classificação de frutos não adota mais o termo pseudofruto. Atualmente consideram-se todas as estrutu- ras além do ovário, incluindo os verticilos flo- rais concrescidos, como partes do fruto, de- signando-os como frutos acessórios. A seguir, sugerimos uma série de atividades comple- mentares para os assuntos deste capítulo. sugestões de atividades complementares 7. Atividade prática: Observando plantas no ambiente natural (p. 60) 8. Atividade prática: Construindo um ter- rário de briófitas (p. 60) 9. Atividade de laboratório: Observando esporângios de pteridófitas (p. 60) 10. Atividade de laboratório: Cultivando gametófitos em um terrário (p. 61) 11. Atividade de laboratório: Observan- do órgãos reprodutivos de fanerógamas (p. 61) 12. Atividade de laboratório: Germinação do grão de pólen e formação do tubo políni- co (p. 62) 13. Atividade de laboratório: Observando sementes (p. 62) leituras complementares para o professor MELLO, M. A. R. Morcegos e frutos: interação que gera florestas. Ciência Hoje, n. 241, set. 2007, pp. 30-35. Ao contrário do que se pensa, das 1100 es- pécies de morcegos conhecidas, apenas três alimentam-se de sangue. A maioria desses ma- míferos voadores come frutos e, ao dispersar as sementes, tem papel ecológico crucial na natureza. O artigo mostra o importante papel dos morcegos na estrutura e na dinâmica de comunidades vegetais em regiões tropicais. PAULINO NETO, H. F.; OLIVEIRA, P. E. A. M. As ano- náceas e os besouros. Ciência Hoje, n. 224, mar. 2006, pp. 59-61. Atraídos pelo perfume e pela temperatura aprazível dentro da flor, besouros realizam uma forma primitiva de polinização em anonáceas, uma das mais importantes famílias de plan- tas. Na câmara floral, os insetos encontram alimento, parceiros sexuais e abrigo contra predadores. Saiba mais sobre essa cooperação neste artigo. CAPÍTULO 5 Desenvolvimento e morfologia das angiospermas apresentação A organização
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