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FISIOLOGIA CELULAR 1 O que determina o sentido da difusão efetiva (ou resultante) de uma molécula? Que características distinguem a difusão simples da difusão facilitada? Que características distinguem a difusão facilitada do transporte ativo? O fluxo resultante é o fluxo unidirecional para dentro menos o fluxo para fora. Depende do gradiente de concentração e da permeabilidade da membrana ao soluto, que é regulada pelo coeficiente de partição, pelo raio da molécula, pela espessura da membrana e pela área superficial. As partículas se movem através da membrana livremente, mas é o gradiente de concentração que impulsiona a difusão efetiva. Quão maior for a diferença de concentração entre A e B, maior será a força de difusão. A resultante será a favor do lado que inicialmente estava menos concentrado, já que muitas moléculas foram impulsionadas para esse lado da membrana. Tanto na difusão simples como na difusão facilitada o transporte é passivo, a favor do gradiente, não usando energia metabólica e não dependente do gradiente de sódio. Entretanto, a difusão facilitada sofre influência de proteínas carreadoras que facilitam o processo de difusão. O carreador apresenta comportas que sofrem mudanças conformacionais para permitir a passagem de alguma molécula. Entretanto, as comportas não ficam abertas simultaneamente, nunca permite a passagem direta. Duas substâncias podem competir pelo mesmo carreador e o carreador é estereoespecífico, ou seja, pode se ligar no levógeno mas não no destrógeno ou vice-versa. Outra característica importante é que há uma saturação na difusão facilitada. No ponto em que se atinge a saturação, a velocidade do transporte irá se manter mesmo que a concentração aumente. Quando o carreador precisa de energia para realizar sua mudança conformacional, há um gasto de energia, caracterizando o transporte ativo. No transporte ativo, uma ou mais moléculas se movem contra o gradiente eletroquímico. Há dois tipos de transportes ativos, o primário e o secundário. No transporte ativo primário, como no caso da bomba de sódio e potássio, o transporte é mediado por carreador que usa diretamente energia metabólica. Já no transporte ativo secundário, os carreadores se utilizam do gradiente de sódio para transportar substâncias. Nesse caso, o carreador transporta o sódio junto com outra substância. No caso de simporte, as duas substâncias vão para a mesma direção, enquanto no antiporte o carreador transporta substâncias em sentidos opostos. Como o transporte secundário depende do gradiente de sódio, seu uso de energia é indireto, já que para esse gradiente ser gerado foi necessário um gasto energético. Referências: COSTANZO, Linda S.. Fisiologia. 6. ed. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
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