2_CARTILHA_PAIS OUVINTES FILHOS SURDOS_Revisada_11_12

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PAIS OUVINTES, FILHOS SURDOS:
Argissa Pereira e Miriam Vasconcelos
Curso de
Formação Pedagógica em
Pedagogia
COMO MELHORAR ESSA COMUNICAÇÃO 
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APRESENTAÇÃO
O Projeto da atividade de extensão no formato de “Cartilha Virtual”, tendo como tema “Pais ouvintes, filhos surdos: como melhorar essa comunicação”, foi idealizado a partir do paradigma educacional contemporâneo e social , que é a inclusão de “todas” as crianças, com foco na criança surda, com o objetivo de apresentar sugestões para melhorar a comunicação entre esses sujeitos em suas famílias, na escola, na sociedade.
FONTE: https://cronicasdasurdez.com/meu-filho-e-surdo-e-a-escola/
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................04
OBJETIVO .........................................................................................................................................................05
PRIMEIRO TÍTULO ............................................................................................................................................06
SEGUNDO TÍTULO ............................................................................................................................................08
TERCEIRO TÍTULO .............................................................................................................................................11
QUARTO TÍTULO...............................................................................................................................................13
CONCLUSÃO .....................................................................................................................................................15 BLIOGRAFIAS ....................................................................................................................................................17
INTRODUÇÃO
A sociedade para ser justa e igualitária, deve incluir todas as pessoas. A escola como microcosmo da sociedades deve ser inclusiva. Para isso, deve educar todos os alunos em salas de aula regulares e proporcionar a eles oportunidades educacionais adequadas, porém ajustadas às necessidades e habilidades de cada um. Desta forma, os alunos com deficiência e aqueles sem deficiência, têm a oportunidade de se preparar para a vida em comunidade, aprendendo a viver e conviver com a diferença, a serem colaborativos e atuantes na sociedade. Os pais devem procurar conhecer e aprender a Língua de Sinais - Libras , bem como outras maneiras, práticas e métodos de melhorar a comunicação com seu filho surdo. Os professores, por sua vez, precisam ampliam sua visão do que é ensinar e aprender, desenvolvendo projetos criativos que atendam aos especiais de modo particular, a fim de crescerem como pessoas e como profissionais.
OBJETIVO
 O projeto da “Cartilha de Inclusão Escolar: Pais ouvintes, filhos surdos: como melhorar essa comunicação”, foi idealizado a partir do paradigma educacional e social, que é a inclusão de “todas” as crianças, com foco na criança surda e tem os seguintes objetivos: 
Pretende apresentar algumas considerações sobre o que é inclusão, destacando o papel da família; 
Explicar, baseando-se na Legislação Brasileira, que os pais, a família, a escola e os professores devem assegurar o direito de todos a inclusão e a educação; 
Informar aos pais ouvintes com filhos surdos, sobre as possibilidades para melhorar a comunicação entre eles.
Dicas de como conviver melhor com pessoas surdas. 
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE ´DEFICIÊNCIA E INCLUSÃO:
Mesmo com todos os testes que se realizam nas crianças recém nascidas, pais e familiares precisam estar atentos as suas crianças desde o nascimento, a fim de identificarem alguma deficiência. E o que é deficiência? A pessoa com deficiência é "aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”. Esta definição esta na Lei 13.146/2015 e percebe-se que é uma definição bastante ampla e que acolhe vários tipos de deficiência, inclusive as deficiências visual e auditivas. Nas suspeita de surdez, os pais devem observar os primeiros sinais característicos, como a falta de reflexo aos chamados ou a indiferença da criança perante os ruídos ao seu redor. Sabemos o quanto pode ser difícil aceitar essa “diferença” e o quanto esse fato pode gerar angústia, principalmente em relação ao futuro, mas a família deve entender que existe a possibilidade de seu filho ter uma vida feliz, normal, ir a escola, ter uma vida social. Para para isso, é preciso entender, o que é a surdez? é a impossibilidade ou incapacidade de ouvir, que pode se dar em quatro níveis: leve, moderada, severa ou profunda. Família, é preciso buscar ajuda e um diagnóstico seguro, é preciso procurar alternativas que conduzam seu filho rumo ao processo de inclusão na família, na escola e na sociedade. E o que é inclusão? Pode-se entender como o processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. 
QUAL O PAPEL DA FAMILIA.					
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INSERIR IMAGEM QUE REPRESENTE O ASSUNTO DESENVOLVIDO NESTE ITEM
FONTE: : https://slideplayer.com.br/slide/7302254 
OS PAIS , FAMÍLIA ,E SCOLA E PROFESSORES DEVEM ASSEGURAR O DIREITO Á INCLUSÃO E A EDUCAÇÃO.		
Desde que o mundo é mundo existe gente diferente. Os pais devem garantir os direitos de seus filhos especiais, procurando conhecer a Legislação Brasileira a fim de lhes fornecer uma educação de qualidade. A Lei nº 10.436/2002, que dispõe sobre a Língua de Sinais – a Libras, diz que a criança surda tem o direito de ser matriculada numa turma de escola comum junto com crianças de sua idade, com garantia de meios e recursos que supram os seus impedimentos à aprendizagem e ao seu desenvolvimento afetivo e cognitivo. O que significa que qualquer escola deveria estar preparada para receber alunos com dificuldades auditivas, o que vai muito além de apenas permitir a matrícula. Estar preparada significa possuir um ambiente que possa atender a todas as necessidades da criança e permitir que ela se desenvolva como todas as outras. É dever de toda escola prestar assessoria em relação à língua de sinais, se a criança tiver linguagem oral restrita e às estratégias adequadas para propiciar o diálogo, na linguagem oral e/ou escrita, fornecer material concreto e visual que sirva de apoio para garantir a assimilação de conceitos novos e orientar os professores em relação à adaptação do aluno em sala de aula. O conteúdo curricular a ser desenvolvido para o aluno surdo é exatamente o mesmo trabalhado com os alunos ouvintes. A diferença estará na forma em que ele será trabalho, uma vez que alunos surdos ou com audição limitada terão que ter mais estímulos visuais para acompanhar a aula. O responsável pela criança com deficiência pode exigir o cumprimento da garantia legal e, em caso de descumprimento, ajuizar ação contra a instituição de ensino para garantir o direito à educação do menor.
A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA						
OS PAIS , FAMÍLIA ,E SCOLA E PROFESSORES DEVEM ASSEGURAR O DIREITO Á INCLUSÃO E A EDUCAÇÃO 		
Temos ainda a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), ou Estatuto da Pessoa com Deficiência/2015. Esse documento assegura e promove, condições de igualdade , direitos e liberdades para as pessoas com deficiências, atuando a fim de dar efetividade e empreender ações de fortalecimento, conscientização e conhecimento sobre os direitos das pessoas com deficiência. E que ações são essas? São ações de facilitem por exemplo a acessibilidade com segurança e autonomia nos espaços urbanos da cidade, nos transportes, nos espaços públicos, removendo quaisquer tipos de barreiras que impeçama locomoção nos espaços urbanos, bem como motivar a remoção de barreiras atitudinais ou comportamentais que prejudiquem a participação social da pessoa com deficiência, em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas. As pessoas com deficiência tem direito a habilitação e a reabilitação, ou seja, podem desenvolver seus talentos, habilidades, aptidões físicas, atitudinais, profissionais e artísticas de forma que conquistem sua autonomia como pessoa deficiente e que participem em condições de igualdade e oportunidades com as demais pessoas.
A pessoa com deficiência tem direito a ser tratada com igualdade sem discriminação, tem direito a prioridade no atendimento em todas as instituições e serviços de atendimento ao público, tem direito a saúde em todos os níveis de complexidade através do SUS, sendo seu acesso, universal e igualitário. 
A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA						
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FONTE: https://www.oitomeia.com.br/noticias/2017/11/07/comunidade-surda-de-teresina-esta-feliz-com-o-tema-da-redacao-do-enem-que-deu-visibilidade-para-eles
PAIS OUVINTES, FILHOS SURDOS. 
Na maioria das vezes os pais de crianças surdas enfrentam preconceitos e discriminações. Cada família deve encontrar a melhor maneira de lidar com seu filho e encontrar os caminhos possíveis que o conduzam a ser uma pessoa independente, estudar, namorar, casar, trabalhar. Como cada caso é único, singular, é preciso, o oralismo, a leitura labial, o bilinguismo, e o mais cedo possível apresentar a Língua de Sinais a Libras. A família deve buscar aprender a Libras bem como conhecer a cultura surda. É importe buscar informações, técnicas e métodos de como se comunicar com seu filho. Boas fontes de informações e aconselhamento estão em programas de acompanhamento, em Ongs, Serviço Social Municipal, Institutos e escolas, a fim de compreender o que é o universo e a cultura surda em todas as suas potencialidades. As Organizações Atléticas e Sociais também podem auxiliar. Podemos contar ainda com as Associações Religiosas e as igrejas, que promovem programas de recreação e aconselhamento vocacional e familiar, serviço de interpretação, dentre outras atividades. 
COMO MELHORAR A COMUNICAÇÃO
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FONTE: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/17/14/aquisio-da-linguagem-pelo-a-aluno-a-surdo-a-via-ludicidade
CONVIVENDO COM O SURDO
Família, no princípio pode parecer assustador lidar com uma pessoa que se comunica de maneira diferente da maioria, mais é só isso. Se o surdo for estimulado desde cedo ele vai adquirir a Língua de Sinais e a Língua Portuguesa (leitura e escrita), vai se comunicar e terá uma vida normal. Seguem algumas dicas de como conviver com as pessoas surdas: 
Quando quiser comunicar algo ou chamá-lo, toque no seu ombro com calma, acene para ele, não o assuste, não grite; 
Se ele tiver recebido treinamento de leitura labial, vai conseguir lhe entender, então fale devagar; 
Quando estiver conversando com uma pessoa surda, é importante olhar sempre para o rosto, olhos, mãos, para o corpo, pois é nesse conjunto que eles se comunicam, e se você virar o rosto ele pode pensar que terminou a conversa; 
O surdo normalmente não é mudo, ele tem voz e muitas vezes consegue falar algumas palavras, quando motivado. 
Os surdos podem dirigir carro ou moto, por exemplo. 
Você já viu algum surdo usando fone de ouvido? Curioso não é, pois eles não ouvem as músicas mas percebem as vibrações. É mais ou menos como uma pessoa que ouve uma musica em outro idioma que não entende a letra mas gosta. Eles gostam das vibrações sonoras. 
Se você sentir que não está conseguindo evoluir na comunicação, solicite que o surdo escreva em papel ou no celular o que deseja comunicar, dê atenção. O importante é ter boa vontade em aprender, compartilhar e ter empatia. 
DICAS:
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FONTE: https://praxistecnologica.wordpress.com/2015/11/25/a-inclusao-de-criancas-surdas-na-educacao-infantil/
CONCLUSÃO
País, mães, tutores, familiares, pesquisem e informem-se sobre como obter um diagnósticos seguro sobre o grau de deficiência de seu filho. A escolha do profissional adequado, os exames, etc., são decisões importantes. A falta de atitude pode significar o desperdício de muitos anos. Procure descobrir a causa da surdez, pois isto ajudará a planejar as necessidades de estimulação. A partir daí, poderão procurar a melhor maneira de conduzir seu filho nessa caminha, rumo a sua independência como pessoa e cidadão. Juntos poderão buscar metodologias, escolas inclusivas, aprender a Libras e até mesmo sobre procedimentos cirúrgicos se for de sua vontade. Mas acima de tudo os pais tem que demostrar seu amor incondicional e apoio á seus filhos, para que os mesmos sintam-se seguros, diante de uma longa jornada de desafios, angústias e descobertas que farão parte desse caminho. Podem ainda buscar orientação em entidades e associações de surdos como a FENEIS. Pense bastante antes de tomar cada decisão, mas ao mesmo tempo, não percam tempo. Os primeiros anos de contato com a Libras são essências para o desenvolvimento da criança, não só para o aprendizado da Língua da Libras e da Língua Portuguesa, mas no desenvolvimento cognitivo global. Pai e mãe, sua força de vontade em aprender, disposição em abandonar preconceitos e união familiar, serão determinantes para que sua criança tenha uma boa qualidade de vida. 
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A educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele. É, também, onde decidimos se amamos nossas crianças o bastante para não as expulsar de nosso mundo e abandoná-las a seus próprios recursos, preparando-as, em vez disso, com antecedência para a tarefa de renovar um mundo comum.”
- Hannah Arendt 
FONTE: Arendt, 1972, p. 247
BIBLIOGRAFIAS
ARENDT, Hannah. A crise na educação: III e IV. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 1972. p. 247. 
BRASIL. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência - Comentada / Joyce Marquezin Setúbal, Regiane Alves Costa Fayan (org.). Campinas: Fundação FEAC, 2016. ISBN: 978-85-69685-03-6. Disponível em:< https://www.feac.org.br/wp-content/uploads/2017/05/Lei-brasileira-de-inclusao-comentada.pdf>. Acesso em: 18 nov. de 2020.
_______. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm>. Acesso em: 8 de out. de 2020. 
_______. Lei n° 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília: Senado Federal, 2015. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm>. Acesso em: 13 out. de 2020. 
Ribeiro, V., Barbosa, R., & Martins, S. (2019). Pais ouvintes e filhos surdos: o lugar das famílias em propostas educacionais bilíngues. Educação (UFSM), 44, e55/ 1-27. doi: <
https://doi.org/10.5902/1984644435150> Acesso em: 12 out. de 2020. 
Cartilha AEE Na Perspectiva da Inclusão Escolar – Abordagem Bilíngue na Escolarização de Pessoas com Surdez. Disponível em: < https://iparadigma.org.br/biblioteca/educacao-inclusiva-cartilha-aee-na-perspectiva-da-inclusao-escolar-04-abordagem-bilingue-na-escolarizacao-de-pessoas-com-surdez/> Acesso em: 10 nov. de 2020. 
Família: Pais ouvintes e filhos surdo. Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=Y3Vw4Af0DZU> Acesso em: 9 de nov. de 2020.