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A enfermeira monitora o estado hídrico, dispensando uma atenção cuidadosa para o aporte de líquidos (os medicamentos intravenosos devem ser administrados com o menor volume possível), para o débito urinário, a presença de edema aparente, a ocorrência de distensão das veias jugulares, alterações nas bulhas cardíacas e sons respiratórios e dificuldade crescente na respiração. A pesagem diária acurada e os registros do equilíbrio hídrico são essenciais. Os indicadores de deterioração do estado hidreletrolítico são relatados imediatamente ao médico, e o cliente é preparado para manejo de emergência. Os distúrbios hidreletrolíticos graves podem ser tratados com hemodiálise, DP e TSRC. Redução da taxa metabólica A enfermeira toma as providências necessárias para reduzir a taxa metabólica do cliente. O repouso no leito pode ser indicado para diminuir o esforço e a taxa metabólica durante o estágio mais avançado do distúrbio. A febre e a infecção, que aumentam a taxa metabólica e o catabolismo, são evitadas ou tratadas imediatamente. Promoção da função pulmonar Devese dispensar uma atenção para a função pulmonar, e o cliente é auxiliado a mudar de decúbito, tossir e realizar respirações profundas com frequência, a fim de evitar o desenvolvimento de atelectasia e infecção da via respiratória. A sonolência e a letargia podem impedir que o cliente se mova ou mude de decúbito sem incentivo e assistência. Prevenção da infecção A assepsia é essencial com linhas invasivas e cateteres, a fim de minimizar o risco de infecção e de aumento do metabolismo. Evitase o uso de cateter urinário de demora, sempre que possível, devido ao elevado risco de ITU associado a seu uso; todavia, pode ser necessário para fornecer dados contínuos para o monitoramento do equilíbrio hídrico. Prestação do cuidado cutâneo A pele pode ser seca ou suscetível à ruptura em consequência do edema; por conseguinte, é importante efetuar um cuidado meticuloso da pele. Além disso, a escoriação e o prurido da pele podem resultar do depósito de toxinas irritantes nos tecidos do cliente. Banhar o cliente com água fria, efetuar mudanças frequentes de decúbito e manter a pele limpa e bem umidificada e as unhas das mãos cortadas para evitar a escoriação constituem, com frequência, medidas de conforto que evitam a solução de continuidade da pele. Prestação de apoio psicossocial O cliente com LRA pode necessitar de manejo com hemodiálise, DP ou TSRC. A duração necessária destes tratamentos varia de acordo com a etiologia e a extensão da lesão dos rins. O cliente e a sua família necessitam de assistência, explicações e apoio durante esse período. Sua finalidade é explicada ao cliente e à sua família pelo médico. Entretanto, os altos níveis de ansiedade e medo podem exigir explicações repetidas e esclarecimentos pela enfermeira. A princípio, os familiares podem ter medo de tocar o cliente e de conversar com ele durante esses procedimentos, mas devem ser incentivados e ajudados a fazêlo. Em um ambiente de terapia intensiva, muitas das funções da enfermeira destinamse aos aspectos técnicos do cuidado do cliente; todavia, é essencial que as necessidades psicológicas e outras preocupações do cliente e da família sejam consideradas. É essencial efetuar uma avaliação continuada do cliente à procura de complicações da LRA e de causas precipitantes. Doença renal terminal ou insuficiência renal crônica Quando um cliente apresenta lesão renal sustentada o suficiente para exigir terapia de substituição renal em uma base permanente, isso significa que ele passou para o quinto estágio ou estágio final da DRC, também denominada DRT ou insuficiência renal crônica. Fisiopatologia À medida que a função renal declina, os produtos finais do metabolismo das proteínas (normalmente excretados na urina) se acumulam no sangue. Há desenvolvimento de uremia, que afeta adversamente todos os sistemas do organismo. Quanto maior o acúmulo de produtos de degradação, mais pronunciados os sintomas. A velocidade de declínio da função renal e da progressão da DRT está relacionada com o distúrbio subjacente, a excreção urinária de proteína e a presença de hipertensão. A doença tende a progredir mais rapidamente nos clientes que excretam quantidades significativas de proteína ou que apresentam hipertensão, em comparação com aqueles sem essas condições. Manifestações clínicas Como praticamente todos os sistemas orgânicos estão acometidos na DRT, os clientes apresentam diversos sinais e sintomas. A gravidade desses sinais e sintomas depende, em parte, do grau de comprometimento renal, de outras condições subjacentes e da idade do cliente. A doença cardiovascular constitui a causa predominante de morte em clientes com DRT. A neuropatia periférica, um distúrbio do sistema nervoso periférico, é observada em alguns clientes. Os clientes se queixam de dor intensa e desconforto. Podem ocorrer síndrome das pernas inquietas e sensação de queimação nos pés no estágio inicial da neuropatia periférica urêmica (Williams & Manias, 2009). Os mecanismos precisos envolvidos em muitos destes sinais e sintomas sistêmicos ainda não foram identificados. Todavia, acreditase, de modo geral, que o acúmulo de produtos de degradação urêmicos constitua a causa provável. O Boxe 54.6 fornece um resumo dos sinais e sintomas sistêmicos. Avaliação e achados diagnósticos Taxa de filtração glomerular À medida que a TFG diminui (devido ao não funcionamento dos glomérulos), a depuração da creatinina também diminui, enquanto ocorre elevação dos níveis séricos de creatinina e ureia. A creatinina sérica constitui um indicador mais sensível da função renal do que a ureia. Esta é afetada não apenas pela doença renal, mas também pelo aporte de proteína na dieta, pelo catabolismo (degradação tecidual e eritrocitária), nutrição parenteral e determinados medicamentos, como os corticosteroides. Retenção de sódio e de água Os rins são incapazes de concentrar ou diluir normalmente a urina na DRT. Por conseguinte, não ocorrem respostas apropriadas do rim às alterações no aporte diário de água e eletrólitos. Alguns clientes retêm sódio e água, aumentando o risco de edema, insuficiência cardíaca e hipertensão. A hipertensão também pode resultar da ativação do eixo de reninaangiotensinaaldosterona e do aumento concomitante na secreção de aldosterona. Outros clientes têm tendência a perder sódio e correm risco de desenvolver hipotensão e hipovolemia. Os vômitos e a diarreia podem causar depleção de sódio e de água, o que agrava o estado urêmico. Acidose Ocorre acidose metabólica na DRT, visto que os rins são incapazes de excretar cargas aumentadas de ácido. A secreção ácida diminuída resulta da incapacidade dos túbulos renais de excretar amônia (NH3–) e reabsorver o bicarbonato de sódio (HCO3–). Observase também uma excreção diminuída de fosfatos e de outros ácidos orgânicos. Boxe 54.6 AVALIAÇÃO Avaliação da doença renal terminal Estar alerta para os seguintes sinais e sintomas: • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Neurológicos Fraqueza e fadiga Confusão Incapacidade de concentração Desorientação Tremores Convulsões Asterixe Inquietação das pernas Sensação de queimação nas plantas dos pés Alterações do comportamento Tegumentares Pele de coloração cinza-bronzeada Pele seca e escamosa Prurido Equimoses Púrpura Unhas �nas e quebradiças Pelos ásperos e �nos Cardiovasculares Hipertensão Edema depressível (pés, mãos, sacro) Edema periorbital Atrito pericárdico Ingurgitamento das veias do pescoço PericarditeDerrame pericárdico Tamponamento pericárdico Hiperpotassemia Hiperlipidemia Pulmonares Estertores Escarro espesso e viscoso ReǼexo da tosse deprimido Dor pleurítica Dispneia Taquipneia Respirações do tipo Kussmaul Pneumonite urêmica Gastrintestinais Odor de amônia no hálito (“fedor urêmico”) Gosto metálico Ulcerações e sangramento da boca Anorexia, náuseas e vômitos Soluços Constipação intestinal ou diarreia Sangramento da via gastrintestinal • • • • • • • • • • • • • • • • Hematológicos Anemia Trombocitopenia Reprodutivos Amenorreia Atro�a testicular Infertilidade Diminuição da libido Musculoesqueléticos Cãibras musculares Perda da força muscular Osteodistro�a renal Dor óssea Fraturas ósseas Queda plantar Anemia Ocorre anemia em consequência da produção inadequada de eritropoetina, da redução do tempo de sobrevida dos eritrócitos, de deficiências nutricionais e da tendência do cliente à hemorragia, particularmente do trato GI. A eritropoetina, uma substância normalmente produzida pelos rins, estimula a medula óssea a produzir eritrócitos (Murphy, Bennett, e Jenkins, 2010). Na DRT, a produção de eritropoetina diminui e, em consequência, ocorre anemia profunda, produzindo fadiga, angina e dispneia. Desequilíbrio do cálcio e do fósforo Outra anormalidade observada na DRT consiste em um distúrbio no metabolismo do cálcio e do fósforo. Os níveis séricos de cálcio e de fosfato exibem uma relação recíproca no organismo: à medida que um deles aumenta, o outro diminui. Na presença de diminuição da filtração por meio do glomérulo do rim, ocorre aumento nos níveis séricos de fosfato e diminuição recíproca ou correspondente nos níveis séricos de cálcio. O nível sérico diminuído de cálcio provoca secreção elevada de paratormônio pelas glândulas paratireoides. Todavia, na insuficiência renal, o organismo não responde normalmente à secreção elevada de paratormônio; em consequência, o cálcio deixa o osso, produzindo frequentemente alterações do osso e doença óssea, bem como calcificação dos principais vasos sanguíneos no corpo. Além disso, o metabólito ativo da vitamina D (1,25dihidroxicolecalciferol), que normalmente é produzido pelo rim, diminui à medida que a insuficiência renal progride (Thomas, 2010). A doença óssea urêmica, frequentemente denominada osteodistrofia renal, desenvolvese em consequência das alterações complexas que ocorrem no equilíbrio do cálcio, fosfato e paratormônio. Há também evidências de calcificação dos vasos sanguíneos. Complicações As complicações potenciais da DRT, que exigem uma abordagem interdependente dos cuidados, incluem as seguintes: Hiperpotassemia, devido à excreção diminuída, acidose metabólica, catabolismo e aporte excessivo (dieta, medicamentos, líquidos) Pericardite, derrame pericárdico e tamponamento pericárdico, devido à retenção dos produtos de degradação urêmicos e diálise inadequada Hipertensão, em consequência da retenção de sódio e de água e da disfunção do sistema de reninaangiotensina aldosterona Anemia, devido à produção diminuída de eritropoetina, redução do tempo de sobrevida dos eritrócitos, • sangramento do trato GI, devido a toxinas irritantes e formação de úlceras e perda de sangue durante a hemodiálise Doença óssea e calcificações metastáticas e vasculares, devido à retenção de fósforo, níveis séricos baixos de cálcio, metabolismo anormal da vitamina D e níveis elevados de alumínio. Manejo clínico O objetivo do manejo consiste em manter a função renal e a homeostasia pelo maior tempo possível. Todos os fatores que contribuem para a DRT e todos os fatores que são reversíveis (p. ex., obstrução) são identificados e tratados. O manejo é realizado principalmente com medicamentos e dieta, embora a diálise também possa ser necessária para diminuir o nível de produtos de degradação urêmica no sangue e para controlar o equilíbrio eletrolítico. Terapia farmacológica As complicações podem ser evitadas ou retardadas pela administração de agentes de ligação de fosfato prescritos, suplementos de cálcio, medicamentos antihipetensivos e cardíacos, medicamentos anticonvulsivantes e eritropoetina humana recombinante (alfaepoetina). Agentes de ligação de cálcio e de fósforo A hiperfosfatemia e a hipocalcemia são tratadas com medicamentos que se ligam ao fósforo da dieta no trato GI. São prescritos ligantes, como o carbonato de cálcio (OsCal) ou o acetato de cálcio (PhosLo); todavia, existe um risco de hipercalcemia. Se o cálcio estiver elevado, ou se o produto do cálciofósforo ultrapassar 55 mg/dℓ, podese prescrever um ligante de fosfato polimérico, como o cloridrato de sevelamer (Karch, 2012). O medicamento ligase ao fósforo da dieta na via intestinal. São administrados de um a quatro comprimidos com alimentos para que o medicamento seja efetivo. Os antiácidos à base de magnésio são evitados para prevenir a intoxicação pelo magnésio. Agentes antihipertensivos e cardiovasculares A hipertensão é tratada por meio de controle do volume intravascular e uso de uma variedade de agentes anti hipertensivos (Eskridge, 2010). A insuficiência cardíaca e o edema pulmonar também podem exigir manejo com restrição de líquidos, dieta hipossódicas, agentes diuréticos, agentes inotrópicos, como a digoxina ou a dobutamina e diálise. A acidose metabólica da DRT em geral não produz sintomas e não necessita de tratamento; todavia, podem ser necessários suplementos de bicarbonato de sódio ou a realização de diálise para corrigir a acidose se ela causar sintomas. Agentes anticonvulsivantes Podem ocorrer anormalidades neurológicas, de modo que o cliente precisa ser observado quanto a evidências precoces de contratura discreta, cefaleia, delirium ou atividade convulsiva. Se ocorrerem convulsões, seu início é registrado, juntamente com o tipo, a duração e o efeito geral sobre o cliente. O médico é notificado imediatamente. Em geral, são administrados diazepam IV ou fenitoína para controlar as convulsões. As grades laterais do leito devem ser elevadas e acolchoadas para proteger o cliente. (Ver discussão do manejo de enfermagem para o cliente com convulsões no Capítulo 66.) Eritropoetina A anemia associada à DRT é tratada com agentes estimulantes dos eritrócitos (eritropoetina humana recombinante). Os clientes com anemia (hematócrito inferior a 30%) apresentam sintomas inespecíficos, como malestar, fadiga geral e diminuição da tolerância à atividade. A terapia de estimulação dos eritrócitos é iniciada para alcançar um hematócrito de 33 a 38% e um nívelalvo de hemoglobina de 12 g/d ℓ , o que geralmente alivia os sintomas da anemia (Chamney et al., 2010). A alfaepoetina é administrada por via intravenosa ou subcutânea, 3 vezes/semana, na DRT. Podem ser necessárias 2 a 6 semanas para que ocorra aumento do hematócrito; por conseguinte, o medicamento não é indicado para clientes que necessitam de correção imediata da anemia grave. Os efeitos adversos observados com a terapia com eritropoetina incluem hipertensão (particularmente durante os estágios iniciais do manejo), aumento da coagulação nos locais de acesso vascular, convulsões e depleção das reservas corporais de ferro (Chamney et al., 2010). O manejo envolve um ajuste da heparina para evitar a coagulação das linhas durante os tratamentos com hemodiálise, o monitoramento frequente da hemoglobina e do hematócrito e a determinação periódica dos níveis séricos de ferro e de transferrina. Devido à necessidade de reservas adequadas de ferro para se obter uma resposta adequada à alfaepoetina, podeseprescrever ferro suplementar. Os suplementos comuns de ferro incluem sacarose férrica, ferro dextrana e gliconato férrico. Além disso, a pressão arterial e o nível sérico de potássio do cliente são monitorados para detectar a presença de hipertensão e de níveis séricos crescentes de potássio, que podem ocorrer com a terapia e a massa eritrocitária crescente. A ocorrência de hipertensão exige a instituição de terapia anti hipertensiva ou o seu ajuste. A hipertensão que não pode ser controlada representa uma contraindicação para a terapia com eritropoetina recombinante. Os clientes que receberam terapia com eritropoetina relataram níveis diminuídos de fadiga, sensação aumentada de bemestar, melhor tolerância à diálise, níveis mais altos de energia e melhor tolerância ao exercício. Além disso, essa terapia diminuiu a necessidade de transfusão e seus riscos associados, incluindo doença infecciosa transmitida pelo sangue, formação de anticorpos e sobrecarga de ferro. Terapia nutricional A intervenção nutricional é necessária com a deterioração da função renal e inclui uma cuidadosa regulação do aporte de proteína, aporte de líquidos para equilibrar as perdas hídricas, aporte de sódio para equilibrar as perdas de sódio e alguma restrição de potássio. Ao mesmo tempo, é preciso assegurar um aporte calórico adequado, bem como a suplementação de vitaminas. A proteína é restrita, visto que a ureia, o ácido úrico e os ácidos orgânicos – produtos de degradação das proteínas nutricionais e teciduais – acumulamse rapidamente no sangue quando há comprometimento da depuração renal. A proteína permitida precisa ser de alto valor biológico (derivados do leite, ovos, carnes). As proteínas de alto valor biológico são proteínas completas e que suprem os aminoácidos essenciais e necessários para o crescimento e o reparo das células. Em geral, a cota diária de líquidos é de 500 a 600 mℓ maior do que o débito urinário de 24 h do dia anterior. As calorias são fornecidas por carboidratos e lipídios, a fim de evitar a debilitação. A suplementação de vitaminas é necessária, visto que uma dieta com restrição de proteínas não fornece o complemento necessário de vitaminas. Além disso, o cliente submetido a diálise pode perder vitaminas hidrossolúveis durante o manejo com diálise. A hiperpotassemia é, em geral, evitada assegurando um tratamento adequado com diálise, com remoção do potássio e monitoramento cuidadoso da dieta, medicamentos e líquidos quanto a seu conteúdo de potássio. O sulfonato de poliestireno sódico, uma resina de troca catiônica, pode ser necessário para a hiperpotassemia aguda. Diálise O cliente com sintomas crescentes de insuficiência renal é encaminhado, precocemente, para o centro de diálise e de transplante, no curso da doença renal progressiva. Em geral, a diálise é iniciada quando o cliente é incapaz de manter um estilo de vida razoável como manejo conservador. Manejo de enfermagem O cliente com DRT necessita de cuidado de enfermagem experiente para evitar as complicações da função renal reduzida e os estresses e a ansiedade de lidar com uma doença potencialmente fatal. O cuidado de enfermagem é direcionado para avaliar o estado hídrico e para identificar fontes potenciais de desequilíbrio, implementar um programa nutricional, a fim de assegurar um aporte nutricional apropriado que esteja nos limites do esquema de tratamento, e promover sentimentos positivos, incentivando o cliente a ter maior autocuidado e maior independência. É de suma importância fornecer explicações e informações ao cliente e à sua família sobre a DRT, as opções de tratamento e as complicações potenciais. O cliente e a sua família necessitam de • • • 1. a. b. c. 1. • • • muito apoio emocional, devido às numerosas mudanças experimentadas. As intervenções específicas, juntamente com a justificativa e os critérios de avaliação, são apresentadas de modo mais detalhado no plano de cuidado de enfermagem ao cliente com DRT (Boxe 54.7). Promoção dos cuidados domiciliar e comunitário Orientação do cliente sobre autocuidados A enfermeira desempenha um importante papel na orientação do cliente com DRT. Devido à extensa orientação necessária, a enfermeira de cuidados domiciliares, a enfermeira de diálise e as enfermeiras dos ambientes hospitalar e ambulatorial fornecem instruções continuadas e reforço enquanto monitoram a evolução do cliente e a sua adesão ao esquema de tratamento. Devese encaminhar o cliente a um nutricionista, devido às mudanças nutricionais necessárias. O cliente é instruído a verificar o dispositivo de acesso vascular quanto à sua permeabilidade e a usar as precauções apropriadas, como evitar a punção venosa e as medições da pressão arterial no braço com o dispositivo de acesso. Além disso, o cliente e a sua família precisam saber quais os problemas que devem ser relatados ao médico. Eles incluem os seguintes: Agravamento dos sinais e sintomas da insuficiência renal (náuseas, vômitos, alteração no débito urinário habitual [se houver], hálito com odor de amônia) Sinais e sintomas de hiperpotassemia (fraqueza muscular, diarreia, cólicas abdominais) Sinais e sintomas de problemas do acesso (fístula ou enxerto coagulados, infecção). Esses sinais e sintomas de declínio da função renal, além dos níveis crescentes de ureia e de creatinina sérica, podem indicar a necessidade de alterar a prescrição da diálise. As enfermeiras de diálise também fornecem educação continuada e suporte a cada visita de manejo. Cuidados contínuos A importância dos exames de acompanhamento e do tratamento é ressaltada para o cliente e a sua família, devido a mudanças no estado físico, na função renal e nas necessidades de diálise. O encaminhamento para cuidado domiciliar fornece à enfermeira de cuidados domiciliares a oportunidade de avaliar o ambiente e o estado emocional do cliente, bem como as estratégias de enfrentamento usadas pelo cliente e sua família para lidar com as mudanças nos papéis familiares frequentemente associadas à doença crônica. A enfermeira de cuidados domiciliares também avalia o cliente quanto à ocorrência de deterioração adicional da função renal e quanto a sinais e sintomas de complicações em consequência do distúrbio renal primário, de consequente insuficiência renal e de efeitos das estratégias de manejo (p. ex., diálise, medicamentos, restrições nutricionais). Os clientes necessitam de instruções e reforço das restrições nutricionais necessárias, incluindo restrição de líquidos, sódio, potássio e proteína. Lembretes sobre a necessidade de atividades de promoção da saúde e de triagem de saúde constituem uma importante parte do cuidado de enfermagem do cliente com insuficiência renal. Boxe 54.7 PLANO DE CUIDADO DE ENFERMAGEM O cliente com doença renal terminal DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: volume de líquidos excessivo relacionado com o débito urinário diminuído, excessos da dieta e retenção de sódio e de água. OBJETIVO: manutenção do peso corporal ideal sem excesso de líquidos. Intervenções de enfermagem Justi䜀�cativa Resultados esperados Avaliar o estado hídrico: Pesagem diária. Equilíbrio hídrico. Turgor da pele e presença de edema. A avaliação fornece valores de referência e uma base de dados continuada para monitorar as alterações e avaliar as intervenções. Não apresenta nenhuma alteração rápida do peso Mantém as restrições nutricionais e hídricas Exibe turgor normal da pele, sem edema d. e. f. 2. 3. a. b. 4. 5. 6. 2. 3. 4. 5. 6. • • • • • • 1. a. b. 2. a. b. c. 3. a. b. c. d. e. 4. 5. 6. 7. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. • • • • • • • • • Distensão das veias do pescoço. Pressão arterial, frequênciado pulso e ritmo. Frequência e esforço respiratórios. Limitar o aporte de líquido para o volume prescrito. Identi�car as fontes potenciais de líquidos: Medicamentos e líquidos utilizados para tomar ou administrar medicamentos: orais e intravenosos. Alimentos. Explicar ao cliente e à sua família a justi�cativa da restrição de líquidos. Ajudar o cliente a enfrentar os desconfortos resultantes da restrição de líquidos. Fornecer ou incentivar a higiene oral frequente. A restrição de líquido será determinada com base no peso, no débito urinário e na resposta do cliente à terapia. As fontes reconhecidas de excesso de líquidos podem ser identi�cadas. A compreensão promove a cooperação do cliente e da família com a restrição de líquidos. O aumento do conforto do cliente promove a adesão às restrições nutricionais. A higiene oral reduz o ressecamento das mucosas orais. Apresenta sinais vitais normais Não exibe distensão das veias do pescoço Não relata nenhuma di�culdade para respirar, nem dispneia Realiza a higiene oral com frequência Relata uma diminuição da sede Relata uma diminuição do ressecamento da mucosa oral. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: nutrição desequilibrada: aporte menor que as necessidades corporais, relacionada com a anorexia, as náuseas, os vômitos, as restrições nutricionais e a alteração das mucosas orais. OBJETIVO: manutenção de um aporte nutricional adequada. Intervenções de enfermagem Justi䜀�cativa Resultados esperados Avaliar o estado nutricional: Alterações do peso. Valores laboratoriais (níveis séricos de eletrólitos, ureia, creatinina, proteína, transferrina e ferro). Avaliar os padrões nutricionais do cliente: História alimentar. Preferências alimentares. Contagens de calorias. Avaliar os fatores que contribuem para a alteração da aporte nutricional: Anorexia, náuseas ou vômitos. Dieta não apetitosa para o cliente. Depressão. Falta de compreensão das restrições nutricionais. Estomatite. Fornecer as preferências alimentares do cliente no grupo das restrições nutricionais. Promover a ingestão de alimentos com proteína de alto valor biológico: ovos, derivados do leite, carnes. Incentivar lanches ricos em calorias e com baixo conteúdo de proteína, sódio e potássio entre as refeições. Modi�car o horário dos medicamentos, de modo que não sejam administrados Os dados de referência possibilitam o monitoramento das alterações e a avaliação da e�cácia das intervenções. Os padrões nutricionais pregressos e atuais são considerados no planejamento das refeições. São fornecidas informações sobre outros fatores que podem ser alterados ou eliminados para promover um aporte nutricional adequado. Incentiva-se um aumento no aporte nutricional. As proteínas completas são fornecidas para o equilíbrio nitrogenado positivo necessário ao crescimento e à cicatrização. Reduz a fonte de alimentos e proteínas restritos e fornece calorias para a energia, preservando a proteína para o crescimento dos tecidos e a cicatrização. A ingestão de medicamentos exatamente antes das refeições pode produzir anorexia e sensação de plenitude. Consome proteína de alto valor biológico Escolhe alimentos dentro das restrições nutricionais que são atraentes Consome alimentos ricos em calorias no grupo das restrições nutricionais Explica com suas próprias palavras a justi�cativa para as restrições nutricionais e a relação com os níveis de ureia e creatinina Toma os medicamentos no horário que não produz anorexia nem sensação de plenitude Consulta as listas escritas de alimentos aceitáveis Relata um aumento do apetite nas refeições Não apresenta nenhum aumento nem diminuição rápida do peso corporal Apresenta turgor cutâneo normal sem edema; cicatrização das feridas e níveis plasmáticos de albumina aceitáveis. 8. 9. 10. 11. 12. a. b. c. 8. 9. 10. 11. 12. 1. a. b. c. d. e. 2. 3. 4. a. b. c. d. e. f. g. 1. 2. 3. 4. • • • • • • imediatamente antes das refeições. Explicar a justi�cativa para as restrições nutricionais, a relação com a doença renal e os níveis elevados de ureia e de creatinina sérica. Fornecer listas por escrito dos alimentos permitidos, bem como sugestões para melhorar o seu sabor sem o uso de sódio ou de potássio. Proporcionar um ambiente agradável no horário das refeições. Pesar o cliente diariamente. Avaliar se existem evidências de aporte inadequada de proteína: Formação de edema. Cicatrização tardia das feridas. Níveis séricos diminuídos de albumina. Promove a compreensão do cliente das relações existentes entre a dieta e os níveis de ureia, e creatinina com a doença renal. As listas fornecem uma abordagem positiva para as restrições nutricionais e uma referência para uso pelo cliente e pela sua família em casa. Os fatores desagradáveis que contribuem para a anorexia do cliente são eliminados. Possibilita o monitoramento do estado hídrico e nutricional. O aporte inadequado de proteína pode levar a uma diminuição da albumina e de outras proteínas, formação de edema e demora na cicatrização de feridas. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: conhecimento de�ciente relacionado com a condição e o manejo. OBJETIVO: maior conhecimento sobre a condição e o tratamento relacionado. Intervenções de enfermagem Justi䜀�cativa Resultados esperados Avaliar a compreensão da etiologia da insu�ciência renal, das consequências da insu�ciência renal e de seu tratamento: Causa de insu�ciência renal do cliente. Signi�cado da insu�ciência renal. Compreensão da função renal. Relação das restrições de líquidos e alimentos com a insu�ciência renal. Justi�cativa para o manejo (hemodiálise, diálise peritoneal, transplante). Fornecer explicações sobre a função renal e as consequências da insu�ciência renal de acordo com o nível de compreensão do cliente e orientadas pela disposição do cliente em aprender. Ajudar o cliente a identi�car maneiras de incorporar mudanças no estilo de vida relacionadas com a doença e o seu tratamento. Fornecer informações verbais e por escrito, quando apropriado, sobre os seguintes itens: Função e insu�ciência renais. Restrições de líquidos e alimentos. Medicamentos. Problemas, sinais e sintomas passíveis de relatar. Agendamento para o acompanhamento. Recursos comunitários. Opções de tratamento. Fornece uma base de referência para explicações e instruções adicionais. O cliente pode aprender sobre a insu�ciência renal e o seu manejo quando �ca pronto para compreender e aceitar o diagnóstico e as consequências. O cliente pode perceber que a sua vida não precisa girar em torno da doença. Fornece ao cliente informações que podem ser utilizadas para maior esclarecimento em casa. Verbaliza a relação da causa da insu�ciência renal com as consequências Explica as restrições hídricas e nutricionais na medida em que estão relacionadas com a incapacidade dos rins de realizar suas funções reguladoras Explica com suas próprias palavras a relação da insu�ciência renal com a necessidade de tratamento Faz perguntas sobre as opções de manejo, indicando disposição para aprender Verbaliza planos para continuar com uma vida o mais normal possível Utiliza as informações e instruções por escrito para esclarecer dúvidas e procurar informações adicionais. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: intolerância à atividade relacionada com a fadiga, a anemia, a retenção de produtos de degradação e o procedimento de diálise. OBJETIVO: participação nas atividades nos limites da tolerância. 1. a. b. c. d. e. 1. • • • • 2. 3. 4. 2. 3. 4. 1. 2. 3. 4. a. b. c. d. e. 5. 6. 1. 2. 3. 4. 5. 6. • • • • 1. 1. • Intervenções de enfermagem Justi䜀�cativa Resultados esperados Avaliar os fatores que contribuem para a intolerância à atividade: Fadiga Anemia Desequilíbrios hidreletrolíticos Retenção de produtos de degradação Depressão. Indica os fatores que contribuem para a intensidade da fadiga. Participa com níveis crescentes de atividadee exercício Relata maior sensação de bem-estar Alterna o repouso com a atividade Participa em atividades selecionadas de autocuidado. Promover a independência nas atividades de autocuidado, de acordo com a tolerância do cliente; ajudá-lo se estiver fatigado. Incentivar o cliente a alternar a atividade com o repouso. Incentivar o cliente a repousar depois dos manejos de diálise. Promove uma melhora da autoestima. Promove a atividade e o exercício na faixa de limites permitida, bem como o repouso adequado. O repouso adequado é incentivado depois dos tratamentos de diálise, que são exaustivos para muitos clientes. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: risco de baixa autoestima situacional relacionado com a dependência, as mudanças de papéis, a alteração na imagem corporal e a alteração da função sexual. OBJETIVO: melhora da autoestima. Intervenções de enfermagem Justi䜀�cativa Resultados esperados Avaliar as respostas e as reações do cliente e de sua família à doença e ao manejo. Avaliar a relação do cliente com familiares signi�cativos. Avaliar os padrões habituais de enfrentamento do cliente e dos familiares. Incentivar uma discussão aberta das preocupações sobre as mudanças produzidas pela doença e pelo seu tratamento: Mudanças de papéis. Mudanças no estilo de vida. Alterações na ocupação. Alterações sexuais. Dependência da equipe de saúde. Explorar maneiras alternativas de expressão sexual diferentes da relação sexual. Discutir o papel de dar e receber amor, calor e afeição. Fornece dados sobre os problemas encontrados pelo cliente e pela sua família no enfrentamento das mudanças na vida. Identi�ca as forças e o apoio do cliente e de sua família. Os padrões de enfrentamento, que podem ter sido efetivos no passado, também podem ser prejudiciais, tendo em vista as restrições impostas pela doença e pelo seu manejo. Incentiva o cliente a identi�car as preocupações e as etapas necessárias para lidar com elas. Formas alternativas de expressão sexual podem ser aceitáveis. A sexualidade signi�ca diferentes coisas para diferentes pessoas, dependendo do estágio de maturidade. Identi�ca estilos de enfrentamento, previamente utilizados, e que foram efetivos, e aqueles que não são mais possíveis, em virtude da doença e de seu tratamento (consumo de bebidas alcoólicas ou uso de substâncias tóxicas; esforço físico extremo) O cliente e a sua família identi�cam e verbalizam os sentimentos e as reações à doença e as mudanças necessárias em suas vidas Procura aconselhamento pro�ssional, quando necessário, para enfrentar as alterações resultantes da insu�ciência renal Relata satisfação com o método de expressão sexual. PROBLEMAS INTERDEPENDENTES: hiperpotassemia; pericardite, derrame pericárdico e tamponamento pericárdico; hipertensão; anemia; doença óssea e calci�cações metastáticas. OBJETIVO: ausência de complicações. Intervenções de enfermagem Justi䜀�cativa Resultados esperados Hiperpotassemia Monitorar os níveis séricos de potássio. A hiperpotassemia provoca alterações Apresenta níveis normais de potássio 2. 1. 2. 1. • • • • • • • 2. a. b. c. d. e. 3. 4. 1. 2. 3. 4. 1. 2. 3. 4. 1. 2. 3. 4. 1. 2. • • • • • • • Noti�car o médico se o nível for > 5,5 mEq/ℓ e preparar para tratar a hiperpotassemia. Avaliar o cliente quanto à ocorrência de fraqueza muscular, diarreia, alterações do eletrocardiograma (ECG), ondas T altas e em tenda e alargamento do QRS. Pericardite, derrame pericárdico e tamponamento pericárdico Avaliar o cliente quanto à ocorrência de febre, dor torácica e atrito pericárdico (sinais de pericardite); quando presentes, noti�car o médico. potencialmente fatais no organismo. Os sinais e sintomas cardiovasculares são característicos da hiperpotassemia. Cerca de 30 a 50% dos clientes com insu�ciência renal crônica desenvolvem pericardite devido à uremia; os sinais clássicos consistem em febre, dor torácica e atrito pericárdico. Não apresenta fraqueza muscular nem diarreia Exibe um padrão ECG normal Os sinais vitais estão nos limites normais. Apresenta pulsos periféricos fortes e iguais Ausência de pulso paradoxal Ausência de derrame pericárdico ou de tamponamento no ultrassom cardíaco Apresenta bulhas cardíacas normais. Se o cliente tiver pericardite, avaliar a cada 4 h: Pulso paradoxal, > 10 mmHg. Hipotensão extrema. Pulsos periféricos fracos ou ausentes. Alteração do nível de consciência. Protrusão das veias do pescoço. Preparar o cliente para o ultrassom cardíaco, a �m de ajudar a estabelecer o diagnóstico de derrame pericárdico e tamponamento cardíaco. Se houver desenvolvimento de tamponamento cardíaco, preparar o cliente para pericardiocentese de emergência. Hipertensão arterial Monitorar e registrar a pressão arterial, quando indicado. Administrar medicamentos anti- hipertensivos, conforme prescrição. Incentivar a adesão do cliente à terapia de restrição nutricional e hídrica. Instruir o cliente a relatar os sinais de sobrecarga hídrica, alterações visuais, cefaleia, edema ou convulsões. Anemia Monitorar a contagem de eritrócitos e os níveis de hemoglobina e do hematócrito, quando indicado. O derrame pericárdico é uma sequela comum e fatal da pericardite. Os sinais de derrame consistem em pulso paradoxal (queda de > 10 mmHg da pressão arterial durante a inspiração) e sinais de choque, devido à compressão do coração por um grande derrame. Ocorre tamponamento cardíaco quando o cliente apresenta grave comprometimento hemodinâmico. O ultrassom cardíaco mostra-se útil para a visualização dos derrames pericárdicos e do tamponamento cardíaco. O tamponamento cardíaco é uma condição que comporta risco de vida, com alta taxa de mortalidade. É essencial proceder a uma aspiração imediata do líquido do espaço pericárdico. Fornece dados objetivos para o monitoramento. A presença de níveis elevados pode indicar ausência de adesão do cliente ao esquema de tratamento. Os medicamentos anti-hipertensivos desempenham um papel essencial no manejo da hipertensão associada à insu�ciência renal crônica. A adesão do cliente às restrições nutricionais e hídricas e ao esquema de diálise evita o acúmulo excessivo de líquido e de sódio. Constituem indicações de controle inadequado da hipertensão e necessidade de modi�car a terapia. Fornece uma avaliação do grau de anemia. Os eritrócitos necessitam de ferro, ácido fólico e vitaminas para a sua produção. Um agente de estimulação dos eritrócitos estimula a Pressão arterial nos limites normais Não relata a ocorrência de cefaleias, problemas de visão ou convulsões Ausência de edema Demonstra adesão às restrições nutricionais e hídricas. O cliente apresenta uma coloração normal da pele, sem palidez Apresenta valores hematológicos nos limites aceitáveis Não tem sangramento em nenhum local. 2. 3. 4. 5. 1. 2. 3. 3. 4. 5. 1. 2. 3. • • • • Administrar os medicamentos, conforme prescrição, incluindo suplementos de ferro e de ácido fólico, um agente de estimulação dos eritrócitos e multivitaminas. Evitar a coleta de amostras de sangue desnecessárias. Instruir o cliente sobre como evitar o sangramento: evitar assoar o nariz com força e quaisquer esportes de contato, e utilizar uma escova de dentes com cerdas macias. Administrar terapia com hemoderivados, quando indicado. Doença óssea e calci䜀�cações metastáticas Administrar os seguintes medicamentos, conforme prescrição: agentes de ligação de fosfato, suplementos de cálcio e suplementos de vitamina D. Monitorar os valores laboratoriais séricos, conforme indicado (níveis de cálcio, fósforo e alumínio) e relatar os achados anormais ao médico. Ajudar o cliente no programa de exercícios. medula óssea a produzir eritrócitos. A anemia é agravada pela coleta de numerosas amostras de sangue. O sangramento em qualquer parte do corpo agrava a anemia.A terapia com hemoderivados pode ser necessária se o cliente tiver sintomas. A insu�ciência renal crônica provoca numerosas alterações �siológicas, que afetam o metabolismo do cálcio, do fósforo e da vitamina D. É comum a ocorrência de hiperfosfatemia, hipocalcemia e acúmulo excessivo de alumínio na insu�ciência renal crônica. A desmineralização óssea aumenta com a imobilidade. Apresenta níveis séricos de cálcio, fósforo e alumínio nas faixas aceitáveis Não apresenta nenhum sintoma de hipocalcemia Não demonstra nenhuma desmineralização óssea na cintigra�a óssea Discute a importância de manter um nível de atividade e um programa de exercício. Considerações gerontológicas O diabetes melito, a hipertensão, a glomerulonefrite crônica, a nefrite intersticial e a obstrução da via urinária estão entre as causas de DRT nos indivíduos idosos. Os sinais e os sintomas de doença renal no indivíduo idoso são frequentemente inespecíficos. A ocorrência de sintomas de outros distúrbios (insuficiência cardíaca, demência) pode mascarar os sintomas da doença renal e retardar ou impedir o diagnóstico e o tratamento. A hemodiálise e a DP são usadas efetivamente no manejo de clientes idosos com DRT. O uso da diálise entre clientes idosos aumentou acentuadamente nessa última década. A implementação de cuidado paliativo também aumentou entre clientes que decidem não iniciar a diálise ou interrompêla. Embora não exista nenhuma limitação específica quanto à idade para o transplante de rim, a presença de distúrbios concomitantes (p. ex., doença da artéria coronária, doença vascular periférica) fez com que o transplante seja uma alternativa menos comum para o cliente idoso. Todavia, o resultado é comparável àquele obtido em clientes mais jovens. Alguns clientes idosos optam por não se submeter à diálise nem ao transplante. O manejo conservador e os cuidados paliativos, incluindo terapia nutricional, controle dos líquidos e medicamentos, como ligantes de fosfato, pode ser considerado em clientes que não são apropriados para diálise ou transplante ou que decidem não se submeter a esses procedimentos (Hopkins, Kott, Rose et al., 2011, Young, 2009). O cuidado paliativo para o cliente com DRT tem por objetivo aliviar o sofrimento, promover uma qualidade de vida relacionada com a saúde e facilitar a dignidade no final da vida (Harrison & Watson, 2011; Young, 2009) (ver Capítulo 16). TERAPIAS DE SUBSTITUIÇÃO RENAL
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