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ESTRUTURAS DE CONCRETO I CCE0183 AULA 4 VIGAS CURSO: ENGENHARIA CIVIL DOCENTE: LEILA FERREIRA FIGUEIREDO CONDIÇÕES DE SEGURANÇA � As condições analíticas de segurança estabelecem que as resistências não podem ser menores q ue as solicitações e devem ser verificadas em relação a todos os estados-limites e todos os carregamentos especificados para o tipo de construção considerada, ou seja deve ser respeitada a condição. � �� � �� � onde: � Rd esforços resistentes de cálculo; e � Sd solicitação de cálculo. CONDIÇÕES DE SEGURANÇA � Solicitações e resistências em viga de concreto armado ESTÁDIOS DO CONCRETO Conforme a carga aplicada na viga aumenta, a peça de concreto passa por fases de fissuração e deformação até que o rompimento ocorra de fato. Essas fases formam os Estádios I, II e III do concreto: *Estádio I: a carga aplicada na peça solicita um esforço de tração menor que a resistência à tração do próprio concreto (sem armadura), que é algo em torno de 10% da resistência à compressão. Problema: necessidade de se fazer peças com dimensões exageradas, tornando inviável a produção de edificações. *Estádio II: a carga aplicada passa a ser o suficiente para gerar fissuras na região tracionada do concreto, nesse momento a armadura passa a ser necessária, resistindo à tração que o concreto não resiste. Nesse estádio conseguimos produzir peças mais viáveis, já que podemos aproveitar a região comprimida da peça utilizando concreto e a região tracionada utilizando o aço. *Estádio III: a carga aplicada beira o limite de resistência da peça, gerando fissuras não apenas na região tracionada da peça, mas também fissuras de cisalhamento (como na imagem abaixo). ESTÁDIOS DO CONCRETO Com a carga aplicada na viga aumentando, a peça de concreto passa por fases (estádios I, II e III) de fissuração e deformação até que o rompimento ocorra. *Estádio I: a carga aplicada na peça solicita um esforço de tração menor que a resistência à tração do concreto (sem armadura), em torno de 10% da resistência à compressão. Problema: necessidade de se fazer peças com dimensões exageradas, tornando inviável a produção de edificações. *Estádio II: a carga aplicada passa a gerar fissuras na região tracionada do concreto, a armadura passa a ser necessária, resistindo à tração que o concreto não resiste. Aqui conseguimos produzir peças mais viáveis, pois aproveita a região comprimida da peça com o concreto e a região tracionada com o aço. *Estádio III: a carga aplicada beira o limite de resistência da peça (limite da ruptura), gerando fissuras na região tracionada da peça, e fissuras de cisalhamento. Aqui há a necessidade da aplicação de armadura dupla na região tracionada, e a utilização de armadura transversal (estribos) para resistir às forças de cisalhamento. Consegue- se atingir uma relação custo-benefício muito melhor pois é possível produzir peças menores, mais leves e mais eficientes para uma mesma carga. ESTÁDIOS DO CONCRETO ESTÁDIOS DO CONCRETO � A relação entre a carga aplicada e as resistências (do concreto e do aço) gera uma modificação da posição da linha neutra: � A linha neutra é a superfície de uma viga que separa as regiões tracionadas das regiões comprimidas, como na imagem abaixo: ESTÁDIOS DO CONCRETO � Estádio I: a linha neutra passa abaixo do centro geométrico da peça. (maior parte da massa da peça sendo comprimida) � Estádio II: a linha neutra passa em uma região próxima ao centro da peça. � Estádio III: a linha neutra passa acima do centro geométrico da peça. (maior parte da massa da peça estará sendo tracionada) DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NBR 6118:2014, item 17.2.2 1. Ruptura convencional por deformação plástica excessiva: reta a: tração uniforme; domínio 1: tração não uniforme, sem compressão; domínio 2: flexão simples ou composta sem ruptura à compressão do concreto (εc < εcu e com o máximo alongamento permitido). 2. Ruptura convencional por encurtamento-limite do concreto: domínio 3: flexão simples (seção subarmada) ou composta com ruptura à compressão do concreto e com escoamento do aço (εs ≥ εyd); domínio 4: flexão simples (seção superarmada) ou composta com ruptura à compressão do concreto e aço tracionado sem escoamento (εs < εyd); domínio 4a: flexão composta com armaduras comprimidas; domínio 5: compressão não uniforme, sem tração; reta b: compressão uniforme. Os domínios de ELU de uma seção transversal, tem-se: tração compressão DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NBR 6118:2014, item 17.2.2 � Domínio 1: a linha neutra encontra-se a uma distância fora da seção transversal, a qual se apresenta totalmente tracionada. A ruína do elemento ocorre pela deformação plástica excessiva da armadura mais tracionada, sendo o estado-limite último caracterizado pela deformação εsu = 10‰. Situações típicas: tração axial e excêntrica. � Domínio 2: a linha neutra corta a seção transversal, resultando em uma região tracionada e outra comprimida. A ruína do elemento ocorre pela deformação plástica excessiva da armadura tracionada (εsu = 10‰). Situações típicas: flexão pura e tração excêntrica com grande excentricidade. � Domínio 3: a linha neutra corta a seção transversal, resultando em uma região tracionada e outra comprimida. Observa-se a ocorrência do escoamento do aço (à deformação mínima εyd) e da ruptura do concreto (à deformação εcu) ao mesmo tempo. Situações típicas: flexão pura, tração ou compressão excêntrica com grande excentricidade. � Domínio 4: neste não há escoamento do aço por εs ≤ εyd. Situações típicas: compressão e flexão excêntrica. � Domínio 4a: a linha neutra corta a seção transversal onde há o cobrimento da armadura menos comprimida, sendo o estado-limite último caracterizado pela deformação εcu. � Domínio 5: a linha neutra encontra-se a uma distância fora da seção transversal, a qual se apresenta totalmente comprimida. Aceita-se a deformação última do concreto igual a εc2 para compressão uniforme e εcu para flexocompressão, e os diagramas de deformação para esses casos devem se cruzar a uma altura y da borda mais comprimida da seção. Situações típicas: compressão não uniforme, sem tração e compressão uniforme. DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NBR 6118:2014, item 17.2.2 � Reta a: tração � Domínio 1 � Domínio 2 � (aço escoado) � Domínio 3 � (aço escoado) � Domínio 4 � (ruptura pelo concreto e aço não escoado) � Domínio 5 � Reta b: compressão Ruptura Dúctil Ruptura Frágil Dúctil: deformação plástica continua até uma redução na área (trincas). Frágil: não ocorre deformação plástica, requerendo menos energia que a fratura dúctil. SEÇÃO RETANGULAR Rcc = resultante de compressão no concreto Rst = resultante de tração na armadura (aço) SEÇÃO RETANGULAR SEÇÃO RETANGULAR d = h – d’ �� � � � � ∅� � ∅� 2 cnom = cobrimento nominal; φt = diâmetro da barra de armadura transversal (estribo); φL = diâmetro da barra de armadura longitudinal SEÇÃO RETANGULAR Para um adequado comportamento dúctil em vigas e lajes, a NBR 6118 (ABNT, 2014) estabelece para posição da linha neutra no ELU os limites: SEÇÃO RETANGULAR SEÇÃO RETANGULAR ARMADURA DAS VIGAS � NBR 6118:2014 estabelece alguns parâmetros a serem seguidos para vigas isostáticas que obedeçam à relação comprimento do vão efetivo (l) × altura da viga (h) maior ou igual a 2 e vigas contínuas com l/h maior ou igual a 3. � ARMADURA LONGITUDINAL MÍNIMA W0 = módulo de resistência da seção transversal bruta de concreto, em relação à fibra mais tracionada; fctk, sup = resistência característica superior do concreto à tração ARMADURA DAS VIGAS ARMADURA DAS VIGAS ARMADURA DAS VIGAS nφ/camada = número de barras por camada. ah = espaçamento na direção horizontal; bútil = largura útil da seção da viga retangular; φL = diâmetro da barra de armadura longitudinal ARMADURA DAS VIGAS Armadura de pele: (item 17.3.5.2.3 da NBR 6118:2014), são utilizadas para controlar a abertura das fissuras nas regiões tracionadas da viga, visando evitar uma fissuraçãoexagerada na peça. As armaduras de pele são indicadas para vigas de altura superior a 60 cm, são calculadas independentemente das armaduras de tração e compressão e devem ser de barras de aço CA-50 ou CA-60. ARMADURA DAS VIGAS Armadura longitudinal máxima: NBR 6118:2014, item 17.3.5.2.4, o somatório das áreas de aço utilizado nas armaduras de tração e compressão, dimensionadas nos domínios 1 ou 5, deve ser conforme a equação: Fim Obrigada!
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