Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resumo Salva-vidas Concreto Armado MEPASSAAI.COM.B R =E!#TQYUWM2 $H*RD)+0987 Generalidades 1 www.mepassaai.com.br 3 1.1) Concreto Simples - Definição O concreto é definido como um material de construção proveniente da combinação de um aglomerante (cimento), com agregado miúdo (areia), agregado graúdo (brita) e água em volumes exatos e bem definidas. Hoje em dia, é normal o uso de um novo componente – os aditivos, designados a aperfeiçoar ou conferir propriedades especiais ao concreto. A pasta que é formada pela água e cimento age abrangendo os grãos dos agregados, preenchendo os vazios entre eles e juntando esses grãos, criando uma massa trabalhável e compacta. Agregados – sua função é dar ao conjunto condições de resistência aos esforços e ao desgaste, além de redução no custo e redução na contração. Depois de concluída a mistura, obtém-se o concreto fresco, material este de consistência aproximadamente plástica que admite a sua moldagem em fôrmas. Em virtudes de reações químicas entre a água e o cimento, o concreto endurece com o tempo. A resistência do concreto acresce com o tempo, característica esta que o diferencia dos demais materiais de construção. Uma das principais características do concreto é a elevada resistência aos esforços de compressão junto a uma baixa resistência à tração. Resistência à Tração – ordem de 1/10 da resistência à compressão. GENERALIDADES www.mepassaai.com.br 4 1.2) A Viabilidade do Concreto Armado Por causa da baixa resistência à tração, procurou-se acrescentar ao concreto outros materiais mais resistentes à tração, aperfeiçoando suas características de resistência. O uso de barras de aço junto com o concreto, somente é possível de acordo com às seguintes razões: 1ª Trabalho conjunto do concreto e do aço, assegurado pela aderência entre os dois materiais: • Na região tracionada - lugar onde o concreto tem resistência quase nula, ele sofre fissuração, tendendo a se deformar, entretanto graças à aderência, carrega consigo as barras de aço forçando-as a trabalhar e consequentemente, a absorver os esforços de tração. • Nas regiões comprimidas - uma parte de compressão poderá ser absorvida pela armadura, no caso do concreto, isoladamente, não ser capaz de absorver a totalidade dos esforços de compressão. 2ª Os coeficientes de dilatação térmica do aço e do concreto são praticamente iguais: • Concreto – (0,9 a 1,4)x10-5/°C (mais comum 1,0x10-5/°C) • Aço – 1,2x10-5/°C • Concreto armado – 1,0x10-5/°C 3ª O concreto protege de oxidação o aço da armadura garantindo a durabilidade da estrutura. O concreto desempenha o papel de dupla proteção ao aço, que são: • Proteção química – em ambiente alcalino que se cria durante a pega do concreto, aparece uma camadaquimicamente inibidora em volta da armadura. • Proteção física – por meio do cobrimento das barras protegendo-as do meio exterior. GENERALIDADES www.mepassaai.com.br 5 1.3) Concreto Armado – Definição A definição de concreto armado é que ele é resultante da junção do concreto simples e de barras de aço, envoltas pelo concreto, com uma perfeita adesão entre os dois materiais, de tal forma que resistam os dois solidariamente aos esforços a que ficarem submetidos. As estruturas mais importantes do concreto armado são: as vigas, os pilares e as lajes. Vale ressaltar que as lajes e as vigas são submetidas à flexão composta. Concreto Armado – Composição • Cimento + água = pasta; • Pasta + agregado miúdo = argamassa; • Argamassa + agregado graúdo = concreto; • Concreto + armadura de aço = concreto armado; ■ Concreto + armadura passiva = concreto armado; ■ Concreto + armadura ativa = concreto protendido. Concreto de Alto Desempenho (CAD) – concreto adquirido com um aditivo superfluidificante e com o acréscimo de sílica ativa, ele possui características superiores às do concreto tradicional, principalmente em relação à resistência e à durabilidade. GENERALIDADES www.mepassaai.com.br 6 1.4) Vantagens e Desvantagens do Concreto Armado ▶ Vantagens do Concreto Armado • O concreto armado tem uma alta resistência à compressão em comparação aos outros materiais de construção; • O custo para manutenção é barato; • Impermeabilidade; • Resistência ao fogo; • Possui uma boa resistência ao desgaste mecânico (ex.: vibrações e choques); e etc. ▶ Desvantagens do Concreto Armado • O peso próprio do concreto armado é aproximadamente 2.500 kg/m3; • Geração de muitos resíduos e lixos de construção; • O tempo de cura é maior que de outros sistemas de construção; • Grau de proteção térmica baixo; e etc. GENERALIDADES www.mepassaai.com.br 7 1.5) Normas Técnicas As principais normas relacionadas com estruturas de concreto armado são: NB 1 NBR 6118 Projeto e Execução de Obras de Concreto Armado NB 2 NBR 7187 Cálculo e Execução de Pontes de Concreto Armado NB 4 NBR 6119 Cálculo e Execução de Lajes Mistas NB 5 NBR 6120 Cargas Para o Cálculo de Estruturas de Edificações NB 6 NBR 7188 Cargas Móveis em Pontes Rodoviárias NB 7 NBR 7189 Cargas Móveis em Pontes Ferroviárias NB 8 NBR 5984 Norma Geral do Desenho Técnico NB 16 NBR 7191 Execução de Desenhos para Obras de Concreto Simples ou Armado NB 49 Projeto e Execução de Obras de Concreto Simples NB 51 Projeto e Execução de Fundações NB 116 NBR 7197 Cálculo e Execução de Obras de Concreto Protendido NB 599 NBR 6123 Forças Devidas ao Vento em Edificações EB 1 NBR 5732 Cimento Portland Comum EB 3 NBR 7480 Barras e Fios de Aço Destinados a Armaduras para Concreto Armado EB 4 NBR 7211 Agregados para Concreto NBR 722 Execução de Concreto Dosado em Central EB 565 NBR 7211 Telas de Aço Soldadas para Armaduras de Concreto GENERALIDADES www.mepassaai.com.br 8 EB 780 Fios de Aço para Concreto Protendido EB 781 Cordoalhas de Aço para Concreto Protendido MB 1 NBR 7215 Ensaio de Cimento Portland MB 2 NBR 5738 Confecção e Cura de Corpos de Prova de Concreto Cilíndricos ou Prismáticos MB 3 NBR 5739 Ensaio de Compressão de Corpos de Prova Cilíndricos de Concreto MB 4 NBR 6152 Determinação das Propriedades Mecânicas à Tração de Materiais Metálicos MB 215 Determinação do Inchamento de Agregados Miúdos para Concreto MB 256 Consistência do Concreto pelo Abatimento do Tronco de Cone NBR 7187 Cálculo e Execução de Ponte em Concreto Armado NBR 7212 Execução de Concreto Dosado em Central NBR 7807 Símbolo Gráfico para Projeto de Estruturas – Simbologia NBR 8681 Ações e Segurança nas Estruturas NBR 8953 Concreto para Fins Estruturais – Classificação por Grupos de Resistência NBR 9062 Projeto e Execução de Estruturas de Concreto Pré-Moldado NBR 11173 Projeto e execução de Argamassas Armadas NBR 12317 Controle Tecnológico de Materiais Componentes do Concreto NBR 12654 Controle Tecnológico dos Materiais Componentes do Concreto NBR 12655 Concreto – Preparo, Controle e Recebimento do Concreto ■ NB - Procedimento ■ EB - Especificação ■ MB - Método de Ensaio ■ PB - Padronização ■ TB - Terminologia ■ SB - Simobologia ■ CB - Classificação GENERALIDADES O Concreto 2 www.mepassaai.com.br 10 2.1) Materiais Componentes ▶ Cimento O cimento Portland é um cimento hidráulico fruto da pulverização do clínquer* desenvolvido essencialmente por silicatos de cálcio hidratados, com acréscimo de sulfatos de cálcio (gesso), entre outros compostos. * Clínquer: De acordo com a ABCP (2002:6) “o clínquer tem como matérias-primas o calcário e a argila, sendo a produção do clínquer a etapa mais complexa, e de custo elevado no processo de fabricação do cimento Portland. O clínquer é fonte de Silicato Tricálcico (CaO)3SiO2 e Silicato Dicálcico (CaO)2SiO2, sendo estes compostos responsáveis pelas características de ligante hidráulico e resistência do material após a hidratação do Cimento Portland”. O cimento Portland é fabricado da seguinte maneira: 1. Moagem e mistura de materiais argilosos e calcários, nas proporções adequadas (podendo a mistura ser com água ou seca); 2. Tratamentotérmico da mistura, em fornos rotativos, até a formação do clínquer (1400°C a 1550°C); 3. Moagem do clínquer com 4% a 6% de gesso. Segundo a norma brasileira, existem nove tipos diferentes de cimento, através de seis normas: I. Cimento Portland Comum (EB1/NBR 5732) Sigla Designação Classe* CP I Cimento Portland Comum 25, 32, 40 CP I – S Cimento Portland Comum c/ Adição 25, 32, 40 O CONCRETO www.mepassaai.com.br 11 II. Cimento Portland Composto (EB 2138/NBR 11578) Sigla Designação Classe* CP II - E Cimento Portland com Escória 25, 32, 40 CP II – Z Cimento Portland Comum com Pozolana 25, 32, 40 CP II – F Cimento Portland com Filer 25, 32, 40 III. Cimento Portland de Alto-Forno (EB 208/NBR 5735) Sigla Designação Classe* CP III Cimento Portland de Alto-Forno 25, 32, 40 IV. Cimento Portland Pozolânico (EB 208/NRB 5735) Sigla Designação Classe* CP IV Cimento Portland Pozolânico 23, 32 V. Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (EB 2/NBR 5733) CP V – ARI – Deve exibir o mínimo de resistência à compressão aos 7 dias de idade de 34 MPa VI. Cimento Portland Resistente a Sulfatos (EB 903/NBR 5737) Representados pela sigla original + RS Exemplo: CP III 32 RS, CP V-ARI-RS O CONCRETO www.mepassaai.com.br 12 VII. Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (NBR 13116) Representados pela sigla original + BC Exemplo: CP IV-32 BC VIII. Cimento Portland Branco (NBR 12989) Não estrutural: CPB Estrutural: CPB – 32 *Observação: As classes 25, 32, e 40 equivalem aos mínimos de resistência a compressão aos 28 dias de idade, em MPa ▶ Agregados São materiais que fazem parte da composição do concreto e buscam aumentar a resistência, reduzir custos e reduzir a retração. De acordo com Bauer (2000), “os agregados constituem um componente importante no concreto, contribuindo com cerca de 80% do peso e 20% do custo de concreto estrutural sem aditivos”. Os agregados são categorizados como miúdos e graúdos: • Agregado miúdo - partículas menores do que 4,8 mm; • Agregado graúdo - partículas maiores que 4,8 mm. Os agregados podem ser categorizados de acordo com a sua procedência: • Agregados naturais - decorre da degradação de rochas em resultado da ação de agentes atmosféricos, e é removida de depósitos naturais, como minas, ou das margens ou fundos de rios; • Agregados artificiais - adquirido pela trituração mecânica das rochas chamada britagem. O CONCRETO www.mepassaai.com.br 13 A NB 1 / NBR 6118 nos itens 6.3.2.2. e 8.1.2.3 sugere que o diâmetro máximo do agregado precisa ser menor que 1/4 da menor distância entre as faces das formas e menor que 1/3 da espessura das lajes. A distância entre armaduras não pode ser menor que 1,2 vezes a dimensão máxima do agregado. Classificação de acordo com suas dimensões nominais: • brita 0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4,8 - 9,5 mm • brita 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9,5 - 19 mm • brita 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 - 25 mm • brita 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 - 50 mm • brita 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 - 76 mm • brita 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76 - 100 mm A aplicação principal dos agregados é na produção de argamassas e concretos. ▶ Água A água que será utilizada no amassamento do concreto, deverá ser isenta de impurezas que possam prejudicar as reações entre o cimento e ela. Praticamente, todas as águas naturais são utilizáveis, na prática. Os maiores defeitos originados da água possuem uma relação maior com o excesso de água usada do que propriamente com os elementos que ela possa possuir. A reação química da água com o cimento é essencial para a resistência, durabilidade, impermeabilidade, etc. do concreto. O CONCRETO www.mepassaai.com.br 14 ▶ Aditivos Substâncias somadas propositalmente ao concreto, com o objetivo de melhoras ou reforçar algumas características, até mesmo sua utilização e preparo. Exemplos do emprego de aditivos: • Aumento da durabilidade; • Diminuição da retração; • Acréscimo de resistência; • Melhora na impermeabilidade. O CONCRETO www.mepassaai.com.br 15 2.2) Propriedades Mecânicas do Concreto ▶ Resistência do Concreto à Compressão Normalmente a resistência é considerada a característica essencial do concreto porque ela oferece uma sugestão geral da qualidade do mesmo. A resistência mecânica do concreto mostra uma variação muito grande, devido os fatores de preparação, transporte, lançamento e cura. Para estimar a compressão simples são preparados e moldados corpos-de-prova. Corpo-de-prova brasileiro – cilindro, com 15cm de diâmetro e 30cm de altura, e a idade de referência para o ensaio é 28 dias. É possível fazer um gráfico dos valores adquiridos da resistência à compressão simples (fc) vs. a quantidade de corpos-de-prova relativos a determinado valor de fc (densidade de frequência). A curva encontrada no gráfico é conhecida como Curva Estatística de Gauss ou Curva de Distribuição Normal. O CONCRETO s fck fcm fc Densidade de frequência Curva de Gauss para a resistência do concreto à compressão www.mepassaai.com.br 16 Pode ser encontrado dois valores de essencial importância na curva de Gauss: resistência média do concreto à compressão, fcm, e resistência característica do concreto à compressão, fck. O valor fcm é a média aritmética dos valores de fc para o grupo de corpos-de-prova ensaiados, e é usado na determinação da resistência característica, fck, através da fórmula: fck = fcm −1,65s. O desvio-padrão s condiz com à distância entre a abscissa de fcm e a do ponto de inflexão da curva (ponto em que ela troca de concavidade). Em contexto mundial, somente 5% dos corpos-de-prova têm fc < fck, ou, ainda, 95% dos corpos-de-prova têm fc ≥ fck. O CONCRETO www.mepassaai.com.br 17 O CONCRETO ▶ Resistência à Tração Ela é estudada através da ruptura de corpos de prova cilíndricos de acordo com o método MB 212, por meio de ensaio de fendilhamento. Existem três tipos normalizados de ensaio no estudo da tração: a) Ensaio de Tração Direta Este tipo de ensaio é considerado o de referência, a resistência à tração direta (fct), é verificada aplicando-se tração axial, até a ruptura, em corpos-de-prova de concreto simples como na figura abaixo. A seção central é retangular, medindo 9cm por 15cm, e as extremidades são quadradas, com 15cm de lado. 15 cm 30 cm 60 cm 9 cm Ft Ft Ensaio de Tração de Direta www.mepassaai.com.br 18 b) Ensaio de Tração na Compressão Diametral (spliting test) Para a realização desse ensaio, um corpo-de-prova cilíndrico de 15cm por 30 cm é posto com o eixo horizontal em meio aos pratos da prensa (figura a seguir), sendo aplicada uma força até a sua ruptura por tração indireta (ruptura por fendilhamento). O ensaio de compressão diametral é simples de ser executado e provê resultados mais uniformes do que os da tração direta. O CONCRETO Ensaio de Tração por Compressão Diametral h d Fc Fc www.mepassaai.com.br 19 O CONCRETO c) Ensaio de Tração na Flexão Também conhecido como “carregamento nos terços”, é realizado quando um corpo-de-prova de seção prismática é sujeito à flexão, com carregamentos em duas seções simétricas, até à ruptura (Figura 1). Avaliando os diagramas de esforços solicitantes (Figura 2) percebe-se que na região de momento máximo a cortante é nula, ou seja, nesse pedaço é onde ocorre flexão pura. d b l/3 l/3 l/3 F F Figura 1 F F V M Figura 2 FLEXÃO PURA www.mepassaai.com.br 20 O CONCRETO ▶ Módulo de Elasticidade A relação entre as tensões e as deformações é um dos principais aspectos no projeto de estruturas de concreto. Esta relação é considerada linear (Lei de Hooke) em alguns intervalos, onde, σ = Eε. • σ = tensão • ε = deformação específica • E = Módulo de Elasticidade ou Módulo de Deformação Longitudinal σ ε E Módulo de Elasticidade ou de Deformação Longitudinal www.mepassaai.com.br 21 O CONCRETO A expressão do módulode elasticidade é empregue apenas à parte retilínea da curva tensão-deformação ou, se não existir um trecho retilíneo, a expressão é empregue à tangente da curva na origem. Por isso, tem-se o Módulo de Deformação Tangente Inicial (Eci). Este módulo é adquirido de acordo com o ensaio apresentado na NBR 8522 – Concreto – determinação do módulo de deformação estática e diagrama tensão-deformação. ε Módulo de Deformação Tangente Inicial (Eci) Eci fc www.mepassaai.com.br 22 ▶ Coeficiente de Poisson Se uma força uniaxial é empregada em uma peça de concreto, ela resulta em uma deformação longitudinal na direção da carga e, ao mesmo tempo, uma deformação transversal com sinal contrário. Coeficiente de Poisson ou relação entre a deformação transversal e a longitudinal é denominada pela letra v. O CONCRETO F Deformações longitudinais e transverssais www.mepassaai.com.br 23 2.3) Estrutura Interna do Concreto A estrutura interna do concreto é bastante heterogênea, ela obtém formato de retículos espaciais de gel endurecido, de grãos de agregados miúdo e graúdo de diversas dimensões e formatos, enrolados por uma grande quantidade de capilares e poros, mensageiros de água que não fizeram parte da reação química e, ainda, vapor d’água e ar. O concreto apresenta um material capilar não muito poroso, fisicamente, sem sequência da massa, onde se encontram presentes os três estados da agregação– líquido, sólido e gasoso. 2.4) Deformações As deformações são ligadas diretamente a estrutura interna do concreto. ▶ Retração Redução de volume que acontece no concreto, mesmo na falta de variações de temperatura e de tensões mecânicas. Existem 3 causas de retração: • Retração Capilar – acontece por meio da perda da água absorvida e da evaporação parcial da água capilar; • Retração Química – retraimento da água não evaporável, enquanto acontece o endurecimento do concreto; • Retração por Carbonatação – Ca(OH)2 + CO2 → CaCO3 + H2O (acontece com a diminuição de volume). ▶ Expansão Acréscimo de volume do concreto, que acontece em peças submersas. No início, essas peças sofrem retração química, entretanto, o fluxo de água é de fora para dentro. As consecutivas tensões capilares cancelam a retração química e, em seguida, geram a ampliação da peça. O CONCRETO www.mepassaai.com.br 24 ▶ Deformação Imediata Ela é observada por meio da ocasião do carregamento. Obedece ao desempenho do concreto como sólido verdadeiro, e é determinada por uma acomodação dos cristais que formam o material. ▶ Fluência A fluência é uma deformação diferida por uma força empregue, ela obedece a um aumento de deformação com o tempo, se a carga continuar. Quando uma força é empregue no concreto, acontece uma deformação imediata, com uma arrumação dos cristais. Essa arrumação subtrai o diâmetro dos capilares e acrescenta a pressão na água capilar, beneficiando o fluxo em direção à superfície. Tanto a subtração do diâmetro dos capilares quanto a ampliação do fluxo, aumentam a tensão superficial nos capilares, acarretando a fluência. ▶ Deformação Térmica É definido como coeficiente de variação térmica σte a deformação equivalente a uma alteração de temperatura de 1°C. Permite-se adotar σte = 10–⁵/°C para variações normais de temperatura do concreto armado. O CONCRETO www.mepassaai.com.br 25 2.5) Fatores que Influem As propriedades principais que influenciam no concreto são: • Forma e dimensões dos corpos-de-prova; • Tipo e duração do carregamento; • Presença de aditivos e adições; • Tipo e quantidade de cimento; • Tipos de agregados, granulometria e relação agregado-cimento; • Idade do concreto, umidade e temperatura etc. O CONCRETO Vigas 3 www.mepassaai.com.br 27 VIGAS 3.1) Definição Vigas podem ser definidas como “elementos lineares que a flexão é preponderante” (NBR 6118/14¹, item 14.4.1.1). Elementos lineares são aqueles onde o comprimento longitudinal é superior em no mínimo três vezes a maior dimensão da seção transversal, sendo nomeada como barras. 3.2) Comparação dos Domínios 2, 3 e 4 A NBR 6118 (item 17.2.2) define que as deformações nos materiais componentes das vigas de concreto armado sujeitas à flexão simples estão nos domínios de deformação 2, 3 e 4. ▶ Domínio 2 A deformação de alongamento (εsd) na armadura tracionada (As) é presa e idêntica a 10%, e a deformação de encurtamento (εcd) na fibra mais comprimida de concreto varia entre zero e εcu, considerando que, para os concretos do grupo I de resistência (fck ≤ 50 MPa), εcu, adquire o valor de 3,5%. Perante a deformação de 10% a tensão na armadura equivale à máxima aceita no aço (fyd), como pode-se observar no diagrama σ x ε do aço apresentado na figura 3. Assim, no domínio 2, a armadura tracionada é econômica, ou seja, a tensão máxima admissível no aço pode ser executada nessa armadura. www.mepassaai.com.br 28 VIGAS No episódio de acontecer a ruptura na questão relativa à segurança, ou seja, o colapso da viga, será com “aviso prévio”, pois como a armadura permanecerá escorrendo além dos 10%, a fissuração na viga ocorrerá intensa e irá acontecer antes de uma provável ruptura por esmagamento do concreto na região comprimida. A intensa fissuração ficará visível e irá funcionar como um lembrete de que a viga exibe um problema grave, avisando-os, de maneira que sejam adotadas ações tendo em vista a evacuação do local, antes que a ruptura ocorra. A B 0 0 As εcu (3,5%o) εyd10%o zona útil seção superarmada 2 3 4 Figura 3 σs εs fyd seções superarmadas zona útil εyd 10%o Figura 4 Diagrama de deformações dos domínios 2, 3 e 4 para concretos do Grupo I de resistência (fck ≤ 50 MPa), onde εcu = 3,5%o Zonas de dimensionamente em função da deformação no aço www.mepassaai.com.br 29 VIGAS ▶ Domínio 3 A deformação de encurtamento na fibra mais comprimida obedece ao valor último (εcu), de 3,5% para os concretos do Grupo I de resistência (fck ≤ 50 MPa). A deformação de alongamento na armadura tracionada muda entre εyd (deformação de início de escoamento do aço) e 10%, o que constitui que a armadura escorre um determinado valor. Observa-se na Figura 4 que a tensão na armadura é a máxima admitida, igual à fyd, porque independente de qual seja a deformação entre εyd e 10% (zona útil), a tensão será igual ao fyd. Desta forma, a armadura é econômica no domínio 3, como no 2. No domínio 3, tanto o concreto comprimido quanto o aço tracionado são utilizados ao máximo, diferente do domínio 2, onde o concreto possui deformações de encurtamento menores que a máxima (εcu). A ruptura no domínio 3 é conhecida como “aviso prévio”, porque a armadura, ao escorrer, ocasionará em fissuras visíveis na viga, antes que o concreto alcance a ruptura por esmagamento. Sempre que a viga tem as deformações últimas, de εcu no concreto e 10% na armadura, adquiridas no mesmo instante, fala-se que a seção é normalmente armada. A linha neutra combina com o x2lim, e a seção está no limite entre os domínios 2 e 3. A NBR 6118 (17.2.2) adverte que a seção dimensionada à flexão simples no domínio 3 é subarmada, um vocábulo que parece errado por transmitir a falsa ideia de que a armadura é menor que a necessária. Os valores da deformação de início de escoamento do aço (εyd), o limite da posição da linha neutra entre os domínios 3 e 4 (x3lim) e βx3lim (βx = x/d), para os tipos diferentes de aço e para os concretos do grupo I de resistência (fck ≤ 50 MPa). www.mepassaai.com.br 30 Os valores da deformação de início de escoamento do aço (εyd), o limite da posição da linha neutra entre os domínios 3 e 4 (x3lim) e βx3lim (βx = x/d), para os tipos diferentes de aço e para os concretos do grupo I de resistência (fck ≤ 50 MPa). Tabela: Valores de εyd, x3lim e βx3lim para concretos do Grupo I de resistência (fck ≤ 50 MPa) e em função da categoria do aço. Aço εyd (%o) x3lim βx3lim CA-25 1,04 0,77 d 0,77 CA-50 2,07 0,63 d 0,63 CA-60 2,48 0,59 d 0,59 ▶ Domínio 4 A deformação de encurtamento na fibra mais comprimida está com ovalor máximo de �_cu , e a armadura tra- cionada não está escorrendo, porque sua deformação é menor que a de início de escoamento (εyd). Desta forma, como pode-se notar no diagrama σ x ε do aço apresentado na figura 4, a tensão na armadura é inferior a máxima admitida (fyd). A armadura demonstra ser, antieconômica, porque não aproveita a máxima capacidade resistente do aço. Fala-se que a armadura está “folgada” e a seção é conhecida como superarmada na flexão simples (NBR 6118, 17.2.2), como apresentado na figura 3 e 4. As vigas não podem ser projetadas à flexão simples no domínio 4, porque além do fato do ponto econômico, a ruptura, caso ocorra, constituirá do tipo “frágil”, ou “sem aviso prévio”, no qual o concreto rompe (esmaga) por compressão (εcd> εcu), ocasionando o colapso da viga antes da intensa fissuração provocada pelo aumento do alongamento na armadura tracionada. De acordo com a NBR 6118 (17.2.2), a “ruptura frágil está associada a posições da linha neutra no domínio 4, com ou sem armadura de compressão. ” VIGAS www.mepassaai.com.br 31 3.3) Comportamento das Vigas de Concreto Armado Submetidas à Torção Simples Nas seções de Concreto Armado as tensões fundamentais de tração e de compressão são dobradas à 45° e com desenho helicoidal. Depois do surgimento das fissuras de torção que se formam em formato de hélice, somente uma casca externa e com pequena espessura coopera na resistência da seção à torção. Esse fato ficou comprovado em ensaios de seções ocas ou cheias com armaduras idênticas, que mostraram as mesmas deformações e tensões nas armaduras. VIGAS Seções estudadas por MÖRSCH (LEONHARDT e MÖNNIG, 1982) �10 �10 �10 �10 �10 10,8 10,8 10,8 10,8 10,8 10,8 34 40 10,7 34 40 10,7 34 40 34 40 www.mepassaai.com.br 32 Na tabela abaixo pode-se observar os resultados experimentais alcançados, para o momento de fissuração (momento de torção equivalente à primeira fissura) e para o momento de torção na ruptura. Tabela: Momentos Torçores de primeira fissura e de ruptura (kN.cm) de seções ocas ensaiadas por MÖRSCH. Seção Momento Torçor de Primeira Fissura Momento Torçor de Ruptura Sem armaduras 2330 2330 Com armadura longitudinal 2330 2380 Com armadura transversal 2500 2500 Com armadura longitudinal e transversal 2470 3780 Com armadura helicoidal 2700 >7000* *A máquina de ensaio não levou a seção a ruptura De acordo com os ensaios, na seção oca sem armadura, as fissuras são curvadas a 45° e em formato de hélice; com apenas uma armadura, tanto longitudinal ou transversal, o acréscimo de resistência é muito baixo e desprezível; com duas armaduras a resistência teve um aumento e, com armadura helicoidal, de acordo com a trajetória das tensões principais de tração, a ampliação de resistência foi muito efetivo. Os números da tabela acima mostram as observações. Fissuras inclinadas podem se desenvolver quando a tensão principal de tração alcança a resistência do concreto à tração, levando uma viga não armada à ruptura. Se a viga for armada com barras longitudinais e estribos fechados transversais, a viga pode resistir a um aumento de carga após a fissuração inicial. VIGAS Torção de Equilíbrio e Torção de Compatibilidade 4 www.mepassaai.com.br 34 TORÇÃO DE EQUILÍBRIO E TORÇÃO DE COMPATIBILIDADE Um aglomerado que visa torcer uma peça levando-a girar envolta do seu próprio eixo é chamado de momento torçor, momento de torção ou torque. 4.1) Torção de Equilíbrio “Sempre que a torção for necessária ao equilíbrio do elemento estrutural, deve existir armadura destinada a resistir aos esforços de tração oriundos da torção. Essa armadura deve ser constituída por estribos verticais periféricos normais ao eixo do elemento estrutural e barras longitudinais distribuídas ao longo do perímetro da seção resistente” (NBR 6118, 17.5.1.2). Os momentos torsores são obrigatórios na análise de estrutura e normalmente a torção acontece combinada com a força cortante e momento fletor. A resistência de um elemento estrutural à torção pura é admitida quando se verificam ao mesmo tempo as condições abaixo: • TSd ≤ TRd,2 • TSd ≤ TRd,3 • TSd ≤ TRd,4 Onde: • TRd,2 - limite dado pela resistência das diagonais comprimidas de concreto; • TRd,3 - limite definido pela parcela resistida pelos estribos normais ao eixo do elemento estrutural; • TRd,4 - limite definido pela parcela resistida pelas barras longitudinais, paralelas ao eixo do elemento estrutural. A B C F www.mepassaai.com.br 35 TORÇÃO DE EQUILÍBRIO E TORÇÃO DE COMPATIBILIDADE ▶ Torção em Viga Devido ao Engastamento da Laje A laje em balanço não possui continuidade com outras lajes internas à construção, isso faz com que a laje esteja obrigatoriamente engastada na viga de apoio, de maneira que a flexão na laje passe a ser torção na viga. A torção na viga passa a ser flexão no pilar, passando a ser considerada no seu dimensionamento. Torção em viga devido a engastamento de laje em balanço Figura 5 A B C A B B C Viga contínua sob torção por efeito de laje em balanço Figura 6 www.mepassaai.com.br 36 TORÇÃO DE EQUILÍBRIO E TORÇÃO DE COMPATIBILIDADE 4.2) Torção de Compatibilidade Acontece geralmente nos sistemas estruturais, onde o caso de laje apoiada sobre uma viga de borda, como no exemplo abaixo. Torção de compatibilidade de laje com viga de apoio (LEONHARDT e MÖNNIG, 1982) Mf (Pilar) Mf T T (Viga de bordo) mT ( Viga de bor da) mE ( Laje ) mE (Laje) (Laje) mT = mE (Laje) Momento de dimensionamento da laje www.mepassaai.com.br 37 TORÇÃO DE EQUILÍBRIO E TORÇÃO DE COMPATIBILIDADE Ao tentar girar, a laje, impõe um momento de torção (mT) na viga, que tem propensão a girar também, porém ela é impedida através da rigidez à flexão dos pilares. Aparecem momentos fletores nos pilares e momentos torçores solicitantes na viga. Assim como a rigidez da viga à torção é pequena comparada à sua rigidez à flexão, a viga gira e fissura, propiciando o giro da laje também. Acontece então uma compatibilização entre as deformações da laje e da viga, e como resultado os momentos torçores na viga descressem bastante, podendo ser desprezados. torção na viga laje momentos fletores na laje no estádio I vi ga d e bo rd a Resistência de Seção à Torção 5 www.mepassaai.com.br 39 RESISTÊNCIA DE SEÇÃO À TORÇÃO 5.1) Torção Simples, de Saint Venant ou Circulatória Em uma barra de seção circular, sujeita a momento de torção, com empenamento permitido (torção livre), aparecem tensões principais inclinadas de 45° e 135° com o eixo longitudinal da barra. As trajetórias das tensões principais desenvolvem-se de acordo com uma curvatura helicoidal, em torno da barra. A trajetória das tensões principais de tração acontece na direção da rotação e a compressão na direção oposta, no decorrer de todo o perímetro da seção. De acordo com a direção dos eixos longitudinal e transversal em um estado de tensão, o momento de torção provoca o aparecimento de tensões de cisalhamento em planos perpendiculares ao eixo da barra circular e em planos longitudinais, ao mesmo tempo. Tensão de cisalhamento numa barra de seção circular sob torção � � T σI σI σII σII TT Trajetórias das tensões principais na seção circular 45 45 www.mepassaai.com.br 40 5.2) Flexo Torção ou Torção de Empenamento É o que acontece em perfis de paredes delgadas. A resistência da seção passa a ser através da força cortante e do momento fletor, com consequente empenamento da seção. RESISTÊNCIA DE SEÇÃO À TORÇÃO A B C DT �z h b V = T / z V = T / z �z � T B V D C A M M V O binário das tensões tangenciais circulatórias tem braço de alavanca z muito pequeno (z = �) 3 2 Momento torçor resistido por forças cortantes com braço de alavanca grande (z = h - �) O empenamento da seção resulta de curvaturas opostas das chapas AB e CD Consideração para o Dimensionamento 6 www.mepassaai.com.br 42 CONSIDERAÇÃO PARA O DIMENSIONAMENTO 6.1 A Seção Maciça é Transformada em um Tubo Ensaiosrealizados em cilindros ocos à torção simples, com e sem armadura confirmam que depois do surgimento das fissuras de torção, que se desenvolvem em formato de hélice, somente uma casca externa e com pequena espessura coopera na resistência da seção a torção. T l ᶿ Formas de Ruptura por Torção 7 www.mepassaai.com.br 44 FORMAS DE RUPTURA POR TRAÇÃO Depois da fissuração, a ruptura de uma viga perante a torção pura pode acontecer de diversos modos: escoamento dos estribos, da armadura longitudinal, ou escoamento de ambas as armaduras. Com vigas superarmadas à torção, o concreto comprimido envolvido entre as fissuras inclinadas pode esmagar através do efeito das tensões principais de compressão, primeiro que o escoamento das armaduras. Abaixo será mostrado outros mostrado modos de ruptura: 7.1) Ruptura por Tração A ruptura brusca pode também acontecer por meio de torção, depois do aparecimento das primeiras fissuras. A ruptura brusca pode ser impedida pela instalação de uma armadura mínima, para suportar às tensões de tração por torção. Se as armaduras longitudinal e transversal forem diferentes, a menor armadura definirá o tipo de ruptura. Quando existe uma diferença pequena nas armaduras, ela pode ser balanceada através de uma redistribuição de esforços (LEONHARDT e MÖNNIG, 1982). De maneira oposta ao esforço cortante, no qual a inclinação do banzo comprimido pode diminuir a tração na alma da viga, na torção essa redução não pode acontecer, sendo que na analogia de treliça espacial não há banzo comprimido inclinado. www.mepassaai.com.br 45 7.2) Ruptura por Compressão Quando armaduras são usadas de maneiras longitudinal e transversal pode acontecer de surgir forte empenamento das faces laterais, resultando em tensões adicionais no decorrer das bielas comprimidas, podendo acontecer o seu esmagamento. FORMAS DE RUPTURA POR TRAÇÃO T Empenamento da viga originando tensões adicionais de flexão (LEONHARDT e MÖNNIG, 1982) Superfície de dupla curvatura σc Compressão Rc Rs Tração tT www.mepassaai.com.br 46 FORMAS DE RUPTURA POR TRAÇÃO 7.3) Ruptura dos Cantos A modificação de direção das tensões de compressão nos cantos, faz com que uma força que pode induzir ao rompimento dos cantos da viga, seja criada. As barras longitudinais dos cantos e os estribos cooperam para impedir esse tipo de ruptura. Vigas com tensões de cisalhamento da torção muito altas precisam ter o espaçamento dos estribos restritos a 10 cm para impedir esse tipo de ruptura. 7.4) Ruptura da Ancoragem Este tipo de ruptura pode acontecer por insuficiência da ancoragem do estribo, induzindo ao seu “escorregamento”, e através do deslizamento das barras longitudinais. O cuidado na ancoragem das armaduras pode impedir esse tipo de ruptura. Possível ruptura do canto devida à mudança de direção das diagonais comprimidas (LEONHARDT e MÖNNIG, 1982) T U U U U Rc Rc Rc Rc Rc Engastamento a torção Estribo Rompimento do canto Armadura Mínima 8 www.mepassaai.com.br 48 ARMADURA MÍNIMA Quando a torção for de equilíbrio, é necessário existir uma armadura resistente aos esforços de torção, composta por barras longitudinais e estribos verticais difundidos na área que corresponde à parede equivalente no decorrer do perímetro da seção resistente. Abaixo é apresentado a taxa geométrica mínima de armadura: Onde: ρsl = taxa mínima de armadura longitudinal; ρsw = taxa mínima de armadura transversal; Asw = área da seção transversal total de cada estribo,compreendendo todos os seus ramos; Asl = área total de armadura longitudinal; bw = largura média da alma; s = espaçamentos dos estribos; u = perímetro da seção transversal; fct,m = resistência média à tração do concreto; fywk = resistência ao escoamento do aço da armadura transversal. ρsl = ρsw = = ≥ 0,2 Asw bws Asl bwu fct,m fywk Pilares 9 www.mepassaai.com.br 50 PILARES 9.1) Método do Pilar Padrão com Curvatura Aproximada Esse método pode ser utilizado somente no cálculo de pilares com λ ≤ 90, seção contínuo e armadura simétrica e contínuo no decorrer de seu eixo. A não-linearidade geométrica é julgada de formato aproximado, admitindo- se que a deformação da barra seja senoidal. A não-linearidade física é conceituada por meio de uma expressão aproximada da curvatura na seção crítica. Expressão para se calcular o momento total máximo: Com, 1/r a curvatura na seção crítica, na qual pode ser avaliada pela expressão aproximada: Onde: v = Nd/(Acfcd) e M1d,A ≥ M1d,min h = altura da seção na direção considerada Md,tot = αbM1d,A + Nd ≥ M1d,A le 10 2 1 r = ≤ 1 r 0,005 h (v + 0,5) 0,005 h www.mepassaai.com.br 51 9.2) Método do Pilar Padrão com Rigidez k Aproximada Pode ser usado somente em cálculos de pilares com λ ≤ 9, seção retangular contínuo, armadura simétrica e contínuo no decorrer de seu eixo. Expressão para se calcular o momento total máximo: Sendo: k = rigidez adimensional PILARES Md,tot = ≥ M1d,A ; M1d,min 2 αbM1d,A λ 120k1 - v k = 32 (1 + 5 ) v Md,tot h.Nd www.mepassaai.com.br 52 9.3) Método do Pilar Padrão Acoplado a Diagramas M, N, 1/r A determinação dos esforços locais de 2ª ordem em pilares com λ ≤ 140 pode ser realizada pelo método pilar padrão melhorado ou do pilar padrão, usando para a curvatura da seção crítica valores adquiridos de diagramas M, N, 1/r específicos para o caso. 9.4) Método do Pilar Padrão para Pilares da Seção Retangular, Submetidos à Flexão Composta Oblíqua Depois de adquirida a distribuição de momentos totais, de primeira e segunda ordem, em todas as direções, deve ser verificada, para cada seção no decorrer do eixo, se a composição desses momentos solicitantes fica dentro da envoltória de momentos resistentes para a armadura escolhida. Essa verificação tem como ser feita em exclusiva- mente três seções: nas extremidades A e B e num ponto intermediário no qual se aceita atuar concomitantemente os momentos Md,tot nas duas direções (x e y). PILARES www.mepassaai.com.br 53 9.5 Exigências da NBR6118:2014 para Verificação de Pilares Esbeltos λ γf Consideração dos efeitos de 2ª ordem PROCESSO DE CÁLCULO Consideração da fluênciaExato Aproximado (diagramas M, N, 1/r) Simplificado ≤ λ1 1,4 dispensável - - - - ≤ 90 obrigatória dispensável permitido permitido dispensável ≤ 140 não permitido obrigatória ≤ 200 1,4 + 0,01(λ - 140) obrigatório não permitido NÃO É PERMITIDO EMPREGAR λ > 200 PILARES MEPASSAAI.COM.BR | BLOG.MEPASSAAI.COM.BR $H*RD)+0987 Resumo Salva-vidas Concreto Armado
Compartilhar