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Traumas- tipos de trauma- CUIDADO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS E TRAUMAS

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CUIDADO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS E TRAUMAS 
 
Trauma: 
A palavra "trauma", do ponto de vista 
semântico, vem do grego trauma (plural: 
traumatos, traumas), cujo significado é 
“ferida”. 
A terminologia trauma admite vários 
significados, todos eles ligados a 
acontecimentos não previstos e 
indesejáveis que, de forma mais ou menos 
violenta, atingem indivíduos neles 
envolvidos, produzindo-lhes alguma forma 
de lesão ou dano. 
Trauma representa um problema de saúde 
pública de grande magnitude no Brasil, que 
tem provocado forte impacto na 
população. 
 No contexto da enfermagem, define-se o 
Trauma como um evento nocivo que 
advém da liberação de formas específicas 
de energia ou de barreiras físicas ao fluxo 
normal de energia. 
Distribuição das mortes: 
 
Primeiro pico: 
 Segundos a minutos após o trauma; 
 Causas de morte: apneia, lesões 
cerebrais graves, rupturas de 
grandes vasos; 
 Poucas dessas vítimas podem ser 
salvas devido à gravidade das lesões. 
Segundo pico: 
 Primeiros minutos a várias horas 
após o trauma; 
 Causas de morte: hematoma 
subdural e hepidural, hemotórax, 
ruptura de baço, lacerações no 
fígado, fraturas pélvicas e/ou 
múltiplas lesões, associadas a perda 
significativa de sague; 
Terceiro pico: 
 Dias a semanas após o trauma; 
 Causas de morte: mais 
frequentemente relacionado a sepse 
e a disfunção de múltiplos órgãos ou 
sistemas; 
Politrauma: 
Um paciente politraumatizado é 
considerado aquele que apresenta lesões 
em dois ou mais sistemas, sendo 
necessário que pelo menos uma, ou uma 
combinação dessas lesões, represente um 
risco vital para o doente. 
O tratamento ao politraumatizado grave 
requer rápida identificação das lesões e 
intervenção imediata para controlar as 
condições que coloquem em risco a vida ou 
possibilitem a perda de um membro ou 
sequela irreversível. 
Sistemática de abordagem ao 
politraumatizado: 
 Permite que seja avaliado e aplicado a 
terapêutica ou procedimentos adequados 
e seja estabilizado resultando maior 
probabilidade de sobrevida e menos 
sequelas. 
CUIDADO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS E TRAUMAS 
 
A avaliação inicial inclui: 
1°) Pré-hospitalar onde a equipe é 
preparada para atuar no local da 
ocorrência, estabilizando o paciente. 
2°) Regulação médica _ com os informes da 
equipe pré-hospitalar verifica local para 
continuidade do atendimento emergencial 
e comunica ao intra-hospitalar o caso que 
será encaminhado. 
3°) Intra-hospitalar onde a equipe que 
recebe o caso está ciente, preparada e de 
acordo com o que será encaminhado para 
atendimento. 
Triagem no local do acidente: 
No local do atendimento as vítimas 
atendidas são classificadas de acordo com 
as lesões apresentadas e o tipo de 
tratamento necessário, bem como 
verificado os recursos disponíveis (vítima 
adequada a hospital adequado). 
XABCDE do trauma: 
O XABCDE é um mnemônico que padroniza 
o atendimento inicial ao paciente 
politraumatizado e define prioridades na 
abordagem ao trauma, no sentido de 
padronizar o atendimento. Ou seja, é uma 
forma rápida e fácil de memorizar todos os 
passos que devem ser seguidos com o 
paciente em politrauma. 
 Ele foi pensado para identificar lesões 
potencialmente fatais ao indivíduo, e é 
aplicável a todos as vítimas com quadro 
crítico, independentemente da idade. O 
protocolo tem como principal objetivo 
reduzir índices de mortalidade e 
morbidade em vítimas de qualquer tipo de 
trauma. 
QUAIS CONDUTAS DE SEGURANÇA NA 
FASE PRÉ-HOSPITALAR? 
 Antes de iniciar a abordagem XABCDE ao 
paciente vítima de trauma é necessário 
atentar-se a itens essenciais para 
salvaguardar a vida da equipe, como: 
avaliação da segurança da cena segura, uso 
de EPI’s, sinalização da cena (Ex. dispor 
cones de isolamento na pista). 
Significado das Letras XABCDE: 
 
(X) – Exsanguinação 
 Contenção de hemorragia externa grave, a 
abordagem a esta, deve ser antes mesmo 
do manejo das vias aérea uma vez que, 
epidemiologicamente, apesar da obstrução 
de vias aéreas ser responsável pelos óbitos 
em um curto período de tempo, o que mais 
mata no trauma são as hemorragias graves. 
 
 (A) – Vias aéreas e proteção da coluna 
vertebral 
 No A, deve-se realizar a avaliação das vias 
aéreas. No atendimento pré-hospitalar, 66-
85% das mortes evitáveis ocorrem por 
obstrução de vias aéreas. Para manutenção 
das vias aéreas utiliza-se das técnicas: “chin 
lift”: elevação do queixo, uso de aspirador 
de ponta rígida, “jaw thrust”: 
anteriorização da mandíbula, cânula 
orofaríngea (Guedel). 
 
CUIDADO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS E TRAUMAS 
 
No A também, realiza-se a proteção da 
coluna cervical. Em vítimas conscientes, a 
equipe de socorro deve se aproximar da 
vítima pela frente, para evitar que mova a 
cabeça para os lados durante o olhar, 
podendo causar lesões medulares. 
 A imobilização deve ser de toda a coluna, 
não se limitando a coluna cervical. Para 
isso, uma prancha rígida deve ser utilizada. 
 Considere uma lesão da coluna cervical em 
todo doente com traumatismos 
multissistêmicos! 
 
(B) – Boa Ventilação e Respiração 
 No B, o socorrista deve analisar se a 
respiração está adequada. A frequência 
respiratória, inspeção dos movimentos 
torácicos, cianose, desvio de traqueia e 
observação da musculatura acessória são 
parâmetros analisados nessa fase. 
 Para tal, é necessário expor o tórax do 
paciente, realizar inspeção, palpação, 
ausculta e percussão. Verificar se a 
respiração é eficaz e se o paciente está bem 
oxigenado. 
 
(C) – Circulação com Controle de 
Hemorragias 
 
No C, a circulação e a pesquisa por 
hemorragia são os principais parâmetros 
de análise. A maioria das hemorragias é 
estancada pela compressão direta do foco. 
A Hemorragia é a principal causa de morte 
no trauma. 
 
A diferença entre o “X” e o “C” é que o X se 
refere a hemorragias externas, grandes 
hemorragias. Já o “C” refere-se a 
hemorragias internas, onde deve-se 
investigar perdas de volume sanguíneo não 
visível, analisando os principais pontos de 
hemorragia interna no trauma (pelve, 
abdomem e membros inferiores), 
avaliando sinais clínicos de hemorragia 
como tempo de enchimento capilar 
lentificado, pele fria e pegajosa e 
comprometimento do nível e qualidade de 
consciência. 
 
Classificando o Choque Hipovolêmico 
 
 
 
QUAIS SOLUÇÕES EMPREGAR NA 
REPOSIÇÃO VOLÊMICA? 
 
O Soro Ringer com Lactato é a solução 
isotônica de escolha, contudo, soluções 
cristaloides não repõem hemácias, 
portanto, não recupera a capacidade de 
carrear O2 ou as plaquetas necessárias no 
processo de coagulação e controle de 
hemorragias. 
 
 
 
CUIDADO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS E TRAUMAS 
 
(D) – Disfunção Neurológica 
 
No D, a análise do nível de consciência, 
tamanho e reatividade das pupilas, 
presença de hérnia cerebral, sinais de 
lateralizarão e o nível de lesão medular são 
medidas realizadas. 
 Nessa fase, o objetivo principal é 
minimizar as chances de lesão secundária 
pela manutenção da perfusão adequada do 
tecido cerebral. Importante aplicar a escala 
de goma de Glasgow atualizada. 
 
 
 
 
 
(E) – Exposição Total do Paciente 
 
No E, a análise da extensão das lesões e o 
controle do ambiente com prevenção da 
hipotermia são as principais medidas 
realizadas. O socorrista deve analisar sinais 
de trauma, sangramento, manchas na pele 
etc. 
A parte do corpo que não está exposta 
pode esconder a lesão mais grave que 
acomete o paciente. 
Cuidados de Enfermagem na Estabilização: 
 A sondagem vesical e gástrica deve 
ser considerada. 
 O débito urinário é um indicador da 
reposição volêmica do paciente. 
 A sondagem gástrica visa reduzir a 
pressão da câmara gástrica e 
diminuir os riscos de aspiração. 
Observação: 
1- A sonda vesical está contraindicada nos 
casos suspeitos de lesãode uretra 
(uretrorragia, hematoma escrotal, 
ausência de próstata no toque retal). 
2- A sonda nasogástrica está 
contraindicada nos casos suspeitos de 
fratura de base de crânio. Nesta situação 
utiliza-se a via orogástrica quando 
necessária a descompressão gástrica. 
 Deve-se considerar a necessidade de 
transferência do paciente em função 
CUIDADO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS E TRAUMAS 
 
dos recursos disponíveis ao 
atendimento do paciente. 
 A avaliação radiológica têm 
importância inicial na sala de 
urgência e deve conter três 
radiografias: 
– RX Coluna cervical perfil (paciente 
com dor cervical ao exame ou 
inconsciente). 
- RX Tórax. 
- RX Bacia. 
 
Avaliação Secundária: 
A avaliação secundária só se inicia quando 
completada a avaliação primária (ABCDE), 
estabilizando toda e qualquer 
descompensação existente que possa levar 
o paciente a morte, ou sequela irreversível 
ou perda de um membro. 
 Nesta etapa do atendimento, o exame 
minucioso tem por objetivo detectar lesões 
que passaram despercebidas, 
especialmente no doente inconsciente e ou 
que não colabora. 
Procedimentos especiais como radiografias 
e estudos laboratoriais, são também 
realizados nessa fase (intra-hospitalar). Na 
avaliação secundária todas as regiões do 
corpo devem ser completamente 
avaliadas, (na fase pré-hospitalar pode 
ocorrer ocasiões onde esta fase não se 
realize em virtude da necessidade de 
estabilização primária e a rapidez de 
transporte). 
Patologias prévias, medicamentos em uso, 
cirurgias realizadas, fatos que envolveram 
o trauma atual, sendo que o paciente 
inconsciente e ou alcoolizado não 
consegue informar, os acompanhantes 
devem ser interpelados e fornecerem os 
dados possíveis, na ausência destes a 
equipe da viatura que o transportou deve 
reportar as condições do trauma no local, 
cinemática e manobras realizadas na 
remoção e transporte. 
A utilização do código “AMPLA” é uma 
fórmula útil para obter uma história 
pertinente do paciente. 
A – ALERGIA 
M- MEDICAMENTOS DE USO HABITUAL 
P – PASSADO MÉDICO 
L – LÍQUIDOS E ALIMENTOS INGERIDOS e a 
que horas 
A - AMBIENTE E EVENTOS RELACIONADOS 
AO TRAUMA 
 
Trauma Raquimedular 
 
É toda injúria às estruturas contidas no 
canal medular (medula, cone medular e 
cauda equina), podendo levar a alterações 
motoras, sensitivas, autonômicas e 
psicoafetivas. 
 
 
 
CUIDADO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS E TRAUMAS 
 
 
O traumatismo da medula espinhal 
também é chamado de traumatismo 
raquimedular – TRM. 
A maioria dessas lesões é causada por 
acidentes automobilísticos, quedas, 
acidentes desportivos (principalmente 
mergulhos em águas rasas) e ferimentos 
por arma de fogo. 
MECANISMOS DE TRAUMA 
RAQUIMEDULAR: 
 
Lesões ósseas vertebrais podem estar 
presentes sem que haja lesões de medula 
espinhal; por isso, há a necessidade de 
imobilizar a vítima quando há qualquer 
suspeita de lesão medular. 
 
TIPOS DE FRATURA: 
Existem 3 tipos de fratura: A (Lesões 
compressivas), B ou C. 
Tipo A – Lesões Compressivas: 
As lesões compressivas nada mais são que 
o achatamento de vértebras. As lesões do 
tipo A podem ser classificadas de I a IV. 
A 1: Fratura em “tear drop”. 
A 2: Fratura em “Split”, acomete os dois 
platôs, como uma rachadura. Trata-se de 
um caso cirúrgico limítrofe, em que se pode 
adotar medidas conservadoras em alguns 
casos. 
A 3: O acometimento do platô superior. 
A 4: O acometimento de ambos platôs. 
Devemos ter em mente a classificação das 
fraturas para possível indicação cirúrgica. 
Fraturas A 3 e A 4, com achatamento maior 
que 50%, são indicativos cirúrgicos. 
 
 
 
Imagem: Lesões compressivas (Tipo A). 1: 
Lesões “em lágrima” (Tear drop). 2: Fratura 
“em Split”. 3: Acometimento de um platô. 
4: Acometimento de ambos platôs. Fonte: 
Aula SanarFlix 
 
 
 
CUIDADO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS E TRAUMAS 
 
 
Tipo B – Lesões por Ruptura: 
B 1: Lesão por ruptura anteroposterior. 
B 2: Lesão por ruptura do platô superior, 
associada a ruptura ligamentar. 
B 3: Lesão por ruptura do disco vertebral, 
associada a ruptura ligamentar total. 
Usualmente, as fraturas do Tipo B são 
abordadas cirurgicamente, justamente 
pela comum afecção das estruturas 
ligamentares. 
Suspeitar sempre de TRM nas seguintes 
situações: 
 Qualquer vítima de trauma que 
apresente lesões acima das 
clavículas 
 TCE 
 Politrauma 
Localização - lesões medulares: 
 Em geral lesão entre C1 e C2 
produzem parada 
cardiorrespiratória; 
 Lesões entre C3 e T2 podem 
provocar tetraplegia; 
 Lesões entre T3 e L3 podem produzir 
paraplegia; 
 Lesões abaixo de L3 e que atinjam a 
região sacral ou coccígea, podem 
levar à disfunção vesical e fecal; 
impotência sexual. 
Sinais e sintomas: 
Dependem do nível da lesão, com 
comprometimento neurológico abaixo 
desse nível, geralmente com alterações 
motoras (paralisias ou apenas diminuição 
de força muscular - paresia) e sensitivas 
(anestesia, diminuição da sensibilidade e 
parestesias - formigamento, 
amortecimento etc.) 
Como reconhecer: 
1 °) Sinais ou sintomas como: 
Pontos dolorosos, deformidades e 
hematomas localizados próximos à coluna 
vertebral. 
2°) Alterações neurológicas como: 
 Paralisia de extremidades inferiores 
e superiores - tetraplegia; 
 Paralisia de extremidades inferiores 
- paraplegia; 
 Ausência ou diminuição da força 
(paresia); 
 Ausência ou diminuição de 
sensibilidade (Parestesia) ou 
formigamento abaixo da lesão; 
 Paralisia dos músculos intercostais, 
predominando a respiração 
diafragmática; 
 Perda de controle dos esfíncteres 
vesical e fecal (eliminação 
involuntária de urina e fezes); 
 Priaprismo (ereção persistente do 
pênis, sem estímulo sexual). 
 
Diagnostico: 
 
Examinar a coluna vertebral 
cuidadosamente, com a vítima em posição 
neutra; em hipótese alguma fletir qualquer 
segmento da coluna, verificando 
deformidades, dor, limitação de 
movimentos e queixa de amortecimento 
de extremidades ou impossibilidade de 
movimentação. 
CUIDADO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS E TRAUMAS 
 
Objetivo do tratamento: 
Pré-hospitalar: 
Imobilização de coluna para prevenir 
lesões neurológicas adicionais. 
 
Tratamento hospitalar definitivo: 
Cirurgia para redução de fraturas com 
descompressão medular de raízes. 
Realinhamento de coluna com fixação 
externa ou interna. 
 
Tratamento: 
 Prevenir agravamento de lesões 
preexistentes, por manuseio 
inadequado, na imobilização de toda 
a coluna vertebral. 
 Imobilização com colar cervical 
 Imobilizador lateral de cabeça 
 Imobilização em tábua longa 
 Encaminhamento ao hospital de 
referência 
 
Imobilização com colar cervical: 
 
 Escolher o colar cervical de tamanho 
apropriado, da seguinte forma: 
 Com o pescoço da vítima em posição 
neutra, usando os dedos, meça da 
base do pescoço (músculo trapézio) 
até a base da mandíbula da vítima; 
 O colar cervical apropriado deverá 
ter a medida encontrada no plástico 
rígido na sua lateral. 
 
 
Avaliação: 
 
Avaliação Vertebral: 
 Examinar toda a coluna vertebral 
à procura de: 
 Dor localizada 
 Deformidades ósseas 
 Dor à palpação 
 Edemas e equimoses 
 Espasmo muscular 
 Posição da cabeça e dificuldade 
ou dor ao tentar colocá-Ia na 
posição neutra 
 Desvio de traquéia 
 
Avaliação Medular: 
 
 Pesquisar alterações neurológicas, 
sempre comparando um lado com o 
outro, avaliando: 
 Déficit de força muscular (Paresia), 
ou seja, diminuição de força ou 
paralisia uni ou bilateral abaixo da 
lesão medular; 
 Déficit de sensibilidade (Parestesia), 
ou seja, alteração sensitiva abaixo do 
nível da lesão; 
CUIDADO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS E TRAUMAS 
 
 Diminuição ou ausência de reflexos 
tendinosos; 
 Disfunção autonômica em que o 
paciente perde a capacidade de 
controlar esfíncteres; Paralisia (Para ou tetraplegia); 
 
Avaliação do TRM: 
Vítimas conscientes 
Solicitar que a vítima movimente suas 
extremidades-e testar sua força muscular 
sempre comparando um lado com o outro. 
Evitar movimento de membros fraturados. 
Testar a sensibilidade sempre em sentido 
ascendente e comparando um lado com o 
outro. 
Vítimas inconscientes 
Suspeitar sempre de traumatismo de 
coluna cervical se a vítima estiver 
inconsciente devido a TCE. 
Principais sinais clínicos que sugerem TRM 
cervical em vítima inconsciente: 
 Ausência de reflexos 
 Respiração diafragmática 
 Flexão apenas de membros 
superiores 
 Resposta a estímulo doloroso 
somente acima da clavícula 
 Hipotensão com bradicardia, sem 
sinais de hipovolemia 
 Parada Cardiorespiratória – Lesões 
de coluna cervical alta (C1 a C4) 
podem levar à parada respiratória 
devido à paralisia de musculatura 
respiratória – diafragma. 
 
Atendimento Intra-hospitalar: 
 Realizar o protocolo para paciente 
vítima de trauma; 
 Estabelecer via aérea e mantê-la 
pérvia (controle de coluna cervical); 
 Administrar O2 sob cateter S/N; 
 Monitorar sinais vitais; 
 Puncionar acesso venoso; 
 Manter o paciente calmo e 
descrever todo o procedimento que 
irá fazer; 
 Examinar a coluna cuidadosamente 
com o paciente em posição neutra 
(deformidades, edemas, equimoses, 
etc.); 
 Valorizar as queixas de perda de 
força ou dormência; 
 Realizar sondagem vertical, 
monitorando o débito urinário S/N; 
 Encaminhar o paciente para exames 
radiológicas; 
 Mobilizar o paciente sempre em 
bloco; 
 Administrar medicações prescritas 
O novo ATLS passa a adotar a regra 
Canadense para a retirada do colar 
cervical: paciente consciente, glasgow = 15 
e sem dor, já pode tirar o colar cervical; 
 
Traumatismo Crânio Encefálico 
Insulto ao cérebro causado por uma força 
física externa, podendo produzir uma 
alteração ou diminuição do nível de 
consciência resultando em deficiência das 
habilidades cognitivas ou no 
funcionamento físico, além de distúrbios 
emocionais e comportamentais, 
temporários ou permanentes. 
CUIDADO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS E TRAUMAS 
 
Fisiopatologia: 
A fisiopatologia da lesão cerebral pode ser 
dividida em duas categorias: a lesão 
cerebral primária e a lesão cerebral 
secundária. 
Lesão cerebral primária: corresponde as 
lesões que ocorrem no momento do 
trauma. Essas lesões são decorrentes da 
transferência de uma energia externa para 
a região intracraniana e podem estar 
relacionadas a diversos mecanismos, 
incluindo o impacto direto; aceleração ou 
desaceleração rápida; ferimentos 
penetrantes; ou ondas de explosão. Como 
resultado, o paciente pode apresentar 
contusões focais diversas, hematomas ou 
lesões axonais difusa. 
Contusões focais: as contusões focais são 
as lesões mais comumente encontradas 
em pacientes com TCE, estando presentes 
em até 30% dos casos. Os locais de 
ocorrência mais comuns são os lobos 
temporal e frontal, que são as regiões mais 
vulneráveis quando há impacto direto. 
Essas lesões podem evoluir, em curto 
período de tempo (horas ou dias), para um 
hematoma intraparenquimatoso com 
efeito de massa suficiente para exigir 
rápida intervenção cirúrgica. 
Hematomas: os hematomas costumam 
aparecer quando a força externa é 
distribuída pelas superfícies cerebrais mais 
superficiais. Podem ser de três tipos: 
Hematoma Epidural: como o próprio nome 
diz, corresponde a uma coleção de sangue 
no espaço epidural – entre a dura-máter e 
a superfície interna do crânio -, e ocorre 
devido a lesões nas artérias meníngeas. 
Estão presentes em cerca de 0,5% dos 
pacientes com TCE, sendo, portanto, lesões 
relativamente raras. Tipicamente, 
assumem um formato biconvexo, estando 
localizados principalmente na região 
temporoparietal e, habitualmente, não 
estão associados a danos cerebrais 
adjacentes. 
Hematoma Subdural: localizado no espaço 
subdural, este hematoma está presente 
em até 30% dos pacientes com TCE e 
ocorre geralmente devido a traumas nas 
veias pontes do córtex cerebral. É uma 
lesão que costuma assumir o formato do 
contorno do cérebro, ao contrário do 
hematoma epidural, que tem uma 
apresentação mais bem delimitada. 
Geralmente, os hematomas subdurais 
estão associados a lesões parenquimatosas 
concomitantes, sendo, portanto, lesões 
mais graves. 
Hemorragia Subaracnóidea (HSA): 
sangramento que ocorre no espaço 
subaracnóideo, entre a pia-máter e 
aracnoide. 
Lesão Axonal Difusa: também chamada de 
lesão por cisalhamento, costuma ocorrer 
após impactos de alta velocidade ou em 
mecanismos de desaceleração, e 
corresponde a múltiplas hemorragias 
pontilhadas localizadas nos hemisférios 
cerebrais, principalmente nos limites entre 
a substância cinzenta e branca. Essas lesões 
costumam apresentar um prognóstico 
bastante reservado. 
 
 
 
 
CUIDADO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS E TRAUMAS 
 
Classificação quanto a lesão: 
 
 
Ferimento do couro cabeludo: 
Avaliar: 
Perda sanguínea 
Inspeção da lesão 
 
Fratura de crânio: 
- Traumatismo Craniano Fechado 
Concussão: causam uma disfunção 
cerebral, sem apresentar fratura do crânio 
ou feridas na cabeça. 
-Fratura com Afundamento do Crânio 
Ocorre quando os fragmentos ósseos são 
direcionados ao cérebro ou penetram no 
tecido cerebral subjacente. 
 
Fratura de base de crânio: 
 Drenagem de LCR pelo nariz ou pelos 
ouvidos; 
 Equimose Periorbital (Olho de 
Guaxinim); 
 Sinal de Battle (Equimose na região 
retroauricular sobre o mastóide). 
 
LESÃO CEREBRAL DIFUSA 
Respondem pela maior parte das seqüelas 
crônicas dos TCEs, como perda das funções 
cerebrais superiores e estado vegetativo. 
 Lesão difusa 
 Concussões 
- Lesão axonal difusa: 
 Correspondem a microrupturas de 
axônios na substância branca, nos 
grandes tratos dos hemisférios 
cerebrais e do corpo caloso, 
responsáveis pela associação de 
áreas corticais distantes e inter-
hemisféricas. 
 Consequência: Estado de Coma 
- Concussão: 
É a perda imediata da consciência no 
momento do trauma, mas recuperável em 
24 horas ou menos e sem sequelas 
 
CUIDADO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS E TRAUMAS 
 
 Lesão focal: 
Causadas pelo atrito entre o cérebro e o 
crânio no momento do trauma. Consistem 
em contusões, hemorragias e hematomas, 
normalmente exigindo tratamento 
cirúrgico. 
 
TRATAMENTO DE EMERGÊNCIA: 
 As vítimas de TCE devem ser 
transportadas recebendo oxigênio (a 
hipóxia agrava o edema cerebral) e 
com a cabeça elevada em 30 graus, o 
que facilita o retorno venoso, 
atenuando o edema. 
 Havendo ferimento, enfaixe a 
cabeça, porém sem exercer pressão 
no curativo. 
 À vítima desorientada e agitada, 
garanta-lhe proteção. Seja gentil, 
porém firme. (Conteção). 
 
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO DA VÍTIMA 
COM TCE: 
Avaliação Primária: 
 ABC – Vias aéreas, respiração e 
circulação – Imobilização da coluna 
cervical; 
Realização de exame neurológico rápido. 
 AVDI: Alerta, resposta verbal, 
resposta à dor, sem resposta 
 Avaliação pupilar: simetria e reação 
à luz 
 Avaliação senso-motora: Simetria 
motora e sensitiva das extremidades 
 
 
 
Avaliação Secundária: 
Inspeção 
 Lacerações 
 Saída de LCR pelo nariz ou ouvido 
Palpação 
 Fraturas 
 Lacerações com fraturas 
 
AVALIAÇÃO INICIAL INTRA-HOSPITALAR 
 O primeiro passo é a obtenção e 
manutenção das vias aéreas pérvias, 
por meio das manobras de 
desobstrução das vias aéreas. (Até 
definir Via aérea definitiva). 
Proteção da coluna cervical. 
 Avaliar a respiração e a ventilação 
através da ausculta pulmonar. 
 Devem-se tentar normalizar os 
parâmetros hemodinâmicos do 
pacientes; 
 Realizar exames laboratoriais de 
emergência (Hb, Ht, tipagem 
sanguinea e Beta HCG). 
 A avaliação neurológica deve 
receber uma atenção especial, após 
serealizar o ABCDE; 
 Deve-se avaliar a ECG, já na 
admissão, 
 
CUIDADO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS E TRAUMAS 
 
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO DA VÍTIMA 
COM TCE 
 Inspeção das lacerações do couro 
cabeludo 
-Presença de tecido cerebral 
-Afundamento craniano 
-Perda de substância 
-Perda de líquor 
 Determinação da escala de coma de 
Glasgow 
 Palpação da coluna cervical para 
descartar possibilidade de fraturas 
 Determinação de extensão das 
lesões 
 Reavaliação contínua, observando 
sinais de deterioração 
 
TRAUMA DE TÓRAX 
As lesões de tórax são divididas naquelas 
que implicam em risco imediato à vida e 
naquelas que implicam em risco potencial 
à vida. 
Classificação: 
 Quanto ao tipo de lesão 
Aberto ou fechado 
 Quanto ao agente causal 
FAF, FAB, Acidentes Automobilísticos e 
outros 
 Quanto ao órgão atingido 
Coração, pulmão, traqueia 
 Quanto à Manifestação Clínica 
Pneumotórax 
Hemotórax 
Hemopneumotórax 
Tamponamento Cardíaco 
Contusão Pulmonar 
Lesão de Grandes Vasos 
Outros 
Mecanismo da lesão: 
Trauma direto 
Trauma por compressão 
Trauma por desaceleração (ou contusão) 
Trauma penetrante 
Fraturas 
(Costela, Esterno e Afundamento) 
São as lesões mais comuns do tórax e 
assumem fundamental importância, pois a 
dor causada por elas dificulta a respiração 
e levam ao acúmulo de secreção. 
As etiologias mais comuns das fraturas são 
o trauma direto e a compressão do tórax. 
Fratura de costela 
É a mais comum das lesões ósseas da 
parede torácica, podendo ocorrer 
isoladamente ou associada a pneumotórax 
ou hemotórax. 
Uma particularidade do trauma pediátrico 
é que as crianças apresentam muito menos 
fraturas costais pela maior elasticidade dos 
ossos. 
Diagnóstico 
 Dor e possível crepitação 
 Radiografia 
Conduta 
 Analgésicos 
 Anestesia local 
 
CUIDADO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS E TRAUMAS 
 
Afundamento: 
Estão associadas aos traumatismos mais 
graves do tórax e frequentemente também 
de outros órgãos. 
Define-se como fraturas múltiplas à fratura 
de dois ou mais arcos costais em mais de 
um local diferente, fazendo com que essa 
parte do tórax possa se movimentar de 
uma maneira diferente do restante 
(movimento paradoxal do tórax – Tórax 
Instável). 
Diagnóstico 
 Presença de movimento paradoxal 
do tórax 
 Crepitação nos arcos costais à 
respiração, com intensa dor. 
 Radiografia 
Conduta 
Controle da dor e fisioterapia respiratória, 
sendo que nos casos mais graves é indicada 
a intubação orotraqueal com ventilação 
mecânica assistida, além de reposição 
volêmica. 
Fratura de esterno: 
São lesões raras, mas de alta mortalidade. 
Deve-se seguir a mesma orientação 
terapêutica do afundamento torácico, com 
a diferença de que a indicação de fixação 
cirúrgica com fios de aço é mais frequente 
devido ao movimento paradoxal intenso e 
doloroso que pode ocorrer. 
Pneumotórax: 
É a presença de ar na cavidade pleural, 
podendo levar à compressão do 
parênquima pulmonar e insuficiência 
respiratória. 
Classificação 
 Aberto ou Fechado 
 Simples ou hipertensivo 
 
Diagnostico: 
 Dispneia 
 Abaulamento do hemitórax afetado 
 Ausência ou diminuição do 
murmúrio vesicular 
 Estase jugular (hemotórax) 
 Radiografia de tórax 
Hemotórax 
É a presença de sangue na cavidade pleural 
resultante de lesões do parênquima 
pulmonar, de vasos da parede torácica ou 
de grandes vasos como aorta, artéria 
subclávia, artéria pulmonar ou mesmo do 
coração. 
Diagnostico: 
 Choque hipovolêmico 
 Dispneia 
 Radiografia de tórax 
Tratamento: 
Toracotomia (para introdução do dreno) 
 
 
CUIDADO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS E TRAUMAS 
 
Referencias: 
Aula dada pela professora Msc.: Gabrielly 
Andrade 
SanarMed

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