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1 Disciplina: A inclusão social e educacional de pessoas com Necessidades Educacionais Especiais Autores: D.ra Roberta Paye Bara Revisão de Conteúdos: Esp. Marcelo Alvino da Silva / D.ra Maria Tereza Costa Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso Ano: 2017 Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais. 2 Roberta Paye Bara A inclusão social e educacional de pessoas com Necessidades Educacionais Especiais 1ª Edição 2017 Curitiba, PR Faculdade São Braz 3 FICHA CATALOGRÁFICA BARA, Roberta Paye. A inclusão social e educacional de pessoas com Necessidades Educacionais Especiais / Roberta Paye Bara. – Curitiba, 2017. 37 p. Revisão de Conteúdos: Marcelo Alvino da Silva / Maria Tereza Costa. Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso. Material didático da disciplina de A inclusão social e educacional de pessoas com Necessidades Educacionais Especiais – Faculdade São Braz (FSB), 2017. ISBN: 978-85-94439-06-2 4 PALAVRA DA INSTITUIÇÃO Caro(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão Universitária. A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas também brasileiros conscientes de sua cidadania. Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e estudantes. Bons estudos e conte sempre conosco! Faculdade São Braz 5 Apresentação da disciplina Esse material foi elaborado para contribuir na sua formação profissional. Para que tenha mais conhecimento sobre a inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais, com a finalidade de proporcionar um ambiente escolar inclusivo educacional e socialmente. Para o completo aproveitamento do curso é necessário que você participe de todas as mídias que o curso disponibiliza em todas as disciplinas. É extremamente importante que acesse e realize as atividades disponíveis no ambiente virtual, aproveitando todos os recursos que irão contribuir para o domínio de todos os conteúdos abordados nas disciplinas deste curso. Nesta disciplina serão abordados temas como: as necessidades educacionais especiais, práticas pedagógicas inclusivas, educação na diversidade e Anamnese. Todos esses assuntos irão contribuir para a sua futura prática profissional inclusiva, descrevendo procedimentos, práticas e posturas que todo professor deve ter em sala de aula para contemplar, de forma ampla, a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais. 6 Aula 1 – As Necessidades Educacionais Especiais (NEE) e as contribuições das teorias do desenvolvimento humano Apresentação da aula 1 Nesta aula serão abordadas as informações sobre Necessidade Educacionais Especiais (NEE) e à respeito das teorias do desenvolvimento humano. 1. As Necessidades Educacionais Especiais (NEE) e as contribuições das teorias do desenvolvimento humano Em 2015, foi promulgada a Lei Brasileira da Inclusão (Lei 13.146/2015), que define punições para atitudes discriminatórias e contempla mudanças em várias áreas, como na educação. Essa lei trata de questões sobre acessibilidade, educação, trabalho e combate à discriminação. No âmbito escolar, a Lei Brasileira da Inclusão, também conhecida como Estatuto da Inclusão, obriga as escolas privadas a acolher os estudantes com necessidades educacionais especiais no ensino regular e a adotar medidas necessárias para facilitar a acessibilidade desses alunos sem gerar custos financeiros adicionais aos responsáveis. As escolas públicas já acolhiam os alunos com necessidades educacionais especiais, inclusive sendo realizado mudanças estruturais e disponibilizando professores auxiliares. Para Refletir Até os anos 2000 eram comuns no Brasil a existência de escolas especializadas em atendimento de alunos com necessidades especiais. Quando se iniciou o movimento de inserção desses alunos no ensino regular, principalmente em escolas públicas, houve muita resistência por parte de pais e responsáveis. Reflita sobre quais foram os fatores que levaram os pais e responsáveis a resistirem na aceitação da inclusão no ensino regular. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm 7 1.1 As NEE e as contribuições das teorias do desenvolvimento humano O estudo sobre as necessidades educacionais especiais e as teorias do desenvolvimento humano norteiam a prática pedagógica inclusiva, pois as teorias do desenvolvimento humano dão suporte as ações que estimulam o desenvolvimento cognitivo. O estudo das necessidades educacionais especiais faz com que essas ações sejam adaptadas, a fim de respeitar as necessidades de cada aluno. As adaptações das atividades pedagógicas são importantes para criar uma escola inclusiva. A escola inclusiva proporciona educação para todos os alunos em salas de aula regulares, garantindo oportunidades educacionais adequadas e desafiadoras, sempre ajustadas às necessidades e habilidades de cada um. Assim, alunos com ou sem necessidades especiais terão oportunidades iguais. Além de aprenderem a conviver com as diferenças, aceitando e respeitando as limitações de cada um, cabe ao professor estimular o uso das habilidades individuais para superarem as dificuldades. Pesquise Com o avanço das pesquisas sobre práticas pedagógicas inclusivas ocorreram mudanças também nas nomenclaturas. Pesquise como eram nomeados antigamente os alunos que hoje em dia são definimos como alunos com Necessidade Educacionais Especiais. 1.2 NEE NEE é a sigla para Necessidades Educacionais Especiais ou Necessidade Educativa Especial. No geral é a mesma coisa, o que muda é o emprego da concordância gramatical. Entre as NEE estão a deficiência auditiva, a física, a visual, a intelectual e as deficiências múltiplas (quando há presença de mais de uma deficiência). Entre outras possibilidades de fatores que limitam o desenvolvimento social, cognitivo e físico dos alunos temos o autismo, a partir de 2013 compreendido como Transtorno do Espectro Autista – TEA (TEA - Transtornos do Espectro Autista conforme o DSM 5 - Manual Diagnóstico e 8 Estatístico de Transtornos Mentais - 5ª edição), o Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), Paralisia Cerebral, Síndrome de Down, Síndrome de Asperger, Síndrome de Williams e Síndrome de Rett, além de outros fatores mais raros como, a Síndrome de Angelman que caracteriza-se por atraso no desenvolvimento intelectual, dificuldades na fala, movimentos desconexos e sorriso constante. Outro caso raro é a Osteogênese Imperfeita, também conhecida popularmente como Ossos de Vidro. É uma doença genética e hereditária ondea principal característica é que os ossos quebram facilmente. Vocabula rio Espectro - Aplicado em Espectro Autista, refere-se a graus de autismo, como níveis, em que é possível apresentar muitas características do autismo ou algumas. Os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) são distúrbios nas interações sociais recíprocas que costumam manifestar-se nos primeiros cinco anos de vida. Os indivíduos com TGD manifestam comunicação oral repetitiva, com pouco interesses em realizar as atividades. Engloba diferentes Transtornos do Espectro Autista, como Asperger e também as Psicoses Infantis e a Esquizofrenia. Muitos apresentam altas habilidades cognitivas, porém há dificuldades na socialização e na comunicação. Evitam o contato visual e demonstram aversão ao toque de outros, podem estabelecer contato por meio de comportamentos não verbais e geralmente se isolam em atividades em grupo. Os indivíduos com Síndrome de Williams possuem uma desordem no cromossomo 7 apresentando, desde o primeiro ano de vida, uma irritabilidade, uma hipersensibilidade auditiva e dificuldade para se alimentar. Apresentam também problemas motores, falta de equilíbrio e incapacidade para realização de tarefas motoras, como cortar papel e amarrar o sapato. Contudo, apresentam boa memória auditiva e facilidade na comunicação. Essa síndrome acomete ambos os sexos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Defici%C3%AAncia_mental https://pt.wikipedia.org/wiki/Fala https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento https://pt.wikipedia.org/wiki/Sorriso 9 A Síndrome de Rett é um dos TGD, é uma doença neurológica resultante de uma mutação genética que acomete, na maioria dos casos, crianças do sexo feminino. Ocorre o comprometimento progressivo das funções motora e intelectual, cujo desenvolvimento se deu de forma aparentemente normal entre 8 e 18 meses, com posterior regressão dos ganhos psicomotores e mudanças no padrão de desenvolvimento. As habilidades de fala, a capacidade de andar e o controle do uso das mãos começam a regredir. A comunicação se dá apenas pelo olhar. A partir dos 10 anos, o aparecimento de escolioses e de rigidez muscular fazem com que muitas crianças percam totalmente a mobilidade, além de apresentarem níveis de deficiência intelectual. Existem diversos fatores que podem contribuir para a existência de uma necessidade educacional especial, seja adquirido por um acidente, ou sequela de alguma doença ou por alterações genéticas. O importante é que sejam realizadas adaptações de materiais, de metodologias e postura do professor, a fim de atender todas as necessidades de todos os alunos. 1.3 Teorias de desenvolvimento humano O estudo do desenvolvimento humano analisa as mudanças ao longo da vida, busca descrever, explicar e prever o comportamento. Inicialmente, no Século XIX, o foco era o desenvolvimento infantil, incluindo a adolescência. Essa só se tornou uma fase separada a partir do Século XX. O estudo do desenvolvimento na vida adulta é denominado desenvolvimento no ciclo vital. O desenvolvimento tem três principais dimensões: física; cognitiva; psicossocial. O desenvolvimento dessas áreas não ocorre isoladamente, um interfere no outro. Vale reforçar a existência de vários fatores que influenciam o desenvolvimento humano, alguns de origem genética ou ambiental. Nos fatores 10 de origem ambiental, destaca-se a influência familiar, seja a família nuclear (os que moram juntos e convivem diariamente) ou a família extensa (composta por amigos próximos e parentes que participam do cotidiano). Dentro dos fatores ambientais existe a condição socioeconômica (que define qualidade e manutenção das necessidades relacionadas à saúde), a cultura, o grupo social (tradições) e, em alguns casos, a origem étnica. As influências que ocorrem no desenvolvimento das pessoas são categorizadas como normativas ou não normativas. Há as normativas etárias, que ocorrem com pessoas de mesma idade e as não normativas, não seguem uma regra, geralmente são aleatórios. Há estudos que descrevem períodos críticos para o desenvolvimento físico inicial, enquanto que para o desenvolvimento cognitivo e psicossocial há maior flexibilidade. As Teorias do Desenvolvimento Humano consideram as seguintes questões básicas: a hereditariedade, o ambiente, o caráter ativo ou passivo no desenvolvimento e a existência de estágios de desenvolvimento. Há a teoria mecanicista e organísmico. Na teoria mecanicista as pessoas reproduzem atividades repetidamente, como máquinas. No organísmico as pessoas são ativas no seu processo de ensino-aprendizagem, como organismos ativos em crescimento. A perspectiva psicanalítica defende que o desenvolvimento ocorre pelo estímulo de conflitos emocionais inconscientes, destacando a Teoria de Freud do Desenvolvimento Psicossexual e a Teoria de Erikson do Desenvolvimento Psicossocial. Na perspectiva da aprendizagem o desenvolvimento é visto como resultante de um processo de ensino-aprendizagem, destacando a Teoria Behaviorista de Skinner (que defende que o comportamento pode ser condicionado por reforço ou punição) e a Teoria da Aprendizagem Social de Bandura (aprendizagem resultante da observação). Na perspectiva humanista defende-se que os indivíduos decidem conscientemente seus objetivos de desenvolvimento, destacando a Teoria Hierárquica de Necessidade de Maslow. 11 Na perspectiva cognitiva considera-se que os indivíduos atingem os objetivos de desenvolvimento através de estímulos, destacando-se as Teorias sobre Estágios de Desenvolvimento Cognitivo Etário de Piaget e a abordagem na Neurociência Cognitiva. Na perspectiva etológica o comportamento adaptativo é que define a sobrevivência do grupo social. Nesta linha destacam-se os trabalhos de Bowlby e Ainsworth. Na perspectiva contextual é considerado fortemente o papel do contexto social no desenvolvimento. Nessa vertente destacam-se a Teoria Bioecológica de Bronfenbrenner (influência ambiental dividida em 5 partes: microssistema, mesossistema, exossistema, macrossistema e cronossitema) e a Teoria Sociocultural de Vygotsky. 1.4 Contribuições das teorias do desenvolvimento humano as NEE As teorias do desenvolvimento humano fornecem informações sobre vários fatores que contribuem para o desenvolvimento, conforme a visão de vários pesquisadores. Também é possível compreender como a falta desses pode contribuir para falta de estímulo no desenvolvimento. Sabendo os fatores que contribuem para o desenvolvimento humano, é possível definir procedimentos que ajudem a estimular o desenvolvimento motor, social e cognitivo de pessoas que necessitam de atendimento especializado. Os terapeutas ocupacionais realizam trabalho nessa área, atendendo todos os casos de necessidades especiais e em todas as faixas etárias. Na educação básica, os professores precisam dominar informações sobre como estimular o desenvolvimento motor, social e cognitivo referente as idades e conteúdos da educação básica, a fim de proporcionar um ambiente acolhedor em sala de aula, estimulando o respeito pelas diferenças e proporcionando estímulos ao desenvolvimento motor, psicossocial e cognitivo. Um exemplo de contribuição das teorias do desenvolvimento humano no atendimento de indivíduos que possuem necessidades especiais, são os centros de atendimento às crianças que nasceram com microcefalia. Nesses centros, os 12 terapeutas ocupacionais, demais profissionais e a equipe médica realizam procedimentos específicos e orientam os responsáveis em como efetivar atividades que estimulem o desenvolvimento motor, cognitivo, fisioterápico, visual, entre outros. Uma atividade recorrente que estimula o desenvolvimento social, motor e cognitivo é a fisioterapia no mar. Grupos de mães e bebês são levados para praias da região,onde os bebês são estimulados, através de atividades motoras, contato com texturas da natureza e no convívio social com outros bebês. Saiba Mais Para saber mais à respeito do Educação Inclusiva em sua prática acesse o site Diversa, no qual é possível consultar artigos, notícias, tirar dúvidas sobre inclusão, acompanhar relatos e estudos de caso. Link: http://diversa.org.br/ Há vários fatores que podem gerar uma dificuldade cognitiva, social ou motora. Independentemente da origem da dificuldade, há a necessidade de preparar aulas que atendam às necessidades de todos os alunos, incluindo aqueles que possuem Necessidades Educacionais Especiais. Conhecer o que interfere no desenvolvimento, seja de forma positiva ou negativa, irá contribuir para uma prática pedagógica inclusiva. Por isso, é importante compreender os fatores que influenciam no desenvolvimento humano e as teorias que descrevem o aprendizado. Ví deo Assista o filme Teoria de Tudo (The Theory of Everything), dirigido por James Marsh (2015), no qual é possível ver parte da biografia de Stephen Hawking, um dos maiores cientistas atuais, apesar de suas limitações físicas. Link do trailler: https://www.youtube.com/watch?v=SbUVNHdPE4w https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Theory_of_Everything_(filme) 13 Amplie Seus Estudos SUGESTÃO DE LEITURA Leia o livro Inclusão: um guia para educadores, de autoria de Susan Stainback e William Staimback. Na obras é possível encontar sugestões para fazer com que haja uma interação produtiva em sala de aula entre os alunos. Resumo da aula 1 Nesta aula vimos sobre o que se refere as NEE, considerando a importância de adaptações de materiais, metodologias e didáticas utilizadas em sala de aula com a finalidade de atender todos os alunos de forma igualitária. Foram mencionadas algumas síndromes e suas características no desenvolvimento humano. Além disso, foi descrita, resumidamente, algumas teorias do desenvolvimento humano e suas contribuições ao estudo das necessidades educacionais especiais, pois a partir das teorias do desenvolvimento humano é possível definir ações que estimulem o desenvolvimento social, cognitivo e psicomotor. Atividade de Aprendizagem Faça uma lista de todas as adaptações que são necessárias para atender dificuldades de alunos com deficiência em distintas áreas (exemplo: para alunos com deficiência visual é necessário adaptar o material para Braille, atentando-se na descrição oralmente todas as informações). 14 Aula 2 - Habilidades sociais nas relações interpessoais e nas práticas pedagógicas inclusivas Apresentação da aula 2 Nesta aula serão abordadas as habilidades sociais, as quais são desenvolvidas nas relações interpessoais e durante as práticas pedagógicas inclusivas. O foco dessa aula são as habilidades sociais, as quais podem ser estimuladas em sala de aula em processo inclusivo com os alunos com NEE. 2. Habilidades sociais nas relações interpessoais e nas práticas pedagógicas inclusivas O desenvolvimento humano na área social é importante para todos os alunos, independentemente da presença de Necessidades Educacionais Especiais. Mas para os alunos que possuem Necessidades Educacionais Especiais, é ainda mais importante, pelo papel de inclusão social, reduzindo preconceitos e estimulando um ambiente acolhedor. Para os alunos com NEE, incluindo os que compreendem o espectro autista, esse tipo de habilidade é fundamental para facilitar a independência e o convívio em sociedade, mas é importante respeitar as limitações sem forçar situações constrangedoras ou conflituosas. Para Refletir Na última década houve um aumento de casos de depressão em indivíduos menores de idades. Os alunos com depressão geralmente apresentam dificuldades em se socializar. Pesquise sobre a estatística de casos de depressão na infância e na adolescência e reflita sobre quais podem ser os fatores que justificam esse aumento na ocorrência. 2.1 As habilidades sociais nas relações interpessoais e nas práticas pedagógicas inclusivas As práticas pedagógicas podem ser inclusivas através de atividades que incluam todos os alunos, respeitando suas individualidades e necessidades, 15 fomentando a colaboração social e a inclusão. E obviamente, contribuindo para o desenvolvimento humano. As relações interpessoais em sala de aula se referem a forma de socialização entre os alunos, a convivência e como se relacionam. Para proporcionar um ambiente acolhedor em sala de aula, é necessário fazer as devidas intervenções para reduzir conflitos e facilitar um bom relacionamento. Em turmas com alunos que possuem necessidades educacionais especiais é fundamental propor atividades que estimulem o acolhimento, o respeito a diversidade, facilitem a socialização e a boa convivência. Assim evitam-se futuros conflitos. Pesquise Pesquise as relações interpessoais. Como eram abordadas no passado? O que estudos recentes descrevem sobre como as relações interpessoais interferem no ambiente escolar e no trabalho. 2.1.1 Habilidades sociais As habilidades sociais são um conjunto de competências comportamentais que são fundamentais para se viver em sociedade de forma respeitosa e harmoniosa. Os indivíduos que possuem habilidades sociais apresentam comportamento respeitoso em relação às adversidades: de opinião, de crenças; de sentimentos e; são empáticos. A empatia é crucial para diminuir as distâncias sociais, pois quando nos colocamos no lugar do outro é possível perceber e analisar a pertinência de certas atitudes. Desenvolver a habilidade da empatia, facilita a compreensão das 16 dificuldades apresentadas pelos colegas com necessidades educacionais especiais, contribuindo para a inclusão e redução dos conflitos, como bullying. Vocabula rio Empatia: é a capacidade de se colocar no lugar do outro e perceber suas necessidades, entendendo a realidade desse outro. As atividades em duplas, dinâmicas, dança, música ou cantigas de roda facilitam a socialização entre os alunos e estimulam o desenvolvimento de habilidades sociais. É importante associar a essas atividades, a explanação sobre conduta social respeitosa, principalmente em casos onde há alunos com Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGD). Nesses casos é importante lembrar que se deve evitar gritaria e contato físico ou, juntamente com a equipe pedagógica, planejar atividades que exijam contato físico gradativamente. As habilidades sociais se dividem em habilidade de comunicação, civilidade, enfrentamento, empática, habilidade de trabalhar em grupo e de expressão de sentimento positivo. A habilidade social da comunicação engloba todas as formas de comunicação (fala, escrita, Libras, olhar ou qualquer outra forma de comunicação alternativa). Trata-se da capacidade de se comunicar, manter um diálogo, perguntar e responder, elogiar, pedir e receber críticas. As habilidades sociais de civilidade referem-se a capacidade de interações no cotidiano, os denominados "bons modos": como pedir licença, pedir desculpas, agradecer e pedir por favor. As habilidades sociais referentes ao enfrentamento indicam comportamento de posicionamento, manifestação de opiniões, capacidade de admitir erros, desculpar-se, expressar sentimentos, aceitar e recusar solicita- ções. 17 As habilidades sociais empáticas referem-se à capacidade de reconhecer sentimentos em si e nos outros, se colocar no lugar do outro e compreender suas necessidades. No ambiente do trabalho é necessário algumas posturas para boa convivência, como gerenciamento de pessoas, falar em público, atendimento ao público e resolver questões interpessoais com os colegas. Essas são as habilidades sociais de trabalho. As habilidades sociais de expressão de sentimento positivo tratam,no geral, de todas as capacidades relacionadas ao comportamento bondoso, como piedade, carinho, amor, capacidade de fazer amizade e se solidarizar. As habilidades sociais não correspondem às características pessoais, mas as comportamentais. Essas habilidades podem ser desenvolvidas, na maior parte dos casos. Pesquise Pesquise quais os casos em que não é possível desenvolver habilidades sociais. Como casos comportamentais em que há a dificuldade em desenvolver as habilidades sociais, como pessoas diagnosticadas com psicopatias, que não conseguem ter empatia. 2.1.2 As habilidades sociais nas relações interpessoais As relações interpessoais, ou seja, a relação entre as pessoas seja aluno- aluno, professor-aluno ou professor com seus colegas de trabalho estão presentes no ambiente escolar. E um dos principais objetivos de usar o desenvolvimento das habilidades para atingir uma prática pedagógica inclusiva é facilitar e melhorar as relações interpessoais, reduzindo conflitos, estimulando as amizades e a camaradagem, fomentando o respeito e a tolerância (contribuindo para a realização de atividades em grupo), contribuindo para redução do preconceito, trabalhando a tolerância com o diferente, estimula o 18 respeito e resulta em um ambiente agradável e estimulante. Quando as pessoas se sentem bem em um lugar, produzem melhor, seja nos estudos ou no trabalho. O desenvolvimento das habilidades sociais no ambiente escolar irá facilitar as relações interpessoais futuras em outros ambientes, como no trabalho. Mas não há como viver em sociedade sem ter que lidar com as relações interpessoais, por isso é tão relevante aprender a usar as habilidades sociais para desenvolver a capacidade de lidar com as mesmas de forma positiva, evitando conflitos e problemas. 2.1.3 As habilidades sociais nas práticas pedagógicas inclusivas O desenvolvimento ou domínio das habilidades sociais facilita as relações interpessoais em qualquer ambiente, mas no espaço escolar é fundamental para construir um ambiente acolhedor e agradável. Boa parte dos alunos em idade escolar passam mais tempo diário na escola do que com seus familiares e responsáveis. Por isso é importante que sejam estimuladas boas práticas nas relações interpessoais, para proporcionar um ambiente escolar de inclusão, com respeito e tolerância as diferenças. Por exemplo, o desenvolvimento da empatia favorece que respeitem a diferença em um colega, sem rotular ou fazer bullying, pois irão se colocar no lugar do outro (a proposta é criar atividades que façam refletir sobre não fazer para o outro o que não gostaria que fizessem para si). Já o desenvolvimento da habilidade de responder e dizer que não aceita, facilita com que os alunos não repitam uma atitude grosseira, só para se enturmar. Nas práticas pedagógicas inclusivas é fundamental estimular as habilidades sociais para contribuir para boas relações interpessoais. Alguns alunos já possuem certas habilidades sociais, mas é importante que tenha como objetivo criar práticas pedagógicas que estimulem o desenvolvimento das habilidades sociais e as boas práticas de relacionamento interpessoal. Para aqueles alunos que já desenvolveram algumas habilidades, essas atividades terão um papel de reforço, o que é muito válido e enriquecedor. 19 Saiba Mais Para saber mais sobre as NEEs, acesse os sites indicados, os quais trazem considerações especificas para as necessidades educacionais especiais. - Laramara (Associação brasileira de assistência à pessoa com deficiência visual). Link: http://laramara.org.br/ - Movimento Down Link: http://www.movimentodown.org.br/ Ví deo Assista o documentário Meu Olhar Diferente Sobre as Coisas (2012), o qual foi elaborado por um grupo de pessoas com Síndrome de Down, aborda o olhar desses perante suas vidas, falando sobre a relação com a Síndrome de Down, amor, felicidade, cidadania, casamento, filhos, trabalho, sonhos realizados e os que ainda realizarão. Link do trailler: https://www.youtube.com/watch?v=I47f-De0Tlg O desenvolvimento das habilidades sociais é fundamental para as relações interpessoais, para criar um ambiente agradável de convivência, seja na escola, no trabalho ou em qualquer outro ambiente. Como na maioria dos casos é possível desenvolver as habilidades sociais, a escola acaba tendo um papel fundamental para auxiliar os indivíduos na construção de suas características comportamentais. http://laramara.org.br/ 20 Amplie Seus Estudos SUGESTÃO DE LEITURA Leia o livro Caminhos para a inclusão organizado por José Pacheco. A obra reúne experiências bem-sucedidas, realizadas na Áustria, Islândia, Espanha e em Portugal, direcionadas à Educação Inclusiva em escolas obrigatórias desses países, objeti- vando ofertar aos professores, pais e serviços de apoio, informações sobre práticas de educação escolar inclusiva. Resumo da aula 2 Nesta aula vimos brevemente a explicação e definição de várias habilidades sociais, relacionando-as com as relações interpessoais e as práticas pedagógicas inclusivas, visando criar um espaço acolhedor e estimulante, com o foco na construção de um ambiente inclusivo. Atividade de Aprendizagem Elabore uma aula (qualquer conteúdo), na qual contemple-se atividades pedagógicas inclusivas. Lembre-se que é necessário ter em mente o desenvolvimento (ou reforço) de habilidades sociais para boas relações interpessoais. Faça o plano de aula com toda a estrutura obrigatória, com a descrição dos objetivos, da metodologia, dos recursos e da avaliação. Aula 3 – Ética, professor e a Educação Inclusiva: fundamentos para uma educação na diversidade Apresentação da aula 3 Nesta aula trataremos da ética praticada pelo professor para proporcionar uma educação inclusiva, realçando os fundamentos para proporcionar uma educação de respeito e tolerância à diversidade. 21 3. A ética, professor e a Educação Inclusiva: fundamentos para uma educação na diversidade Nos últimos anos, houve um aumento no número de matrículas de alunos com necessidades especiais no ensino regular. Para acompanhar a demanda, se faz necessária a capacitação dos docentes para facilitar a prática pedagógica e o processo de ensino aprendizagem. Além da capacitação é importante o diálogo entre os envolvidos: pais, professores, gestores e alunos. Tudo isso pa- ra uma real consolidação de uma escola inclusiva, conforme definido legislativamente. Para a construção de um ambiente escolar acolhedor, com respeito as diferenças se faz necessário um aprofundamento dos fundamentos para uma educação na diversidade. Isso engloba a postura do professor, a ética em sala de aula e as práticas pedagógicas inclusivas. A postura do professor trata não só das relações interpessoais, mas também da forma como realiza as intervenções metodológicas, nos momentos de conflitos e no estímulo do desenvolvimento das habilidades sociais. Pesquise Pesquise sobre ética profissional, em especial sobre ética do professor em sala de aula e com os colegas de trabalho. Analise as consequências da falta de ética. 3.1 Formação de professores para uma educação inclusiva A concepção de inclusão abrange adaptações por parte da sociedade para criar um ambiente social inclusivo e, principalmente nas escolas, que são os locais de formação educacional. As adaptações necessárias englobam a formação de professores, adaptações do ambiente escolar, dos materiais e das atividades. 22 Para Refletir Você já ficou com receio de falar ou realizar alguma atividade com uma pessoa com necessidades especiais? Conhece alguém que tem receio? Quais são os fatores que favorecem a redução desse receio? Reflita sobre a frase de Alessandro Buzinari: "Tudo que é novo é um desafio que representa medo, receio, afinal é o "DESCONHECIDO".A família é o primeiro meio social em que um indivíduo recebe informações e estímulos para o desenvolvimento de habilidades sociais. A escola reforça essas habilidades e ajuda a desenvolver outras competências. Obviamente, para a construção de uma escola inclusiva, tornam-se fundamentais as adaptações estruturais que garantam acessibilidade e a disponibilidade de materiais didáticos acessíveis, mas tudo isso só terá efeito se for associado a uma prática pedagógica inclusiva, que é resultado de uma formação de professores voltada para a inclusão de alunos com necessidades especiais, além da presença de uma estrutura familiar que incentive o desenvolvimento. Com a obrigatoriedade da inclusão de alunos com Necessidades Educacionais Especiais, tem ocorrido muitas reflexões, principalmente, sobre como adaptar as atividades pedagógicas para alunos com necessidades especiais no ensino regular, atendendo também aos outros alunos, aplicando uma rotina escolar, trabalhando o currículo e os conteúdos escolares. Esse é um dos aspectos que mais tem preocupam os professores (por esse motivo faz-se importante a discussão sobre o papel da formação de professores no processo de inclusão escolar). A formação de professores para uma educação inclusiva deve abranger o entendimento das origens das dificuldades que os alunos com necessidades especiais possuem. Isso inclui o estudo das síndromes, das deficiências e de suas características, para compreender as limitações e as habilidades intrínsecas em cada caso. 23 O professor dominando as informações sobre as características e necessidades dos alunos com necessidades educacionais especiais, poderá planejar aulas com atividades que busquem fomentar o desenvolvimento cognitivo de todos os alunos, incentivar o desenvolvimento das habilidades sociais e das relações interpessoais, com intervenções metodológicas e análise da prática docente. A análise da prática docente corresponde a busca pelo aperfeiçoamento das metodologias, da didática, da pesquisa sobre novas informações, contribuindo para a inclusão e para impulsionar os saberes necessários para que os alunos possam transcender além de suas especificidades e compreendam as dificuldades dos outros, com respeito e tolerância. Além das alterações na prática docente, é importante ressaltar a ética do professor na escola. Não basta trabalhar com os alunos o respeito as diversidades e não as respeitar. Não exponha os alunos, seja os que possuem algum tipo de limitação ou os que possuem altas habilidades ou superdotação. Jamais use de expressões que possam ridicularizar os alunos e suas dificuldades. Reflita sobre possíveis dificuldades, se adiante e altere as atividades. Por exemplo, se houver uma gincana na escola onde é necessário correr e você possui um aluno com deficiência física, que não consegue se deslocar rapidamente. Proponha que, em vez de cada aluno participar de todas as atividades, sejam formados grupos onde cada um dos participantes irá realizar uma única tarefa. Ou se houver um passeio, verifique anteriormente se o local de destino possui adaptações que permitem a acessibilidade. Como em casos de visita a museus com turmas com alunos com deficiência visual, verifique se há audiodescrição. Lembre-se que o processo de inclusão escolar é propiciar um ambiente coletivo de quebra de paradigmas sociais, que permita a equiparação de oportunidades para todos os alunos, evitando atitudes assistencialistas. 24 3.2 Educação na diversidade Atualmente, todos estão expostos a uma grande diversidade de pessoas, seja pela globalização, pela inclusão no ensino regular e pelos avanços das pesquisas em identificar casos que necessitam de tratamento especial, não só a diversidade que se refere aos indivíduos com limitações sociais, cognitivas, motoras, diversidades étnicas, religiosas e diferenças sociais. Além dessas diversidades já conhecidas nas últimas décadas, também há a diversidade de gênero, que é uma informação mais recente. Recente em definições e reflexões, pois já ocorria em décadas anteriores, mas não havia espaço para esse tipo de reflexão na sociedade ou no meio acadêmico. Porém, com a autorização do uso do nome social no ambiente escolar, se faz necessário entender do que se trata. A diversidade compõe a sociedade em que vivemos. Para desmistificar e compreender do que se trata cada caso, é relevante destacar a importância da tolerância e o respeito, para propiciar um ambiente que facilite as discussões construtivas. Além dos indivíduos que possuem necessidades educacionais especiais devido a algum tipo de limitação (social, cognitiva ou motora), temos aqueles casos descritos como altas habilidades ou superdotação, o que no passado eram denominados apenas como superdotados. É relevante evitar o sentimento de superioridade, isso afasta o aluno de seus colegas e atrapalha as relações interpessoais. Alguns dos indivíduos que possuem altas habilidades ou superdotação, não apresentam bom rendimento escolar por não ter interesse em assuntos para eles considerados muito fáceis, resultando na falta de registro na participação de atividades de avaliação. Alguns ainda apresentam comporta- mento desafiador. 3.3 Exemplos de atividades As práticas pedagógicas inclusivas favorecem não só no processo de ensino-aprendizagem, mas também no desenvolvimento de habilidades sociais para boas relações interpessoais. É importante entender as necessidades de seus alunos para adaptar as atividades e explorar suas habilidades e assim superar as dificuldades. Também é fundamental para evitar conflitos internos 25 (entre os alunos); evite atividades que exponham a dificuldade e assim você evita reações dos colegas que fomentem o bullying. Para a Educação Infantil e anos iniciais há atividades de desenho impresso, desenho animado e revistas em quadrinhos que podem ser utilizadas em sala de aula para abordar o tema da inclusão. É possível utilizar as revistas em quadrinhos que abordem a temática para trabalhar assuntos referentes aos personagens que possuem necessidades especiais ou, pesquisar com os alunos, personagens em destaque da vida real, como artistas e atletas. Para atender alunos com Transtorno Global de Desenvolvimento (TGD) é aconselhado criar rotinas em grupo, pois a rotina transmite segurança e facilita a iteração social e a comunicação. Proponha atividades que não estimulem o barulho excessivo nem o contato físico (ainda mais sem aviso prévio). Alguns casos de TGD, quando surpreendidos por contato físico, barulho alto ou atividades fora da rotina pré-definida, apresentam atitudes agressivas ou se isolam, apresentado um comportamento físico de recolhimento (alguns se escondem ou ficam encolhidos se balançando ou ainda podem ficar repetindo uma mesma palavra/frase). Por esse motivo faz-se necessário o entendimento de que deve-se evitar a gritaria e o contato físico (sem aviso prévio) em turmas de alunos com TGD, evitando assim que os mesmos apresentem atitude agressiva. Para atender alunos com Síndrome de Williams deve-se contemplar atividades sociais, musicais que não exijam coordenação motora. Lembre-se que esses alunos possuem ótima sensibilidade, memória auditiva e não possuem dificuldade de socialização. Então explore atividades com música. Além de adaptar as atividades acadêmicas é possível propor atividades para reflexão das limitações. Por exemplo, se existir algum aluno com deficiência visual na escola, proponha que os alunos sejam vendados (pode usar tiras de tecido tipo TNT) e que realizem algumas tarefas vendados, como abrir o caderno, vestir um casaco, se deslocar pela sala ou tentar identificar um objeto pelo tato. Também é possível fornecer material em Braille para que os alunos tentem identificar os padrões. Depois, sem a venda,você pode mostrar o que cada combinação representa. 26 Outras possibilidades de atividades que podem ajudar seus alunos a desmistificar as necessidades educacionais especiais e respeitar as limitações do outro, das quais podemos citar: Desenhar e escrever com os pés, com a boca, com o lápis embaixo do braço, com a mão contrária a que têm habilidade; Pular corda com um pé só; Ver um filme sem o som e depois descrever o que entendeu; Ler um texto escrito de trás para frente; Comunicar-se por meio de gestos, mímicas, etc. O uso de histórias, sejam bibliográficas ou de construção coletiva, também podem ser utilizadas como atividades as quais contribuem no processo da inclusão. Pode reproduzir uma história através de painéis táteis, com materiais texturizados. Em alguns casos de paralisia cerebral, forneça canetas e lápis mais grossos (pode envolvê-los com espuma/eva de forma a aumentar a espessura para que o aluno tenha mais facilidade em segurar). Use folhas avulsas e escreva com letras grandes e deixe o aluno mais perto do quadro. Em alguns casos é necessário o uso de uma placa de comunicação. Caso não tenha disponível, você pode criar com EVA, feltro ou papelão. Uma outra atividade é construir essa placa com a turma e até propor que eles se comuniquem usando a placa de comunicação. Nos casos de deficiências múltiplas, é importante estimular os sentidos que não foram totalmente afetados, seja pela manipulação de objetos ou por atividades de trabalho em grupo. Para atender os alunos com deficiência auditiva se faz necessário o uso de recursos que facilitem a comunicação, como Libras. É possível que o professor trabalhe os movimentos orofaciais, que podem ser aprendidos com o auxílio de uma fonoaudióloga. 27 Vocabula rio Orofacial: capacidade motora orofacial abrange a expressão facial, movimentando a musculatura do rosto. No atendimento dos alunos com deficiência intelectual construa um portfólio e guarde as atividades produzidas ao longo do período escolar. Isso facilita na análise da evolução, auxilia inclusive no desenvolvimento das atividades em períodos futuros. Também facilita a visualização da evolução por parte da família e do próprio aluno, que irá auxiliar na construção de continuidade. Quando a atividade escolar exigir um grau muito elevado de desenvolvimento cognitivo, procure fornecer opções de elementos que chamem a atenção como uso de cores diferentes, figuras e outros materiais que se destaquem e que tenham uma opção de atividade com grau menor de desenvolvimento cognitivo, como se os alunos forem criar um cartaz com os dados de uma equação, incluindo gráfico e resolução. Estimule a participação na criação do cartaz, seja passando a limpo a resolução ou pintando o gráfico (tudo depende do grau de comprometimento do aluno). O objetivo da prática docente voltada para a inclusão é educar os alunos em uma perspectiva de cidadania, prepará-los para viver e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa e mais solidária. Saiba Mais Para saber mais à respeito da inclusão acesse os sites Instituto Mara Gabrilli, Fundação Dorina Nowill e Escola de Gente, os quais trazem importantes questões relacionadas à temática inclusiva. - Instituto Mara Gabrilli Link: http://img.org.br/ - Fundação Dorina Nowill Link: https://www.fundacaodorina.org.br/ - Escola de Gente Link: http://www.escoladegente.org.br/ 28 Ví deo Assista o filme Óleo de Lorenzo, dirigido por George Miller (1992), conta a história real de um menino de oito anos que possui uma doença rara chamada adrenoleucodistrofia (ALD). Link do trailler: https://www.youtube.com/watch?v=81YZS7IeDHA Amplie Seus Estudos SUGESTÃO DE LEITURA Leia o livro Inclusão Escolar: Conjunto de práticas que governam, de Maura Corcini Lopes e Morgana Domênica Hattge. A obra discute a inclusão escolar analisando práticas que se estabelecem na escola e no seu entorno, buscando olhar para essas questões como políticas de governo que se articulam e constroem o cenário educacional inclusivo que vivenciamos no momento. Faz-se necessária a compreensão da importância da formação de professores, a qual deverá contemplar informações à respeito da inclusão, exemplos de atividades e entendimento das necessidades, sendo fator fundamental na construção de uma escola inclusiva. A formação do professor deve contemplar o entendimento das diversidades e desenvolvimento escolar respeitoso, cordial e tolerante. Resumo da aula 3 Nesta aula foram abordadas as questões que permeiam a formação de professores para a construção de uma escola inclusiva em uma sociedade com grande diversidade, com exemplos de atividades que podem ser realizadas na educação básica e fomentar reflexões sobre inclusão escolar e necessidades http://grupoautentica.com.br/autentica/autor/maura-corcini-lopes/513 http://grupoautentica.com.br/autentica/autor/maura-corcini-lopes/513 http://grupoautentica.com.br/autentica/autor/morgana-domenica-hattge/714 29 educacionais especiais, considerando a ética docente e o trabalho educacional em meio a diversidade de nossa sociedade. Reforçou-se também o papel de reforço da escola no estímulo do desenvolvimento das habilidades sociais, pois a família é o primeiro meio social. Atividade de Aprendizagem Escolha uma das deficiências ou síndromes que foram citadas na primeira aula. A partir dessa escolha, planeje uma aula com atividades que fomentem nos outros colegas o entendimento das dificuldades. Como a atividade de vendar olhos dos alunos para compreender a deficiência visual. Aula 4 – A Anamnese e sua contribuição na identificação das NEE: fundamentos e conduta profissional Apresentação da aula 4 Nesta aula serão abordadas a Anamnese e sua contribuição na identificação das necessidades educacionais especiais, incluindo os fundamentos e a conduta profissional, destacando as características de uma Anamnese. 4 – A Anamnese e sua contribuição na identificação das NEE: fundamentos e conduta profissional Para Refletir Como é feita a identificação das NEE? O que você viu ao longo da sua formação como professor, sobre diagnóstico? Por exemplo, muitos casos de deficiência visual, altas habilidades ou superdotação ou ainda deficiência auditiva leve, são identificados na escola após apresentarem alguma dificuldade de aprendizagem. 30 Com a criação do Estatuto da Pessoa com Deficiência em 2015, aumentou a necessidade de formalização da identificação dos alunos com necessidades especiais. Ao contrário das deficiências físicas, onde é clara a informação da dificuldade motora, outros casos, como os que são resultantes de algumas síndromes, necessitam de uma avaliação. No setor público, o professor identifica uma dificuldade, avalia junto a equipe pedagógica que, caso haja a suspeita, encaminha o aluno para uma avaliação em um Centro Especializado. Neste Centro (o nome varia conforme a localidade), o aluno é avaliado por psicopedagogas e psicólogas. Em alguns casos, outros especialistas são acionados para contribuir no diagnóstico, como neurologistas, oftalmologistas, otorrinolaringologistas, fisiote- rapeutas, fonoaudiólogos, entre outros. LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015 Dispõe sobre a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: [...] CAPÍTULO IV DO DIREITO À EDUCAÇÃO Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais,segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem. Parágrafo único. É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação. Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar: I - sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida; II - aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e de recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena; III - projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, assim como os demais serviços e adaptações razoáveis, para atender às características dos estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia; http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.146-2015?OpenDocument 31 IV - oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas; V - adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes com deficiência, favorecendo o acesso, a permanência, a participação e a aprendizagem em instituições de ensino; VI - pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novos métodos e técnicas pedagógicas, de materiais didáticos, de equipamentos e de recursos de tecnologia assistiva; VII - planejamento de estudo de caso, de elaboração de plano de atendimento educacional especializado, de organização de recursos e serviços de acessibilidade e de disponibilização e usabilidade pedagógica de recursos de tecnologia assistiva; VIII - participação dos estudantes com deficiência e de suas famílias nas diversas instâncias de atuação da comunidade escolar; IX - adoção de medidas de apoio que favoreçam o desenvolvimento dos aspectos linguísticos, culturais, vocacionais e profissionais, levando-se em conta o talento, a criatividade, as habilidades e os interesses do estudante com deficiência; X - adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos programas de formação inicial e continuada de professores e oferta de formação continuada para o atendimento educacional especializado; XI - formação e disponibilização de professores para o atendimento educacional especializado, de tradutores e intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de profissionais de apoio; XII - oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e de uso de recursos de tecnologia assistiva, de forma a ampliar habilidades funcionais dos estudantes, promovendo sua autonomia e participação; XIII - acesso à educação superior e à educação profissional e tecnológica em igualdade de oportunidades e condições com as demais pessoas; XIV - inclusão em conteúdos curriculares, em cursos de nível superior e de educação profissional técnica e tecnológica, de temas relacionados à pessoa com deficiência nos respectivos campos de conhecimento; XV - acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a atividades recreativas, esportivas e de lazer, no sistema escolar; XVI - acessibilidade para todos os estudantes, trabalhadores da educação e demais integrantes da comunidade escolar às edificações, aos ambientes e às atividades concernentes a todas as modalidades, etapas e níveis de ensino; XVII - oferta de profissionais de apoio escolar; XVIII - articulação intersetorial na implementação de políticas públicas. [...] Disponível na integra em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm A Anamnese é uma ferramenta para início do diagnóstico de uma Necessidade Educacional Especial, pois em alguns casos, é necessário a realização de exames. Na escola há profissionais com percepção mais sensível em verificar a presença de alguma dificuldade de aprendizado que esteja à margem da normalidade. Por isso, muitas vezes são os professores, juntamente com a equipe pedagógica, que indicam a necessidade de uma avaliação com especialistas. Professores e pedagogos, pela experiência profissional e o conhecimento na área do desenvolvimento, acabam desenvolvendo essa 32 percepção mais sensível, que auxilia no encaminhamento dos alunos para avaliação. Pesquise Pesquise quais são os procedimentos para identificação de alunos Asperger, Autistas e Esquizofrênicos. Qual a idade em que se pode concluir um diagnóstico em cada um desses casos? 4.1 Anamnese Anamnese é uma análise inicial de características do aluno que é realizada através de entrevista ao responsável. São abordados assuntos sobre histórico de saúde familiar, composição familiar, histórico de saúde do aluno, entre outras informações que possam ser pertinentes para compreender as necessidades e características de cada aluno. Há vários modelos de Anamnese, inclusive pode-se consultar na Internet alguns modelos prontos. Mas todos possuem alguns pontos em comum, os quais listarei a seguir. Inicialmente as fichas de Anamnese contêm questionamentos sobre dados pessoais: nome do aluno, nome dos pais, dados de contato dos responsáveis, data de nascimento do aluno e dos pais. Em seguida iniciam os questionamentos básicos sobre o histórico de saúde do aluno: como foi o nascimento (parto normal, natural, cesárea, uso de fórceps), qual o tempo de gestação (se nasceu antes das 36 semanas é considerado prematuro e, gestação a termo, se refere ao nascimento no tempo previsto de 40 semanas), qual foram as notas Apgar, qual era o peso/perímetro encefálico/altura no nascimento, se tomou todas as vacinas, se possui alergia, se teve alguma doença ou se sofreu algum acidente. Faz-se importante atentar-se em questões como com “qual idade começou a falar, engatinhar e andar?”, as quais referem-se aos dados de 33 desenvolvimento ou em questões como “qual foi a nota Apgar?”, as quais referem-se aos dados do histórico de saúde. Em uma avaliação psicopedagógica são analisadas as características comportamentais e realizada uma avaliação das capacidades educacionais. Nesse contexto são avaliados a leitura, a escrita, a interpretação e a resolução de problemas na área da capacidade educacional. Vocabula rio Apgar: é uma nota dada ao recém-nascido. Esse teste foi criado em 1952 pela anestesista norte-americana Virginia Apgar, com o objetivo de avaliar a vitalidade do recém- nascido. É realizado no primeiro e no quinto minuto de vida da criança. O teste baseia-se em cinco critérios de avaliação: frequência cardíaca, respiração, tônus muscular, prontidão reflexa e cor da pele, que, individualmente, podem receber notas de 0 a 2, somando um total de 10 pontos. Faz-se necessário também o espaço para a análise do histórico de saúde familiar (geralmente se inicia com a pergunta se é filho biológico ou adotivo). Se os pais possuem algum problema de saúde, se alguém na família teve alguma doença, se há histórico de suicídios na família, se os pais foram usuários de entorpecentes, se algum familiar foi usuário de entorpecentes. Também são realizadas perguntas específicas sobre a saúde da mãe, se já teve abortos ou se apresentou algum problema na gestação. Nos casos de filho adotivo, são necessárias as informações sobre o histórico de saúde da família biológica (quando possível). Em seguida são questionados os dados sobre o desenvolvimento do aluno: com qual idade começou a falar, engatinhar e andar. Se teve dificuldade em falar, como gagueira. Também são questionadosdados do histórico escolar, quando começou a frequentar a escola, por quais escolas passou, se houve alguma reprovação ou dificuldade. Há espaço para os dados sociofamiliares (a posição na ficha varia, pode ser no meio ou no final). São questionados com quem o aluno mora, quantos 34 moram na mesma residência, se ele possui um quarto individual, qual é o tempo que moram nesse endereço, pode se questionar se os pais são oficialmente casados (ou união estável) e se já houve separações. Há algumas fichas onde o responsável que participa da anamnese pode descrever sua opinião sobre o aluno, o que espera da escola, o que deseja para o futuro e quais suas percepções sobre o aluno (características comportamentais, como se percebe o aluno mais sensível ou mais agressivo). A anamnese é um instrumento de avaliação psicopedagógica utilizado em escolas públicas e privadas do ensino básico. 4.2 Contribuições na Identificação das NEE As avaliações psicopedagógicas como a Anamnese, são essenciais para iniciar a identificação de alunos com necessidades educacionais especiais. A partir dessas avaliações, serão fundamentadas as intervenções que serão realizadas para fornecer recursos aos alunos e contribuir para o desenvolvimento escolar, social, cognitivo e motor. As avaliações abrangem a identificação dos fatores que geram dificuldades nos alunos, avaliação das capacidades educacionais (leitura, escrita, interpretação e resolução de problemas) e identificação das características comportamentais. É possível aplicar atividades lógico- matemáticas, desenhos, jogos e outros recursos durante a avaliação. Para identificar algumas Necessidades Educacionais Especiais é necessário complementar com a realização de exames médicos e consultas com especialistas. O importante é que após a identificação seja possível direcionar as ações pedagógicas para uma prática docente inclusiva, atendendo as necessidades dos alunos e facilitando o processo de ensino-aprendizagem. Para que realmente seja construída uma escola inclusiva com práticas pedagógicas coerentes é essencial que seja realizado a identificação das necessidades especiais. No passado, muitos indivíduos apresentaram dificuldades de aprendizagem, porque não havia a identificação adequada das 35 necessidades educacionais especiais e assim não ocorreram as intervenções necessárias para criar um ambiente acolhedor. Para que esse tipo de coisa não se repita, precisamos compreender os fatores que limitam e/ou potencializam o desenvolvimento educacional, social, cognitivo e motor. Amplie Seus Estudos SUGESTÃO DE LEITURA Leia o Manual Prático do Diagnóstico Psicopedagógico Clínico, de autoria de Simaia Sampaio. A obra traz de maneira prática e objetiva os passos e a aplicação das técnicas usadas no diagnóstico psicopedagógico clínico baseado na Epistemologia Convergente, Outros Tes- tes, Anamnese, Devolução e Informe Psicopedagógico. Resumo da aula 4 Nesta última aula vimos as características da Anamnese, quais são os assuntos analisados e como a Anamnese pode contribuir na identificação das necessidades educacionais especiais, resultando no ponto chave para elaboração de práticas educacionais inclusivas. Evidenciando que a anamnese são perguntas que abordam o histórico de saúde familiar, composição familiar, histórico de saúde do aluno, entre outras informações pessoais Atividade de Aprendizagem Pesquise modelos de fichas de Anamnese (há várias disponíveis na Internet) e elabore uma ficha de Anamnese que englobe o máximo de informações possível. 36 Resumo da disciplina Nesta disciplina apresentaram-se vários aspectos referentes à inclusão social e educacional de pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, como a formação de professores para a construção de uma escola inclusiva em uma sociedade com grande diversidade, explicação e definição de várias habilidades sociais, relacionando essas habilidades com as relações interpessoais, as práticas pedagógicas inclusivas e o papel da Anamnese na identificação de necessidades educacionais especiais. Também foram tratados os assuntos sobre o que se refere a terminologia NEE, considerando a importância de adaptações de materiais, metodologias e didáticas utilizadas em sala de aula, com a finalidade de atender todos os alunos de forma igualitária. Evidenciou-se a importância de conhecer as características de cada NEE para se adiantar e alterar uma atividade já planejada, evitando assim o constrangimento do aluno. Na prática pedagógica inclusiva, deve-se evitar o assistencialismo. Nas atividades inclusivas, é importante o propósito de desenvolver a empatia e a tolerância com as diferenças, propondo atividades onde os alunos experimentem se colocar no lugar com colega com NEE, vivenciando. As reflexões à respeito da educação na diversidade, se refere à diversidade cognitiva, motora, étnica, religiosas e social. 37 Referências ASSOCIAÇÃO Americana de Psiquiatria. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Washington, 2013. FERNANDES, T. L. G., VIANA, T. V. Alunos com necessidades educacionais especiais (NEEs): avaliar para o desenvolvimento pleno de suas capacidades. Est. Aval. Educ., São Paulo, v. 20, n. 43, maio/ago. 2009. MORAES, D. N. M. Diagnóstico e avaliação psicopedagógica. Revista de Educação do IDEAU, v. 5, n. 10, Rio Grande do Sul, 2010. PAPALIA, D. E., OLDS, S. W., FELDMAN, R. D. Desenvolvimento Humano. 8ª edição, Porto Alegre, Artmed Editora, 2006. ROSSINI, M. A. S. Pedagogia Afetiva. 13. ed. Petrópolis: Vozes, 2012. SOARES, M. F. C. Com-paixão e afetividade: caminhos para inclusão escolar e social. Dissertação, Programa de Pós-graduação em Teologia, Faculdade EST. São Leopoldo, 2015. Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais.
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