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RESUMO EXPANDIDO SOBRE FISIOLOGIA DO MÚSCULO ESQUELÉTICO E OS EFEITOS DA RIGOR MORTIS (RIGIDEZ CADAVÉRICA) Emylle Pinheiro do Nascimento1 Profa. Dra. Nayana Coutinho Rodrigues23 Palavras-chave: Músculo; Esquelético; Fibras; Contração. INTRODUÇÃO: O estudo sobre a fisiologia do músculo esquelético tem como objetivo conhecer a organização da musculatura estriada esquelética e entender os mecanismos envolvidos na contração muscular. É necessário evidenciar as estruturas funcionais básicas, a identificação das relações das estruturas do sistema nervoso central com o sistema muscular, além de caracterizar os efeitos causados pelo rigor mortis (rigidez cadavérica) na musculatura esquelética. METODOLOGIA: O desenvolvimento do presente estudo consiste em uma pesquisa bibliográfica e documental de artigos e livros com análise minuciosa visando conferir maior clareza e objetividade ao texto. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Estrutura: Partindo da proposta inicial, o músculo esquelético é composto por fibras musculares com características denominadas epimísio, fascículos, perimísio e endomísio. Em relação à fibra muscular, essa é envolta pelo sarcolema e composta pelas miofibrilas que contêm os filamentos contráteis de miosina e actina. (Figura i) i 1 Graduanda em Medicina na FAMETRO; E-mail: pinheiroemylle@gmail.com. 2 Professora de Fisiologia da FAMETRO; As fibras colágenas são responsáveis pela grande resistência e trações durante as contrações e se unem a fibras tendinosas para a formação dos tendões, fixados aos ossos. No corte longitudinal do músculo esquelético, encontram-se duas faixas intercaladas: Banda I (filamentos de actina) e Banda A (filamentos de miosina com ou sem sobreposição de filamentos de actina). No centro da Banda I, localiza-se a Linha Z, responsável pela conexão dos filamentos de actina e miofibrilas vizinhas. No centro da Banda A, encontra-se a Linha H ou disco de Hansen, onde contêm somente filamentos de miosina. Já o sarcômero é a região compreendida entre duas linhas Z consecutivas. (Figura ii). ii Os filamentos grossos são longos polímeros de miosina. As cabeças dos filamentos de miosina têm um sítio de ligação à actina e um sítio catalítico com atividade ATPase, a qual quebra trifosfato de adenosina (ATP), fornecendo energia necessária para o processo de contração muscular. Os filamentos finos são formados por actina, tropomiosina e troponina. A tropomiosina e a troponina têm funções importantes na regulação do processo de contração/relaxamento muscular. Acoplamento excitação-contração muscular Na unidade motora cada neuromotor se ramifica para inervar um número de fibras musculares (onde se localizam os receptores nicotínicos, por meio da liberação de acetilcolina) e quando esse neuromotor é ativado, as fibras se contraem. O músculo estriado esquelético é estimulado por esses neurônios motores na placa motora (terminal axonal + sarcolema). Na contração muscular, o Ca²+ liga-se a troponina, assim os sítios de ligação para a miosina, na actina, são expostos. As cabeças de miosina conectam-se a actina e fazem movimento de rotação e desconectam-se às custas do ATP. O ciclo prossegue enquanto Ca²+ e ATP estiverem presentes. (Figura iv). No relaxamento, o Ca²+ é sequestrado pelo retículo sarcoplasmático e os sítios de ligação para miosina na actina são cobertos por troponina. Esses processos são descritos na Teoria das Pontes Cruzadas. (Figura v) iii iv v Sistemas geradores de energia no músculo esquelético - Vias oxidativas - Vias glicolíticas - Sistema creatina-fosfato Tipos de fibras musculares • Fibras vermelhas ou L (Tipo1) = Aeróbica − Contração lenta e sustentada. − Alta concentração de mioglobina (Vermelha) − Resistente a fadiga. − Exercícios de longa duração • Fibras brancas = Anaeróbica - Alta capacidade para contrair rapidamente - Gera movimentos rápidos e poderosos ✓ Fibras brancas tipo IIb: Depende exclusivamente da glicose anaeróbica. Fácil fadiga. ✓ Fibras brancas intermediárias tipo IIa: Utilizam primeiro a via oxidativa aeróbica (glicose e fosfocreatina). Moderadamente resistente a fadiga. Efeitos do Rigor Mortis (rigidez cadavérica) Logo após a morte, os músculos sofrem um enrijecimento, perceptível principalmente nas articulações devido a resistência à flexão. Por causa das células mortas, estas não produzem ATP, responsável por desprender o filamento fino do filamento de miosina no processo de deslizamento na contração muscular dos sarcômeros. O estado de rigor mortis, associado aos registros da temperatura ambiente, pode ser usado em Medicina Forense para avaliar o tempo da morte. CONCLUSÃO: Em virtude dos materiais analisados e conhecimentos adquiridos conclui-se que o músculo esquelético é composto por fibras musculares, voluntário e representado por um neurônio mielinizado cujo neurotransmissor é a acetilcolina. No sarcômero ocorre a contração muscular que é a resultante de forças geradas pela integração de proteínas que necessitam de energia na forma de ATP. A despolarização do Sarcolema e Túbulos T promove a liberação do Ca++ do retículo sarcoplasmático para o sarcoplasma que é o principal fator da contração. A contração ocorre por modificações de conformação das miofibrilas gerada pela presença do Ca++. Energia é necessária para o movimento das cabeças da miosina, para o desligamento da miosina com a actina, para bombear o Ca++ para o retículo sarcoplasmático e para a restauração do Na++ e K ++ no meio intra e extracelular. Por fim, todos esses processos e estruturas são de suma importância para entender o fenômeno fisiológico rigor mortis. REFERÊNCIAS: CURI, R. & ARAÚJO FILHO, J. P. Fisiologia básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. 857 p. CARDOSO, Elizabeth. Fisiologia do Sistema Muscular. 59 slides. Disponível em: < http://ole.uff.br/wp-content/uploads/sites/358/2019/09/Fisiologia-do-Sistema-Muscular- 1.pdf> Acesso em: 05/04/2021. BARBOSA, Marcello. Músculos: Anatomia e Fisiologia. Função do músculo esquelético. 49 slides. Disponível em: < https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3063659/mod_resource/content/4/M%C3%BAsculo %20FM%202016.pdf> Acesso em: 05/04/2021. BEL, Elaine. Fisiologia do Tecido Muscular, 2017. 38 slides. Disponível em: < https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4053997/mod_resource/content/1/2017Mu%CC%81 sculoContracao%20Muscular.pdf> Acesso em: 05/04/2021. CANTO, Eduardo. O que causa o rigor mortis? Em dia com as Ciências Naturais. Editora Moderna. Disponível em:< https://www.moderna.com.br/boletins/files/ciencias/2008/007.pdf> Acesso em:05/04/2021 http://ole.uff.br/wp-content/uploads/sites/358/2019/09/Fisiologia-do-Sistema-Muscular-1.pdf http://ole.uff.br/wp-content/uploads/sites/358/2019/09/Fisiologia-do-Sistema-Muscular-1.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3063659/mod_resource/content/4/M%C3%BAsculo%20FM%202016.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3063659/mod_resource/content/4/M%C3%BAsculo%20FM%202016.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4053997/mod_resource/content/1/2017Mu%CC%81sculoContracao%20Muscular.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4053997/mod_resource/content/1/2017Mu%CC%81sculoContracao%20Muscular.pdf https://www.moderna.com.br/boletins/files/ciencias/2008/007.pdf i Figura 1. Organização do músculo esquelético. ii Sarcômero: unidade básica da miofibrila. iii Potencial de Ação do Músculo Esquelético iv Contração Muscular Esquelética v Ciclo das Pontes Cruzadas
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