Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

GESTÃO, CONTROLO E DISPENSA DE MEDICAMENTOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
DIRECÇÃO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA MÉDICA
CENTRAL DE MEDICAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS
3ª 
Edição
Manual de Procedimentos
dos Centros de Saúde
A assistência técnica para a revisão deste manual foi financiada pela USAID através de contrato 
USAID | PROJECTO DELIVER, ordem de serviço 1 nº GPO-I-01-06-00007-00
Este Manual pertence ao:
3ª 
Edição
Manual de Procedimentos
dos Centros de Saúde
MINISTÉRIO DA SAÚDE
DIRECÇÃO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA MÉDICA
CENTRAL DE MEDICAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS
3ª 
Edição
GESTÃO, CONTROLO E DISPENSA DE MEDICAMENTOS
Colaboraram na revisão deste Manual:
Artur Fernandes
Bilal Elyas
Dália Somá
Denilson Namburete
Deogratias Gasuguru
Dionísio Chunguane
Emerson Ribeiro
João Teixeira
Inácio Carnot
Lucílio Williams
Marilene Madivádua
Marta Bule
Lídia Cardoso
Noémia Muíssa
Sérgio Seny
Tatiana Fonseca
Xitsembisso Susana
Agradecimentos a:
Catarina Óscar
Daitino Sarmili
Arménio da Silva
�Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
ÍNDICE
Introdução............................................................................................................................. Ix
Gestão de Medicamentos..................................................................................................... 1
Abastecimento ...................................................................................................................... 5
 Abastecimento Via Clássica Normal ......................................................................... 5
 Abastecimento Via Clássica Especial ....................................................................... 5
 Abastecimento Programado de Kits ......................................................................... 5
1. Recepção de Medicamentos ........................................................................................ 10
1.1 Recepção e Conferência de Encomenda ........................................................ 10
1.2 Conferência da Encomenda ............................................................................ 10
1.2.1 Preenchimento da Guia de Remessa / colunas relativas à Entrada .............. 12
1.2.2 Relatório de Ocorrências ................................................................................. 13
1.3 Arrumação dos produtos ................................................................................ 13
2. Abertura do Kit de Medicamentos ............................................................................... 14
2.1 Lista de Embalagem de Medicamentos do Kit US .......................................... 15
2.2 Lista de Embalagem de Medicamentos do Kit APE ........................................ 16
3. Conservação dos Medicamentos.................................................................................. 17
4. Utilização da Ficha de Stock ao Nível do Depósito do Centro de Saúde ................. 24
4.1 Processo de Inutilização ................................................................................. 26
4.2 Produtos que devem ser considerados para Inutilização ............................... 26
4.3 Processo de Devolução .................................................................................. 26
5. Dispensa de Medicamentos na Farmácia do Serviço Ambulatório .......................... 31
5.1 Atendimento ao Público .................................................................................. 31
5.2 Interpretação da Receita Médica .................................................................... 31
5.3.1 Recolha da embalagem do Medicamento e verificação do Prazo de Validade 32
5.3.2 Instruções de utilização ................................................................................... 32
5.3.3 Completar a Receita Médica .......................................................................... 34
5.3.4 Cobrança do valor da Receita ........................................................................ 34
5.4 Receita Médica de Estupefacientes e Substâncias Psicotrópicas ................. 35
5.4.1 Fundo Social de Medicamentos (FSM) .......................................................... 36
5.4.2 Assistência Médica e Medicamentosa ........................................................... 37
6. Distribuição aos Serviços de Internamento ................................................................ 38
6.1 Preenchimento da Ficha de Stock ................................................................. 38
6.2 Processo de Inventário a Nível das Enfermarias e do Serviço Ambulatório ... 40
6.3 Processo de Requisição Interna ..................................................................... 40
6.3.1 Periodicidade de Requisição dos serviços dependentes ................................ 40
�i Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
6.3.2 Preenchimento da Requisição Interna / Balancete ........................................ 41
6.3.3 Recepção da Requisição Interna pelo Depósito Fornecedor ......................... 43
6.3.4 O Depósito Fornecedor completa a Requisição Interna ................................. 43
6.3.5 Preparação da Encomenda no Depósito Fornecedor .................................... 44
6.3.6 Controlo e Levantamento da Encomenda no Depósito Fornecedor .............. 44
6.3.7 Conservação dos Medicamentos nas Enfermarias ........................................ 44
6.4 Dispensa de Medicamentos nas Enfermarias ................................................ 45
7. Elaboração de uma Requisição de Reforço ................................................................ 46
7.1 Preparação da Requisição ............................................................................. 46
7.2 Determinação das necessidades ................................................................... 46
7.3 Preenchimento da Requisição (Modelo 01) ................................................... 46
8. Recuperação de Custos................................................................................................. 51
8.1 Preenchimento do modelo de Recuperação de Custos .................................. 52
9. Depósitos Bancários ...................................................................................................... 55
10. Fluxo de Documentos ao Nível das Unidades Sanitárias......................................... 57
11. Fluxo de Informação .................................................................................................... 61
12. Arquivo ......................................................................................................................... 62
12.1 Farmácia da Unidade Sanitária ...................................................................... 62
�iiManual de Procedimentos dos Centros de Saúde
Siglas
CMAM Central de Medicamentos e Artigos Médicos
CMD Consumo Médio Diário
CMM Consumo Médio Mensal
DCI Denominação Comum Internacional
DPM Depósito Provincial de Medicamentos
FNM Formulário Nacional de Medicamentos
HC Hospital Central
HR Hospital Rural
HG Hospital Geral
HP Hospital Provincial
LNCQM Laboratório Nacional de Controlo da Qualidade dos Medicamentos
PAV Programa Alargado de Vacinação
PEPS Primeiro a Expirar Primeiro a Sair
PME Programa de Medicamentos Essenciais
QR Quantidades a Requisitar
SE Stock Existente
SNS Serviço Nacional de Saúde
SS Stock de Segurança
US Unidade Sanitária
Símbolos
Convenção
Os modelos oficiais utilizados nos procedimentos aparecem no texto em 
MAIÚSCULA 
Os nomes das colunas ou dos campos referidos no texto aparecem entre parênte-
sis rectos [ ] e em “negrito”.
v
v
Nota importante
Tipo de arquivo
�iii Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
ixManual de Procedimentos dos Centros de Saúde
INTRODUÇÃO
Por Decreto N° 13/75, de 6 de Setembro, foi criada a Central de Medicamentos e Artigos 
Médicos (CMAM). Estainstituição subordinada ao Ministério da Saúde tem competências para 
administrar, coordenar e executar as funções relativas à aquisição, armazenagem, conserva-
ção, e distribuição de medicamentos e artigos médicos. 
A distribuição de medicamentos e artigos médicos do nível central para os depósitos provinciais 
de medicamentos, hospitais centrais, e gerais no pais é realizada pela CMAM.
Das requisições recebidas, a CMAM emite ordens de fornecimento de acordo com a disponibi-
lidade nos armazéns centrais, tendo como princípio a distribuição equitativa dos medicamentos 
aos diferentes níveis do Serviço Nacional de Saúde.
A Lei N° 25/91 de 31 de Dezembro, cria o Serviço Nacional de Saúde (SNS) que se subordina 
ao Ministério da Saúde e é constituído por Unidades Sanitárias que estão organizadas em 
quatro níveis de atenção de saúde (a caracterização das Unidades Sanitárias foi actualizada 
atra�és do Diploma Ministerial N° 127/2002, de 31 de Julho):
O nível primário com (Centros de Saúde de diferente tipos – Tipo I, II e III);
O nível secundário (Hospitais Gerais, Distritais e Rurais);
O nível terciário (Hospitais Provinciais);
O nível quaternário (Hospitais Centrais e Especializados).
Tal como o SNS, a cadeia de distribuição de Medicamentos está estruturada em diferentes 
níveis:
O Nível Central, representado pela CMAM de onde fazem parte os Armazéns Centrais de 
Maputo e Beira, que abastecem os Hospitais Centrais, os Hospitais Gerais e os Depósitos 
Provinciais;
O Nível Provincial, representado pelos Depósitos Provinciais, que abastecem os Hospitais 
Provinciais, os Hospital Especializados e os Depósitos Distritais, em algumas situações 
abastecem também alguns Hospitais Rurais e Centros de Saúde;
O Nível Distrital, representado pelos Depósitos Distritais que abastecem os Hospitais 
Distritais, Rurais e os Centros de Saúde; 
O Nível Primário representado pelos Centros de Saúde;
A Nível da Comunidade representado pelos APEs que são abastecidos pelos Depósitos 
Distritais ou Centros de Saúde mais próximos.
Este Manual de Procedimentos tem como objectivo principal apoiar o pessoal da área da 
Farmácia na realização das suas actividades diárias. 
Este manual irá também contribuir para que a cadeia de distribuição de medicamentos do SNS 
seja integrada e auditável a qualquer nível, com objectivo final de assegurar a disponibilidade 
contínua de medicamentos. 
As instituições do nível Distrital são abastecidas mensalmente, na base de uma requisição de 
medicamentos elaborada pelo respectivo Responsável da Farmácia em coordenação com o 
seu Responsável Clínico ou com o aval do Médico Chefe Provincial.
Para o caso de programas específicos do MISAU, a requisição dos produtos deve ser feita em 
coordenação com o responsável local do respectivo programa.
v
v
v
v
v
v
v
v
v
x Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
A utilização de medicamentos no SNS é orientada por um Formulário Nacional de Medicamentos 
(FNM), com o qual foi instituída a obrigatoriedade na prescrição de medicamentos pelos nomes 
genéricos ou DCI (Denominação Comum Internacional) em todo o território nacional.
Pelo despacho 42/2007 de Sua Excelência o Ministro da Saúde datado de 2 de Maio, foi esta-
belecida a taxa única de cobrança de medicamentos por diferentes níveis.
1Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
GESTÃO DE MEDICAMENTOS
A Gestão de medicamentos é o conjunto das actividades que devem ser realizadas de uma 
forma contínua e interligada para garantir a existência e o correcto uso dos medicamentos nos 
diversos níveis do Sistema de Saúde. Isto significa que o medicamento deve estar disponí-
vel ao utente na quantidade necessária, no momento certo, a custo baixo e com a qualidade 
desejada. 
O Ciclo de aprovisionamento apresenta-se como uma sucessão de funções básicas, funda-
mentais para uma correcta gestão dos medicamentos no Serviço Nacional de Saúde: 
GESTÃOUso
Gestão de stock
Armazenamento
Distribuição
Procura
Planif icação
2 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
PLANIFICAÇÃO E PROCURA
Consiste em determinar e adquirir as quantidades necessárias dos medicamentos apropria-
dos para o tratamento das patologias identificadas, tendo em conta os fundos disponíveis.
3Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
GEStÃO DE StOCK, ARMAzENAMENtO E DIStRIBUIÇÃO
Consiste em disponibilizar os medicamentos e artigos médicos necessários para o funcio-
namento das Unidades Sanitárias com boa qualidade e quantidade, em tempos certos e 
regulares a custos mínimos.
4 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
USO
Refere à correta utilização da medicação, considerando a qualidade da prescrição, a em-
balagem, a rotulagem, as condições de dispensa e de conservação e o cumprimento da 
terapêutica pelo paciente.
5Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
ABASTECIMENTO
Existem três métodos de abastecimento de medicamentos no Serviço Nacional de Saúde:
O abastecimento pela Via Clássica:
Normal 
Especial, de reforço ou de emergência
O abastecimento programado de Kits
Para alguns programas do MISAU como o tratamento com antiretrovirais, malária e tuberculo-
se, os procedimentos são diferentes e estão descritos detalhadamente em outros manuais
Abastecimento Via Clássica Normal
A Via Clássica é a forma de abastecimento dos depósitos provinciais, distritais e dos hospitais 
bem como do serviço de internamento no geral, sendo também utilizada em complemento para 
o reforço às unidades sanitárias abastecidas por Kits. 
Este abastecimento é feito com base na elaboração de uma requisição, para a qual é necessá-
rio seleccionar e quantificar os medicamentos necessários com base nos consumos médios e 
o Stock de Segurança considerando as quantidades existentes no stock. 
Abastecimento Via Clássica Especial
O Abastecimento Especial é utilizado quando um medicamento está em eminência de ruptu-
ra de stock e é necessário um reforço ou quando se prevê que aconteça uma das situações 
seguintes:
Sempre que o stock de um determinado produto esteja abaixo do Stock de Segurança;
Quando se prevê um consumo extraordinário, por exemplo epidemias, surtos, acidentes, 
etc.;
Sempre que aparece um deficit para determinado produto do kit;
Quando o nível de qualificação do pessoal clínico da US permite a utilização de medica-
mentos de nível superior aos contidos no kit.
Quando uma destas situações acontece, o responsável da farmácia em coordenação com o res-
ponsável clínico, faz uma requisição de acordo com as necessidades, ao Depósito Fornecedor 
solicitando o reforço ou abastecimento adicional de medicamentos
Abastecimento Programado de Kits 
O processo de abastecimento programado de Kits tem como objectivo garantir a existência 
regular dos medicamentos essenciais nas USs de nível primário, melhorar a utilização do medi-
camento e as condições de armazenagem e distribuição de medicamentos neste nível e, desta 
maneira, melhorar o abastecimento de medicamentos à população.
Um kit define-se como uma embalagem contendo um número seleccionado de medicamentos, 
está previsto para tratar um número determinado de doentes em função de padrões epidemio-
lógicos pré-definidos.
v
*
*
v
v
v
v
v
6 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
A distribuição é realizada pelos Depósitos Provinciais e Distritais sem que seja necessária a 
elaboração duma Requisição. A quantidade de kits será determinada pelo número médio men-
sal de consultas externas realizadas.
Existem 2 tipos de kits, nomeadamente Kit US e Kit APE, sendo o primeiro destinado às 
Unidades Sanitárias e o segundo aos Agentes Polivalentes Elementares.
tipo de Kit Numero de consultas
Externas abrangidas
Nível de qualificação do
Pessoal clínico
Kit US 1000
Médico
Técnico de Medicina
Agente de Medicina
Enfermeiro Geral
Enfermeiro Básico
Enfermeira de SMI
Kit APE 250
Agente Comunitário de Saúde
APE
Socorrista
É Importante saber que, para se receber os Kits não é necessário preencher 
uma Requisição, as Unidades Sanitáriassão obrigadas a preencher os 
Mapas apropriados e a enviar ao nível superior para possibilitar que seja 
feito o cálculo das quantidades de Kits que devem receber.
Gestão e 
Armazenagem 
de Medicamentos
8 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
�Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
GEStÃO E ARMAzENAGEM DE MEDICAMENtOS
Os Centros de Saúde são abastecidos mensalmente em Kits de medicamentos pelo Depósito 
Fornecedor. 
Apesar de receber os Kits, as Unidades Sanitárias podem também receber, quando forem re-
quisitados, reforço de medicamentos da Via Clássica. 
Este capítulo descreve as diferentes actividades a serem desenvolvidas a nível da Unidade 
Sanitária para a correcta gestão e controlo de stock, considerando em primeiro lugar a recep-
ção de medicamentos. 
10 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
1. RECEPÇÃO DE MEDICAMENTOS 
O agente encarregado pelo transporte dos medicamentos deve entregar junto aos volumes 
(caixas seladas), uma GUIA DE REMESSA / ENTRADA devidamente preenchida pelo Depósito 
Fornecedor. 
1.1 Recepção e Conferência de Encomenda
Os produtos a serem recebidos no Depósito do Centro de Saúde devem ser acompanhados 
pela GUIA DE REMESSA / ENTRADA devidamente preenchida pelo fornecedor. O agente en-
carregado pelo transporte deverá entregar esta documentação junto com os volumes (caixas 
seladas).
Assim, no primeiro acto da recepção, que é a entrada dos volumes no armazém, o responsável 
da farmácia deve verificar, na presença do transportador, que as embalagens ou caixas de 
mercadoria não foram violadas e que o N° de volumes corresponde à quantidade indicada na 
GUIA DE REMESSA / ENTRADA. Se forem detectadas faltas ou violações de volumes, será 
anotada uma observação e logo avisado o Responsável Clínico do Centro de Saúde, incluindo 
a elaboração de um RELATÓRIO DE OCORRÊNCIA, que deve ser assinado também pelo 
transportador. 
1.2 Conferência da Encomenda
Numa segunda fase deve-se conferir a encomenda, controlando as quantidades, prazos de 
validade e N° de lote de cada item, com base na GUIA DE REMESSA / ENTRADA recebida. 
11Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
Modelo 02 Guia de Remessa/Entrada
Original ˛ Duplicado ˛ Triplicado o
CMAM - Modelo 02
RE
PÚ
BL
IC
A
 D
E 
M
O
ÇA
M
BI
Q
U
E
M
IN
IS
TÉ
RI
O
D
A
 S
AÚ
D
E
CE
N
TR
A
L 
D
E 
M
ED
IC
A
M
EN
TO
S 
E 
A
RT
IG
O
S 
M
ÉD
IC
O
S
G
U
IA
 D
E 
RE
M
ES
SA
 N
º
EN
TR
A
D
A
Original
D
ep
ós
ito
 F
or
ne
ce
do
r:
U
ni
da
de
 D
ep
en
de
nt
e:
 
Fo
rn
ec
im
en
to
 
 
 
 
 
 
 
 
 
N
°
D
is
tr
ito
:
N
° d
e 
Re
qu
is
iç
ão
:
N
°T
ot
al
 d
e 
Vo
lu
m
es
:
D
ev
ol
uç
ão
D
at
a 
da
 R
eq
ui
si
çã
o:
Ex
pi
ra
do
Pr
ov
ín
ci
a:
D
at
a 
da
 R
em
es
sa
:
Ac
um
ul
ad
o
D
at
a 
da
 R
ec
ep
çã
o:
Pr
ee
nc
hi
do
 p
el
o 
D
ep
ós
ito
 F
or
ne
ce
do
r
Pr
ee
nc
hi
do
 p
el
a 
U
ni
da
de
 D
ep
en
de
nt
e
FN
M
D
es
ig
na
çã
o
N
° d
e 
Lo
te
Pr
az
o 
de
 
Va
lid
ad
e
Q
ua
nt
id
ad
e
Pe
di
da
Q
ua
nt
id
ad
e
Fo
rn
ec
id
a
Pr
eç
o 
U
ni
tá
rio
Va
lo
r
Q
ua
nt
id
ad
e 
Re
ce
bi
da
D
ife
re
nç
a
N
om
e
D
os
ag
em
Fo
rm
a 
Fa
rm
ac
êu
tic
a
Q
F
PU
Q
F 
x 
PU
Q
R
Q
R 
- Q
F
1 2 3 4
Duplicado
5 6 7 8 9 10
Triplicado
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Va
lo
r d
a 
Re
m
es
sa
:
El
ab
or
ad
o 
po
r:
Co
nf
er
id
o 
po
r:
Tr
an
sp
or
ta
do
 p
or
:
Re
ce
bi
do
 p
or
:
07
A
03
Pa
ra
ce
ta
m
ol
50
0 
m
g
Co
m
p.
A
A
B3
54
25
/0
8/
09
30
0
30
0
60
0
60
0
2
23
4
Bo
an
e
M
ap
ut
o
2/
4/
20
08
22
/0
3/
20
08
D
D
M
 B
oa
ne
CS
 B
oa
ne
00
06
90
¸
12 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
1.2.1 Preenchimento da Guia de Remessa / colunas 
relativas à Entrada 
A parte () GUIA DE ENTRADA é preenchida pelo Centro de Saúde
Parte “Entrada” da Guia de Remessa
A US completa os 2 exemplares recebidos do Depósito Fornecedor:
Completa a [Data de Recepção]; 
Confirma para cada produto a [Quantidade Recebida] na coluna adequada;
Se existir uma divergência entre a [Quantidade Recebida] e a [Quantidade Fornecida], 
completa-se a última coluna calculando a [Diferença] (recebido – fornecido).
v
v
v
Vistos e Assinaturas:
Os elementos da comissão de recepção devem após conferência assinar os dois exempla-
res da GUIA DE REMESSA / ENTRADA, tal como participar na elaboração do Relatório de 
Ocorrências se for necessário.
Uma vez preenchido, o duplicado da GUIA DE REMESSA / ENTRADA é devolvido ao Depósito 
Fornecedor.
Dependendo do tipo de remessa, o original será:
Arquivado na pasta adequada se for recepção de kits;
Anexado à REQUISIÇÃO correspondente num processo único e arquivado na pasta ade-
quada se for uma recepção especial de reforço por medicamentos da via clássica.
v
v
CM
A
M
 - 
M
od
el
o 
02
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
CENTRAL DE MEDICAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS
GUIA DE REMESSA Nº ENTRADA
O
rig
in
al
Depósito Fornecedor: Unidade Dependente: Fornecimento 
N°
Distrito: N° de Requisição:
N° Total de Volumes: Devolução
Data da Requisição: Expirado
Província: Data da Remessa: Acumulado Data da Recepção:
Preenchido pelo Depósito Fornecedor Preenchido pela Unidade Dependente
FNM
Designação
N° de Lote Prazo de 
Validade
Quantidade
Pedida
Quantidade
Fornecida
Preço Unitário Valor Quantidade 
Recebida
Diferença
Nome Dosagem Forma Farmacêutica QF PU QF x PU QR QR - QF
1
2
3
4
D
up
lic
ad
o
5
6
7
8
9
10
Tr
ip
lic
ad
o
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Valor da Remessa:
Elaborado por: Conferido por: Transportado por: Recebido por:
07A03 Paracetamol 500 mg Comp. AAB354 25/08/09 300 300 600
600
2
234Boane
Maputo 2/4/2008
22/03/2008
DDM Boane CS Boane
000690¸
13Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
1.2.2 Relatório de Ocorrências
Se detectar qualquer anomalia tanto de quantidade assim como da qualidade do produto, deve 
ser comunicado imediatamente ao Responsável Clínico do Depósito Fornecedor através do 
RELATÓRIO DE OCORRÊNCIAS, que pode ser feito em folha A4 em duplicado.
Exemplo de uma folha-modelo para o Relatório de Ocorrências
O “Relatório de Ocorrências” é o documento que se elabora para relatar as anomalias 
verificadas no acto da recepção de medicamentos, durante os inventários ou a qualquer 
momento de gestão de stock.
Este deve ser elaborado em duplicado, o original será enviado ao Depósito Fornecedor 
após ter recebido o visto do Responsável Clínico do Centro de Saúde e uma cópia fica 
arquivada a nível do Depósito que emitiu.
1.3 Arrumação dos produtos 
Uma vez conferida a mercadoria e completada a documentação, todos os produtos recebidos 
devem ser imediatamente e correctamente arrumados, seguindo as regras de conservação em 
vigor: 
Em estrados ou paletas se forem Kits; 
Nas prateleiras da farmácia se forem medicamentos da via clássica. 
v
v
Resumo do Processo de Recepção dos Medicamentos
DEPÓSITO DA ENFERMARIA / FARMÁCIA
Resumo do Processo da Elaboração da Requisição/Balancete dos Medicamentos
Semanalmente/quinzenalmente
Recepção dos 
produtos + Guia de
Remessa/Entrada 
Conferência do número 
de volumes 
Preenchimento da parte 
de Entrada da Guia 
de Remessa/Entrada 
Arquivo do Original e 
devolução do Duplicado
ao Depósito Fornecedor 
Conferência da quantidade 
e qualidade dos produtos 
e veri�cação dos prazos 
de validade 
Lançamento dos produtos 
nas Fichas de 
Stock Individuais 
Arrumação dos Medicamentos
Inventário Mensal 
de todos produtos Registar na Ficha de Stock
Calcular o Total das 
Saídas e o Consumo 
Médio Mensal
Calcular o Consumo 
Médio Semanal 
ou Quinzenal
A partir da Ficha de Stock, 
extrair o Stock no Início do 
Mês que é igual ao Inventário 
no Fim do Mês Anterior
Determinar a Quantidade 
Semanal ou Quinzenal 
a requisitar
Obter o Visto/Correcção 
das necessidades pelo 
Responsável Clínico e enviar 
ao Depósito FornecedorPreencher o livro de 
Requisição Interna
/Balancete 
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
CENTRAL DE MEDICAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS
RELATÓRIO DE OCORRÊNCIAS
Unidade Sanitária: Distrito: Província:
Elaborado Data .........../.........../...........
14 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
2. ABERTURA DO KIT DE MEDICAMENTOS 
Depois da abertura dos Kits, os medicamentos passam a ser considerados como medicamen-
tos da Via Clássica, seguindo as mesmas regras de arrumação, de conservação, e de gestão. 
No momento da abertura, deve conferir-se o conteúdo do Kit e relatar-se ao Depósito Fornecedor 
as irregularidades ou discrepâncias descobertas no conteúdo dos Kits e/ou na qualidade dos 
medicamentos. Para este efeito, uma lista de embalagem de medicamentos está inclusa em 2 
exemplares de cada caixa de Kit. 
A lista de embalagem deve ser completada sempre que se abre um Kit; 
Uma cópia da lista de embalagem completada deve ser enviada para o Depósito 
Fornecedor cada vez que, e somente se, detectarem anomalias no conteúdo ou 
na qualidade dos medicamentos de um Kit. O duplicado do impresso será arqui-
vado numa pasta a nível da US; 
Se não forem detectadas anomalias não se deve enviar a lista de embalagem. 
v
v
v
É recomendável que os kits recebidos sejam todos abertos de uma 
só vez e sempre no Depósito da Unidade Sanitária (e não no Serviço 
Ambulatório). O processo deve culminar com o registo das entradas nas 
Fichas de Stock, sendo este efectuado logo após abertura dos kits.
15Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
2.1 Lista de Embalagem de Medicamentos do Kit US
A lista de embalagem deve ser preenchida na altura da abertura de cada kit US:
Lista de embalagem de medicamentos do KIt
Província Distrito
Unidade Destinatária
Código do destinatário
Data de abertura do Kit
ITEM FNM Descrição Kit A Quantidade Quantidade recebida Diferença
1 02A03A Hidróxido de Alumínio 50 mg Comprimidos 1,000
2 02E02A Loperamida Comp.2mg 7
3 04B05A Oxitocina 5 U.I. mL, injectável ampolas de 1mL 4
4 05A01A Aminofilina 100 mg Comprimidos 500
5 05A07A Salbutamol 4mg comprimidos 400
6 06A06A Sal Ferroso 90 mg + Ácido Fólico 1 mg Comprimidos 5,000
7 07A03A Paracetamol 500 mg Comprimidos 4,000
8 07A05A Paracetamol xarope (120 mg/ 5mL)Frasc. de 100/120mL 1
9 07I04A Diazepam 5 mg/ mL, Injectável ampolas de 2 mL 5
10 08A03A Penicilina Benzatínica 2400.000 UI Injectável 100
11 08A05A Penicilina Procaína 3.000,000 UI Injectável 2
12 08A06A Amoxicilina 500 mg cáps. 1,500
13 08A07A Amoxicilina 250 mg/ 5mL suspensão Oral frascos de 100 m 6
14 08C05A Kanamicina 2g/ 8mL Injectável 5
15 08D01A Eritromicina 500 mg Comprimidos 500
16 08E01A Doxiciclina 100 mg Comprimidos 300
17 08F01A Ácido Nalidíxico 500 mg Comprimidos 500
18 08G04A Cotrimoxazol 400 mg + 80 mg comprimidos 3,000
19 08G05A Cotrimoxazol 200 mg + 4 mg suspensão oral, frascos de 100 ml 5
20 08G08A Metronidazol 250 mg Comprimidos 2,000
21 08J01A Albendazol Comp. 200 mg 150
22 08J05A Praziquantel 600 mg Comprimidos 3
23 08K09A Sulfadoxina e Pirimetamina 500 + 25 mg Comprimidos 250
24 08K12C Artesunato rectal 50 mg sup.
25 08M04A Nistatina Gotas Orais 100.000 Ul/ ml Frasco 20ml 1
26 08M05A Clotrimazol 100 mg Comprimidos Vaginais 150
27 10A07A Hidroclorotiazida e Amilorido 50 + 5 mg Comprimidos 7
28 11A14A Lactado de Ringer Injectável IV, balões de 500 mL 1
29 11A19A Sais de Rehidratação Oral - Pac. p/ 1Litro 250
30 11A19B Sais Rehidratação Oral - fórmula reduzida - (7 mEq/ sódio, 7 mEq/ glucose) 
- Pac. p/ 1 Litro
5
31 12D03A Vitamina A + E (200.000 + 4 UI) - RETINOL - Cápsulas 2
32 13A01A Adrenalina 1mg/mL, injectável ampolas de 1 mL 5
33 13A02A Clorfeniramina 4 mg Comprimidos 500
34 14A03B Ibuprofeno Comp. 200g 500
35 15C15A Benzoato de Benzilo, Loção a 2 %, 1 Litro 1
36 15C20A Miconazol créme a 2% (2 mg/mL) 3 g 5
37 15C26A Violeta Genciana Pó - 2 g 2
38 17C07A Tetraciclina 1% Pomada Oftálmica 5
39 18B05A Lidocaína 2% Injectável frascos de 5 mL 1
40 20A10A Hipoclorito de Sódio - Sol. 1000 L. 2
41 23A01A Adesivo c/ Óxido de Zinco (2.5 cm x 5 m) Rolo 8
42 23A06A Algodão Hidrófilo Estéril, rolo 500g 6
43 23A17A Ligadura elástica (7.5 cm x 5 m) Rolo 7
44 23A28A Compressa de Gaze, não esterilizada, 1 cm X 1 cm, Rolo 4
45 Água destilada para injectáveis, Frasc. de 1 mL, embalagem plástica 100
46 Envelopes de plástico para embalar Comprimidos (100 cm x 100cm) 5,000
47 Fios de Sutura, absorvível, sintético, DEC2 (3/0 agulha circular 3/8 26mm, e 
ponta triangular)
2
48 Luvas (p/ exame, de látex, tamanho médio, descartável) - Par 1
49 Preservativos masculinos 300
50 Sabonetes de 110 a 125 g
51 Seringas descartáveis de 1 mL 7
52 Safety Box, p/ seringas usadas, 5 Litros 1
Completar o cabeçalho do impresso, identificando a [Unidade Sanitária], o [Distrito], a 
[Província] e a [Data de abertura do Kit];
Contar e reportar as quantidades de medicamentos presentes na caixa, na coluna 
[Quantidade Recebida];
A [Diferença] será calculada por: [Quantidade] – [Quantidade Recebida].
v
v
v
16 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
2.2 Lista de Embalagem de Medicamentos do Kit APE
A lista de embalagem deve ser preenchida na altura da abertura de cada kit APE
Lista de embalagem de medicamentos do KIt
Província Distrito
Unidade Destinatária
Código do destinatário
Data de abertura do Kit
ITEM FNM Descrição Kit A Quantidade Quantidade recebida Diferença
1 02A03A Hidróxido de Alumínio 50 mg Comprimidos 200
2 02E02A Loperamida Comp.2mg 3
3 04B05A Oxitocina 5 U.I. mL, injectável ampolas de 1mL 2
4 05A01A Aminofilina 100 mg Comprimidos 100
5 06A06A Sal Ferroso 90 mg + Ácido Fólico 1 mg Comprimidos 2,500
6 07A03A Paracetamol 500 mg Comprimidos 2,000
7 07A05A Paracetamol xarope (120 mg/ 5mL)Frasc. de 100/120mL 5
8 08A03A Penicilina Benzatínica 2400.000 UI Injectável 5
9 08A05A Penicilina Procaína 3.000,000 UI Injectável 2
10 08A06A Amoxicilin 500 mg cáps. 500
11 08A07A Amoxicilin 250 mg/ 5mL suspensão Oral frascos de 100 m 2
12 08C05A Kanamicina 2g/ 8mL Injectável 2
13 08D01A Eritromicina 500 mg Comprimidos 250
14 08E01A Doxiciclina 100 mg Comprimidos 150
15 08F01A Ácido Nalidíxico 500 mg Comprimidos 200
16 08G04A Cotrimoxazol 400 mg + 80 mg comprimidos 1,500
17 08G05A Cotrimoxazol 200 mg + 4 mg suspensão oral, frascos de 100 m 2
18 08G08A Metronidazol 250 mg Compimidos 1,000
19 08J01A Albendazol Comp. 200 mg 7
20 08J05A Praziquantel 600 mg Comprimidos 3
21 08K09A Sulfadoxina e Pirimetamina 500 + 25 mg Comprimidos 125
22 08K12C Artesunato rectal 50 mg sup. 6
23 08M04A Nistatina Gotas Orais 100.000 Ul/ ml Frasco 20ml 5
24 08M05A Clotrimazol 100 mg Comprimidos Vaginais 100
25 11A19A Sais de Rehidratação Oral - Pac. p/ 1Litro 125
26 11A19B Sais Rehidratação Oral - fórmula reduzida - (7 mEq/ sódio, 7 mEq/ glucose) 
- Pac. p/ 1 Litro
2
27 12D03A Vitamina A + E (200.000 + 4 UI) - RETINOL - Cápsulas 1
28 13A02A Clorfeniramina 4 mg Comprimidos 0
29 14A03B Ibuprofeno Comp. 200g 200
30 15C15A Benzoato de Benzilo, Loção a 2 %, 1 Litro 1
31 15C26A Violeta Genciana Pó - 2 g 1
32 17C07A Tetraciclina 1% Pomada Oftálmica 2
33 20A10A Hipoclorito de Sódio - Sol. 1000 L. 1
34 23A01A Adesivo c/ Oxido de Zinco (2.5 cm x 5 m) Rolo 4
35 23A06A Algodão Hidrófilo Estéril, rolo 500g 3
36 23A17A Ligadura elástica (7.5 cm x 5 m) Rolo 3
37 23A28A Compressa de Gaze, não esterilizada, 1 cm X 1 cm, Rolo 2
38 Água destilada para injectáveis, Frasc. de 1 mL, embalagem plástica 7
39 Envelopes de plástico para embalar Comprimidos (100 cm x 100cm) 3,000
40 Preservativos masculinos 300
41 Sabonetes de 110 a 125 g 3
42 Seringas descartáveis de 1 mL 5
43 Safety Box, p/ seringas usadas, 5 Litros 1
Completar o cabeçalho do impresso, identificando a [Unidade Sanitária], o [Distrito], a 
[Província] e a [Data de abertura do kit];
Contar e reportar as quantidades de medicamentos presentes na caixa, na coluna 
[Quantidade recebida];
Se houver [Diferença] será calculada por: [Quantidade] – [Quantidade Recebida].
v
v
v
17Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
3. CONSERVAÇÃODOS MEDICAMENTOS
A conservação constitui um dos aspectos importantes na gestão de medicamentos. Quando 
mal armazenados, as condições ambientais podem alterar a qualidade dos mesmos. Por esta 
razão, foram criadas algumas regras básicas para a conservação de medicamentos que devem 
ser implementadas.
Os elementos adversos dos medicamentos são: calor, luz, humidade, ratos e insectos. Também 
é necessário proteger os medicamentos dos roubos e do incêndio, para além de ter que ser 
sempre tomado em consideração o prazo de validade.
Alguns produtos requerem condições especiais de armazenagem:
As vacinas, a insulina e alguns citostáticos requerem temperaturas baixas, devendo ser 
conservados em câmaras frias, geleiras ou congeladores e devem circular de acordo com 
as normas especiais da cadeia de frio: 
Refrigerador não deve estar aberto por mais de 4 minutos;
O refrigerador deve ser somente dedicado a produtos de saúde;
Colocar medicamentos nas prateleiras do meio;
Colocar garrafas com água nas de baixo e cima para manter a temperatura constante;
Priorizar o armazenamento destes produtos durante a recepção.
Os estupefacientes, os psicotrópicos e outras substâncias de controlo específico devem ser 
guardados num local seguro, de preferência num cofre. Apenas o Chefe do Depósito e uma 
outra pessoa identificada terão acesso a estes produtos.
Os inflamáveis, tais como o álcool, éter dietílico, metanol etc., devem ser armazenados em 
quartos especiais, de preferência numa pequena construção separada. 
v
¸
¸
¸
¸
¸
v
v
18 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
Arrumação dos medicamentos
Os medicamentos recebidos devem ser arrumados imediatamente após a sua conferência. As 
regras de arrumação aqui listadas vão, uma vez aplicadas, facilitar a movimentação de carga 
dentro do seu armazém: 
Organizar o seu armazém de modo a facilitar o manuseamento dos produtos, a circulação 
do ar e a movimentação do pessoal; 
Organizar os produtos seguindo a ordem do Formulário Nacional de Medicamentos;
Colocar nas prateleiras as etIquetas com os respectivos códigos do FNM para indicar o 
lugar de cada produto, caso não haja prateleiras, provisoriamente pode-se usar caixas ou 
outros materiais convencionais;
Colocar o conteúdo pesado e frágil (injéctáveis e garrafas) nas prateleiras de baixo;
Eliminar pontas, ou superfícies cruzadas;
Nas prateleiras de cima são armazenados os sólidos (comprimidos, cápsulas, SRO), se a 
prateleira for muito alta, armazene somente os medicamentos que não são sensíveis ao 
calor e os que tem pouca rotação;
Se por acaso armazenar nas prateleiras do meio, líquidos e injectáveis, não colocar ou-
tros medicamentos em baixo, pois podem ser danificados se os líquidos verterem, ou se 
partirem;
Acondicionar os produtos de frio na câmara/geleira;
Colocar os produtos atractivos para roubo em local fechado com chaves;
Separar medicamentos impróprios dos outros;
Organizar as caixas de maneiras a que o Prazo de validade, etiquetas de identificação, data 
de fabrico estejam visíveis;
Seguir instruções do fabricante para armazenamento; 
Arrumar na medida do possível, um mesmo produto na mesma zona. Em caso de grandes 
volumes é necessário encher a prateleira e armazenar o restante das caixas numa zona 
única;
Proteger a carga de grande volume (cartões, material de penso, soros...) arrumando-as em 
estrados (paletes). 
v
v
v
v
v
v
v
v
v
v
v
v
v
v
19Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
Calor
O calor acelera a degradação dos medicamentos. Na medida do possível deve-se criar corren-
tes de ar na zona de armazenagem no sentido de baixar a temperatura ambiente no local.
Luz
Alguns medicamentos deterioram-se quando expostos à luz. A sensibilidade é variável em fun-
ção dos produtos, mas em regra, todos os produtos devem estar protegidos da luz (usando 
cortinas ou pintando as janelas com a cor branca).
É importante ler as indicações de conservação escritas no rótulo das embalagens ou etiquetas 
das caixas.
O facto de criar correntes de ar favorece também a acumulação de poeira 
no local de armazenagem, pelo que se deve limpar regularmente o 
armazém.
Antes de arrumar qualquer produto ou medicamento deve-se verificar o 
prazo de validade, aplicando a norma PEPS (Primeiro a Expirar Primeiro a 
Sair). Os produtos com prazo de validade mais longo devem ficar por trás. 
À frente os de prazo mais curto. Por outro lado deve-se prestar atenção e 
colocar os de prazo mais longo embaixo e os de prazo mais curto em cima.
20 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
Humidade
O bolor e o mofo são causados pela humidade, pela infiltração de água através do tecto, das 
paredes e poças de água no chão. Para evitar isso, devem-se proteger as caixas ou emba-
lagens de medicamentos da água que possa vir de cima ou de baixo (chuva, infiltrações,...), 
equipar os tectos com caleiras ou outros sistemas de drenagem, permitir a ventilação de ar e 
reparar rapidamente todas infiltrações. Os frascos de comprimidos e cápsulas devem manter-
se fechados e com saquetas de substâncias exsicadoras. 
Limpeza
Diariamente, deve-se limpar o pó das prateleiras, caixas, embalagens, sacudir as redes das 
janelas, varrer o chão, e tirar o lixo. Deve também ser estabelecido um calendário mensal de 
limpeza com água e sabão para as paredes, chão, janelas e portas.
As caixas NÃO devem ser arrumadas directamente no chão mas sim nas 
prateleiras, em paletes ou estrados para grandes volumes.
21Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
Ratos e Insectos
É necessário proteger os medicamentos contra o ataque de ratos, insectos ou outros animais. 
Assim, por exemplo, para evitar a aparição de baratas o armazém deve ser limpo regularmente.
Tendo em conta que os ratos destroem muitas vezes os soros, plásticos, comida e outros, os 
produtos devem ser bem arrumados verificando regularmente a integridade das embalagens.
Um armazém limpo e bem arrumado é menos sujeito à presença de roedores e de insectos. 
Os medicamentos impróprios para o uso devem ser destruídos regularmente. Enquanto aguar-
dam pela sua destruição devem estar isolados mas devidamente arrumados. 
Usar insecticidas e verificar se as redes das janelas e outras possíveis entradas de roedores e 
insectos estão protegidas e em boas condições. 
Roubo
De modo minimizar os riscos de roubo é necessária a tomada de algumas precauções.
Nos armazéns:
Limitar o acesso a área de armazenagem;
Permitir só a circulação de pessoal autorizado nas áreas de armazenagem;
Proceder à revista de pessoas na entrada e saída do armazém;
Assegurar que as portas e janelas tenham fechaduras fortes, grades e dispositivos de 
segurança;
As portas devem ter, pelo menos, duas fechaduras, cada uma com chaves diferentes.
Durante o transporte:
Usar embalagens fortes;
Fechar as embalagens (com uma fita plástica ou de metal, fita cola, em volta da embalagem);
Verificar cuidadosamente a mercadoria na altura da recepção; 
v
v
v
v
v
v
v
v
É proibido o consumo de alimentos nas áreas de conservação de 
medicamentos
22 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
O Responsável pelo Depósito de Medicamentos deve sempre verificar 
a integridade física do seu armazém, avisando o Responsável Clínico 
logo que se detecte qualquer anomalia que possa constituir risco para 
segurança dos produtos.
Prazos de validade
É possível minimizar as perdas devido a expiração de prazo de validade através das seguintes 
medidas:
Prever as necessidades correctamente;
Arrumar correctamente os medicamentos;
Aviar primeiro os medicamentos com prazo de validade mais curto (regra PEPS - Primeiro 
a Expirar, Primeiro a Sair);
Devolver o stock acumulado ou produtos que não se usam para o depósito fornecedor;
Discutir com clínico sobre a utilização de medicamentos que estão a acumular-se.
v
v
v
v
v
23Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
Lista de verificação das condições de armazém
1. O depósito está separado do Ambulatório? Sim o Não o2. Existe espaço suficiente para armazenar medicamentos no depósito Sim o Não o
3. O depósito tem duas fechaduras, cada uma com a sua chave e está 
devidamente gradeado?
Sim o Não o
4. O depósito está sempre fechado quando não existe pessoal a 
trabalhar? 
Sim o Não o
5. A entrada do armazém é restrita e todos são revistados à entrada e 
saída? 
Sim o Não o
6. O armazém está isento de infiltração, tem boa ventilação e está 
protegido da luz solar directa? 
Sim o Não o
7. O depósito é desinfestado regularmente e não apresenta nenhum 
sinal de presença de insectos e roedores?
Sim o Não o
8. Os medicamentos são armazenados nas prateleiras e não existem 
medicamentos em contacto directo com a luz solar? 
Sim o Não o
9. Os psicotrópicos são armazenados em local seguro com pelo 
menos duas fechaduras/cadeados?
Sim o Não o
24 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
4. UTILIZAÇÃO DA FICHA DE STOCK AO NÍVEL 
DO DEPÓSITO DO CENTRO DE SAÚDE 
É importante relembrar que ao nível do depósito do Centro de Saúde os kits são todos 
abertos no acto de recepção, passando os produtos para a gestão pela via clássica.
Com a Ficha de Controlo de Stock, poder-se-á: 
Controlar a quantidade de medicamentos existentes;
Controlar o prazo de validade do Medicamento;
Controlar o Stock de Segurança; 
Calcular a quantidade necessária de medicamentos;
Controlar os movimentos de medicamentos;
Aumentar a transparência na gestão dos medicamentos.
A FICHA DE STOCK (Modelo 03) deve ser utilizada para todos os produtos presentes e geridos 
no depósito, incluindo os livros de modelos.
As informações são processadas sempre que haja um movimento de saída, inventário ou de 
entrada como ilustrado no modelo a seguir.
v
v
v
v
v
v
A Ficha de Stock é o documento obrigatório no registo de entradas, saídas, 
inventário bem como da quantidade de reforço pedida ao Depósito 
Fornecedor. 
Todas as Fichas de Stock devem ser colocadas na prateleira junto aos 
medicamentos correspondentes.
25Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
Modelo 03 Ficha de Stock
Original ˛ Duplicado o Triplicado o
No stock ao lado dos produtos
Regras de preenchimento do Modelo 03
Cabeçalho da Ficha de Stock: 
Identificação da [Unidade Sanitária] ou do depósito e da [Província];
Código do Produto no [FNM], e [Designação, Dosagem, Forma] do Medicamento ou 
artigo médico;
O [Consumo Médio Mensal] é calculado e reportado na FICHA DE STOCK na altura da 
elaboração da requisição mensal. Este dado será actualizado trimestralmente; 
Os [Prazos de Validade], devem ser preenchidos. Se existirem várias datas para o mes-
mo produto, cada uma delas deve ser registada e classificada de maneira decrescente.
v
v
v
v
Informações referentes aos movimentos de medicamentos: 
A [Data do movimento] corresponde à data (dia, mês e ano) em que realizou o 
movimento;
A [Origem] dos produtos quando se recebe ou o [Destino] quando se avia para as uni-
dades dependentes;
O [N° de documento] utilizado para realizar o movimento;
Ao receber os artigos considera-se como movimento de entrada (Guia de Remessa do 
Depósito Fornecedor, devolução de uma Unidade Dependente). Preenche-se a coluna 
[Entradas] indicando a respectiva quantidade;
Se aviar os artigos, considera-se como movimento de saída (Guia de Remessa para a uni-
dade Requisitante). Preenche-se a coluna [Saídas] indicando a respectiva quantidade; 
A coluna [Stock Existente] corresponde a quantidade em stock depois do movimento;
v
v
v
v
v
v
: F
CM
A
M
 - 
M
od
el
o 
03
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
CENTRAL DE MEDICAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS
FICHA DE STOCK
Unidade Sanitária: Distrito: Província: MaputoBoaneCS Boane
MaternidadeEnfermaria de armácia de:
FNM
Designação (Nome, Dosagem e Forma 
Farmacêutica)
CMM Prazos de Validade
Data do 
Movimento
Origem/Destino do Movimento
N° de 
Documento
Entradas
Ajustes 
Negativos
Ajustes 
Positivos
Saídas
Stock
Existente
Pedidos Rubrica
… Transporte :
Data do 
Movimento
Origem/Destino do Movimento
N° de 
Documento
Entradas
Ajustes 
Negativos
Ajustes 
Positivos
Saídas
Stock
Existente
Pedidos Rubrica
… Transporte :
07-A-03 Paracetamol 500 mg Comp. 25000 25/02/2009
5,000
9,0004,00018/03/2008
31/03/2008
31/03/2008
Correcção do inventário
Depósito do CS GR 000432
Inventário mensal
inv003/08 200
inv003/08 8,800
Continua F
26 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
A coluna [Ajustes Negativos] é utilizada para o registo de situações extraordinárias tais 
como o registo de quebras, roubos, a correcção de dados errados contidos na Ficha de 
Stock, etc.;
A coluna [Ajustes Positivos] é utilizada para o registo de situações extraordinárias re-
sultantes de quantidades adicionais encontradas durante os inventários ou correcção de 
dados errados contidos na Ficha de Stock, etc.;
A coluna [Pedidos] corresponde à quantidade requisitada por cada um dos 
dependentes.
v
v
v
Quando se chega ao fim da Ficha de Stock (última linha), deverá transportar o Stock Existente 
para a nova ficha (ou verso) colocando na coluna [... transporte].
4.1 Processo de Inutilização 
É o conjunto das actividades que permitem a destruição de produtos farmacêuticos que não 
estão em condições para serem consumidos. 
Esta destruição pode ser por incineração, por aterro ou esmagamento em lugares apropriados 
e só pode ser feita nos seguintes pontos : 
Armazéns Centrais CMAM; 
Depósitos Provinciais e Distritais de Medicamentos; 
Depósitos dos Hospitais Centrais, Provinciais e Gerais;
Centros de Saúde.
4.2 Produtos que devem ser considerados para 
Inutilização 
Devem ser inutilizados todos os produtos farmacêuticos que estejam: 
Com prazo de validade expirado; 
Considerados impróprios para o consumo pelo Laboratório Nacional de Controlo de 
Qualidade dos Medicamentos (LNCQM) mediante o Certificado de Análises;
Declarados pelo pessoal técnico competente (Farmacêutico, Médico ou Técnico de 
Farmácia) como: 
Deteriorados devido a condições climatéricas adversas ou quebras; 
Com características organolépticas alteradas (mudança de cor, cheiro, presença de par-
tículas estranhas e turvação em solutos, etc.); 
Com embalagens danificadas (enferrujadas, amolgadas, sem rótulos ou rótulos pouco 
legíveis). 
4.3 Processo de Devolução 
A devolução é quando uma Unidade Sanitária ou um depósito decide mandar de volta uma 
parte do seu stock para o seu Depósito Fornecedor. 
v
v
v
v
v
v
v
*
*
*
27Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
A devolução deve ser considerada como uma remessa da Unidade Dependente para o Depósito 
Fornecedor. 
As razões que determinam um processo de devolução são: 
Excesso de stock de determinado produto; 
Não utilização de um determinado produto em stock; 
Produtos recebidos do Depósito Fornecedor que não foram requisitados. 
Os acumulados do Centro de Saúde devem ser devolvidos ao distrito com periodicidade 
mensal.
O processo de devolução é suportado pelo modelo da GUIA DE REMESSA / ENTRADA (Modelo 
02) marcado como “Devolução”, acompanhado de um Relatório de Ocorrência, detalhando as 
razões da devolução para cada um dos produtos. 
Guia de Remessa utilizada para devolução
Em geral a devolução segue as mesmas regras de preenchimento e valorização como 
se fosse uma remessa normal, no entanto existem algumas variantes:
Marca-se a guia como “Devolução”;
Na zona [Depósito Fornecedor] deve aparecer o nome da Unidade Sanitária ou do 
Depósito que realiza a devolução;
Na zona [Unidade Dependente] deve aparecer o nome do Depósito que vai receber os 
produtos devolvidos;
Não se preenche a zona [Data de Requisição] mas sim a [Data de remessa];
Não esquecer elaborar um RELAtÓRIO DE OCORRÊNCIAS que explica o motivo 
da devolução.
v
v
v
v
v
v
v
v
No caso da acumulação de stock de um determinado produto, a devolução 
para o Depósito Fornecedor deve ser realizada com antecedência 
suficiente, de modo permitir a redistribuição e o uso do produto numa 
outra Unidade Sanitáriaantes da sua expiração.
CM
A
M
 - 
M
od
el
o 
02
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
CENTRAL DE MEDICAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS
GUIA DE REMESSA Nº ENTRADA
O
rig
in
al
Depósito Fornecedor: Unidade Dependente: Fornecimento 
N°
Distrito: N° de Requisição:
N° Total de Volumes: Devolução
Data da Requisição: Expirado
Província: Data da Remessa: Acumulado Data da Recepção:
Preenchido pelo Depósito Fornecedor Preenchido pela Unidade Dependente
FNM
Designação
N° de Lote Prazo de 
Validade
Quantidade
Pedida
Quantidade
Fornecida
Preço Unitário Valor Quantidade 
Recebida
Diferença
Nome Dosagem Forma Farmacêutica QF PU QF x PU QR QR - QF
1
2
3
4
D
up
lic
ad
o
5
6
7
8
9
10
Tr
ip
lic
ad
o
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Valor da Remessa:
Elaborado por: Conferido por: Transportado por: Recebido por:
11-A-10 Gelatina olimerizada 500 ml Inj. AZB359 25/08/09 100 200
600
2
1
Boane
Maputo 2/4/2008
DDM Boane CS Boane
000690
28 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
Distribuição
de Medicamentos
30 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
31Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
5. DISPENSA DE MEDICAMENTOS NA FARMÁCIA 
DO SERVIÇO AMBULATÓRIO 
A Farmácia do Serviço Ambulatório deve estar bem organizada, arrumada e limpa, particular-
mente a mesa de trabalho, de modo a facilitar a embalagem dos medicamentos com uma parte 
separada para recolha de dinheiro. 
5.1 Atendimento ao Público 
Na Farmácia, a dispensa de medicamentos é feita contra a apresentação de uma RECEITA 
MÉDICA, modelo em uso no Serviço Nacional de Saúde. 
A RECEITA MÉDICA é o meio de comunicação entre o pessoal clínico, o pessoal da farmácia 
e o próprio doente, por isso é fundamental que a mensagem transmitida pelo clínico e pelo 
pessoal da farmácia ao doente seja coerente. 
Os objectivos da RECEITA MÉDICA são : 
Garantir a entrega ao doente dos medicamentos adequados em quantidade certa; 
Contribuir e facilitar a explicação ao doente sobre como tomar os medicamentos; 
Servir de comprovativo de pagamento dos medicamentos prescritos. 
5.2 Interpretação da Receita Médica 
O doente deve apresentar-se com 2 exemplares da RECEITA MÉDICA (Modelo 06) devida-
mente preenchidos pelo clínico (original + duplicado).
O pessoal da farmácia deve verificar se a receita médica é legível, se está devidamente pre-
enchida e assinada por um clínico autorizado a prescrever. Para o efeito, este deve ter à sua 
disponibilidade a lista dos clínicos autorizados a prescrever na Unidade Sanitária. Esta lista 
deve discriminar o nível de formação, a identificação completa e a rúbrica de cada prescritor. 
Assim, com esta lista o pessoal da Farmácia deve: 
Controlar a identificação do prescritor devendo este fazer parte do pessoal clínico da 
Unidade Sanitária autorizado a prescrever; 
Verificar a adequação entre o nível de prescrição e os medicamentos prescritos; 
Procurar o nome genérico, e verificar se o medicamento é apropriado para idade, sexo e 
peso do paciente; 
Verificar se o medicamento foi prescrito na forma e dose apropriada; 
Verificar se foi prescrito mais de um medicamento, se assim fôr, rever e preparar um de 
cada vez, verificar se existem interacções entre eles. 
v
v
v
v
v
v
v
v
Cada Receita Médica só pode ser aviada na Unidade Sanitária onde for 
prescrita.
32 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
5.3.1 Recolha da embalagem do Medicamento e 
verificação do Prazo de Validade
Alguns medicamentos têm embalagens semelhantes, confirme sempre o nome genérico, a 
forma e dosagem no rótulo da embalagem;
Embalar e rotular apropriadamente o medicamento;
Colocar a seguinte informação na embalagem:
Nome do doente;
Data; 
Nome do medicamento, dosagem e forma;
Quantidade e prazo de validade.
5.3.2 Instruções de utilização
Abrir a embalagem; verificar a qualidade dos medicamentos, contar a quantidade necessária 
de uma forma limpa e segura
Depois do frasco aberto, se notar algum odor, o medicamento pode estar deteriorado, se as cáp-
sulas ou comprimidos estiverem partidos, moles, com coloração alterada, estão adulterados. 
Contar os comprimidos e as cápsulas usando espátula e contador, caso não tenha um conta-
dor pode, fazê-lo usando folhas de papel ou chapas de R-X usadas, ou uma superfície limpa 
coberta com papel. 
Nunca use as mãos para contar medicamentos, pode contaminar a si e ao medicamento. 
Colocar o medicamento prescrito na embalagem para o doente levar para casa
Pôr cada medicamento em embalagens individuais, devidamente rotuladas, usando uma 
espátula e contador ou um funil no caso de líquidos; 
Não misturar medicamentos diferentes da mesma pessoa na mesma embalagem, ou medi-
camentos iguais de pessoas diferentes na mesma embalagem. 
Devolver o mais rápido possível os medicamentos que restarem no contador para o 
frasco original
Se mais de um medicamento foi prescrito, fechar o frasco de um medicamento antes de 
abrir o próximo;
Preparar todos medicamentos prescritos antes de entregá-los ao doente. 
Entregar o Medicamento ao doente e instruir como tomar:
1) Dizer o nome e para que serve o medicamento ao doente; 
2) Explicar como deve ser tomado o medicamento;
3) Explicar quando deve ser tomado o medicamento e por quanto tempo deve tomá-lo;
4) Colocar instruções nas paredes sobre como se faz a toma dos medicamentos mais 
prescritos;
5) Mostrar ao doente como deve preparar o medicamento e exemplificar caso necessário;
v
v
v
¸
¸
¸
¸
v
v
v
v
33Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
6) Explicar como dividir o medicamento, como medir volumes (por exemplo 15mL é uma co-
lher de sopa), como preparar suspensões pediátricas, quando os medicamentos devem ser 
mastigados, ingeridos com alimentos e outras;
7) Pedir ao doente para fazer uma demonstração do que explicou;
8) Explicar ao paciente que deve tomar os medicamentos até ao fim, mesmo que se sin-
ta melhor, principalmente quando se trata de antibióticos e medicamentos para doenças 
crónicas;
9) Instruir ao doente para guardar o medicamento em local seguro e longe do alcance 
das crianças e que deve guardar o medicamento em local seco, sem luz solar directa e 
longe do alcance de insectos e roedores.
Controlar se a [Quantidade Receitada] corresponde à quantidade necessária para cumprir a 
posologia prescrita. 
Modelo 06 Receita Médica
Original ˛ Duplicado ˛ Triplicado o
Quando dispensar um medicamento explique ao doente como deve 
tomá-lo, Certifique-se que o doente entendeu
CM
A
M
 - 
M
od
el
o 
06
SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE
REPÚBLICA DE
MOÇAMBIQUE
Nº 054655 Unidade Sanitária: CS Boane Data: 14/05/2008
Nome do doente: Guilhermina João Idade: 35 anos Nº de NID 523
Morada: Bairro Novo
Descrição
Posologia
Duração 
tratamento
Quantidade
receitada Av
ia
do
Receita sujeita a 
taxa única
FNM Nome genérico Dosagem Forma Farmacêutica
7-A-2 Paracetamol 500 mg comp. 1 comp. 3 vezes por dia 3 dias 9
Prescritor Farmácia Valor Total: 500
Leonardo Santaca Carolina Langa
Valor Subsidiado: 0
Assinatura Assinatura Valor Cobrado: 500
Trazer sempre esta receita médica à novas consultas
Se a Receita Médica não estiver correctamente preenchida ou se 
apresentar dados duvidosos, o pessoal da farmácia deve consultar o 
clínico que a elaborou ou o Responsável Clínico da US, para clarificação 
dos dados duvidosos.
34 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
5.3.3 Completar a Receita Médica 
No processo de aviamento compete ao pessoal da farmácia completar a Receita Médica, cal-
culando ou completando as quantidades a entregar ao paciente, o valor a cobrar e eventual-
mente o valor de subsídio calculado por aplicação das regras de desconto. 
Deve-se completar os dois exemplares da Receita Médica, usando uma folha de papel 
químico. 
O pessoal da farmácia deve: 
a) Verificar no seu stock a disponibilidade dos medicamentos prescritos:
Se existir, marcar o produto como “aviado”: ˛
Se não existir, marcar o produto como“não aviado”: ˝ 
5.3.4 Cobrança do valor da Receita 
Uma vez completada a Receita Médica recebe-se o valor correspondente (dinheiro) e regista-
se na zona [Valor Cobrado]. Posteriormente, o pessoal da farmácia assina as receitas, confir-
mando assim que o processo está completo. 
No rótulo deve aparecer de maneira legível: 
O N° de FNM; 
O nome, dosagem, forma farmacêutica; 
Após reembalagem escrever o prazo de validade; 
A quantidade de unidades; 
A posologia transcrita de maneira simples para o paciente perceber. 
v
v
v
v
v
v
v
É recomendado ter duas pessoas, uma para aviar os medicamentos 
e outra para receber os valores monetários cobrados, evitando assim 
a contaminação dos medicamentos dispensados. Caso contrário é 
importante lavar as mãos regularmente. 
Antes de qualquer aviamento de medicamentos deve-se assegurar que o 
produto está dentro do prazo de validade
O montante do desconto calculado, após o paciente apresentar 
documentos para esse efeito, deve ser colocado na zona [Valor 
Subsidiado], sendo o [Valor Cobrado] igual ao Valor Total menos Valor 
Subsidiado.
35Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
Uma boa prática de dispensa de medicamentos deve assegurar que: 
O doente recebe o medicamento prescrito; 
Na quantidade correcta; 
Com instruções claras; 
Numa embalagem que mantenha a qualidade e a estabilidade do medicamento. 
5.4 Receita Médica de Estupefacientes e Substâncias 
Psicotrópicas 
Para além das especificações das receitas normais, as receitas que contém Estupefacientes 
e Substâncias Psicotrópicas devem obedecer às normas do Artigo 18 da Lei n.º 4/98, de 3 de 
Março.
Estas normas aplicam-se aos medicamentos ou substâncias contidas nas tabelas I a III anexas 
à Lei em referência e no Diploma Ministerial n.º 160/88, de 16 de Novembro, sendo a prescri-
ção realizada numa Receita Médica específica, independentemente dos outros medicamentos 
que não constem nestas tabelas.
Assim, devem aparecer de maneira legível o seguinte: 
Identificação do prescritor na zona de assinatura 
	 Nome, endereço e assinatura 
Identificação do doente 
	 Nome, morada, sexo, idade, N° de BI ou Cédula ou outro documento de identificação 
Identificação dos produtos prescritos. 
 Nome genérico, dosagem, forma farmacêutica, a posologia e o tempo de tratamento, des-
critos de maneira legível, a quantidade total a ser receitada para o paciente, descrita por 
extenso.
v
v
v
v
v
v
v
Está demonstrado que os rótulos com símbolos têm a máxima eficácia 
para o doente perceber as instruções da posologia, devendo ser utilizados 
na medida do possível
Para se certificar que a pessoa compreendeu, é aconselhável pedir que 
esta repita a explicação dada.
36 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
Modelo 06 Receita Médica
Original ˛ Duplicado ˛ Triplicado o
O Pessoal da farmácia só poderá aviar receitas médicas contendo Estupefacientes e 
Substâncias Psicotrópicas nas condições estabelecidas no artigo 19 da Lei 3/97 de 13 de 
Março de1997, conjugado com o estabelecido nos N° 6-1, 6-2 e 6-3 do Despacho Ministerial 
de 20 de Setembro de 1989.
O Original da RECEITA MÉDICA fica na farmácia, e a cópia é entregue ao doente.
Estas receitas devem ser registadas num livro especial de modelo aprovado (a ser fornecido 
pela Inspecção Farmacêutica) e conservadas em poder da farmácia durante 5 anos, sendo su-
jeitas à fiscalização pelas autoridades competentes. Neste registo, deve constar o nome, cate-
goria e a residência do clínico que prescreveu, bem como a US onde foi observado o doente. 
5.4.1 Fundo Social de Medicamentos (FSM) 
Refere se ao decreto N° 16/88, de 27 de Dezembro “Regulamento do Fundo Social para 
Medicamentos e Suplementos Alimentares Infantis” 
Critérios para concessão de subsídios: 
Para se beneficiar do FSM o interessado deve apresentar à farmácia, os seguintes ele-
mentos comprovativos da sua identificação: nome, residência, idade, estado civil, situação 
laboral, salário mensal; 
Compete à respectiva entidade patronal ou direcção da instituição (se o interessado for 
internado em instituição social do estado ou instituição prisional) fornecer os elementos de 
identificação; 
Os dadores de sangue são identificados através do respectivo cartão ou documento de 
dador (quando fez doação nos últimos 6 meses); 
Os doentes crónicos são identificados pelo prescritor, na Receita Médica, pela menção 
“Doente crónico”. 
v
v
v
v
CM
A
M
 - 
M
od
el
o 
03
SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE
REPÚBLICA DE
MOÇAMBIQUE
Nº 054655 Unidade Sanitária: CS Boane Data: 14/05/2008
Nome do doente: Guilhermina João Idade: 35 anos Nº de NID 523
Morada: Bairro Novo
Descrição
Posologia
Duração 
tratamento
Quantidade
receitada Av
ia
do
Receita sujeita a 
taxa única
FNM Nome genérico Dosagem Forma Farmacêutica
7-B-2 Mor�na 10 mg Inj. de 4 em 4 horas 2 dias 12
Prescritor Farmácia Valor Total: 500
Leonardo Santaca Carolina Langa
Valor Subsidiado: 0
Assinatura Assinatura Valor Cobrado: 500
Trazer sempre esta receita médica à novas consultas
37Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
Categorias de doentes com direito a desconto 
Desconto de 50% Desconto de 80% Desconto total (Gratuito) 
Doentes crónicos 
(diabéticos, hipertensos, 
cardiopatas, etc...) 
Reformados e 
aposentados 
Indivíduos com idade 
igual ou superior a 60 
anos 
Diminuídos físicos inca-
pacitados para o trabalho 
Cônjuges dos benefi-
ciários das categorias 
anteriores quando não 
exerçam actividade 
remunerada, bem como 
aos filhos menores 
v
v
v
v
Detidos 
Estudantes em regime 
de internados 
Desempregados e 
indigentes 
Dadores de Sangue 
Empregados domés-
ticos de�idamente 
identificados 
v
v
v
v
v
5.4.2 Assistência Médica e Medicamentosa 
Refere se ao Estatuto Geral dos Funcionários do Estado (EGFE), 1996 “Regulamento da 
Assistência Médica e Medicamentosa aos funcionários do Estado” 
O Estatuto Geral dos Funcionários do Estado através do Diploma Ministerial N° 16/88 de 27 de 
Dezembro e o Regulamento de Assistência Médica e Medicamentosa estabelecem subsí-
dios aos funcionários do Aparelho de Estado e membros do seu agregado familiar, assim como 
aposentados do Estado, desde que munidos do cartão de Saúde. 
Estas categorias têm direito a desconto na aquisição de medicamentos, quando adquiridos nas 
farmácias das Unidades Sanitárias do SNS, em função dos seguintes escalões: 
Desconto de 50% - Grupo N° I (categoria Salarial) - A – G 
Desconto de 80% - Grupo N° II (categoria Salarial) - H – Q 
Desconto de 95% - Grupo N° III (categoria Salarial) - R – Z 
v
v
v
38 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
6. DISTRIBUIÇÃO AOS SERVIÇOS DE 
INTERNAMENTO 
Neste capítulo vão ser descritos os passos para: 
A gestão dos medicamentos a nível de um Serviço de Internamento com o preenchimento 
de uma FICHA DE STOCK; 
A realização do Inventário Mensal; 
A distribuição de medicamentos a partir de um Depósito Fornecedor para um Serviço de 
Internamento; 
A administração dos medicamentos para os doentes. 
6.1 Preenchimento da Ficha de Stock 
A FICHA DE STOCK (Modelo 03) é de uso diário e é utilizada a nível das enfermarias para 
registar os movimentos de medicamentos (entradas e saídas). 
Este modelo é único e substitui as Fichas Mensais de Stock - Internamento anteriormente utili-
zadas, e será mantida na enfermaria.
Esta Ficha de Stock tem como particularidade a associação de funções, do controlo de stocks 
e do Inventário e vai permitir: 
Controlar a quantidade de medicamentos existentes; 
Calcular a quantidade necessária de medicamentos; 
Controlar os movimentos de medicamentos; 
Aumentar a transparência na gestão dos medicamentos. 
Modelo 03 Ficha de Stock
v
v
v
v
v
v
v
v
: F
CM
A
M
 - 
M
od
el
o 
03
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
CENTRAL DE MEDICAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS
FICHA DE STOCK
Unidade Sanitária: Distrito: Província: MaputoBoaneCS Boane
MaternidadeEnfermaria de armácia de:
FNM
Designação (Nome, Dosagem eForma 
Farmacêutica)
CMM Prazos de Validade
Data do 
Movimento
Origem/Destino do Movimento
N° de 
Documento
Entradas
Ajustes 
Negativos
Ajustes 
Positivos
Saídas
Stock
Existente
Pedidos Rubrica
… Transporte :
Data do 
Movimento
Origem/Destino do Movimento
N° de 
Documento
Entradas
Ajustes 
Negativos
Ajustes 
Positivos
Saídas
Stock
Existente
Pedidos Rubrica
… Transporte :
07-A-03 Paracetamol 500 mg Comp. 25000 25/02/2009
5,000
9,0004,00018/03/2008 Depósito do CS GR 000432
3�Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
Regras de preenchimento do Modelo 03
Cabeçalho da Ficha de Stock: 
Identificação da [Unidade Sanitária] ou do depósito e da [Província];
Código do Produto no [FNM], e [Designação, Dosagem, Forma] do Medicamento ou 
artigo médico;
O [Consumo Médio Mensal] é calculado e reportado na FICHA DE STOCK na altura da 
elaboração da requisição mensal. Este dado será actualizado trimestralmente; 
Os [Prazos de Validade], devem ser preenchidos. Se existirem várias datas para o mes-
mo produto, cada uma delas deve ser registada e classificada de maneira decrescente.
v
v
v
v
Informações referentes aos movimentos de medicamentos: 
A [Data do movimento] corresponde à data (dia, mês e ano) em que realizou o 
movimento;
A [Origem] dos produtos quando se recebe ou o [Destino] quando se avia para as uni-
dades dependentes;
O [N° de documento] utilizado para realizar o movimento;
Ao receber os artigos considera-se como movimento de entrada (Guia de Remessa do 
Depósito Fornecedor, devolução de uma Unidade Dependente). Preenche-se a coluna 
[Entradas] indicando a respectiva quantidade;
Se aviar os artigos, considera-se como movimento de saída (Guia de Remessa para a uni-
dade Requisitante). Preenche-se a coluna [Saídas] indicando a respectiva quantidade; 
A coluna [Stock Existente] corresponde a quantidade em stock depois do movimento;
A coluna [Ajustes Negativos] é utilizada para o registo de situações extraordinárias tais 
como o registo de quebras, roubos, a correcção de dados errados contidos na Ficha de 
Stock, etc.;
A coluna [Ajustes Positivos] é utilizada para o registo de situações extraordinárias re-
sultantes de quantidades adicionais encontradas durante os inventários ou correcção de 
dados errados contidos na Ficha de Stock, etc.;
A coluna [Pedidos] corresponde à quantidade requisitada por cada um dos 
dependentes.
v
v
v
v
v
v
v
v
v
Quando se chega ao fim da Ficha de Stock (última linha), deverá transportar o Stock Existente 
para a nova ficha (ou verso) colocando na coluna [... transporte].
40 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
6.2 Processo de Inventário a Nível das Enfermarias e do 
Serviço Ambulatório
O processo de inventário a nível das enfermarias está associado ao correcto uso e preenchi-
mento da FICHA DE STOCK.
A contagem física dos medicamentos em stock na enfermaria deve ser realizada no fim de cada 
mês e registada na coluna [Stock existente] da FICHA DE STOCK. 
6.3 Processo de Requisição Interna 
O Enfermeiro Chefe da enfermaria ou o responsável do serviço ambulatório, em função dos 
doentes internados, das prescrições feitas e do stock de medicamentos existentes no serviço, 
elabora para cada período uma REQUISIÇÃO INTERNA dos produtos que necessita. Este do-
cumento reporta as saídas e o stocks existentes no final do período. O modelo de requisição in-
terna está concebido por forma a funcionar também como balancete, para registar os resumos 
de saídas, entradas e o inventário. Os dados das requisições internas e dos balancetes são 
extraídos das Fichas de Stock existentes nos respectivos serviços. No modelo de Requisição 
Interna/Balancete está incluída no final uma coluna para o registo do Consumo Médio do perí-
odo (semanal ou quinzenal) calculado no fim do mês pelo Responsável do Depósito.
6.3.1 Periodicidade de Requisição dos serviços dependentes
Para os Centros de Saúde com ambulatório independente do depósito, o fornecimento de 
medicamentos a este serviço deve ser semanal ou quinzenal, exceptuando-se as situações 
de urgência justificadas. Esses ambulatórios devem dispor de um armário ou espaço segu-
ro para armazenar medicamentos para o referido período. Nestes serviços, o fornecimento 
de medicamentos do armário para a mesa de aviamento de receitas e reembalagem de 
medicamentos deve ser em função do consumo diário e tendo em conta as embalagens 
de medicamentos. Na mesa de aviamento, o novo frasco do mesmo produto só pode ser 
aberto quando acaba o frasco anterior. 
Para os Centros de Saúde com ambulatório situado no mesmo espaço que o depósito 
nos quais não exista um armário ou qualquer outro espaço seguro para o armazenamento 
de medicamentos para este serviço, o respectivo fornecimento deve ser efectuado diaria-
mente, directamente do Depósito da Unidade Sanitária para a mesa de aviamento de 
receitas e, tendo em conta consumo diário e as embalagens de medicamentos. Na mesa 
de aviamento, o novo frasco do mesmo produto só pode ser aberto quando acaba o frasco 
anterior. 
v
v
O [Inventário] dos medicamentos será posteriormente comparado ao 
[Stock teórico no início do período]. 
A eventual discrepância (diferenças) entre o [Inventário] e o [Stock 
teórico] será registada na última coluna [Ajustes Negativos] caso se 
observem menos quantidades do que o stock teórico, ou [Ajustes 
Positivos] caso observem-se quantidades superiores às registadas na 
coluna [Stock Existente] do modelo, sendo necessária a análise das 
diferenças, em coordenação com o Responsável Clínico da Enfermaria, de 
modo a apurar as razões das discrepâncias. 
41Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
6.3.2 Preenchimento da Requisição Interna / Balancete 
A REQUISIÇÃO INTERNA é feita em 2 exemplares ficando sempre o duplicado no livro. No 
final de cada mês, após completamente preenchida a Requisição, o original fica arquivado a 
nível do Depósito Fornecedor. 
O Modelo 04 de REQUISIÇÃO INTERNA é constituído por várias partes que devem ser preen-
chidas directamente no livro utilizando papel químico: 
Regras de preenchimento do Modelo 04
A ser preenchido pela Enfermaria/Ambulatório: 
Identificação da [Unidade Sanitária], do [Distrito] e da [Província];
[O nome do serviço de internamento ou ambulatório], [Mês e Ano];
Código do Produto no [FNM], e [Designação, Dosagem, Forma] do Medicamento ou 
artigo médico;
[Quantidade Pedida e data do pedido];
No início de cada mês [Stock no início do mês] que corresponde ao [Stock existente] 
na Semana 1;
[Stock existente] deve ser preenchido antes de fazer-se uma requisição; 
[total dos Fornecimentos] resultado do somatório dos Fornecimentos nas diferentes 
semanas
[Inventário do fim do mês];
[Saídas totais] resultado da diferença entre o Stock Incial, mais Total de fornecimentos, 
menos Inventário;
[Consumo médio do período], onde o fornecimento é semanal, este dado é obtido: 
[Saídas totais]/4 e onde o abastecimento é quinzenal: [Saídas totais]/2;
Os espaços [Recebi] devem ser assinados no acto de recepção dos medicamentos pela 
Enfermaria/Ambulatório;
Devem também, para cada período de reposição ser assinados os espaços [Elaborado por] 
e [Visto por].
v
v
v
v
v
v
v
v
v
v
v
O livro de REQUISIÇÃO INTERNA fica sempre arquivado na farmácia de 
serviço de internamento ou do ambulatório.
42 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
Original
CMAM - Modelo 04
RE
PÚ
BL
IC
A
 D
E 
M
O
ÇA
M
BI
Q
U
E
M
IN
IS
TÉ
RI
O
D
A
 S
AÚ
D
E
CE
N
TR
A
L 
D
E 
M
ED
IC
A
M
EN
TO
S 
E 
A
RT
IG
O
S 
M
ÉD
IC
O
S
RE
Q
U
IS
IÇ
Ã
O
 IN
TE
RN
A
/B
A
LA
N
CE
TE
 N
º
U
ni
da
de
 S
an
itá
ria
:
D
is
tr
ito
:
Pr
ov
ín
ci
a:
En
fe
rm
ar
ia
:
Fa
rm
ác
ia
 d
o 
A
m
bu
la
tó
rio
:
M
ÊS
/A
N
O
:
FN
M
D
es
ig
na
çã
o
St
oc
k 
no
 
In
íc
io
 d
o 
M
ês
Pe
di
do
s 
e 
Fo
rn
ec
im
en
to
s 
D
ur
an
te
 o
 M
ês
To
ta
l d
os
Fo
rn
ec
im
en
to
s
In
ve
nt
ár
io
 n
o 
Fi
m
 d
o 
M
ês
To
ta
l S
aí
das 
D
ur
an
te
 o
 M
ês
Co
ns
um
o
M
éd
io
 d
o 
Pe
río
do
Se
m
an
a 
1
Se
m
an
a
2
Se
m
an
a
3
Se
m
an
a
4
SI
Q
ua
nt
id
ad
e
Pe
di
da
Q
ua
nt
id
ad
e
Fo
rn
ec
id
a
Q
ua
nt
id
ad
e
Pe
di
da
St
oc
k 
Ex
is
te
nt
e
Q
ua
nt
id
ad
e
Fo
rn
ec
id
a
Q
ua
nt
id
ad
e
Pe
di
da
St
oc
k 
Ex
is
te
nt
e
Q
ua
nt
id
ad
e
Fo
rn
ec
id
a
Q
ua
nt
id
ad
e
Pe
di
da
St
oc
k 
Ex
is
te
nt
e
Q
ua
nt
id
ad
e
Fo
rn
ec
id
a
E
I
TS
N
om
e
D
os
ag
em
Fo
rm
a 
Fa
rm
ac
éu
tic
a
D
at
a
D
at
a
D
at
a
D
at
a
D
at
a
D
at
a
D
at
a
D
at
a
 /
/
/
/
/
/
/ 
 
 /
 
/
/
 /
/
 /
/
 /
/
Re
ce
bi
: 
Re
ce
bi
:
Re
ce
bi
:
Re
ce
bi
:
Duplicado Triplicado
El
ab
or
ad
o 
po
r:
Vi
st
o 
po
r:
Pr
ep
ar
ad
o 
po
r:
43Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
A Enfermaria/Ambulatório envia para o Depósito Fornecedor, a REQUISIÇÃO INTERNA/
BALANCETE devidamente preenchida para permitir a preparação e o aviamento da 
encomenda.
6.3.3 Recepção da Requisição Interna/Balancete pelo 
Depósito Fornecedor 
O Depósito Fornecedor que recebe a REQUISIÇÃO INTERNA de um Serviço de Internamento/
Ambulatório deve verificar se o modelo foi correctamente preenchido e se está presente a in-
formação necessária para elaboração de uma remessa: 
A identificação do serviço; 
O Stock Existente a nível da Enfermaria/Ambulatório, dos produtos requisitados;
A quantidade Pedida; 
A assinatura do pessoal que elaborou a requisição e o visto do Responsável Clínico do 
serviço. 
6.3.4 O Depósito Fornecedor completa a Requisição 
Interna/Balancete 
Parte preenchida pelo Depósito Fornecedor 
Registar a [Data de Fornecimento] 
Para cada produto requisitado completar apenas a parte do fornecimento do modelo: 
Completar a coluna [Quantidade Fornecida] 
Na Semana 4, calcular o [total dos Fornecimentos] 
v
v
v
v
v
v
O
rig
in
al
CM
A
M
 - 
M
od
el
o 
04 REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
CENTRAL DE MEDICAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS
REQUISIÇÃO INTERNA/BALANCETE Nº
Unidade Sanitária: Distrito: Província:
Enfermaria: Farmácia do Ambulatório: MÊS/ANO:
FNM
Designação
Stock no 
Início do Mês
Pedidos e Fornecimentos Durante o Mês
Total dos
Fornecimentos
Inventário no 
Fim do Mês
Total Saídas 
Durante o Mês
Consumo
Médio do 
Período
Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4
SI
Quantidade
Pedida
Quantidade
Fornecida
Quantidade
Pedida
Stock 
Existente
Quantidade
Fornecida
Quantidade
Pedida
Stock 
Existente
Quantidade
Fornecida
Quantidade
Pedida
Stock 
Existente
Quantidade
Fornecida
E I TS
Nome Dosagem Forma Farmacéutica Data Data Data Data Data Data Data Data
 / / / / / / / / / / / / / / / /
Recebi: Recebi: Recebi: Recebi:
D
up
lic
ad
o
Tr
ip
lic
ad
o
Elaborado por:
Visto por:
Preparado por:
Continua F
44 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
Assinaturas e Visto:
O pessoal do serviço interno que prepara a Requisição deve assinar na linha “Elaborado 
por” em cada período;
O pessoal de Farmácia que prepara a encomenda deve assinar na linha “Preparado por” 
em cada período, confirmando as quantidades fornecidas e as informações registadas;
A Requisição Interna deve ser apresentada ao Responsável Clínico da Unidade Sanitária 
para censura e aprovação (visto); 
O representante da Enfermaria deve assinar na zona “Recebi”, confirmando as quantida-
des recebidas e as informações registadas em cada período. 
v
v
v
v
6.3.5 Preparação da Encomenda no Depósito Fornecedor 
Consoante a Requisição Interna prepara-se a encomenda. Os medicamentos assim prepara-
dos devem ser separados e devidamente identificados, sendo embalados com as informações 
do Nº de FNM, a designação completa do produto (nome, dosagem, forma) e o prazo de 
�alidade. 
6.3.6 Controlo e Levantamento da Encomenda no Depósito 
Fornecedor 
Após a preparação da encomenda e a documentação completa, o responsável do depósi-
to deve conferir mais uma vez as quantidades a fornecer na presença do representante da 
Enfermaria/Ambulatório. 
No final do mês, o Depósito Fornecedor fica com o original da Requisição Interna com os cam-
pos preenchidos completamente e assinada, enquanto a Enfermaria/Ambulatório fica com a 
cópia anexada no livro de REQUISIÇÃO INTERNA 
6.3.7 Conservação dos Medicamentos nas Enfermarias 
A conservação dos medicamentos a nível dos Serviços de Internamento/Ambulatório se-
gue, de modo geral, as mesmas regras como as descritas no capítulo “conservação dos 
medicamentos”. 
No entanto, deverá existir a nível de cada Enfermaria/Ambulatório um armário ou compartimen-
to fechado para armazenagem de medicamentos. 
Este armário será deixado sob responsabilidade do Enfermeiro Chefe do serviço ou do 
Responsável da farmácia do serviço ambulatório tendo a chave do armário na sua posse.
Os medicamentos requisitados pela Enfermaria/Ambulatório devem ser recebidos do Depósito 
Fornecedor em envelopes devidamente preenchidos, identificados pelo Nº de FNM, a designa-
ção do produto, a posologia, a quantidade e o prazo de validade. 
É primordial evitar a acumulação dos medicamentos nos frascos de stockagem. Assim, os en-
velopes devem ser conservados fechados junto ao stock existente até acabar numa primeira 
fase este stock. 
45Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
6.4 Dispensa de Medicamentos nas Enfermarias 
A dispensa dos medicamentos nos Serviços de Internamento é realizada pelo pessoal de 
enfermagem. 
No entanto, devem ser cumpridas as seguintes normas: 
Durante a visita Médica, o clínico prescreve os medicamentos, actualizando o tratamento 
na folha terapêutica do doente; 
Diariamente, o responsável da enfermaria, depois da visita do clínico, deve recolher os 
Cardex actualizados de cada doente, e definir as quantidades necessárias para os trata-
mentos, em função da posologia, da dosagem e do período de toma; 
O enfermeiro de serviço encarregue pela administração, anota no Cardex de cada doente, 
através de uma rúbrica, os períodos de medicação; 
Preencher a FICHA DE STOCK diariamente. 
v
v
v
v
46 Gestão, Controlo & Dispensa de Medicamentos
7. ELABORAÇÃO DE UMA REQUISIÇÃO DE 
REFORÇO 
Uma Unidade Sanitária com ou sem internamento pode requisitar ao seu Depósito Fornecedor 
um reforço de medicamentos pela via clássica, através da elaboração de uma Requisição de 
Reforço. 
Esta requisição deve sempre ter como fundamentação: 
O reforço ou a reposição de produtos em quantidade insuficiente no Kit. 
Um produto não presente no Kit mas utilizado localmente, de acordo com o nível de quali-
ficação do clínico. 
A previsão de um consumo extraordinário devido a epidemias. 
Após a recepção dos Kits o responsável da Farmácia deve elaborar uma Requisição de Reforço 
baseando-se na seguinte fórmula:
 (QR= soma dos pedidos x 2 – Inventário) 
7.1 Preparação da Requisição 
Cada requisição deve ser precedida da realização de um Inventário do Stock Existente a nível 
da Unidade Sanitária, após a recepção e abertura dos kits para esse mês. Por isso deve-se 
realizar mensalmente a contagem do Stock Existente preenchendo a Ficha de Stock. 
7.2 Determinação das necessidades 
As necessidades devem ser avaliadas em função da actividade da Unidade Sanitária conside-
rando os produtos de maior consumo em relação à disponibilidade média garantida pelos kit 
US ou Kit APE. 
7.3 Preenchimento da Requisição/Balancete (Modelo 01) 
No modelo de requisição abaixo apresentado sendo utilizado a diferentes níveis do Serviço 
Nacional de Saúde, só deverão ser consideradas as colunas do Stock Existente e da Quantidade 
Pedida no seu preenchimento. 
v
v
v
47Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde
Original
CMAM - Modelo 01
RE
PÚ
BL
IC
A
 D
E 
M
O
ÇA
M
BI
Q
U
E
M
IN
IS
TÉ
RI
O
D
A
 S
AÚ
D
E
CE
N
TR
A
L 
D
E 
M
ED
IC
A
M
EN
TO
S 
E 
A
RT
IG
O
S 
M
ÉD
IC
O
S
RE
Q
U
IS
IÇ
Ã
O
/B
A
LA
N
CE
TE
 N
º
N
or
m
al
Es
pe
ci
al
/U
rg
ên
ci
a
U
ni
da
de
 S
an
itá