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Anatomia do Sistema Reprodutor Masculino (Salvo Automaticamente)

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Lara Honório – Acadêmica de Medicina 
Anatomia do Sistema Genital Masculino: 
Caso clínico: 
Paciente de 44 anos, casado, pai 
de 5 filhos, procurou o serviço de saúde 
na tentativa de encontrar um método de 
esterilidade definitivo, tendo em vista 
que a crise econômica e afetou e o 
mesmo não deseja mais ter filhos. 
Qual o método que o médico o 
propôs? Em qual estrutura do sistema 
genital masculino esse procedimento é 
realizado? Qual o caminho percorrido 
pelo espermatozoide, desde sua 
produção até o meio externo? 
Composição do Sistema Genital 
Masculino: 
 Testículos; 
 Epidídimos; 
 Ductos deferentes; 
 Vesículas Seminais; 
 Ductos ejaculatórios; 
 Próstata; 
 Uretra; 
 Glândulas Bulbouretrais; 
 Pênis. 
 
Esses órgãos se dividem em 
genitais externos (fora da cavidade 
pélvica – escroto e pênis) e genitais 
internos (todos os demais). 
Desenvolvimento embrionário: 
Até a 7° semana não se consegue 
identificar o sexo do bebe, mas a partir 
da 8° passa pelo processo de 
dimorfismo, onde órgão sexual 
feminino se diferencia 
morfologicamente (de maneira inicial, 
nada gritante) do órgão sexual 
masculino. 
Funções: 
 Produção de gametas 
masculinos-testículos 
(espermatozoides); 
 As vias espermáticas 
(condutoras) com túbulos e 
dúctos dos testículos, epidídimo, 
ducto deferente, ducto 
ejaculatório e uretra; 
 Armazenamento e maturação 
dos espermatozoides no 
epidídimo; 
 Produção de secreções que 
viabilizam os erpermatozoides 
nas vesículas seminais, 
glândulas bulbouretrais e 
próstata; 
 Estruturas eréteis: corpos 
cavernosos e corpo esponjoso do 
pênis; 
 
Líquido seminal é produzido 
pela glândula seminal, próstata produz 
liquido prostático e testículos produzem 
os espermatozoides, nos túbulos 
deferentes contorcidos. 
 
Lara Honório – Acadêmica de Medicina 
 
Morfologia externa e função dos 
testículos: 
 
Responsáveis por produções de 
gametas, hormônios masculinos como 
testosterona além do estradiol. O sêmen 
é o conjunto de secreções da vesícula 
seminal, líquido prostático e 
espermatozoides em um volume de 
aproximadamente 2,5ml – 5ml, por 
ejaculação. 
Para cada ml, espera-se de 50-
150 milhões de espermatozoides. Com o 
espermiograma, homens com contagem 
abaixo de 20 milhões, provavelmente 
ele seja infértil. O pH do sêmen é 
ligeiramente alcalino 7,2 – 7,7 enquanto 
o pH da vagina é básico. Uma vez 
ejaculado fora do trato genital feminino, 
o sêmen só fica vivo por 5 minuto, mas 
no trato genital feminino eke pode ficar 
vivo por vários dias, até 5 dias, na 
maioria das vezes. 
Os testículos são formados na 
região lombar, próximo e medialmente 
aos rins e a coluna vertebral, começam a 
migrar em direção à bolsa testicular no 
terceiro mês de vida. Com 3 meses de 
vida, se encontra na região ilíaca. Aos 
6-8 meses em região inguinal e em rn 
está na região do escroto. 
No primeiro ano de vida, 
aproximadamente 80% das crianças já 
estão com os testículos no local 
esperado, caso contrario, gera-se a 
condição de criptorquidia, que nada 
mais é a descida dos testículos de algum 
dos pontos do trajeto para o escroto e se 
faz necessário correção cirúrgica até os 
18 meses de vida. 
Um testículo em cavidade 
diferente da correta fica submetido a 
temperaturas e condições diferentes das 
condições ideais e isso pode levar a 
criança a desenvolver quadro de 
infertilidade. 
Externamente tem forma oval 
ligeiramente achatada lateralmente, tem 
uma altura de 4-5cm de comprimento, 
em torno de 3cm de largura, 2cm de 
espessura, pesa em média 15g e tem 
duas faces, a medial e a lateral, sendo 
dividido em testículo esquerdo e direito. 
Tem duas margens, uma anterior (livre) 
e uma posterior (disposto nessa margem 
o epidídimo). Também possui polos 
superior (também ocupado pelo 
epidídimo) e inferior, que são as 
extremidades. 
 
 
 
 
 
Lara Honório – Acadêmica de Medicina 
 
Morfologia interna dos testículos: 
Possui uma túnica própria 
(branca), que se chama túnica 
albugínea que emitem septos e suas 
projeções compartimentalizam os 
testículos, dividindo eles em lóbulos. 
No interior dos lóbulos tem os túbulos 
contorcidos seminíferos, onde ocorre a 
espermatogênese. 
 
 
Os túbulos seminíferos 
contorcidos visualizados na imagem 
abaixo irão se tornar túbulos 
seminíferos retos, compondo a rede 
testicular por onde saem de 15 a 20 
ductos eferentes, que irão até o 
epidídimo. 
 
Camadas do escroto: 
1. Pele: Mais fina, enrugada, 
com pregas transversais, 
pelos espaçados; 
2. Dartos (túnica): Formada 
por mm liso, forma o septo 
que separa o escroto em duas 
partes na bolsa escrotal. Ela 
ajuda na elevação do 
testículo em resposta à 
estímulos do escroto; 
3. Fáscia espermática 
externa: É uma parte da 
aponeurose do mm abdômen, 
que é um músculo liso; 
4. Fáscia cremastérica ou 
cremaster: Também 
originada de parte do mm do 
abdômen, age tracionando o 
testículo para cima em 
resposta ao frio, por 
exemplo. O objetivo dessa 
tração é deixar o testículo 
mais próximo ao abdome 
para manter a temperatura 
mais quente, assim como 
com o relaxamento do mm 
cremaster o testículo abaixa 
mais para regular também a 
temperatura. Essa 
musculatura é estriada. 
5. Fáscia espermática 
interna: Profundo ao 
cremaster, derivado do mm 
transverso do abdômen; 
6. Camada vaginal parietal; 
7. Camada vaginal visceral: 
Saco que envolve todo o 
testículo e superficial a ela 
está a lamina parietal que é 
separada da lamina parietal 
por uma pequena quantidade 
de líquido. 
Lara Honório – Acadêmica de Medicina 
 
 
 
 
 
 
 
Att.: Hidrocele: Líquido em excesso 
provocando a distensão da túnica 
vaginal, levando ao aumento da 
excreção de líquido seroso pela lâmina. 
Já a hematocéle é o acumulo de sangue 
nessa mesma estrutura. 
 
 
Epidídimo: 
Está localizado na borda 
posterior, polo superior do testículo e 
tem a forma de letra C, se divide em 
cabeça, corpo e calda. Dentro dele tem 
o tubo enovelado que mede cerca de 
6m de comprimento. 
 
 
Sua função na cabeça e no corpo 
tem maturação enquanto na cauda tem o 
armazenamento. 
Funículo espermático: 
É formado por ducto deferente, 
artéria testicular, plexo 
pampiniforme, artéria cremastérica e 
ramo genital do ramo genito-femoral. 
Att.: Varicocele -> as veias ficam bem 
visíveis, aspecto ainda mais rugoso que 
a estrutura normal. 
Ducto deferente: 
 
Mede de 40-45cm de 
comprimento e tem 3 paredes, a 
mucosa, a muscular e a adventícia. Parte 
dele está no escroto, parte pélvica, parte 
no funículo e parte ignal. 
Abaixo da bexiga forma a 
ampola do ducto deferente, como na 
imagem a seguir: 
Lara Honório – Acadêmica de Medicina 
 
O ducto deferente se une a 
vesícula formando um novo ducto 
excretor, conforme a foto acima 
Glândulas e vesículas seminais: 
São dois tubos de fundo cego, 
cuja extremidade larga está dirigida 
para cima. 
 
Localiza-se lateralmente à 
ampola deferente está entre a bexiga e o 
reto, tem de 5 a 7 cm e por função 
produz secreção viscosa alcalina, 
contem proteínas, frutose, vitamina C e 
seminalplasmina. Tudo para proteger e 
nutrir o sêmen. 60% do sêmen é 
composto por líquido seminal. 
 
Os ductos ejaculatórios são a 
união dos ductos da vesícula seminal e 
deferente, mede aproximadamente 2cm 
e atravessa a próstata e se abre na uretra 
prostática, no colículo seminal. 
 
 
Obs.: No colchete em branco está o 
colículo enquanto nas setas vermelhas 
os ductos ejaculatórios (direito e 
esquerdo). 
A função dos ductos 
ejaculatórios é a condução de 
espermatozoides e secreções (líquido 
seminal). 
Próstata: 
Órgão compacto com partes 
glandular (2/3) e com musculatura lisa – 
fibromuscular (1/3). Morfologicamente 
aparenta uma pirâmide invertida 
Lara Honório – Acadêmica de Medicina 
revestida por uma cápsula fibrosadensa 
e neurovascular. Externamente a 
cápsula tem a bainha fibrosa, que é a 
parte da fáscia pélvica. 
Está situada entre o colo da 
bexiga e o assoalho pélvico pesando 20-
25g com dimensões de 4x3x2 cm e se 
divide em lobos (P e M, que são 
separados pelo ducto ejaculatório, L 
direito e L esquerdo e istmo). Possui as 
faces: anterior, posterior e ínfero-
laterais. 
 
 
 
Relações: 
 Superior -> Base é contínua 
com o colo vesical; 
 Inferior -> O ápice repousa 
sobre o diafragma pélvico; 
 Anterior -> Sínfise púbica, 
gordura extraperitoneal (espaço 
retropubico), ligamentos 
puboprostáticos; 
 Posterior -> Ampola retal 
(septo retovesical – Fáscia de 
denonvillier); 
 Lateral -> Fibras do músculo 
levantador do ânus; 
O odor característico do sêmen 
vem do líquido prostático. A próstata é 
irrigada pelas artérias vesicais 
inferiores, mas também retal media e 
pudenda interna, todas originadas pela 
artéria ilíaca interna. 
A drenagem é o plexo venoso 
prostático para os linfonodos ilíacos 
internos enquanto a inervação é feita 
pelos plexos pélvicos, como pode ser 
visto na imagem abaixo: 
 
Na hiperplasia prostática a 
uretra prostática aumenta, tem 
obstrução ao fluxo de urina causando 
dor ao urinar e dificuldade de urinar. 
 
Lara Honório – Acadêmica de Medicina 
 Exame de toque: Faz a 
palpação da próstata via toque 
retal, fazendo uma avaliação do 
tamanho, consistência, 
superfície e pode-se fazer 
massagem prostática para 
eliminar as secreções purulentas. 
Glândulas bulbouretrais: 
Estão dentro do diafragma 
urogenital, com aproximadamente 1cm, 
função de secretar substancia mucoide, 
viscosa, para neutralizar a acidez da 
urina e lubrificar a extremidade da 
glande. O ducto excretor da glândula 
bulbouretral tem aproximadamente 2cm 
e vai desembocar na uretra esponjosa. 
 
Obs.: No quadrado azul as glândulas e 
com a seta branca o diafragma 
urogenital. 
 
Pênis: 
Órgão da cópula, que possui face 
dorsal e face ventral que se relaciona 
com o escroto. Quando flácido tem 
aproximadamente 8cm e quando ereto 
de 15-17cm. É um ´rgão de natureza 
vascular, formado por dois corpos 
cavernosos e um corpo esponjoso, 
atravessado pela uretra esponjosa. 
 
A raíz do pênis tem a parte fixa, 
frmada pelos dois ramos e bulbo do 
pênis. O corpo cavernoso é chamado de 
ramo do pênis e o bulbo do pênis é o 
corpo esponjoso. O corpo é a parte 
móvel, sulco bálamo-prepucial, glande 
(coroa e óstio externo da uretra). 
 
 
 
 
 
 
 
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Os corpos cavernosos e o corpo 
esponjoso são envolvidos pela túnica 
albugínea. A fáscia profunda do pênis 
reveste corpo esponjoso e cavernoso. 
Para que se torne ereto, há artérias se 
dilatando e as veias se constrictando, 
tornando o pênis mais espesso e maior 
durante a ereção. Os ligamentos 
associados são o suspensor do pênis 
ligado a supra púbica. 
 
(Drenagem venosa) 
 
 
Na fimose, o prepúcio é muito 
externo dificultando a exposição da 
glânde, prejudicando a higienização, 
causando desconforto e dor nas relações 
sexuais pelo excesso de pele. Para 
reverter isso, se faz a circuncidação e a 
glande passa a ser sempre exposa.

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