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Apostila OBA

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Apostila básica 
para a Olimpíada brasileira 
Astronômica e Astronáutica
2017
2 
 
AstronáuticaAstronáuticaAstronáuticaAstronáutica 
 
A missão do centenário A missão do centenário A missão do centenário A missão do centenário –––– viagem ao espaço em março de 2006.viagem ao espaço em março de 2006.viagem ao espaço em março de 2006.viagem ao espaço em março de 2006. 
 
Astronauta brasileiro inicia viagem ao espaço 
 
A "Missão Centenário", que leva o primeiro astronauta 
brasileiro ao espaço, teve início às 8h29 desta quinta 
(23h29 da quarta em Brasília - 2006), conforme o previsto. 
O tenente coronel Marcos Pontes, 43, partiu rumo à ISS 
(sigla em inglês para Estação Espacial Internacional) a 
bordo da nave russa Soyuz TMA-8, que decolou da base de 
lançamento Baikonur, no Cazaquistão. 
O brasileiro e outros dois astronautas percorrem 350 
km antes de chegar à ISS --a distância corresponde a uma 
viagem da capital paulista até a região de Ribeirão Preto. A 
título de comparação, um avião de passageiros fica a 10 km do chão durante o vôo. 
A Soyuz deve demorar cerca de dois dias para se atracar com a ISS; a previsão é de que 
isso aconteça à 1h68 do dia 1º de abril (horário de Brasília). O processo de volta é mais rápido --
pouco mais de três horas-- e deve trazer o brasileiro ao solo terrestre às 21h26 do dia 8 de abril 
(horário de Brasília). 
Para o brasileiro, a missão vai durar dez dias --oito deles dentro da ISS, onde ele vai realizar 
oito experimentos científicos. Já o russo Pavel Vinogradov e o norte-americano Jeffrey Williams, 
que também participam da "Centenário", ficarão na ISS por pelo menos seis meses. Pontes 
voltará à Terra em companhia do russo Valeri Tokariov e do americano William McArthur, os 
atuais tripulantes da ISS. 
O nome dado à missão --a 13ª viagem espacial à ISS-- é uma homenagem a Alberto Santos 
Dumont, brasileiro que há cem anos conseguiu fazer o avião 14 Bis voar pelos céus de Paris. 
Neste clima de reverência àquele conhecido como "o pai da aviação", Pontes levará na bagagem 
um chapéu Panamá idêntico ao usado por Dumont. 
Durante esses oito dias na estação espacial, o astronauta deve fazer três contatos com a 
Terra --o primeiro deles será com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro da 
Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende. Pontes também deve falar com jornalistas brasileiros e, 
pouco antes de sua volta, vai conversar do espaço com técnicos da missão. 
 
Seleção 
 
A participação do brasileiro no vôo teve origem quando 
o Brasil ingressou no grupo de 15 nações envolvidas com o 
projeto da Estação Espacial Internacional. Isso aconteceu 
em 1997 e, no ano seguinte, Pontes foi selecionado pela 
AEB (Agência Espacial Brasileira) e pela Nasa (Agência 
Espacial Norte-americana) para representar seu país no 
espaço. 
Em 18 de outubro do ano passado, a viagem de 
Pontes foi oficializada quando Sergio Gaudenzi, presidente 
da AEB, e Anatoli Perminov, presidente da Rocosmos 
(Agência Espacial da Federação Russa), assinaram em Moscou o contrato que garantia a 
participação do brasileiro na missão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder russo 
Vladimir Putin participaram da cerimônia. 
O custo para a realização da missão aos cofres brasileiros foi de cerca de US$ 10 milhões --
metade do preço "real", segundo a AEB, por conta de uma parceria entre Brasil e Rússia, um dos 
principais países envolvidos no projeto da ISS. 
3 
 
 
Preparação 
 
Há sete anos, o brasileiro realiza treinamentos preparatórios para esta missão --nas 
semanas que antecederam o lançamento, ele foi submetido a uma rigorosa rotina de exercícios 
na Cidade das Estrelas, em Moscou. As atividades eram realizadas das 8h às 18h, com uma hora 
de intervalo para o almoço. Antes e depois de treinar, ele estudava os manuais técnicos 
relacionados à missão. 
Como parte dos treinamentos na Rússia, o astronauta fez testes de sobrevivência em 
ambientes adversos, utilizou o traje espacial pressurizado em uma câmara sem ar, participou de 
uma sessão de vôos parabólicos --quando o avião sobe e então descreve uma parábola, em 
queda livre. Com este tipo de vôo, os ocupantes têm por alguns segundos a sensação de 
ausência de peso. 
 
Fonte: www1.folha.uol.com.br 
 
Marcos Pontes (Cosmonauta da AEB) 
 
Marcos Cesar Pontes (Bauru, 11 de março de 1963) é o primeiro 
astronauta/cosmonauta brasileiro e o primeiro lusófono a ir ao espaço na 
missão batizada "Missão Centenário", em referência à comemoração dos 
cem anos do vôo de Santos Dumont no avião 14 Bis, realizado em 1906. 
Em 30 de março de 2006, partiu em direção à Estação Espacial 
Internacional (ISS) a bordo da nave russa Soyuz TMA-8, com oito 
experimentos científicos brasileiros para execução em ambiente de 
microgravidade. Retornou no dia 8 de abril a bordo da nave Soyuz TMA-7. 
 
 
Nacionalidade brasileiro 
Nascimento 11 de Março de 1963 (45 anos) Bauru, Brasil 
Ocupação anterior piloto de caça 
Tempo no espaço 9d 21h 17m 
Seleção 1998 
Missões Soyuz TMA-8 Soyuz TMA-7 
 
Vida e carreira 
 
Casado com Francisca de Fátima Cavalcanti, Marcos Pontes tem dois filhos e seus hobbies 
são musculação, futebol, violão, piano, desenhar e fazer pinturas em aquarela. Seus pais Virgílio 
e Zuleika Pontes, moravam em Bauru. Foi piloto de caça da Força Aérea Brasileira (FAB), 
detendo a patente de tenente-coronel. 
Após dois meses da sua ida ao espaço, pediu baixa do posto, indo para a reserva, aos 43 
anos. Sua viagem à ISS (International Space Station) custou aos cofres públicos cerca de 40 
milhões de reais, entre pagamento da viagem e oito anos de treinamento na NASA. 
Em seu blog no portal de notícias G1, Marcos Pontes rebateu vários desses 
questionamentos explicando que a saída da Aeronáutica foi decidida em comum acordo com a 
corporação: "Do meu lado, porque, durante os oito anos em que passei na NASA treinando para 
minha missão, perdi uma série de cursos obrigatórios para oficiais de carreira. (...) Do lado da 
FAB porque a minha atuação em prol do programa espacial poderia ser muito mais efetiva se eu 
estivesse desligado da Aeronáutica". 
 
Formação 
 
Formou-se no Colégio Liceu Noroeste, em Bauru, no ano de 1980. Em 1984, ele recebeu o 
bacharelado em tecnologia aeronáutica da Academia da Força Aérea (AFA), localizada em 
4 
 
Pirassununga, São Paulo. Em 1989, Pontes iniciou o curso de engenharia aeronáutica no Instituto 
Tecnológico de Aeronautica (ITA), em São José dos Campos, São Paulo, tendo recebido o título 
de engenheiro em 1993. Em 1998, Pontes tornou-se mestre em engenharia de sistemas pela 
Naval Postgraduate School, localizada em Monterrey, Califórnia. 
Foi agraciado com a Medalha de Honra ao Mérito da Academia da Força Aérea e a Medalha 
Santos Dumont. 
Como piloto da FAB possui mais de 1.900 horas de vôo em mais de vinte modelos de jatos 
da frota da FAB. 
 
Ingresso no programa espacial 
 
Em junho de 1998, foi selecionado para o programa espacial da NASA, para a candidatura a 
que o país tinha direito no programa espacial do governo estadunidense, pelo fato de integrar o 
esforço multinacional de construção da Estação Espacial Internacional. 
Iniciou o treinamento obrigatório em agosto daquele ano no Centro Espacial Lyndon 
Johnson, em Houston. Em dezembro de 2000, ao concluir o curso, foi declarado oficialmente 
"astronauta da NASA". 
Seu vôo inaugural fora originalmente marcado para o ano de 2001, como parte da 
construção da Estação Espacial Internacional. Mais especificamente, o objetivo da missão seria 
transportar e instalar o módulo construído no Brasil (conhecido como "Express Pallet"). 
Problemas orçamentários da NASA forçaram, no entanto, o adiamento da missão para o ano de 
2003. Ao se aproximar a data, persistentes problemas financeiros indicavam novo adiamento, 
mas o acidente que resultou na destruição do ônibus espacial Columbia, em fevereiro de 2003, 
suspendeu todos os vôos da NASA por tempo indeterminado. 
 
Missão CentenárioEnquanto esperava por ser lançado ao espaço, Pontes foi designado para o Escritório de 
Astronautas para Operações na Estação Orbital (em inglês Astronaut Office Space Station 
Operations Branch), onde trabalhou no setor de missões técnicas. 
Em outubro de 2005, durante uma visita oficial do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da 
Silva à Rússia, foi assinado um acordo de cooperação entre os dois países, possibilitando o envio 
de Marcos Pontes à ISS com um pagamento de dez milhões de dólares americanos. 
Assim, após vários adiamentos, e mais treinamentos, agora na Cidade das Estrelas para 
adaptação à nave Soyuz, no dia 29 de março de 2006 (23h30 do horário de Brasília e 8h30 do dia 
30 de março no horário do Cazaquistão), foi lançada a nave Soyuz TMA-8 com o tenente-coronel 
Marcos Pontes. Além do astronauta brasileiro, faziam parte da tripulação o russo Pavel 
Vinogradov e o estadunidense Jeffrey Williams, sendo estes dois membros da Expedição 13. Por 
sua simpatia e estar quase sempre sorrindo, além de ser o primeiro astronauta brasileiro, ele foi 
comparado pela imprensa russa à Yuri Gagarin. 
Com o lançamento da base russa de Baikonur no Cazaquistão às vinte e três horas e trinta 
minutos de Brasília e às oito horas e trinta minutos do Cazaquistão, suas imagens foram 
acompanhadas ao vivo pelo Brasil inteiro, por várias emissoras de TV e para todo o mundo pela 
NASA TV. Com isso, o país tornou-se o 27º país a ter um cidadão ao espaço. 
A nave acoplou-se à Estação Espacial Internacional (ISS) na madrugada de sábado, dia 1 
de abril. Durante um período de oito dias, Marcos Pontes realizou uma série de experimentos 
para a Agência Espacial Brasileira (AEB) e para estudantes do Ensino Fundamental. 
No dia 3 de abril de 2006, foi transmitida a entrevista com homenagem a Santos Dumont, na 
qual Marcos Pontes usou um chapéu Panamá igual ao do inventor e um lenço com as siglas SD. 
Retornou à Terra na noite do dia 8 de abril, 20h56 no horário de Brasília, e manhã do dia 9 
de abril no horário do Cazaquistão, na nave Soyuz TMA-7, em companhia dos dois astronautas 
da missão Expedition 12, o russo Valery Tokarev e o americano William McArthur. 
Marcos Pontes completou 155 órbitas e a duração total de sua missão foi de 9 dias, 21 
horas e 17 minutos. 
5 
 
Após o regresso, permaneceu durante um período de oito dias em observação para 
readaptar-se a um ambiente com gravidade. 
 
Retorno ao Brasil 
 
No dia 20 de abril, foi homenageado na cidade de Brasília em solenidade da Agência 
Espacial Brasileira (AEB). Recebeu do Presidente Luís Inácio Lula da Silva a condecoração da 
Ordem Nacional do Mérito. 
Em 21 de abril de 2006, retornou à sua cidade natal no interior do Estado de São Paulo, 
Bauru e foi recebido como herói, por um público de mais de 5 mil pessoas, com direito à 
apresentação da Esquadrilha da Fumaça. Posteriormente participou de uma carreata no topo de 
um veículo do corpo de bombeiros, além de realizar uma palestra no Teatro Municipal. 
Após seu retorno, solicitou a reserva da Força Aérea Brasileira, mas ainda trabalha para o 
Programa Espacial Brasileiro. Ele continua com as suas atividades no Johnson Space Center, em 
Houston, Texas, e está à disposição para futuros vôos espaciais brasileiros. 
Em 18 de maio de 2006, de acordo com o Diário Oficial da União, foi publicada sua 
transferência para a reserva remunerada da FAB. 
 
 
 
Aviões, Foguetes e Satélites: o que são e para quê servem?Aviões, Foguetes e Satélites: o que são e para quê servem?Aviões, Foguetes e Satélites: o que são e para quê servem?Aviões, Foguetes e Satélites: o que são e para quê servem? 
 
Os foguetes e satélites tiveram inevitável importância no 
desenvolvimento da astronomia moderna (assim como em outras 
ciências), e sem dúvida continuarão a ter por um longo tempo. Eles 
continuarão dominando o lançamento de objetos ao espaço por um tempo 
inimaginável, pois as novas tecnologias de propulsão em desenvolvimento 
se aplicam melhor a naves espaciais: objetos colocados no espaço pelos 
foguetes para, de lá, seguirem seu caminho pelo espaço e em conjunto 
com os satélites, eles são poderosos instrumentos de observação 
espacial e terrestre, além de terem muitas outras a plicações, por sua 
localização privilegiada . Esses objetos estão entre as invenções mais 
espetaculares do século XX. 
Os foguetes servem para enviar objetos ao espaço, sejam 
eles sondas, satélites, naves espaciais e até mesmo o Homem. Os 
satélites científicos são utilizados para observar a Terra ou o espaço ou para realizar 
experiências em micro gravidade. Os satélites de observação da Terra permitem estudar as 
mudanças climáticas, para estudar os recursos naturais, para observar fenómenos naturais, para 
o mapeamento de cidades e até para a espionagem (alguns foto-satélites tem o poder de 
aproximação de 1m de dimensão mas existem especulações de satélites secretos com maior 
poder de aproximação). 
Na Astronomia, os satélites são enviados para captar fotografias e estudar o Universo, os 
planetas, etc, 'mais de pertinho'. 
 
A atmosfera e sua importância para a manutenção da vida na Terra.A atmosfera e sua importância para a manutenção da vida na Terra.A atmosfera e sua importância para a manutenção da vida na Terra.A atmosfera e sua importância para a manutenção da vida na Terra. 
 
A atmosfera é uma camada de gases que envolvem o planeta. Os gases são atraídos pela 
gravidade do planeta e são retidos por um longo período de tempo se a gravidade for alta e a 
temperatura da atmosfera for baixa. Alguns planetas consistem principalmente de vários gases e, 
portanto têm atmosferas muito profundas (um exemplo seria os planetas gasosos). 
 A atmosfera terrestre protege os organismos vivos dos raios ultravioletas e também serve 
como um estoque, fazendo com que o gás oxigênio não escape. 
 
6 
 
Composição: A atmosfera terrestre consiste da superfície até o espaço, da troposfera, da 
estratosfera, mesosfera, ionosfera e exosfera. Cada uma destas camadas apresenta gradiente 
adiabático saturado, definindo as mudanças de temperatura conforme a altura. Também protege 
a Terra para que os raios ultravioletas do Sol não cheguem diretamente ao planeta. 
 
Importância: Do ponto de vista de um geólogo planetário, a atmosfera é um agente evolucionário 
essencial na morfologia de um planeta. O vento transporta poeira e outras partículas que 
degradam a superfície (erosão eólica). Precipitações atmosféricas, tais como a queda de gelo 
(neve, granizo, etc.) e chuva, que dependem da composição atmosférica, também influenciam o 
relevo. Mudanças climáticas podem influenciar a história geológica de um planeta. De modo 
oposto, o estudo da superfície de um planeta, primeiramente a Terra, pode levar a um 
entendimento sobre a história da atmosfera e do clima no planeta. 
 
A composição da atmosfera determina o clima e suas variações. A composição atmosférica 
mantém uma íntima relação com o aparecimento da vida e de sua evolução. 
 
A exploração do Sistema SolaA exploração do Sistema SolaA exploração do Sistema SolaA exploração do Sistema Solar por meio de sondas espaciaisr por meio de sondas espaciaisr por meio de sondas espaciaisr por meio de sondas espaciais 
 
Sonda espacial é uma nave espacial não tripulada , utilizada para a exploração remota de 
outros planetas, satélites, asteroides ou cometas. Normalmente, as sondas têm recursos de 
telemetria, que permitem estudar a distância as características físico-químicas dos astros e, por 
vezes, também o seu meio ambiente. Algumas sondas, como a Landers ou a Rovers, pousam na 
superfície dos astros celestes, para estudar a geologia e o clima. 
Em 27 de agosto de 1962, os Estados Unidos lançaram a primeira sonda espacial, para 
Vênus. Em novembro do mesmo ano, a União Soviética lançou sua primeira nave-robô, rumo a 
Marte. 
Desde a primeira missão espacial até os dias atuais houve um avanço significativo nos 
instrumentos e na própria construção das sondas.Cerca de 115 aparelhos de exploração já 
saíram da Terra para conhecer o Universo. 
 
Tipos de Sondas 
 
- Sobrevôo (flyby): sonda que passa próxima a um astro 
e o analisa com seus instrumentos; 
- Orbitador (orbiter): sonda que entra em órbita de um 
astro, passando a funcionar como um satélite artificial do 
mesmo; 
- Impacto: sonda que é colidida com um astro, fazendo 
análises durante a aproximação ou colisão com o mesmo; 
- Aterrissadora (lander): sonda que pousa num astro 
analisando-o in loco, muitas vezes levando consigo uma 
sonda veicular; 
- Veicular (rover): sonda com capacidade de locomoção 
para analisar uma área maior de um astro; 
- Observatório: sonda com capacidade telescópica, que 
pode atuar em uma ou mais faixas do espectro eletromagnético, para efetuar observações 
astronômicas sem as distorções provocadas pela atmosfera terrestre. 
 
Veja o destino e o objetivo das oito principais sondas espaciais: 
 
Messenger 
• Destino: Mercúrio 
• Chegada: 2011 
• Missão: Estudar a geografia e o clima de Mercúrio. Para conseguir entrar na órbita do planeta, ela percorre, 
desde 1975, um caminho tortuoso entre campos gravitacionais. 
7 
 
 
Phoenix 
• Destino: Marte 
• Chegada: 2008 
• Missão: Desde maio de 2008 no planeta, a sonda tenta descobrir algum sinal de vida. Já encontrou gelo e 
água a 53oC negativos (isso é possível por causa da concentração de sais em Marte). 
 
Vênus Express 
• Destino: Vênus 
• Chegada: 2006 
• Missão: Até 2009, vai coletar dados para um mapa do relevo e da temperatura de Vênus. Com esse mapa, 
será muito mais fácil planejar missões de pouso no planeta. 
 
Rosetha-Philae 
• Destino: Cometa 67P 
• Chegada: 2011 
• Missão: A sonda lançará no cometa a Lander Philae, que viajará grudada nele, estudando sua composição e 
trajetória. 
 
Voyager 1 
• Destino: Vários 
• Missão: Estudou Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, além de forças gravitacionais. Em breve, quando 
finalmente se libertar da influência da gravidade do Sol, fará a primeira medição do espaço interestelar. 
Perderá a comunicação com a Terra em 2020. 
 
Cassini-Huygens 
• Destino: Saturno e suas luas 
• Chegada: 2005 
• Missão: Depois de viajarem juntas, as duas se separaram na chegada. Huygens pousou na lua Titan, onde 
comprovou a existência de grande quantidade de líquidos. Já Cassini orbita Saturno para coletar dados de 
sua geologia. 
 
New Horizons 
• Destino: Plutão 
• Chegada: 2015 
• Missão: Será a primeira sonda a estudar Plutão e suas 3 luas. Depois disso, a sonda pode continuar a 
missão e pesquisar outros objetos do cinturão de Kuiper, a periferia do sistema solar. 
 
Fonte: Revista Superinteressante, edição 257, out/20 08. 
 
Os satélites brasileiros (SCD e CBERS).Os satélites brasileiros (SCD e CBERS).Os satélites brasileiros (SCD e CBERS).Os satélites brasileiros (SCD e CBERS). 
 
8 
 
 
CBERS 
 
Os dois anos do CBERS-2 marcam o cumprimento 
do primeiro acordo sino-brasileiro, já renovado para a 
construção de mais três satélites. 
Com o lançamento do primeiro CBERS (sigla para 
China-Brazil Earth Resources Satellite, que em 
português significa Satélite Sino-Brasileiro de 
Recursos Terrestres) , o Brasil passou a dominar a 
tecnologia para o fornecimento de dados de 
sensoriamento remoto. Até então, o país dependia 
exclusivamente de imagens fornecidas por equipamentos 
estrangeiros. 
A cooperação entre cientistas brasileiros e chineses 
no desenvolvimento de tecnologias espaciais resultou no satélite CBERS-1, lançado em 1999 , e 
no CBERS-2, em órbita desde 2003 . Desde a assinatura do acordo de cooperação, em 1988, 
Brasil e a China já investiram mais de US$ 300 milhões para a implantação de um sistema 
completo de sensoriamento remoto de nível internacional. 
Dezessete anos depois, o Brasil hoje é um dos maiores 
distribuidores de imagens orbitais do mundo. A parceria não 
inclui a transferência de tecnologia entre os dois países, e cada 
um precisaram transpor os obstáculos que surgiram no 
desenvolvimento daquele que era o primeiro satélite do gênero 
tanto para o Brasil como para a China. 
A utilidade das imagens foram apresentadas por alguns 
dos maiores usuários do satélite, como Petrobras , IBGE, Incra , 
Embrapa , Ibama , ANA , organizações não-governamentais e 
empresas de geoprocessamento . O IBGE, por exemplo, usa 
os dados para atualizar seus mapas em projetos de 
sistematização do solo, assim como o Incra emprega as imagens 
nos processos ligados à reforma agrária. As aplicações no setor 
agrícola e de monitoramento ambiental costumam causar maior 
impacto econômico e social devido às dimensões continentais do 
Brasil. Sem uma ferramenta acessível, vigiar um território tão 
extenso seria quase impossível. 
O CBERS-2 é equipado 
com câmeras para 
observações ópticas de todo 
o globo terrestre, além de 
um sistema de coleta de 
dados ambientais. O satélite 
está em órbita síncrona com 
o Sol a uma altitude de 778 
km, completando 14 
revoluções da Terra por dia. 
Este tipo de órbita faz com 
que o satélite sempre cruze 
o Equador às 10h30 da 
manhã, hora local, provendo 
assim as mesmas condições 
de iluminação solar para 
tornar possível a 
comparação de imagens 
adquiridas em dias diferentes. 
9 
 
Além do módulo com a carga útil, o satélite possui ainda outro módulo para os 
equipamentos de suprimento de energia, controles, telecomunicações e demais funções 
necessárias à operação. Os dados internos para monitoramento do estado de funcionamento do 
satélite são coletados e processados por um sistema de computadores antes de serem 
transmitidos à Terra. Um sistema de controle térmico garante o ambiente apropriado para o 
funcionamento dos sofisticados equipamentos do satélite. 
Uma das maiores vantagens do CBERS-2 é a diversidade de câmeras com diferentes 
resoluções espaciais e frequências de coleta de dados. 
 
SCD 
 
Antes do CBERS, os brasileiros haviam construído o SCD - Satélite de Coleta de Dados , de 
menor porte. "Do SCD para um satélite grande como o CBERS foi um grande passo", resume 
Janio Kono, coordenador do Programa Sino-Brasileiro no INPE - Instituto Nacional de Pesquisas 
Espaciais, que tem a missão de desenvolver e construir os satélites do Brasil. 
 
Os satélites SDC são equipados para captar e retransmitir 
dados meteorológicos, ambientais e da química atmos fera, 
coletados por plataformas (PCD) instaladas em terra ou por boias 
oceanográficas. Os dados são retransmitidos a uma ou mais estações 
terrenas de recepção. 
O INPE é o responsável pela especificação, projeto, 
desenvolvimento, fabricação e operação desta série de 4 satélites, o 
SCD-1, SCD-2, SCD-2A (perdido no lançamento) e SCD-3. O SCD-1 
foi colocado em órbita em fevereiro de 1993 e encontra-se operando 
até hoje, com uma vida útil além do período, inicialmente previsto, de 
um ano. 
O SCD-2 foi lançado, com sucesso, em 1998, por meio de um 
veículo Pegasus, a partir do Cabo Canaveral. Atualmente opera de 
forma conjunta com o SCD-1. Pretende-se, desta forma, ampliar a prestação dos serviços de 
coleta de dados. 
O SCD-3, projetado para órbita circular equatorial a uma altura de 1.100 km, permitirá, do 
ponto de vista de coleta de dados, uma varredura territorial complementar a dos demais satélites 
SCD e a dos satélites CBERS, além de propiciar a ampliação da capacidade de recepção e 
transmissão de dados. 
O SCD - 1 entrou em órbita no dia 09 de fevereiro de 1993. A vida útil deste satélite superou 
em mais de 5 anos sua expectativa de vida (1 ano). Em outubro de 1998, entrou em operação o 
satélite SCD-2. O programa prevê ainda o lançamento de outra plataforma espacial: o SCD - 3, e 
além de desempenhar as mesmas funções dos anteriores, apresentará nova configuração e 
desenho. Este novo satélite terá órbita circular com altitude de 1.100 km e fará testes de um 
sistema de voz móvel para transmissão de mensagens na Região Amazônica. Seus objetivos são 
o de coleta e comunicação de dados ambientais. Proporcionaaos pesquisadores possibilidades 
de estudos mais precisos nos campos da meteorologia, oceanografia e química da atmosfera, em 
função da maior frequência e regularidade de obtenção das informações. 
 
Os foguetes brasileiros Os foguetes brasileiros Os foguetes brasileiros Os foguetes brasileiros 
FFFFoguetes de sondagem e o Veíoguetes de sondagem e o Veíoguetes de sondagem e o Veíoguetes de sondagem e o Veícccculo Lançador de Satélites ulo Lançador de Satélites ulo Lançador de Satélites ulo Lançador de Satélites –––– VLSVLSVLSVLS 
 
Foguetes de Sondagem 
"Os foguetes de sondagem são utilizados para missões suborbitais de exploração do 
espaço, capazes de lançar cargas úteis compostas por experimentos científicos e tecnológicos. 
Inserido no escopo do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), em seu programa 
decenal, e executado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), o projeto iniciou-se em 1965, 
quando o foguete Sonda I fez o vôo inaugural, constituindo-se no primeiro lançamento de um 
10 
 
foguete nacional do então Campo de Lançamento de Foguetes da Barreira do Inferno (CLFBI). 
Durante um período de 12 anos, foram realizados mais de 200 experimentos com foguetes desse 
tipo". 
Resumindo: Foguetes de sondagem, como o próprio nome diz, são foguetes enviados ao 
espaço com sondas 'embutidas' nele para estudo e exploração do espaço sideral. 
 
Foguetes Brasileiros de Sondagem 
 
"Em 2004, tiveram início os lançamentos do VSB-30, versão do foguete VS-30 acrescido de um 
estágio para aumentar a capacidade de carga útil e tempo de microgravidade . O 
desenvolvimento do veículo começou em meados de 2000, fruto de uma cooperação entre a 
Agência Espacial Alemã e a AEB. Desde então, já foram realizados um lançamento no Brasil e 
dois na Suécia, todos bem-sucedidos". 
 
 
SONDA I. Projetado para estudos da alta atmosfera e para transportar cargas úteis 
meteorológicas de 4,5 kg a 70 km de altitude. 
 
SONDA II. Depois de 1966, o Sonda I evoluiu para o Sonda II, usado para transporte de cargas 
úteis científicas e tecnológicas, de 20 a 70 Kg, para experimentos na faixa de 50 a 100 Km de 
altitude, com inovações tecnológicas, como novas proteções térmicas, novos propelentes e testes 
de componentes eletrônicos. 
 
SONDA III. Em 1969, o IAE iniciou o desenvolvimento do foguete biestágio Sonda III com 
propulsores do 1º e 2º estágios carregados com propelente sólido, capaz de transportar cargas 
úteis científicas e tecnológicas de 50 a 150 kg para experimentos na faixa de 200 a 650 km de 
altitude, com certeza super mais moderno e com novos sistemas, controladores, etc. 
 
SONDA IV. Projeto preliminar do foguete biestágio Sonda IV, com propulsores carregados com 
propelente sólido, especificado para permitir o domínio das tecnologias imprescindíveis para o 
desenvolvimento do Veículo Lançador de Satélites (VLS). O Sonda IV foi utilizado para o 
transporte de cargas úteis científicas e tecnológicas de 300 a 500 kg para experimentos na faixa 
de 700 a 1000 km de altitude. 
 
Os satélites meteorológicos e de sensoriamento remoto e suas aplicações.Os satélites meteorológicos e de sensoriamento remoto e suas aplicações.Os satélites meteorológicos e de sensoriamento remoto e suas aplicações.Os satélites meteorológicos e de sensoriamento remoto e suas aplicações. 
 
Satélite artificial é um veículo espacial, tripulado ou não, colocado em órbita de um planeta, 
de um satélite ou do Sol. É utilizado principalmente na pesquisa científica e nas telecomunicações 
em geral, como na retransmissão de sinais de rádio e de televisão e na interligação de redes de 
computadores, como a Internet. 
 
Os primeiros satélites postos em órbita foram o Sputnik I (04/10/57) e o Sputnik II (03/11/57), 
lançados pelos soviéticos, e seguidos pelo Explorer I (31/01/58), lançado pelos norte-americanos. 
Nas telecomunicações, o satélite pioneiro foi o Telstar, lançado pelos norte-americanos em 1962. 
11 
 
Após o sucesso dessas experiências, imediatamente, o homem colocou satélites artificiais 
em órbitas de quatro outros astros do sistema solar: O próprio Sol (Luna I, em 1959); a Lua ( Luna 
X, em 1966); Marte (Marine IX, em 1971) e Vênus (Venua IX, em 1975). 
 
A órbita de um satélite é definida em função de diversos parâmetros, entre eles: raio de 
inclinação, inclinação do plano da órbita, período de revolução, etc. O número de revoluções 
diárias , isto é, quantas vezes o satélite gira em torno da Terra num dia é importante porque 
define a altitude que o satélite deverá ser colocado em órbita. 
Por exemplo, a órbita de 35.800 a 36.000 Km de altitude desempenha um papel particular. 
Todos os satélites colocados a essa altitude gastam, para dar uma volta em torno da Terra, 23 h 
56 min, que é igual ao período de rotação da Terra. Neste caso, a órbita é denominada 
geossíncrona . 
Se o plano da órbita confundir com o do equador, o satélite parecerá imóvel a um 
observador terrestre, sendo então chamado de geoestacionário . 
 
Os satélites militares são desenvolvidos com objetivo de telecomunicação, 
observação, alerta avançado, ajuda à navegação e re conhecimento . Um exemplo de satélite 
militar, muito utilizado hoje, são os 16 satélites de posicionamento global (Global Positioning 
System - GPS), que fornecem coordenadas geográficas exatas. Os americanos dispõem de 
satélites fotográficos, como o Big Bird que permitem identificar objetos com poucos centímetros e 
de satélites denominados Key Hole, que fazem análise das zonas observadas e retransmitem as 
informações em tempo real. 
12 
 
No campo de exploração cósmica , o primeiro satélite lançado ao espaço foi o Explorer 1, 
pelos EUA. No ano seguinte (1959), os soviéticos lançam o Projeto Lunik (ou Luna), com o 
lançamento da primeira sonda espacial a Lunik 1, para explorar a Lua. Em setembro a Lunik 2 
atinge a superfície da Lua e, em outubro são feitas as primeiras fotos da face oculta do satélite, 
pela Lunik 3. A partir daí, soviéticos e americanos lançaram sondas em direção a Vênus, Marte, 
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, assim como para algumas luas dos planetas gigantes. 
Em 1968 teve início um estudo sistemático do céu, util izando ultravioleta e 
infravermelho . A primeira cartografia completa do céu foi realizada pelo satélite IRAS, no ano de 
1983. 
Com relação a satélites empregados para coleta de dados , o programa mais importante 
no momento é o Earth Science Enterprise (NASA), para estudar fenômenos físicos, químicos e 
biológicos da Terra. As áreas de estudo incluem: nuvens, ciclo da água e energia, oceanos, 
química da atmosfera, uso da terra, processo da água e ecossistema, cobertura de gelo glacial e 
polar e a parte sólida da Terra. O primeiro satélite de observação, o EOS-AM Spacecraft, foi 
lançado em 18 de dezembro de 1999. 
 
No Brasil foi criado o Projeto de Satélites de Aplicações Científicas (SACI), concebido pelo 
INPE, e com a cooperação de diversas instituições brasileiras e estrangeiras. O SACI-1 foi 
colocado em órbita da Terra com sucesso, mas não chegou a entrar em operação devido a uma 
falha no sistema de controle do painel solar. O segundo satélite da série, o SACI-2 foi abortado 
pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. 
 
Os satélites de comunicação são utilizados na transmissão de informações. Podem ter 
acessos múltiplos, isto é, servir simultaneamente a diversas estações terrestres de localidades ou 
mesmo de países diferentes. 
 
O TELSTAR 1, o primeiro satélite construído e financiado por uma indústria 
privada (AT&T’s Bell), lançou uma revolução na telecomunicação, marcando o início 
do comércio espacial. Esse território do espaço (órbita geossíncrona) tornou-se mais 
tarde congestionado de satélites de várias nações. 
 
O primeiro satélite meteorológico colocado em órbita da Terra foi o 
TIROS 1 (EUA), lançado em 1º de abril de 1960. São equipados com 
infravermelhos capazes de operar mesmo sobre a face escura da Terra. Os 
dados armazenados são transmitidospara estações de recepção na Terra. 
 
Dentre as suas habilidades, podemos citar a aquisição de imagens de alta e média 
resolução, monitorar a atmosfera terrestre (temperatura e umidade do ar, mapeamento diurno e 
noturno de nuvens, temperatura das nuvens, distribuição de aerossóis, ozônio e dióxido de 
carbono), os continentes (avaliações precisas do gelo e da neve, avaliação de vegetação e 
agricultura, detecção de queimadas e atividades vulcânicas) e os oceanos (massa d'água, 
temperaturas da superfície do mar, direção e velocidade dos ventos próximos a superfície dos 
oceanos). 
 
O SCD-1 é o primeiro satélite da MECB (Missão Espacial Completa 
Brasileira), que prevê o desenvolvimento e construção de outros quatro, que 
darão continuidade à missão do SCD-1, e os satélites de sensoriamento remoto 
(SSR1 e SSR2), para observação de recursos terrestres. Em 22 de outubro de 
1998, foi colocado em órbita da Terra o SCD-2. Esse fato selou o êxito do Brasil 
na era espacial. 
 
Os satélites de sensoriamento remoto estudam a superfície terrestre, através de poderosas 
lentes. Podem produzir fotos da superfície com precisão de até um metro. 
 
13 
 
Cerca de 8.000 objetos orbitam nosso planeta, e mais de 100 podem ser vistos a olho nu, 
antes do pôr do Sol ou antes do seu nascer. Os objetos de grande tamanho ou de órbita 
relativamente baixa, tais como a Estação Espacial Internacional, são visíveis a olho nu mais 
facilmente, mesmo quando as condições não são muito favoráveis. 
 
A Estação Espacial Internacional (ISS).A Estação Espacial Internacional (ISS).A Estação Espacial Internacional (ISS).A Estação Espacial Internacional (ISS). 
 
Em 1984, o presidente Ronald Reagan propôs que 
os Estados Unidos, em parceria com outras nações, 
construíssem uma estação espacial habitável e 
permanente. Reagan previa que a estação ajudaria tanto 
ao governo quanto a indústria. 
Os EUA formaram uma força de cooperação com 
outros 14 países (Canadá, Japão, Brasil e a Agência 
Espacial Européia - Reino Unido, França, Alemanha, 
Bélgica, Itália, Holanda, Dinamarca, Noruega, Espanha, 
Suíça e Suécia). Durante o planejamento da ISS e depois 
da queda da União Soviética, os Estados Unidos 
convidaram a Rússia, em 1993, para ajudar na ISS. Isso 
elevou para 16 o número de participantes no projeto. A 
NASA está liderando e coordenando a construção. 
A montagem em órbita começou em 1998. A ISS tem mais de 100 componentes, e 
precisarão de aproximadamente 44 vôos dos ônibus espaciais, da Soyuz e do foguete de prótons 
russo para serem transportados. Além disso, serão necessárias 160 incursões de astronautas ao 
espaço para adaptações e consertos externos. 
Totalizando, serão gastas 1.920 horas-homem para montar e manter a ISS, que tem sua 
conclusão prevista para 2010 e uma vida útil estimada em 10 anos. O projeto total custará entre 
US$35 e US$37 bilhões. 
Quando completa, a ISS será capaz de abrigar até sete astronautas. Os componentes 
principais da estação são os seguintes: 
 
• Módulo de controle (Zayra) ou bloco de carga funcio nal - contém propulsão (dois 
sistemas de foguete), comando e sistema de controle. 
• Nodos (três) - conectam porções maiores da ISS. 
• Módulo de serviço (Zveda) - contém alojamentos e recursos salva vidas nas partes mais 
remotas da ISS, locais de atracagem para naves Progress e sistema de foguetes para 
controle de altitude e nível da estação. 
• Laboratórios científicos (seis) - contêm equipamentos científicos e braços robóticos para 
mover cargas na plataforma externa. 
• Módulo de laboratório - ambiente aquecido para facilitar as pesquisas de microgravidade, 
ciências humanas, terrestres e espaciais. 
• Suporte - uma grande estrutura para junção de módulos, cargas e equipamentos de 
sistemas. 
• Sistema de serviço móvel - sistema robótico de suporte, equipado com braços remotos 
para montagem e atividades de manutenção. 
• Veículos de transporte - uma cápsula da Soyuz e um Crew Return Vehicle X-38 (Veículo 
de Evacuação da Tripulação) para evacuação de emergência. 
• Sistema de energia elétrica - painéis solares e equipamentos para geração, 
armazenamento, controle e distribuição de energia elétrica. 
 
Em 31 de outubro de 2000, a primeira tripulação da ISS (mostrada abaixo) foi enviada pela 
Rússia. A equipe com três tripulantes passou quase cinco meses a bordo da ISS ativando 
sistemas e conduzindo experimentos. A primeira tripulação voltou à Terra em 21 de março de 
2001. 
14 
 
 
A ISS tem sido ocupada por uma série de equipes de três 
e dois tripulantes: 
• Tripulação 2 - de março a agosto de 2001 
• Tripulação 3 - de agosto a dezembro de 2001 
• Tripulação 4 - de dezembro de 2001 a junho de 2002 
• Tripulação 5 - de junho a dezembro de 2002 
• Tripulação 6 - de novembro de 2002 a maio de 2003 
• Tripulação 7 - de abril a outubro de 2003 
• Tripulação 8 - de outubro de 2003 a abril de 2004 
• Tripulação 9 - de abril a outubro de 2004 
• Tripulação 10 - de outubro de 2004 a abril de 2005 
• Tripulação 11 - de abril de 2005 a outubro de 2005 
• Tripulação 12 - de outubro de 2005 a abril de 2006 
• Tripulação 13 - lançada em março de 2006 
 
Por enquanto, a permanência de cada tripulação varia entre três e sete meses. 
 
O Telescópio HubbleO Telescópio HubbleO Telescópio HubbleO Telescópio Hubble 
 
A IMPORTÂNCIA DO HUBBLE 
A grande importância do Telescópio Espacial Hubble (nome dado em homenagem ao 
astrônomo norte-americano Edwin Powell Hubble que viveu de 1889 a 1953) está no fato de ele 
estar colocado no espaço, fora da atmosfera da Terra. 
A luz dos astros para chegar a ele não precisa passar por nossa atmosfera. Toda 
informação que obtemos de um astro está na luz que vem deles. A atmosfera sempre "some" 
com parte dessa informação e é por isso que os observatórios astronômicos profissionais sempre 
são construídos em locais bem altos. 
Mesmo assim um telescópio "de solo" somente conseguirá momentaneamente uma 
resolução de imagem superior a 1,0 segundo de arco, isso em condições atmosféricas 
extremamente adequadas à observação. Com essa resolução somos capazes de ver uma bola 
de futebol a 51,5 km de distância. 
A resolução do Hubble é cerca de 10 vezes melhor, ou seja, de 0,1 segundo de arco. Com 
essa resolução e com a ajuda de técnicas de reduções fotográficas feitas por computador, 
podemos distinguir separadamente objetos suficientemente brilhantes a até menos de dois 
metros de distância um do outro, como os dois faróis de um carro que estivesse na Lua. 
 
COMO É O HUBBLE 
 
A "potência" de um telescópio está na quantidade de 
luz que ele pode receber instantaneamente de um objeto. 
Quanto maior o diâmetro de um telescópio, maior a sua 
"potência". 
O Hubble é um telescópio refletor (seu elemento 
óptico principal é um espelho) com 2,40 metros de 
diâmetro. Se fosse um telescópio de solo ele seria 
considerado de porte médio. Os 2 maiores telescópios do 
mundo estão no observatório de Mauna Kea no Havaí e 
têm 10 metros de diâmetro cada. Existem 28 telescópios 
maiores que o Hubble, espalhados pelo mundo, em 
funcionamento. 
 Mais que um telescópio, o Hubble é um verdadeiro 
observatório espacial, contendo instrumentação 
necessária a vários tipos de observação. Contém 3 
câmeras, 1 detector astrométrico e 2 espectrógrafos. Além 
de fotografar os objetos e medir com grande precisão 
15 
 
suas posições, o Hubble é capaz de "dissecar" em detalhes a luz que vem deles. 
O Hubble está em uma órbita baixa, a 600 km da superfície da Terra e gasta apenas 95 
minutos para dar uma volta completa em torno de nosso planeta. A energia necessária para o seu 
funcionamento é coletada por 2 painéis solares de 2,4 x 12,1 metros cada. A sua massa é de 
11.600 kg. 
 
O HUBBLE TEVE QUE USAR ÓCULOS 
 
Colocado em órbita em abril/90, logo em seguida foi detectado um grave defeito em sua 
óptica. O Hubble não era capaz de focar os objetos, principalmente os mais fracos, com a 
precisão planejada e desejada.Esse defeito foi "diagnosticado" como aberração esférica; uma distorção óptica causada por 
uma forma incorreta de seu espelho principal. Perto das bordas a curvatura desse espelho estava 
menor que deveria por uma quantidade cerca de 1/50 da espessura de um fio de cabelo humano. 
Trocar o espelho seria algo caro e difícil. A solução adotada foi a de projetar uma óptica 
corretiva para seus instrumentos. Essa óptica foi instalada com grande sucesso em dezembro/93. 
 
 
OBJETIVOS 
 
Os objetivos do Hubble podem ser resumidos como sendo: 
• Investigar corpos celestes pelo estudo de suas composições, características físicas e dinâmicas; 
• Observar a estrutura de estrelas e galáxias e estudar suas formação e evolução; 
• Estudar a história e evolução do universo. 
 
Para atingir seus objetivos a pesquisa do Hubble é dividida em: 
• Galáxias e Aglomerados; 
• Meio Interestelar; 
• Quasares e Núcleos Ativos de Galáxias; 
• Astrofísica Estelar; Populações Estelares e Sistema Solar. 
 
 
As instituições brasileiras voltadas ao desenvolvimento das As instituições brasileiras voltadas ao desenvolvimento das As instituições brasileiras voltadas ao desenvolvimento das As instituições brasileiras voltadas ao desenvolvimento das 
atividades espaciais (AEB, CTA, IAE, INPE e ITA).atividades espaciais (AEB, CTA, IAE, INPE e ITA).atividades espaciais (AEB, CTA, IAE, INPE e ITA).atividades espaciais (AEB, CTA, IAE, INPE e ITA). 
 
Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA) 
 
Atualmente, o CTA - Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial com sede em São José 
dos Campos -SP é órgão do Comando da Aeronáutica, formado por dez organizações militares 
nas áreas de ensino, pesquisa, desenvolvimento e de infra-estrutura e apoio operacional. O CTA 
conquistou com meio século de história o reconhecimento da comunidade científica internacional. 
É considerado um dos mais importantes centros de ensino, pesquisa e desenvolvimento 
aeroespacial da América Latina e do mundo. 
A área de ensino, pesquisa e desenvolvimento é constituída de quatro institutos: Instituto 
Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), Instituto de Fomento e 
Coordenação Industrial (IFI) e Instituto de Estudos Avançados (IEAv). Através destes institutos, o 
CTA vem realizando atividades técnico-científicas de alto nível, nos mais diferentes campos da 
pesquisa a tecnológica aeroespacial. Além de participar de importantes projetos da indústria 
nacional e contribuir de forma acentuada para o desenvolvimento da região. 
Na área de infra-estrutura e apoio operacional, encontram-se o Grupo Especial de Ensaios 
em Vôo (GEEV), o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR-SJ), a Prefeitura de 
Aeronáutica de São José dos Campos (PASJ) e o Grupamento de Infra-estrutura e Apoio de São 
José dos Campos (GIA-SJ), unidade ímpar na FAB (Força Aérea Brasileira). 
 
16 
 
Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) 
 
O ITA é uma escola pública mantida pelo Comando da Aeronáutica, cujas missões são: 
ministrar a educação e o ensino, necessários à formação de profissionais de nível superior nos 
setores da Ciência e da Tecnologia, nas especialidades de interesse da aviação em geral e do 
Comando da Aeronáutica, em particular; manter cursos de graduação, de especialização e 
extensão universitária e de pós-graduação; promover, através do ensino e da pesquisa, o 
progresso da Ciência e da Tecnologia, relacionados com as atividades do Setor Aeroespacial. É 
constituído pela Reitoria, Congregação, Direção de Ensino e a Direção de Administração e Apoio. 
Atualmente o Concurso de Admissão é realizado em vinte e cinco cidades cobrindo todas as 
regiões do território brasileiro. As provas são compostas por questões dissertativas e de múltipla 
escolha: Física, Química e Matemática – 20 questões de múltipla escolha e 10 dissertativas; 
Português - 20 questões de múltipla escolha e uma redação; Inglês - 20 questões de múltipla 
escolha. 
Possui cinco cursos de graduação em Engenharia nas seguintes especialidades: 
Aeronáutica, Mecânica-Aeronáutica, Civil-Aeronáutica, Eletrônica e Computação. Todos têm 
duração de cinco anos, dos quais os dois primeiros constituem o Curso Fundamental comum a 
todos os alunos, e os três últimos, o Curso Profissional, específico para cada especialidade. 
Há alguns requisitos para quem deseja se candidatar a uma das suas vagas. No ato da 
inscrição, o candidato deve optar se deseja ser um aluno militar ou civil. 
Particularidades do ITA: oferece ensino, alimentação e serviços médico-odontológicos 
gratuitamente a todos os alunos independentemente da classe social; oferece hospedagem a 
uma taxa mínima ao mês, porém se o aluno comprovar carência, ele é isento; seu concurso de 
admissão é realizado na primeira quinzena de dezembro; não aceita transferência de outras 
instituições; não há dispensa de disciplinas cursadas em outras instituições; não há dispensa do 
CPORAER mesmo para aqueles que já se alistaram; e o mais interessante é que ministra a 
Disciplina Consciente, que consiste basicamente da confiança nas relações docente/discente e 
discente/discente e honestidade na execução de trabalhos escolares. 
Além da graduação, o ITA oferece cursos de pós-graduação em quatro áreas com diversas 
subáreas: Engenharia Aeronáutica e Mecânica; Engenharia Eletrônica e Computação; 
Engenharia de Infra-Estrutura Aeronáutica; e Física. Possui também três cursos de mestrado 
profissionalizante nas seguintes áreas: Produção; Engenharia Aeronáutica, parceria 
ITA/EMBRAER; e Engenharia Aeroespacial, parceria ITA/IAE. E possui ainda o Curso de 
Especialização em Análise de Ambiente Eletromagnético (CEAAE), criado em 1998 e o Programa 
de Pós-Graduação em Aplicações Operacionais (PPGAO), criado em 2001. 
 
Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) 
 
Tem como missão as atividades de pesquisa e desenvolvimento no campo aeroespacial, 
com ênfase às áreas de materiais, foguetes de sondagem, sistemas de defesa, sistemas 
aeronáuticos, ciências atmosféricas, ensaios em vôo e ensaios de componentes aeroespaciais. 
Possui um Curso de Extensão em Engenharia de Armamento Aéreo (CEEAA), criado em 
1977 no ITA. Tem duração de dois semestres letivos, obedecendo ao calendário letivo do ITA, os 
quais são destinados a proporcionar a base teórica e os conhecimentos práticos sobre projetos, 
desenvolvimento, ensaio e instalação de sistemas de defesa, aos Oficiais Subalternos e 
Intermediários da Aeronáutica, da ativa, possuidores de diploma de engenheiro. 
 
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) 
 
Há mais de quarenta anos o INPE, órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, 
desenvolve atividades de pesquisa e desenvolvimento na área espacial, com estudos que vão 
desde o desflorestamento de matas, previsão do tempo até as origens do universo. Hoje é uma 
referência nacional em Sensoriamento Remoto, Meteorologia, Ciências Espaciais e Atmosféricas 
e Engenharia e Tecnologia Espaciais. A sede do INPE está localizada em São José dos Campos 
- SP e ele possui mais sete unidades no território nacional: Cachoeira Paulista (SP), Cuiabá (MT), 
17 
 
Natal (RN), São Paulo (SP), Brasília (DF), Atibaia (SP), Santa Maria (RS). Além delas, existem 
postos da ATUS –Atendimento ao Usuário de Imagens de Satélite em São Luís (MA), Eusébio 
(CE), São Martinho da Serra (RS) e Santa Maria (RS). 
 
Atualmente, suas ações desenvolvem quatro programas do governo federal em sintonia com 
o Ministério da Ciência e Tecnologia e a Agência Espacial Brasileira. São eles: 
• Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE); 
• Programa Ciência, Natureza e Sociedade; 
• Programa Promoção da Pesquisa e do Desenvolvimento Científico e Tecnológico; 
• Programa Prevenção e Combate a Desmatamentos, Queimada e Incêndios Florestais. 
 
O INPE possui cursos de pós-graduação, níveis de mestrado e doutorado, nas seguintes 
áreas de concentração: Astrofísica, Geofísica Espacial, Computação Aplicada, Meteorologia,Sensoriamento Remoto e Engenharia e Tecnologia Espaciais. 
No sítio do INPE é possível encontrar catálogo gratuito de imagens CBERS estendido à 
América do Sul, Rede Nacional de Monitoramento de Raios e Dados do programa de Detecção 
de Desmatamento da Amazônia em Tempo Real (DETER). 
 
Agência Espacial Brasileira (AEB) 
 
Com sede localizada em Brasília (DF), a Agência Espacial Brasileira é uma autarquia federal 
de natureza civil, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) – foi criada em 10 de 
fevereiro de 1994. 
A AEB é responsável pela Política Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais 
(PNDAE), que estabelece objetivos e diretrizes a serem materializados nos programas e projetos 
nacionais relativos à área espacial, com destaque para o Programa Nacional de Atividades 
Espaciais (PNAE). Em 1996, foi instituído o Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades 
Espaciais – SINDAE com a finalidade de organizar a execução das atividades destinadas ao 
desenvolvimento espacial de interesse nacional. Mais informações: www.aeb.gov.br. 
 
A exploração de marte.A exploração de marte.A exploração de marte.A exploração de marte. 
 
"Mars PathFinder é o segundo projeto da NASA em relação à exploração de Marte. A 
Missão é composta por uma estação de lançamento e transmissão de dados, chamada de Sagan 
Memorial Station , e um robô de exploração de superfícies , chamado Sojourner . O objetivo 
principal é a demonstração de costas baixas para pouso e exploração do solo de Marte." 
Eles estão fazendo esses projetos para saber se o 
Homem, assim como fez na Lua, poderá pisar em Marte. 
Precisam saber como é o solo, a atmosfera, o clima, enfim, 
todas as condições, bem detalhadamente. 
O Robô Sojourner foi projetado para captar amostras do 
solo de Marte e possui seis rodas e um painel de captação de 
energia solar. A NASA já enviou diversas sondas para saber 
como é em Marte. 
Marte é o planeta mais próximo da Terra, ocupando o 4º 
lugar na ordem das distâncias ao Sol. Tem uma atmosfera 
bastante ténue, essencialmente constituída por dióxido de 
carbono, com pequenas quantidades de azoto, oxigénio e vapor de água. 
O ano marciano é quase o dobro do da Terra. A superfície de Marte está coberta por 
crateras, tendo até sido observados vulcões. 
Marte possui dois satélites: Fobos e Deimos. Desde a década de 1960, o homem busca 
informações sobre Marte. Porém, apenas dois terços dos projetos foram bem sucedidos. A 28 de 
novembro de 1964 começou a primeira missão bem sucedida a Marte. 
18 
 
A sonda sobrevoou o planeta em Julho de 1965 e 
retornou com fotos da sua superfície. A partir daí foram-
se alcançando várias metas, nomeadamente: fizeram-se 
mapeamentos globais, coletaram-se dados sobre a 
atmosfera, recolheram-se dados sobre o planeta, tiraram-
se fotos da superfície, estudou se o solo e transportou-se 
água e gelo de modo a estudar o ambiente. 
A 2 de Junho de 2003 foi a primeira missão europeia 
enviada a qualquer planeta. No entanto, as missões 
espaciais que deram um verdadeiro destaque à 
exploração de Marte foram, indubitavelmente, as duas 
missões Viking nos meados de 1970, que enviaram as 
primeiras imagens detalhadas a partir da superfície 
marciana. Os veículos orbitais mapearam 97% do planeta. 
A exploração de Marte teve depois uma paragem durante mais de duas décadas, 
interrompida somente por algumas tentativas falhadas ou parcialmente bem sucedidas. A Mars 
Global Surveyor tornou-se a primeira missão com êxito no Planeta Vermelho, em vinte anos, 
quando foi lançada em 1996, entrando em órbita em 1997. 
No entanto, o ano de 2003 assistiu a um interesse retomado por Marte através de um 
aumento de missões, com o lançamento pela ESA da Mars Express, com o seu módulo de 
aterragem Beagle, e com o lançamento pela NASA de dois rovers , Spirit e Opportunity. 
Esta missão teve como objectivo analisar a atmosfera e o solo do planeta, além de verificar 
que já existiu água na forma líquida, uma das condições impostas pelos cientistas para existência 
de vida em Marte. Recolheu amostras de solo e enviou os dados de volta para a Terra. 
 
Por que o Brasil deve possuir um Programa Espacial?Por que o Brasil deve possuir um Programa Espacial?Por que o Brasil deve possuir um Programa Espacial?Por que o Brasil deve possuir um Programa Espacial? 
 
Todos os países em desenvolvimento já possuem seu programa espacial e o Brasil não 
poderia deixar de ter o seu também. Mas atualmente faz uso compartilhado com outros países 
em seus programas do espaço, principalmente com a China. 
Devido a atrasos, por motivo de acidente na base de 
Alcântara, Mas há ainda o caso da ISS, Estação Espacial 
Internacional, compartilhado por todos os países, incluindo o 
Brasil, apesar de micro participação. 
Lembram que em 2006, Marcos Pontes, nosso primeiro 
astronauta, visitou a Estação, a bordo da nave russa Soyuz. 
Mas as pesquisas espaciais fazem parte dos projetos 
individuais de cada país, até por motivo de segurança e de 
custos para adquirir informações. 
A base de Alcântara, próxima ao Equador terrestre, privilegia-nos como melhor ponto de 
lançamento devido a menor custo - menos combustível para alcançar a órbita desejada. 
 
Mas, por que o Brasil deve possuir um Programa Espa cial? 
 
Primeiro : As comunicações, hoje em dia, são todas feitas por satélites. O Brasil não deve ficar 
para trás. Porque ficaria ? Falta é conhecimento! 
 
Segundo : Porque esse tipo de tecnologia dá muito dinheiro. Podemos descobrir muitos outros 
mistérios e segredos do Universo, e conseguiríamos respeito com isso também. Os outros países 
vêem o Brasil como INCAPAZ de realizar algo desse calibre. Devíamos mostrar a eles que somos 
um país globalizado também. Mas, para isso, falta conhecimento. 
 
Terceiro : Porque temos uma faixa de território em posição privilegiada próxima do equador 
terrestre (a localização mais econômica para lançamentos ao espaço). 
19 
 
 
Quarto : Porque isso gera muitos empregos e tecnologia de ponta, alavancando o progresso da 
indústria (mais dinheiro para o Brasil). 
 
Quinto : Incentivar as crianças Brasileiras à estudar matemática e física, desenvolvê-las. 
 
O efeito estufa e o buraco na camada de ozônio.O efeito estufa e o buraco na camada de ozônio.O efeito estufa e o buraco na camada de ozônio.O efeito estufa e o buraco na camada de ozônio. 
 
 
 
Efeito Estufa 
 
O Efeito Estufa é a forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante. A 
atmosfera é altamente transparente à luz solar, porém cerca de 35% da radiação que recebemos 
vai ser refletida de novo para o espaço, ficando os outros 65% retidos na Terra. Isto se deve 
principalmente ao efeito sobre os raios infravermelhos de gases como o Dióxido de Carbono, 
Metano, Óxidos de Azoto e Ozônio presentes na atmosfera (totalizando menos de 1% desta), que 
vão reter esta radiação na Terra, permitindo-nos assistir ao efeito calorífico dos mesmos. 
Nos últimos anos, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem aumentado 
cerca de 0,4% anualmente; este aumento se deve à utilização de petróleo, gás e carvão e à 
destruição das florestas tropicais. A concentração de outros gases que contribuem para o Efeito 
de Estufa, tais como o metano e os clorofluorcarbonetos também aumentaram rapidamente. 
O efeito conjunto de tais substâncias pode vir a causar um aumento da temperatura global 
(Aquecimento Global) estimado entre 2 e 6 ºC nos próximos 100 anos. Um aquecimento desta 
ordem de grandeza não só irá alterar os climas em nível mundial como também irá aumentar o 
nível médio das águas do mar em, pelo menos, 30 cm, o que poderá interferir na vida de milhões 
de pessoas habitando as áreas costeiras mais baixas. 
Se a Terra não fosse coberta por um manto de ar, a atmosfera seria demasiado fria para a 
vida. As condições seriam hostis à vida, a qual de tão frágil que é, bastaria uma pequena 
diferença nas condições iniciais da sua formação, para que nósnão pudéssemos estar aqui a 
discutindo. 
 
 
20 
 
 
O Efeito Estufa consiste, basicamente, na ação do dióxido de carbono e outros gases sobre 
os raios infravermelhos refletidos pela superfície da terra, reenviando-os para ela, mantendo 
assim uma temperatura estável no planeta. 
Ao irradiarem à Terra, parte dos raios luminosos oriundos do Sol são absorvidos e 
transformados em calor, outros são refletidos para o espaço, mas só parte destes chega a deixar 
a Terra, em consequência da ação refletora que os chamados "Gases de Efeito Estufa" (dióxido 
de carbono, metano, clorofluorcarbonetos- CFCs- e óxidos de azoto) têm sobre tal radiação 
reenviando-a para a superfície terrestre na forma de raios infravermelhos. 
Desde a época pré-histórica que o dióxido de carbono tem tido um papel determinante na 
regulação da temperatura global do planeta. Com o aumento da utilização de combustíveis 
fósseis (Carvão, Petróleo e Gás Natural) a concentração de dióxido de carbono na atmosfera 
duplicou nos últimos cem 
anos. 
Neste ritmo e com o 
abatimento massivo de 
florestas que se tem praticado 
(é nas plantas que o dióxido 
de carbono, através da 
fotossíntese, forma oxigênio e 
carbono, que é utilizado pela 
própria planta) o dióxido de 
carbono começará a proliferar 
levando, muito certamente, a 
um aumento da temperatura 
global, o que, mesmo 
tratando-se de poucos graus, 
levaria ao degelo das calotas 
polares e a grandes 
alterações a nível topográfico 
e ecológico do planeta. 
 
Buraco na camada de Ozônio 
 
O ozônio (O3) se encontra na estratosfera e corresponde a uma camada da atmosfera, esse 
gás está situado entre 10 e 50 quilômetros de altitude, denominado de camada de ozônio. Essa 
camada é indispensável para o desenvolvimento e manutenção da vida na Terra, uma vez que 
essa realiza uma espécie de filtragem dos raios 
solares promovendo a retenção dos raios 
ultravioletas que são prejudiciais, impedindo que 
atinja a superfície terrestre. 
Por volta de 1930, surgiu o gás CFC 
(clorofluorcarbono) com finalidade industrial, a 
empresa pioneira no uso dessa substância foi a 
General Motors. No decorrer do tempo o uso 
dispersou-se pelo mundo, especialmente nos países 
industrializados, então o CFC foi inserido em bens 
de consumo, como geladeiras, ar condicionado, 
sprays, entre outros. 
Nas primeiras décadas da utilização do gás 
não foram detectados prejuízos ao ambiente, mas a 
ideia de que tal gás era inofensivo foi superada no 
fim da década de 70, momento esse que foi 
realizado diversos tipos de estudos que constatou uma modificação na camada de ozônio na 
Antártica. 
21 
 
Tal constatação foi feita a partir de informações obtidas através de imagens de satélites, os 
cientistas através dos dados adquiridos desvendaram que havia ocorrido uma redução de 60% na 
camada da região. 
Doravante a essa descoberta, os cientistas estabeleceram uma relação direta entre a 
emissão do gás CFC e a diminuição da camada de ozônio. 
O gás CFC expelido para a atmosfera sobe para as camadas mais elevadas da mesma, 
onde são submetidas às ações dos raios ultravioletas, que ocorre da seguinte forma: o CFC se 
fragmenta, o cloro começa a interagir com o ozônio e a partir desse processo ocasiona a quebra 
desse tipo de molécula e consequentemente destrói a camada de ozônio. 
A diminuição da quantidade de ozônio resulta no aumento da entrada de raios ultravioleta na 
superfície terrestre, alterando toda composição natural do clima e das paisagens, provocando 
algumas doenças nos seres humanos, como câncer de pele, catarata e queda da imunidade e 
pode comprometer a vida no planeta. 
Diante das constatações acerca da diminuição da camada de ozônio e os riscos que ela 
acarreta, as grandes economias se reuniram em 1987 na cidade canadense de Montreal e 
implantaram o Protocolo de Montreal, que tinha como principal objetivo estipular metas de 
redução do gás CFC em primeiro momento e, posteriormente, deixar de utilizá-lo definitivamente. 
Esse acordo obteve grande êxito, uma vez que todos os países aderiram e executaram as metas. 
 
OOOO corpo humano no espaçocorpo humano no espaçocorpo humano no espaçocorpo humano no espaço 
 
As maiores diferenças entre o ambiente em uma nave espacial e qualquer outra 
embarcação na Terra são o banho de radiação a que se fica exposto fora da atmosfera terrestre e 
a microgravidade. 
A ação da gravidade zero sobre o corpo humano é o que afeta mais os astronautas, 
especialmente os que ficam no espaço por longos períodos, conta a coordenadora do centro de 
gravidade da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande Do Sul (PUCRS), professora Thaís 
Russomano. 
"O corpo humano é moldado pela gravidade, como se fosse uma massa de modelar. Temos 
os membros inferiores muito mais fortes do que os superiores para sustentar o corpo de pé, 
devido à ação da gravidade". Portanto, os primeiros músculos a se modificarem, em quem fica um 
bom tempo em órbita, são os das pernas. 
Essas mudanças do corpo humano são um fator importante quando se pensa na dificuldade 
em chegar a Marte, explica Thaís: primeiro o corpo tem de se adaptar à gravidade zero, depois à 
força gravitacional de Marte, depois novamente ao espaço e, por fim, reaprender a sustentar 
nossa massa aqui na Terra. 
Outro perigo para os astronautas em órbita são as infecções. Por isso, quem vai subir ao 
espaço sideral começa a reduzir o contato com outros humanos - amigos, família, por exemplo - 
já um mês antes. "É que a maioria das infecções tem um período de incubação de 7 a 14 dias. 
Assim é mais garantido evitar que alguém chegue espirrando lá em cima", conta Thais. 
 
Os efeitos que a falta de gravidade provocam no cor po humano 
 
Desde a chegada do homem à Lua até os dias atuais, as 
imagens do homem chegando à Lua encantam inúmeras pessoas, 
entretanto, a vida de um astronauta não é nada fácil. 
Já imaginou ficar vários dias flutuando no espaço sem sofrer a 
ação da força da gravidade? 
Mesmo que possa parecer divertido, a ausência dessa força 
invisível que nos prende ao solo provoca várias transformações no 
organismo humano. Mesmo assim, o homem apresenta grande 
capacidade de adaptação no espaço. 
A sensação de ter o corpo empurrado de um lado para outro 
dentro de uma espaçonave - dando a impressão de que a aeronave 
22 
 
está se deslocando e os astronautas estão parados - é o primeiro efeito sentido por eles, quando 
chegam a um ambiente sem gravidade. 
Mas e por que isso ocorre? Na verdade, quando estamos submetidos à gravidade o tempo 
todo - como em nosso planeta -, nem percebemos a ação dessa força, pois a sensação de 
estarmos presos ao solo passa a ser automática. O corpo só sente essa força quando ela 
aumenta ou diminui. 
Porém esse não é o único efeito. Alguns astronautas relatam que sentem inflar as veias do 
pescoço poucos minutos após saírem da atmosfera da Terra. Alguns sentidos - como o paladar e 
o olfato - também ficam alterados: os astronautas só conseguem sentir o sabor das comidas 
muito temperadas. Outras partes do corpo ainda são afetadas, como os pulmões. Na superfície 
terrestre, os níveis de oxigênio e de sangue nesse órgão são constantes; já no espaço, esses 
níveis se alteram. 
Em viagens mais longas, os astronautas têm ainda 
que enfrentar problemas psicológicos. Isso porque eles 
ficam limitados em um espaço limitado, isolados da vida 
normal da Terra e convivem com um grupo pequeno de 
companheiros, e normalmente de outras nacionalidades. 
Essas mudanças podem provocar ansiedade, insônia, 
depressão, além de criar situações de tensão na equipe. 
Quando os astronautas retornam à Terra, novas 
mudanças ocorrem em seus corpos. Embora os efeitos 
da falta de gravidade sejam completamente reversíveis, o 
corpo tende a voltar ao normal só uma ou duas semanas 
depois do retorno. Muitos astronautas ficam 
desorientados e não conseguem manter o equilíbrio do 
corpo, além de apresentarem um enfraquecimento dos 
ossos, que podemse quebrar mais facilmente. 
Muitos médicos pesquisam os efeitos da ausência 
de gravidade no corpo humano, para melhorar os cuidados com a saúde não só daqueles que 
viajam pelo espaço, mas também dos que ficam na Terra. Isso porque os efeitos de uma viagem 
espacial são semelhantes a algumas das consequências do envelhecimento do organismo. Como 
podemos perceber, a vida de um astronauta é muito mais difícil do que parece à primeira vista. 
 
Os foguetes Saturno, Ariane, Soyuz e Próton.Os foguetes Saturno, Ariane, Soyuz e Próton.Os foguetes Saturno, Ariane, Soyuz e Próton.Os foguetes Saturno, Ariane, Soyuz e Próton. 
 
O Saturno V também chamado Foguete Lunar (Moon 
Rocket), foi o foguete usado nas missões Apollo e 
Skylab . Foi desenvolvido por Wernher von Braun no 
Marshall Space Flight Center em Huntsville, Alabama 
juntamente com Boeing, North American Aviation, 
Douglas Aircraft Company sob coordenação da IBM. 
Ele possui três andares (estágios), propelido pelos 
cinco poderosos motores F-1 do primeiro andar, mais 
os motores J-2 dos andares seguintes. 
Os três andares do foguete, chamados S-IC (primeiro 
andar), S-II (segundo andar) e S-IVB (terceiro andar), 
usavam oxigénio líquido (lox) como oxidante. O 
primeiro andar usava RP-1 como combustível, 
enquanto os segundo e terceiro usavam hidrogénio 
líquido. Foi o maior e mais caro foguete do mundo a ser 
utilizado com sucesso. Seu último vôo lançou em órbita 
o laboratório espacial Skylab. 
 
23 
 
O foguete Ariane 5 é um foguete lançador descartável designado a colocar 
satélites artificiais em órbitas geoestacionárias e de enviar cargas para órbitas 
de baixa altitude. 
O foguete é construído pela empreiteira EADS SPACE Transportation sob a 
supervisão da ESA - Agência Espacial Européia. Os foguetes são operados e 
comercializados pela Arianespace como parte do programa Ariane. EADS 
SPACE Transportation constrói os foguetes na Europa e a Arianespace os 
lança ao espaço na base de Kourou na Guiana Francesa. 
O Ariane 5 pode transportar dois satélites a cada vôo usando o transportador 
Sylda. Dependendo do tamanho, podem ser transportados até três satélites. Ou ainda oito 
pequenas sondas espaciais podem ser lançadas se for utilizada a plataforma ASAP (Ariane 
Structure for Auxiliary Payloads). 
 
Soyuz (em russo "união") é uma nave espacial soviética com capacidade para 
três cosmonautas, usada no programa espacial de mesmo nome e em outros 
programas, e que é usada até hoje pela Rússia. A expressão também pode 
designar o programa e a família de foguetes Soyuz da URSS (hoje Rússia). A 
Soyuz é a espaçonave com maior período de uso na história da exploração 
espacial e considerada muito segura, não ocorrendo acidentes fatais há 39 
anos (o primeiro voo tripulado foi em 1967). 
 
Próton é o nome que designa uma família de foguetes espaciais desenvolvidos pela União 
Soviética desde a década de 1960, que tiveram sua origem no míssil balístico intercontinental R.7 
(ou Sputnik). 
O primeiro lançamento do foguete aconteceu em julho de 
1965, quando levou ao espaço uma estação de pesquisa 
científica de 12,2 t. 
A família de foguetes Próton levou ao espaço diversos 
aparelhos, entre eles as estações espaciais Salyut e Mir, e é 
usada pela Rússia até os dias de hoje. 
Em 1967, o foguete foi aperfeiçoado para ser utilizado 
exclusivamente para missões espaciais. Os lançamentos 
aconteceram no cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. 
 
Os ônibus espaciaisOs ônibus espaciaisOs ônibus espaciaisOs ônibus espaciais 
 
O ônibus espacial é uma espécie de avião capaz de sair da órbita terrestre e voltar muitas 
vezes, ao contrário dos foguetes, que jamais retornam. Mas é um tipo de avião muito potente: na 
hora da decolagem, o desempenho dos motores é igual ao de 140 aviões Jumbo. 
É formado por um orbitador, 
onde são acomodados os 
astronautas, um tanque de 
combustível de 47 metros de altura e 
dois foguetes auxiliares, que dão um 
belo empurrãozinho para o ônibus 
atravessar a atmosfera. Os motores 
são colocados uns ao lado dos 
outros, em vez de estarem 
"empilhados", como nos foguetes. 
Quando o ônibus atinge seu 
destino, o enorme reservatório de 
combustível, então vazio, é jogado 
fora, assim como acontece com os foguetes. Os três motores principais só serão ligados para 
fazer o ônibus voltar à Terra. 
24 
 
Capas especiais evitam que o ônibus vire churrasco, protegendo a nave do calor provocado 
pelo atrito com a atmosfera. Ao chegar à base terrestre, o ônibus pousa suavemente em uma 
pista especial, quase planando, como um avião. Depois de uma bela e minuciosa revisão, é só 
acoplar novamente o reservatório e os foguetes, e ele estará pronto para outra. 
 
 
ROBÔS EM VEZ DE GENTE 
 
O primeiro ônibus espacial foi o Columbia, lançado pelos Estados Unidos em 1981. Ficou 
apenas dois dias no espaço, mas hoje os ônibus podem ficar até dez dias em uma órbita que não 
passa de 480 quilômetros da Terra. 
Durante esse tempo, os astronautas geralmente consertam equipamentos que se 
desgastaram ou realizam experiências científicas. 
Por meio de um braço-robô acoplado na nave, os tripulantes também podem lançar ou 
trazer de volta um satélite, e até se prender nele para consertar defeitos. 
 
Em abril de 1990, foi o ônibus 
espacial Discovery quem 
lançou ao espaço o telescópio 
espacial Hubble, um dos mais 
potentes já criados pelo homem. 
O Hubble andou com alguns 
probleminhas e simplesmente 
"apagou" em novembro de 1999. 
O mesmo Discovery levou os 
astronautas que consertaram o 
Hubble - uma "reforma" que 
durou oito dias. O telescópio 
espacial, avaliado em 3 bilhões 
de dólares, voltou ainda melhor, 
com telescópios, computadores 
e sensores novinhos. 
 
Nos últimos anos, os cientistas estão pensando se vale mesmo a pena enviar gente para o 
espaço. É bem mais caro, e as viagens são sempre arriscadas. Em 1986, por exemplo, o ônibus 
espacial Challenger explodiu em pleno ar, 73 segundos depois da decolagem, matando sete 
astronautas. Entre eles estava uma professora, a primeira civil americana a participar de uma 
missão espacial. O programa do ônibus espacial foi então interrompido por dois anos, até a 
instalação de novos e mais eficientes sistemas de segurança. 
 
O envio de robôs e sondas científicas é cada vez mais 
comum, especialmente quando as distâncias são muito 
longas. 
Em 1996, a Nasa (que é agência de estudos espaciais dos 
Estados Unidos) enviou para Marte um robô chamado 
Sojourner, que tinha a forma de um jipinho. 
Ele chegou lá em uma nave que parecia um mosquito 
gigante, a Mars Pathfinder, depois de sete meses de viagem, 
em 4 de julho de 1997, dia da independência nos EUA. 
Logo que a nave pousou, ele saiu todo faceiro pelo território 
marciano recolhendo pedaços de rochas, registrando imagens 
e informações sobre o solo e a atmosfera de Marte. 
Esse material todo voltou para a Terra. Mas o robô, que 
encantou o mundo, ficou por lá. 
 
25 
 
A CA CA CA Corrida Espacial e a Guerra Friaorrida Espacial e a Guerra Friaorrida Espacial e a Guerra Friaorrida Espacial e a Guerra Fria 
 
Guerra Fria: A União Soviética possuía um sistema socialista, 
baseado na economia planificada, partido único (Partido 
Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados 
unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema 
capitalista, baseado na economia de mercado, sistema 
democrático e propriedade privada. Na segunda metade da 
década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram 
implantar em outros países os seus sistemas políticos e 
econômicos. A definição para a expressão guerra fria é de um 
conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não 
ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados 
Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam 
armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois 
países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentandoconflitos 
em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã. 
 
Corrida Espacial: EUA e URSS travaram uma 
disputa muito grande no que se refere aos avanços 
espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos 
significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia certa 
disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar 
para o mundo qual era o sistema mais avançado. No 
ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um 
cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. 
Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde 
acompanhar pela televisão a chegada do homem a 
lua, com a missão espacial norte-americana. 
 
Ligação entre Guerra Fria e Corrida Espacial 
 
 Como viram, os Estados Unidos e a União Soviética 
eram países super inimigos, então, um queria ser 
melhor que o outro, em todos os aspectos como 
economia, política, etc. Isso não foi diferente em relação 
à Conquista do Espaço. Os dois países queriam chegar 
à Lua, descobrir o Universo, um mais rápido do que o 
outro, primeiro do que o 
outro. Essa disputa ocorria 
porque eles queriam 
mostrar qual era o melhor 
sistema. A União Soviética 
enviou uma nave com um 
cachorro dentro, enquanto os Estados Unidos, anos depois, mostrou 
ao Mundo a vitória do Homem na Lua. 
O melhor dessa disputa era que, quanto mais eles iam competindo, 
tentando ser melhor do que o outro, os dois países rendiam muito, 
pois criavam novas tecnologias (como o do homem chegar à Lua) 
para a nação. 
 
Como os astronautas se coComo os astronautas se coComo os astronautas se coComo os astronautas se comunicam no espaço?municam no espaço?municam no espaço?municam no espaço? 
o espaço, os astronautas comunicam por ondas rádio, o som não se propaga no vazio , mas as 
ondas rádio propagam-se. Quando os astronautas chegam à Lua, entram num mundo silencioso. 
26 
 
Quais velocidades atingem os veículos espaciais (foguetesQuais velocidades atingem os veículos espaciais (foguetesQuais velocidades atingem os veículos espaciais (foguetesQuais velocidades atingem os veículos espaciais (foguetes e satélites)?e satélites)?e satélites)?e satélites)? 
 
Velocidades dos Foguetes e Satélites 
 
Para sair da atmosfera terrestre e ir ao Espaço, os Foguetes precisam superar a força 
gravitacional da Terra, que os puxa pra baixo. Exemplo: Se atirarmos uma pedra para cima ela 
"sobe" e depois "desce", certo? Errado! Se atirarmos um corpo qualquer para cima com uma 
velocidade "muito" grande, esse corpo "sobe" e se livra do campo gravitacional da Terra, não 
mais "retornando" ao nosso planeta. A velocidade mínima para isso acontecer é chamada d e 
velocidade de escape . 
A velocidade de escape na superfície da Terra é 40.320 Km/h. 
Então, se a gente conseguisse jogar uma pedra a 40.320 Km/h, ela não 
iria retornar, pois não seria mais puxada pela gravidade e se livraria 
dela. O foguete precisa chegar a essa velocidade. 
Quando se aperta o botão para o foguete 'ir para o Espaço', ele 
começa com uma velocidade bem fraquinha, uns 10 Km/h, mas até 
chegar lá em cima, até a última 'camada' da atmosfera terrestre, 
precisa alcançar 40.320 Km/h, aí sim estará livre da gravidade e ficará 
no Espaço. Então, a velocidade média do foguete será de 40.320 
Km/h. 
Um satélite artificial gira ao redor da Terra à altura de 35800 km (raio da Terra = 6400 km; 
período de rotação = 24h. Como o satélite gira em torno da Terra, o seu centro de rotação 
coincide (é igual) com o centro da Terra, portanto o raio de rotação será = 6400 (da Terra) + 
35800 = 42.200 Km. Com essa órbita, o espaço percorrido em uma volta ao redor da Terra é de 
Pi x 2 x 42200 = 265150 Km. Dividido pelo período de 24 horas, a velocidade do satélite será 
de 11047,9 Km/h. 
 
Velocidade de escapeVelocidade de escapeVelocidade de escapeVelocidade de escape 
 
É comum vermos nos noticiários que a Agência Espacial Americana (NASA) lançou uma 
sonda para estudar os planetas do sistema solar ou que colocou satélites em órbitas na Terra. 
Para fazer com que objetos sejam lançados no espaço, a NASA e outras agências espaciais 
trabalham com o consumo mínimo de energia necessário para que tenham um menor custo no 
lançamento desses objetos. Para isso é necessário saber qual a velocidade mínima para que um 
objeto, lançado a partir da superfície da Terra, se livre da atração gravitacional. 
A condição imposta para que a velocidade seja mínima é que o corpo atinja o infinito com 
velocidade igual a zero (v = 0). Desprezando as forças dissipativas, podemos aplicar a 
conservação da energia mecânica: 
“A energia mecânica de um sistema permanece constante quando este se movimenta sob a 
ação de forças conservativas e eventualmente de outras formas que realizam trabalho nulo”, ou 
seja: Ec + Ep = Em. 
Para um corpo na superfície da Terra temos: e 
 
Onde: 
m = massa do corpo 
M = massa da Terra – M = 6,0x1024 kg 
R = Raio da Terra – R = 6,4x106m 
G = constante universal da gravitação � G = 6,67x10-11 N.m2/kg 
Ec = energia cinética 
Ep = Energia potencial Gravitacional
27 
 
Para o corpo no infinito temos: e 
 
Nessas condições temos: 
Isolando a velocidade ao quadrado e simplificando as massas (m), temos: 
Extraindo a raiz quadrada nos dois termos da equação, temos que: 
 
Sabendo que a constante gravitacional G é igual a 6,67x10-11 N.m2/kg, que a massa (M) da 
Terra é igual a 6,0x1024 kg e que o raio (R) da Terra é 6,4x106m, chegamos ao resultado: 
 
 
 
Dividindo por 103, temos que a velocidade de escape é de: v = 11,3 km/s. Essa é a velocidade 
necessária para que um corpo se livre do campo gravitacional da Terra. 
 
 
 
Como vemos, a velocidade de escape de um corpo, lançado a partir da superfície da Terra, não 
depende da massa (m) desse corpo . Quanto mais afastado o corpo estiver da superfície da 
Terra (maior r), menor será o valor da velocidade de escape . 
 
Veja abaixo o valor da velocidade de escape para alguns corpos conhecidos: 
• Para a superfície da Terra ve = 11,3 km/s 
• Para a Lua ve = 2,4 km/s 
• Para o Sol ve = 618 km/s 
• Para uma estrela de nêutrons ve = 0,5c onde c = 300.000 km/s (a velocidade da luz). 
 
 
Tipos de órbita de um satélite (circular, elíptica, polar, geoestacionária).Tipos de órbita de um satélite (circular, elíptica, polar, geoestacionária).Tipos de órbita de um satélite (circular, elíptica, polar, geoestacionária).Tipos de órbita de um satélite (circular, elíptica, polar, geoestacionária). 
 
Existem diferentes tipos de órbitas de 
um determinado satélite. Órbita é 'o jeito 
que ele gira', podendo ser circular, 
elíptica, polar ou geoestacionária . 
Quando um satélite é de órbita 
circular , ele gira em torno de 'alguma coisa' 
da mesma forma, ou seja, na mesma 
velocidade, sempre. 
Já na órbita elíptica (não tenho tanta 
certeza se usei as palavras certas, rs), ele 
gira em torno de 'alguma coisa' em 
velocidades diferentes, em determinados 
pontos mais devagar, ou mais rápido, pelo 
menos com a Terra é assim, na órbita 
28 
 
elíptica, pois gira em torno do Sol de velocidades diferentes, ocasionando as estações do ano, 
etc. 
Um satélite em órbita polar passa sobre (ou quase sobre) ambos os pólos do planeta (ou 
outro corpo celestial) em cada uma de suas revoluções. Dessa forma, essa órbita tem uma 
inclinação igual ou próxima a 90 graus em relação ao equador. Órbitas polares são geralmente 
usadas para satélites de mapeamento geográfico, observação ou reconhecimento, inclusive 
satélites espiões, assim como alguns satélites meteorológicos. 
Os satélites geoestacionários (órbitas geoestacionárias ) são satélites que se encontram 
parados relativamente a um ponto fixo sobre a Terra, geralmente sobre a linha do equador. Como 
se encontram sempre sobre o mesmo ponto da Terra, os satélites geostacionários são utilizados 
como satélites de comunicações e de observação de regiões específicas da Terra. 
 
 
O campo gravitacional terrestre.O campo gravitacional terrestre.O campo gravitacional terrestre.O

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