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Introdução a Inspeção Escolar

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Circulação Interna 
 
 
 
 
ELABORAÇÃO/RESPONSÁVEL: PROF. ANDERSON ORAMISIO 
 
 
 
 
 
 
1 
 
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SUMÁRIO 
 
Apresentação ..........................................................................................................................................03 
Mensagem ..............................................................................................................................................03 
Contextualização da Disciplina no âmbito do Curso .............................................................................04 
 
Unidade I: 
 
Um pouco da história da Inspeção Escolar ............................................................................................05 
A Trajetória Histórica da Inspeção Escolar no Brasil ............................................................................06 
A Inspeção Escolar: Controle e Regulação da Escola .........................................................................08 
Atividade de conclusão da Unidade I .....................................................................................................09 
 
Unidade II: 
A inspeção escolar nas escolas brasileiras ............................................................................................10 
A inspeção escolar nas Superintendências de Ensino do Estado de Minas Gerais ...............................10 
Legislação Vigente e o Serviço de Inspeção Escolar .............................................................................12 
Leitura Complementar ............................................................................................................................13 
Em que consiste a função do Inspetor Escolar? Quem é esse profissional? ..........................................15 
A carreira profissional dos inspetores em Minas Gerais ........................................................................16 
 Atividade de Conclusão da Unidade II .................................................................................................18 
 
Unidade III: 
 
A Formação e as Atribuições do Inspetor Escolar .................................................................................19 
Atributos, Funções e Competências .......................................................................................................20 
Atribuições do Inspetor Escolar – SEE/MG – Resolução 457/2009 ......................................................21 
Atribuições do Inspetor Escolar –PMU/SME – LC 347/2004 ...............................................................23 
Atribuições do Serviço de Inspeção Escolar do Estado do Rio de Janeiro ............................................24 
Atividade de Conclusão da Unidade III .................................................................................................26 
 
Unidade IV: 
 
A Organização do trabalho na escola pública: o pedagógico e o administrador na ação da inspeção 
escolar ....................................................................................................................................................27 
Refletindo sobre a atuação do Inspetor Escolar .....................................................................................27 
O Inspetor Escolar e a Construção de uma Escola Pública de Qualidade .............................................30 
Atividades de Conclusão da Unidade IV................................................................................................31 
 
2 
 
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ATIVIDADES AVALIATIVAS ..........................................................................................................32 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Introdução a Inspeção Escolar, reúne textos que oferecem subsídios às reflexões e possibilidade 
de compreender as práticas da inspeção escolar no dia a dia da escola, associando-as a seus 
fundamentos. 
Espera-se, no entanto, que você utilize os conhecimentos aqui oferecidos em reformulações 
pessoais e profissionais acreditando na análise imprescindível do que lhe é oferecido, antes de 
meramente colocá-los em execução. 
Na Unidade 1, abordaremos Um pouco da História da Inspeção Escolar e Trajetória Histórica da 
Inspeção Escolar no Brasil, Formas de Controle, Regulação e Avaliação. Trataremos também sobre a 
Formação do Inspetor Escolar . 
Na Unidade II, A Inspeção Escolar nas Superintendências de Ensino e Diretorias de Ensino, 
proporcionando aprofundamento de conhecimentos sobre a área de intervenções especializadas em 
ambientes institucionais. 
Na Unidade III, prevê a reinauguração da ação da inspeção escolar, com a Formação e 
Atribuições do Inspetor Escolar, propondo percorrer fatos e conceitos da sua história, e em seus 
avanços com a Lei 9.394/96 e suas regulamentações. 
Finalmente, na Unidade IV, trazemos a discussão sobre a Organização do trabalho na escola: O 
pedagógico e o administrativo na ação da Inspeção Escolar, levando-os além dos limites das 
especificidades da função inspetora, para que se possam alcançar seus entornos, compromissos e suas 
implicações. 
Esperamos que este instrumento contribua para fundamentar as atividades cotidianas como fonte 
de consulta e, com isto, provocar, positivamente, a inserção de uma mentalidade inovadora no que diz 
respeito à operacionalidade das atividades no âmbito escolar sob a ótica da legislação educacional 
vigente, visando sempre o desenvolvimento qualitativo das ações administrativas e pedagógicas no 
contexto escolar. 
 
Bom Estudo! 
 
 
 
 
REFLEXÃO 
 
Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. 
 
 Acreditamos que a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a 
sociedade muda. Se a nossa opção é progressiva, se estamos a favor da vida e não da 
morte, da equidade e não da injustiça, do direito e não do arbítrio, da convivência com o 
diferente e não de sua negação, não temos outro caminho se não viver a nossa opção, 
3 
 
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encarná-la, diminuindo, assim, a distância entre o que dizemos e o que fazemos. 
 
(Paulo Freire) 
 
CONTEXTUALIZAÇÃO DA DISCIPLINA NO ÂMBITO DO CURSO 
 
Ficha Técnica do Módulo: Introdução à Inspeção Escolar 
Ementa: Trajetória Histórica da Inspeção Escolar; Atribuições da Inspeção Escolar, Formação do Especialista 
em Educação “Inspeção Escolar”, A Inspeção e o trabalho do Inspetor Escolar no contexto atual; 
 
Objetivos: 
• Contribuir para a formação de profissionais em Inspeção Escolar; 
• Conhecer as atribuições e trabalho do Inspetor Escolar de acordo com os atuais paradigmas 
educacionais; 
• Articular a teoria e prática, através de conhecimentos básicos e necessários à melhoria da qualidade da 
ação educacional e escolar; 
• Fornecer subsídios teóricos e técnico-pedagógicos para uma atuação profissional responsável, além de 
desenvolver a capacidade de liderança e de gerar soluções frente aos desafios cotidianos. 
 
Metodologia: O curso será desenvolvido através de aulas expositivas, dinâmicas, discussão em grupos, 
possibilitando ao aluno o contato com textos para leitura, reflexões e discussões, resolução de exercícios ao 
final de cada unidade e ao final do livro. 
 
REFERÊNCIAS BÁSICAS 
 
AGUIAR, José Márcio. Resoluções do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais. (Ensino Fundamental, 
Médio e Superior) Belo Horizonte: Editora Lâncer Ltda. 1981 
BARBOSA, Maria Rita Leal da Silveira. Inspeção Escolar: Um olhar crítico. Uberlândia. 2008 
BRASIL. Lei nº 9 394, de 20 de dezembro de 1996: estabelece as diretrizes de bases da educação nacional. 
Poder Executivo, Brasília, DF, 23 de dez. 1996 
MINAS GERAIS. Resolução SEE Nº 305 de 29 de dezembro de 1983. 
MINAS GERAIS. Parecer CEEnº 794 de 29 de dezembro de 1983. 
 
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES 
 
ALONSO, Myrtes. A Inspeção e o desenvolvimento profissional do professor. 4. ed. São Paulo: Cortez, 
2003. 
ALARCÂO, Isabel. Escola reflexiva e nova racionalidade. Porto Alegre: Artmed, 2001. 
ALVES, José Matias. Organização, gestão e projeto educativo das escolas. Porto, Edições Asa, 1992 
BARBOSA, Maria Rita Leal da Silveira. Inspeção Escolar: Um olhar crítico. Uberlândia.2008 
4 
 
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CASTRO NEVES, Carmen M. de. Autonomia as escola pública: um desafio Para administradores. Dissertação 
de mestrado/UnB, Brasília, ago. 1994 
DEMO, Pedro. Educação e qualidade. Campinas: Papirus, 1994. 
MEDINA, Antônia da Silva. Supervisão Escolar: da ação exercida à ação repensada. Porto 
TAVARES, Ana Cristina Rodrigues; ESCOTT, Clarice Monteiro. A construção da escola de qualidade – uma 
reflexão sobre o papel do especialista em educação. Série Interinstitucional, UCEPEL, 2007. 
 
UNIDADE I 
 
Um pouco da história da Inspeção Escolar 
 
Refletir sobre o coordenador pedagógico e sua dualidade administrativo/pedagógica nos leva ao seu 
nascedouro, à Idade Média, mais especificamente, ao séc. XII, quando reconstituímos a história da inspeção 
escolar e da coordenação. Há três períodos que são marcados na evolução da inspeção: confessional, de 
transição e técnico-pedagógico. 
No período confessional, a influência religiosa era intensa. Até o séc. XII só existia a escola paroquial, 
cuja inspeção era competência do bispo. Com o aumento do número de escolas a função é institucionalizada 
(séc. XII) e delegada ao mestre-escola ou escolástico, nomes com os quais os inspetores são designados na 
época, incumbidos da elaboração dos planos de estudo, disciplinar os alunos, responsável pela escrituração de 
livros e documentos, entre outras atividades, em nome do bispo, conceder o direito de ensinar (Meneses, 1977). 
O período de transição ocorre com a decrescente influência religiosa e o crescimento do poder civil. No 
séc. XIII, as condições sociais vão se alterando. Em decorrência dos movimentos científicos e filosóficos há 
mudança na relação entre o clero e as municipalidades. O desenvolvimento da indústria e do comércio, a lenta 
ascensão da burguesia, o surgimento de cidades e o próprio desenvolvimento das administrações municipais 
geram a necessidade de novas escolas. Lentamente competências como organizar o ensino, o que ensinar, a 
onde ensinar, a apropriação do espaço de nome escola, dirigir o ensino, nomear e demitir professores deixam de 
ser da alçada do bispo e passam para os poderes das municipalidades. 
A Igreja chega a apelar para que os fiéis assumam a fiscalização das escolas, o que já ocorria antes da 
Reforma Protestante. O bispo de Estrasburgo, Guilherme de Honstein, em 1521, criou uma comissão escolar, 
Schulkuratorium (Meneses, 1989), em que a maioria era formada por súditos e colaboradores , pessoas 
importantes ligadas ao bispado. O controle escolar passou a ser exercido por uma pessoa nomeada pela 
comissão, surgindo a figura do inspetor escolar público, onde iria controlar os estudos, a escola, os professores, 
e o que ensinar. 
No séc. XVII começam a aparecer escolas públicas em vários países: na Prússia, Áustria, Suíça, Espanha. 
Neste último há interferência da Igreja a partir de um acordo realizado com o Vaticano, o mesmo acontecendo 
na Holanda, onde começam a coexistir escolas católicas e protestantes. 
O período técnico-pedagógico teve início após a Revolução Francesa, influenciado pelas ideias de 
Froebel, Rousseau, Pestalozzi e outros. Pestalozzi elabora uma proposta de plano escolar para todos. Caberia ao 
Estado atuar na inspeção, que assume aspecto fiscalizador, já entrevendo aspecto centralizador. Ainda no século 
XVIII, a França reconhece o exercício do pátrio poder, possibilitando aos pais interferirem na educação dos 
filhos, fato que levaria à formação das Associações de Pais e Mestres (1793). Na maioria dos países a função 
acaba sendo exercida por um funcionário público, que prioriza o trabalho administrativo. 
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O caráter de execução, ação fiscalizadora da Inspeção Escolar, tem a sua origem nesse período, 
apresentando sempre de forma a inspecionar, nomeado ou designado para tal função, e nos atributos lançados 
nessa breve introdução é possível perceber alguns determinantes de ordem estrutural, como 
autoritarismo/centralização e as diversas formas de controle, permaneceram ao longo da história em vários 
países, inclusive no Brasil. 
 
 
A Trajetória Histórica da Inspeção Escolar no Brasil 
 
A Inspeção Escolar aparece, pela primeira vez, na legislação do Ensino, em 1932, na reforma de Campos 
do Ensino Secundário (Decreto - Lei n0 21.241, de 04/ 05/1932- artigos 63 a 86). Já em 1934, surge a figura do 
Fiscal Permanente, responsável pela inspeção dos estabelecimentos de ensino normal do Sistema Estadual de 
Ensino de Minas Gerais (Decreto n 11. 501, de 14/08/1934), função essa que só veio a ser extinta em 1974, na 
vigência da Lei Estadual n.º 6. 277/73 — 1º Estatuto do Magistério (CF. parágrafo único do artigo 10, do 
Decreto n 16. 244 de 08/05/1974). 
No período compreendido entre 1942 e 1946 surgem as chamadas Leis Orgânicas: do Ensino Industrial 
(Decreto - Lei no 4.073, de 30/01/1942); do Ensino Secundário (Decreto - Lei nº 4.244, de 09/04/1 942 — 
Reforma CAPANEMA); do Ensino Comercial (Decreto - Lei n.º 6.141, de 28/12/1943); do Ensino Primário 
(Decreto - Lei n.º 8.529, de 02/01/1946); do Ensino Normal (Decreto - Lei n.º 8.530, de 02/01/1946); e do 
Ensino Agrícola (Decreto - Lei n.º9.613, de 20/08/1946), sendo que de todas elas, a única que trata da inspeção 
é a Lei Orgânica do Ensino Secundário (Artigos 75 e 76). 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Federal n.º 4.024, de20/12/1961), ao delegar 
competência aos Estados e ao Distrito Federal para autorizar, reconhecer e inspecionar os estabelecimentos de 
ensino primário e médio não pertencente à União (artigo 16), estabeleceu, também, a qualificação do 
responsável pela inspeção, a saber: 
 
“Art. 65” - O Inspetor de Ensino, escolhido por concurso de títulos e provas, deve possuir conhecimentos 
técnicos e pedagógicos demonstrados de preferência no exercício de funções de magistério, de auxiliar de 
administração escolar ou na direção de estabelecimentos de ensinos’. 
 
No cumprimento da atribuição que lhe foi conferida pelo § 3º do retro citado artigo 16, da LDBEN, no 
que se refere à inspeção dos estabelecimentos de ensino médio, o Conselho Estadual de Educação de Minas 
Gerais baixou a Resolução n.º 43/66, de 18/05/1966. 
Convém igualmente esclarecer que O Ensino Primário passou a contar, segundo disposições da Lei n0 
2.610/62 (Código de Ensino Primário) com Inspetores seccionais, Inspetores Municipais e Auxiliares de 
Inspeção, sendo que, em 1965, surge também a figura do Inspetor Sindicante (Portaria SEE n.º 68/85) para atuar 
junto às Delegacias Regionais de Ensino. (atuais SRES.) 
E as normas de inspeção dos estabelecimentos de ensino superior do Sistema Estadual de Ensino foram 
estabelecidas pela Resolução CEE n.º 70/67 complementada pelas Resoluções nos 82 e 87/68, revogadas, porém 
pela Resolução n.º 263/79. 
Tão logo foi efetivada a transferência, para a responsabilidade dos Estados, dos encargos de autorizar o 
funcionamento, reconhecer e inspecionar os estabelecimentos de ensino médio (Portaria Ministerial n.º 713, de 
30/11/1967 e Aviso MEC n.º 652/GB, de 14/12/1967), a Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais 
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baixou a Portaria no 91/68, de 27/04/1968, estabelecendo normas para inspeção permanente dos 
estabelecimentos de ensino médio do Sistema Estadual de Ensino. 
A verdade é que, antes da Reforma Universitária de 1968 (Lei n.º5.540, de 28/11/1968, a inspeção era 
feita por elementos sem habilitação específica). Tanto é assim que a inspeção poderia ser exercida; no Estado, 
por professores de ensino médio e até por portadores de diploma de curso superior muitas vezes sem nenhuma 
ligação direta com os problemas educacionais. 
E ainda: houve época em que a inspeção dos estabelecimentos do antigo ensino secundário era feita por 
elementos a quem competia tão somente fiscalizar provas e exames e assinar papéis destinados ao cesto, como 
só acontece ainda hoje em determinados setores burocráticos do serviço público. 
A partir, pois, da vigência, da citada Lei Federal no 5.540/68, ficou estabelecido, entre outras 
providências, o preparo de especialistas destinados ao trabalho de planejamento, supervisão, administração, 
Inspeção e orientação no âmbito de escolas e sistemas escolares, sendo que a formação desses especialistas está 
prevista na Resolução CFE n.º 02/69, à qual foi incorporado o importante Parecer CFE n.º 252/69, de autoria do 
eminente ex-Conselheiro Valmir Chagas. 
A Lei 5.540/68 (art. 30) estabelece que o preparo de especialistas destinados ao trabalho de planejamento, 
supervisão, administração, inspeção e orientação (leve ser feito em nível superior, mediante de licenciatura 
plena ou de curta duração). 
A Resolução CFE n 02/69, baixada com fundamento nos artigos 26 e 30 dá citada Lei n.º 5.5401/68, 
assim dispõe: 
 
Art. 1 - A formação de professores para o Ensino Normal e de especialistas para as atividades de 
orientação, administração, supervisão e inspeção, no âmbito de escolas e sistemas escolares, será feita no 
curso de graduação em Pedagogia, de que resultará o grau de licenciado com modalidades diversas de 
habilitação. 
 
Vejamos agora como os dois Estatutos do Magistério (o de 1973 e o de 1973 de 27/12/1973 - art. 25) o 
inspetor era cargo de provimento em comissão; e no segundo (Lei no 7.109, de 13/10/1977 - art. 70), passou a 
ser cargo de provimento efetivo. 
O Estatuto do Magistério de 73 não faz referência às atribuições do Inspetor Escolar; já o Estatuto de 77 
assim estabelece em seu art. 13: São atribuições específicas: 
 
de Inspetor Escolar, a inspeção, que compreende a orientação, assistência e o controle em geral do 
processo administrativo das escolas, e, na forma do regulamento, do seu processo pedagógico. 
 
Sobre a jornada de trabalho do Inspetor Escolar, convém verificar o seguinte: 
Segundo o disposto no artigo 3º da Lei n.º 8.131, de 22/12/81, “a jornada de trabalho do cargo de Inspetor 
Escolar será exercida no regime básico de 40 (quarenta) horas semanais”. 
Já o artigo 288, da Constituição do Estado, da direito ao ocupante de cargo das classes de especialistas de 
Educação (incluindo-se, nesse caso, além do inspetor, o supervisor e orientador) a optar pelo regime de 40 
(quarenta) horas semanais. Se não, vejamos: 
 
Art. 288 – A jornada de trabalho de ocupante de cargo das classes de Especialistas de Educação será 
cumprida no regime básico de vinte e quatro horas semanais”. 
§ 1º - Ao ocupante de cargo das classes de que trata este artigo, fica ressalvado o direito de optar pelo 
regime de quarenta horas semanais, assegurado o vencimento correspondente a essa jornada. 
§ “2º - A opção de que trata o parágrafo anterior poderá ser manifestada no prazo de noventa dias 
contados da data de início do respectivo exercício. 
7 
 
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Atualmente em alguns Estados do Brasil o cargo de Inspetor Escolar está sujeito ao 
regime de dedicação exclusiva (Cf. Lei nº 9.263/96, Lei n0 9.347/86 e Decreto nº 26.250/86), em outros casos 
o Inspetor faz opção por 20 ou 24 horas, isso vai depender da Estrutura Administrativa e do Plano de Cargos 
e Carreira de cada Estado. 
Inspeção Escolar: Controle e Regulação da Escola 
 
Nesta breve introdução sobre a Inspeção Escolar, é possível percebermos que ela é antiga, em sua 
estrutura, no seu desenvolvimento político e educativo, podemos dizer que a Inspeção Escolar é um serviço, 
uma entidade, ou agência do Estado, que tem como funções de inspecionar, avaliar e apoiar, bem como 
aconselhar as escolas e os professores. O trabalho da Inspeção Escolar consiste em uma organização 
intermediária entre o Estado e sua administração, de um lado, e de outro lado à escola com seus sujeitos. 
A Escola é um espaço vivo e ativo, onde os sistemas sociais são constituídos de relações entre sujeitos, 
entre estes e as organizações e entre as próprias organizações, integradas por seres humanos, que ali exercem os 
seus papeis. As ações, individuais ou coletivas, estão sujeitas às regras, intervenções sociais em qualquer 
organização pública ou privada. Isto se explica pelo fato de que o comportamento humano é imprevisível, e os 
atores, mesmo sujeitos às regras e aos constrangimentos possuem a liberdade de ação. 
O aspecto abordado entre sujeitos, espaço escolar, ações e intervenções, consiste nesta abordagem 
caracterizar a inspeção é que ela funciona como um cruzamento, onde se encontram os objetivos e as opiniões 
dos sujeitos da organização. Seu papel é ações orientadas e planejadas que permite ao mesmo tempo repensar as 
ações, em função dos objetivos, rever os processos e estratégias, diagnosticar falhas, corrigir desvios. 
O controle se apresenta, portanto, como necessário, desde que seja de mediação interna, sendo também 
uma função de controle, exercendo atribuições de vigilância e observância da legalidade dos atos escolares e 
normas sobre a organização e o funcionamento escolar. 
Todas as normas não produzem resultados sem a última, que é controlar. Controle é a criação de meios e 
maneiras de assegurar que o desempenho planejado seja realmente conseguido. O controle pode ser positivo ou 
negativo. O controle positivo procura providenciar para que os objetivos sejam eficientes e efetivamente 
alcançados: o controle negativo busca garantir que as atividades indesejáveis não ocorram nem se repitam. 
Provavelmente é fácil para você compreender o conceito de controle, pois é encontrado em quase todas as fases 
dos esforços humanos. 
O Trabalho realizado pela inspeção escolar pode caracterizá-lo como polissêmico, de etimologia latina, 
definido nos dicionários como “ato ou efeito de regular”, “estabelecer regras, normas”, “facilitar por meio de 
disposições a execução da lei”. Classifica-se também por ajustamentos de ações e dos seus efeitos, com o 
objetivo de, visando alcançar o funcionamento adequado e o equilíbrio dos sistemas, no caso em tela dos 
sistemas de ensino. 
No desenvolvimento de sua função verificadora, e pela relação com o poder, mais precisamente o Estado, 
que representa a finalidade principal das ações de controle, na educação, consiste em permitir acompanhar os 
objetivos e as ações desenvolvidas, por meio das práticas pedagógicas realizadas e administrativas do contexto 
8 
 
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escolar. 
O controle se apresenta, portanto, como necessário, desde que seja visto e executado, em função do que se 
estabeleceu como objetivo, e que possa, desta forma, se transformar em motor do desenvolvimento da ação 
educacional, e das profissões. 
A presença dos Inspetores Escolares no âmbito educacional tem sido mascaradas e deturpadas como um 
general com ações negativas, como fiscalizadora ou punidora de profissionais ou de atos exercidos por esses. É 
necessário que todos os profissionais da educação façam uma releitura, tenham um olhar aos atributos e da 
importância do Especialista em Educação “Inspetor Escolar”, no âmbito educacional, como um profissional 
participativo, conhecedor de educação e ensino e colaborador da gestão da escola. 
 
 
Atividades de conclusão da Unidade I: 
 
01- Na leitura realizada na Unidade I, explique em que contexto da Inspeção Escolar que surge o “controle”? 
E para atender as quais finalidades no Século XII?_______________________________________________________________________________________________________________________________________
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02- A Inspeção Escolar em uma democracia, a serviço do Estado nas formas de controle e regulação abrangem 
questões políticas no processo educacional. Essas formas de controle tem sido um complicador na vida da 
escola ou dificultado o trabalho do inspetor?_________________________________________________ 
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__________________________________________________________________________________________ 
Pesquise: Qual a jornada de Trabalho do Inspetor Escolar em sua cidade/Estado? 
UNIDADE II 
 
A inspeção escolar nas escolas brasileiras 
 
A atuação da Inspeção Escolar, Atribuições e a relevância deste profissional para o processo educativo, 
nos permite uma consulta breve em dois dicionários da língua portuguesa (Houssais – 2011 e Aurélio – 2011), 
no sentido etimológico, vem do latim inspectio, que quer dizer : 
 
 
s.f: ação de olhar, vista, exame, vistoria, encargo de vigiar, aparece o verbo inspecionar para significar 
inspeção. 
 
 
No entanto a nomenclatura “Inspeção Escolar” ainda é alvo de dúvidas e questionamentos entre os 
profissionais da Educação em todo o Brasil. Em muitos locais, seja em Escolas ou Secretarias de Educação usa-
se o nome Inspeção para se referir ao profissional que lida com a disciplina de alunos e não há analise ou 
doutrina de documentos, em alguns Estados não exige-se nem formação em nível superior. No Estado de São 
Paulo, por exemplo, o Inspetor Escolar é chamado de Supervisor de Ensino que atua diretamente nas Diretorias 
de Ensino, o Inspetor Escolar, assim chamado cuida da disciplina e da mediação de conflitos no interior das 
Escolas. 
Em uma rápida análise nos Editais de concursos públicos no Brasil (www. pciconcursos.com. br), é fácil 
identificar o cargo de “Inspetor Escolar”, quando na verdade, de acordo com a descrição do cargo, o termo 
correto seria “Inspetor de Alunos”. 
A Inspeção Escolar também se confunde em alguns Estados com o conceito de Supervisão e ambas 
constituem-se em elementos da gestão da educação. É muito importante que façamos um delineamento á 
compreensão da Supervisão Escolar/Pedagógica, cuja função é de desenvolver uma visão crítica e construtiva 
do trabalho pedagógico, de modo a vitalizar as ações educativas, transformando reflexivamente a ação 
individual e coletiva na Escola. Ainda, partindo do pressuposto e das transformações políticas, sociais e 
educacionais, as funções do Inspetor Escolar e do Supervisor Escolar não se confundem, cabendo empregar a 
nomenclatura correta em função dos atributos de ambos. 
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O Inspetor é um profissional da educação que passa a integrar a equipe técnico-pedagógica da escola, 
pautando suas ações não apenas no controle do processo administrativo, mas sob forma de orientação e 
assistência no processo educacional. 
 
A inspeção escolar nas Superintendências de Ensino do Estado de Minas Gerais 
 
O Serviço de Inspeção Escolar realizado nas escolas no Estado de Minas Gerais, desde o século XVIII, 
apresentava com as mesmas características, com o aumento das escolas públicas e a extensão da escola noturna 
nas demais províncias do país até o século XIX, de forma centralizada e incipiente, mas buscando resguardar a 
organização da Escola. 
Em meados do século XX, a administração escolar, mais precisamente nos anos de 1930 e 1940 é 
enfatizada por apresentarem as primeiras diretrizes institucionais visando à formação de profissionais 
qualificados para a função, como também trabalhos pioneiros no país sobre o papel do diretor de escola. 
A década de 1930 é reconhecida como o marco referencial da modernidade na história do Brasil, 
modernidade entendida como o processo de industrialização, urbanização a educação escolar foi considerada um 
instrumento fundamental de inserção social, tanto por educadores, quanto por uma ampla parcela da população 
que almejava um lugar nesse processo. Às aspirações republicanas sobre a educação como propulsora do 
progresso, soma-se a sua função de instrumento para a reconstrução nacional e a promoção social. 
O Serviço de Inspeção Escolar é instituído oficialmente pelo Decreto nº 1.147 de 06 de setembro de 1930, 
buscando fortalecer o trabalho nas unidades escolares e a estrutura da Secretaria de Educação e Saúde Pública. 
As ações da educação, altamente centralizadas até a década de 60, eram conduzidas com base em ideais 
do movimento liberal-democrático. As escolas públicas eram tradicionais, destinadas às elites, principalmente as 
escolas que possuíam o curso normal (magistério) e o curso clássico (científico ou colegial). 
Em 1954, a inspeção escolar é descentralizada e em cada estado são criadas as Inspetorias Seccionais de 
Ensino, para fiscalizar as escolas de ensino comercial, industrial e agrícola. Até a vigência da Lei nº 4.024/61, o 
Inspetor Regional do Ensino fiscalizava o ensino primário e o Inspetor Permanente fiscalizava o ensino normal. 
As suas atribuições foram ampliadas com a Lei, abrangendo todas as escolas de nível médio e demais 
modalidades e etapas do ensino. 
O Código do Ensino Primário, Lei nº 2.610/62 dividia a função entre Inspetores Seccionais, Inspetores 
Municipais, eatividades de apoio com a figura dos Auxiliares de Inspeção. A Secretaria de Estado de Educação 
de Minas Gerais - SEE/MG), cria em 1964, as dez primeiras Delegacias Regionais de Ensino, em cidades - pólo. 
As Delegacias de Ensino - DRE foram transformadas em Superintendências Regionais de Ensino, e exerciam 
pela inspeção escolar, a fiscalização do ensino primário e médio, em toda a sua jurisdição. A SEE/MG definiu, 
entre as décadas de 60 e 70, várias resoluções e portarias, sobre as atividades de inspeção, inclusive a Resolução 
SEE nº 43/66, que estabeleceu as normas para a realização da inspeção no Estado. 
Em 1968, duas resoluções, também instruem a função, as de nº 82 e 87/68. Segundo o Parecer nº 749 de 
29/12/1983: “naquele tempo, como ainda hoje, pedia-se tudo ao Inspetor, desde assegurar o cumprimento da 
legislação vigente, até executar projetos e pesquisas educacionais e participar do processo pedagógico da 
escola”. 
Desde então o trabalho do Inspetor Escolar no Estado de Minas Gerais, tem-se assentado no âmbito 
escolar e nas Superintendências Regionais de Ensino. É importante destacar mais uma vez, que as 
nomenclaturas referentes ao cargo de inspetor escolar aparecem com variações em alguns Estados do Brasil 
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como: Supervisor de Ensino, Diretor de Ensino, Coordenador Técnico de Ensino, Coordenador de Ensino. 
As Superintendências Regionais de Ensino foram criadas por Lei do Executivo, com a finalidade de 
exercer, em nível regional, as ações se supervisão técnica, orientação normativa, cooperação e articulações e 
integração Estado e Município em consonância com as políticas educacionais juntamente com o Conselho 
Estadual de Educação de Minas Gerais e do Ministério da Educação. A Superintendência Regional de Ensino – 
S.R.E., em outros Estados do Brasil, devido ao número populacional e números de escolas públicas e privadas, 
recebem nomes de Diretoria de Ensino, Coordenadoria de Ensino. 
As escolas municipais e particulares situados na cidade que são credenciadas e subordinadas ao 
ordenamento do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais estão sob a responsabilidade da SRE – 
Serviço de Inspeção Escolar. 
A jornada de trabalho do Inspetor Escolar será de 40 horas semanais (dedicação exclusiva); incluindo as 
viagens, capacitação, visitas e reuniões. 
Em Minas Gerais, a investidura no cargo de Inspetor Escolar é realizada através de Concurso Público de 
Provas e Títulos, em alguns casos para atender a demanda das escolas privadas e públicas, existem no quadro de 
pessoal cargo de Inspetor Escolar em caráter de designação ou temporário. 
A distribuição do trabalho do Inspetor Escolar se faz através de uma escala rotativa ou zoneamento na 
cidade, em que cada profissional tenha em média 10 a 12 escolas para realização do seu trabalho, incluindo as 
escolas públicas e privadas (educação infantil, ensino médio, ensino fundamental, escolas profissionalizantes, 
escolas técnicas). O Inspetor Escolar a partir da escala rotativa é o responsável pela sua agenda diária nas 
escolas. Em visitação às escolas é aplicado um instrumental chamado “Termo de Visita” deve ser claro, 
objetivo, informativo e conter sugestões, análise e quando necessário, as determinações de cumprimentos de 
prazos de acordo com a legislação pertinente. 
Nos Termos de Visita ou Relatórios não se deve emitir opinião pessoal e atenção especial quanto aos 
elogios. O termo deverá ser lido com o Gestor da Escola antes de ser assinado. O Diretor da escola e o Inspetor 
podem utilizar outros registros que podem ser efetuados como, por exemplo, a Ata Técnica, que não deixa de 
ser um Termo de Visita, porém é lavrado por técnicos da S.R.E., em atendimento à Ordem de Serviço, quando a 
comissão não conta com a presença de Inspetor Escolar. 
Outro tipo de registro é o relatório Circunstanciado, uma explanação minuciosa e descritiva de fatos e 
ocorrências. È utilizado nos processos de verificação preliminar e sindicância; validação e convalidação de atos 
escolares, processos de regularização de vida escolar e verificação “in loco” e documentos supostamente falsos. 
Em outra situação encontramos o Inspetor Escolar em regime de plantão nas superintendências, que pode 
ser em um grupo de inspetores ou um inspetor que atua de forma interna, atendendo a reclamações da 
comunidade, dúvidas/questionamentos de gestores e inspetores em serviço, Dentro desse mesmo trabalho 
identificamos o que pode ser chamado de Roteiro dos Pedagogos, onde acontecem os estudos sobre legislações, 
orientações e instruções com o objetivo ajudar e fortalecer as unidades escolares e comunidades. 
Nos textos anteriores sempre foi mencionado o caráter legislador de interpretação e cumpridor de leis, 
para tanto nessa construção temos que considerar a legislação vigente, uma vez que elas forneceram diretrizes 
necessárias à estruturação e funcionamento da escola e do ensino. A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional introduz mudanças significativas na educação básica de nosso país. É uma Lei moderna e inovadora, 
basta que se tenha um amplo entendimento, e manejo necessário para se compreender, interpretar e aplicar o 
básico da norma legal, obrigação daquele que tende a lidar com leis. 
 
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Legislação Vigente e o Serviço de Inspeção Escolar 
 
O Trabalho do Inspetor Escolar tem sido pautado nas Superintendências Regionais de Ensino e/ou nas 
Diretorias de Ensino, com análises e pareceres, organização de fluxogramas e organogramas, estudos de 
legislações pertinentes ao âmbito educacional. 
Assim não podemos esquecer que os textos regulamentares são elaborados, para orientar as várias 
situações dos grupos sociais em uma sociedade politicamente emancipada. Muitas vezes em função de 
problemas surgidos e sua publicação em diário oficial segue, por conseguinte, uma ordem cronológica. 
Os textos avolumam-se de ano para ano, isto é, a regulamentação torna-se cada vez mais rica e complexa, 
objetivando um caminho e mais transparência no processo educativo. Não existe até agora uma consolidação de 
Leis e Recursos que apresente uma organização por assuntos, mas é possível encontrarmos no 
http://portal.mec.gov.br, a legislação que norteia toda a educação nacional; 
Conhecer a legislação é ter a medida de seu espaço de liberdade e tomar consciência de seu grau de 
autonomia. É preciso conhecer a hierarquia dos textos legais, para determinar o que é essencial e o que é 
secundário, para distinguir entre o espírito e a letra deste ou daquele texto. 
No Brasil, a ordem de importância dos textos legais é a seguinte: 
 
- Constituição Federal de 1988: Lei Maior – traça as grandes linhas de organização do país, tratando, 
inclusive de educação; 
- Leis Complementares – desenvolvem, com mais pormenores a própria constituição. A Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional LDBEN 9.394/96 é uma lei complementar; 
- Leis elaboradas pelo poder legislativo – estabelecem normas a serem obedecidas nacionalmente; 
- Decretos: promulgados pelo poder Executivo, em geral estabelecem procedimentos para o cumprimento 
das leis. 
 
Outros textos legais de origem do poder executivo; 
- Portarias; 
- Circulares; 
- Instruções ou Ordens de Serviço. 
 
Leitura complementar: 
 
Abaixo segue uma lista de legislação e pareceres normativos que poderão orientá-los. Estes documentos 
podem ser facilmente localizados por meio de uma busca eletrônica no endereço: www.portal.mec.gov.br 
 
LEIS FEDERAIS 
Lei nº 1.684/08 Altera o art. 36 da Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e 
bases da educação nacional, para incluir a Filosofia e a Sociologia como disciplinas 
obrigatórias nos currículos do ensino médio 
Lei nº 1.274/06 Dispõe sobre a duração de nove anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória 
aos seis anos de idade. 
13http://portal.mec.gov.br/
http://www.portal.mec.gov.br/
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Lei nº 1.114/05 Altera os art. 6º, 30, 32 e 87 da Lei 9394/96, com o objetivo de tornar obrigatório o início 
do Ens. Fundamental com seis anos de idade. 
Lei nº 0.793/03 Altera os artigos 26 e 92 da LDB n. 9394/96, referente à prática de Ed. Física. 
Lei nº 0.639/03 Inclui no calendário escolar dia da Consciência Negra 
Lei nº 0.172/01 Plano Nacional de Educação. 
Lei nº 9.475/97 Dispõe sobre a Ed. Religiosa, alterando o artigo 33 da LDB n. 9394/96. 
Lei nº 9.394/96 Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. 
Lei nº 9.294/96 Dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumigeros, bebidas 
alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4º do art. 220 da 
Constituição Federal. 
Lei nº 9.131/95 Altera dispositivos da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961, e dá outras providências. 
Lei nº 8069/90 Estatuto da Criança e do Adolescente. 
Lei nº 7.088/83 Estabelece normas para expedição de documentos escolares 
Lei nº 6.202/75 Tratamento domiciliar a gestantes. 
Lei nº 5.692/71 
revogada pela 
Lei nº 9.394/96 
Fixa diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º graus, e dá outras providências. 
Lei nº 4.024/61 Fixa as diretrizes da Educação Nacional 
9.475/97 Dispõe sobre a Ed.Religiosa, alterando o artigo 33 da LDB 9.394/96 
Lei nº 10.328/2001 Introduz a palavra “obrigatório” após a expressão “curricular”, constante do § 3º do art. 26 
da Lei nº 9.394/96 
11.769/2008 Dispõe sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica 
Lei nº 11.525/2007: 
 
acrescentou § 5o ao art. 32, incluindo conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos 
adolescentes no currículo do Ensino Fundamental. 
 
Lei nº 11.645/2008 alterou a redação do art. 26-A, para incluir no currículo a obrigatoriedade da temática 
“Historia e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. 
 
DECRETOS-LEIS FEDERAIS 
Decreto-Lei nº 
1.044/69 
Dispõem sobre o tratamento excepcional p/ os alunos portadores de afecções em qualquer 
nível de ensino. 
Decreto-Lei nº 
715/69 
Altera dispositivo da lei nº 4.375/64 (serviço militar). 
98.068/89 Dispões sobre o hasteamento da Bandeira Nacional e da´ outras providências 
10.172/2001 Plano Nacional de Educação 
48.835/2003 Dá nova redação ao Artigo 2º do Decreto 98.068/1989 
5.154/2004 Regulamenta o § 2º do art. 36 e os artigos 39 a 41 da Lei 9394/96, e dá outras 
providências.(Educação Profissional) 
11.161/2005 Dispõe sobre o Ensino da Língua Espanhola 
5.840/2006 Institui, no âmbito federal, o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional 
com a Educação Básica na Modalidade Eja, e da outras providências 
 
PARECERES 
Parecer CNE/CEB (reexaminado pelo Parecer CNE/CEB 6/2005): Estudos visando ao estabelecimento de 
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nº 24/2004 normas nacionais para a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos de duração. 
Parecer CNE/CEB 
nº 6/2005 , 
Reexame do Parecer CNE/CEB nº24/2004, que visa o estabelecimento de normas nacionais 
para a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos de duração. 
Parecer CNE/CEB nº 18/2005, de 15 de setembro de 2005: Orientações para a matrícula das 
crianças de seis anos de idade no Ensino Fundamental obrigatório, em atendimento à Lei nº 
11.114/2005, que altera os arts. 6º, 32 e 87 da Lei nº 9.394/96. 
Parecer CNE/CEB 
nº 18/2005 
Orientações para a matrícula das crianças de seis anos de idade no Ensino Fundamental 
obrigatório, em atendimento à Lei nº 11.114/2005, que altera os arts. 6º, 32 e 87 da Lei nº 
9.394/96. 
Parecer CNE/CEB 
nº 39/2006 
Consulta sobre situações relativas à matrícula de crianças de seis anos no Ensino 
Fundamental. 
Parecer CNE/CEB 
nº 41/2006 
Consulta sobre interpretação correta das alterações promovidas na Lei nº 9.394/96 pelas 
recentes Leis nº 11.114/2005 e nº 11.274/2006 
Parecer CNE/CEB 
nº 45/2006, 
Consulta referente à interpretação da Lei Federal nº 11.274/2006, que amplia a duração do 
Ensino Fundamental para nove anos, e quanto à forma de trabalhar nas séries iniciais do 
Ensino Fundamental. 
Parecer CNE/CEB 
nº 5/2007, 
reexaminado pelo Parecer CNE/CEB nº 7/2007): Consulta com base nas Leis nº 
11.114/2005 e n° 11.274/2006, que tratam do Ensino Fundamental de nove anos e da 
matrícula obrigatória de crianças de seis anos no Ensino Fundamental. 
Parecer CNE/CEB 
nº 7/2007, 
Reexame do Parecer CNE/CEB nº 5/2007, que trata da consulta com base nas Leis nº 
11.114/2005 e n° 11.274/2006, que se referem ao Ensino Fundamental de nove anos e à 
matrícula obrigatória de crianças de seis anos no Ensino Fundamental. 
Parecer CNE/CEB 
nº 4/2008, 
Reafirma a importância da criação de um novo ensino fundamental, com matrícula 
obrigatória para as crianças a partir dos seis anos completos ou a completar até o início do 
ano letivo. Explicita o ano de 2009 como o último período para o planejamento e 
organização da implementação do ensino fundamental de nove anos que deverá ser adotado 
por todos os sistemas de ensino até o ano letivo de 2010. Reitera normas, a saber: o 
redimensionamento da educação infantil; estabelece o 1º ano do ensino fundamental como 
parte integrante de um ciclo de três anos de duração denominado “ciclo da infância”. 
Ressalta os três anos iniciais como um período voltado à alfabetização e ao letramento no 
qual deve ser assegurado também o desenvolvimento das diversas expressões e o 
aprendizado das áreas de conhecimento. Destaca princípios essenciais para a avaliação. 
Parecer CNE/CEB 
nº 22/2009 
Diretrizes Operacionais para a implantação do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos 
 
RESOLUÇÕES 
Resolução 
CNE/CEB nº 
3/2005 
Define normas nacionais para a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos de 
duração. 
Resolução Nº 
1//2010 
Define Diretrizes Operacionais para a implantação do Ensino Fundamental de 9(nove) 
anos. 
Resolução Nº 
4//2010 
Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. 
Resolução Nº 
07/2010 
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica 
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Cada Estado do Brasil, possui o Conselho Estadual de Educação, cujas Leis ordenadas pelo 
CNE/CEB – Conselho Nacional de Educação – Câmara de Educação Básica são submetidas a esses 
conselhos consequentemente repassadas aos municípios para o seu fiel cumprimento. 
 
 
Em que consiste a função do Inspetor Escolar? Quem é esse profissional? 
 
É um profissional atuante, participativo, comunicativo e observador, pois o seu trabalho também está 
vinculado ao Sistema Educacional, quer sejam Secretarias quer sejam Regionais e Unidades Escolares, para 
garantir a aplicação legal do regime democrático. Por isso, esse profissional possui uma gama de atividades 
administrativas, pedagógicas, financeiras nas unidades escolares, nesse aspecto inclui-se também que o Inspetor 
Escolar é um Especialista em Educação, atuando também como agente sócio-educativo e político. 
As visitas de rotina ou as visitas em caráter extraordinários nas unidades escolares estão sempre 
fundamentadas em orientações que se desdobram sobre o 'que', o 'como' e o 'para que fazer a avaliação, o 
acompanhamento e o controle, a correção das ações, e ainda a indicação sobre a aplicação da penalidade 
prevista, que será decidida pela autoridade hierárquica da pessoa ou instituição infratora. 
O Inspetor Escolar é uma autoridade nas secretárias e nas escolas, ação e o poder para executá-la emanam 
do cargo. A natureza dessa ação se fundamenta no paradigma de que há necessidade de verificar se a ação e o 
procedimento se deram conforme estava previstos no ordenamento legal (portarias, instruções, comunicados, 
decretos). 
A inspeção Escolar é a função, por excelência, que tem a incumbência e os meios legais de verificar se osparâmetros prescritos foram seguidos, e garantidos como também a competência técnica para realizar tais 
ações. 
O Inspetor Escolar, é o profissional da educação que está sempre em contato com as comunidades 
escolares e tem um papel importante na comunicação entre os órgãos da administração superior do sistema e os 
estabelecimentos de ensino que o integram, “volta-se para: organização e funcionamento da escola e do ensino, 
a regularidade funcional dos corpos docente e discente, a existência de satisfatórios registros e documentação 
escolar…” (RESOLUÇÃO 305/83). 
Tratar da identidade profissional que atua na Inspeção Escolar, definir que categoria é essa, como deve 
agir, quais suas dificuldades e problemas são situações de produção de conhecimentos sobre as condições 
necessárias ao controle e à regulação da função. É, de certo modo, fortalecer os parâmetros da conduta 
profissional e da experiência que os inspetores podem e devem ter de si mesmos, em determinados contextos. 
Torna-se importante, então, refletir sobre a transformação que a profissão docente em suas várias 
configurações, incluindo nesta categoria, a Inspeção Escolar, (Lei nº 9.394/96), vem sofrendo no século XX, e 
nesta primeira década do XXI. Trata-se de uma mudança abrangente, já analisada em vários estudos. 
A Inspeção é uma das ferramentas de regulação de controle do funcionamento das escolas, e é este o seu 
papel mais conhecido e divulgado na mídia e em outros meios de comunicação, e uma consequência do fato, 
como se sabe, é o seu aspecto de pouca aceitação social. 
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Há, sem dúvida, toda uma complexidade de fatores a influenciar, em relação à identidade da inspeção 
escolar, que poderiam se constituir em fatores para explicação da fragilidade da sua identidade e imagem social. 
Assim, a natureza da Inspeção Escolar está, em Minas Gerais, de certa forma, vinculada à hierarquia, à 
disciplina, às normas e aos procedimentos prescritos a uma fiscalização. Estes modos de organização e mais 
recentemente a tecnologia informacional são vistos como recursos das forças produtivas para se obter a 
eficiência técnica e os ganhos de produtividade, segundo pressupostos de uma visão mais tradicionalista de 
gerência empresarial. 
O inspetor escolar em Minas Gerais, além de verificar, de corrigir, de acompanhar procedimentos, 
também orienta em relação à sua execução, e se ficar comprovada a ignorância da forma, e não a má fé, e se não 
ocorrerem graves consequências, a função da orientação se torna suficiente, para a correção das ações. Em 
outros casos, cabem as penalidades legais, quando comprovada a infração. 
As penalidades legais são estabelecidas nos códigos, estatutos, nas leis específicas e devem ser aplicadas, 
não pela inspeção, mas pelas autoridades que detêm o poder legítimo para fazê-lo, o Inspetor Escolar é apenas o 
mediador de todas as ações e situações no âmbito escolar para o cumprimento da legislação. 
 
A carreira profissional dos inspetores em Minas Gerais 
 
Para melhor compreensão da função, faz-se necessário um retrospecto da carreira profissional, a partir das 
legislações que a instituem. Com o propósito de uma melhor compreensão das mudanças que têm ocorrido no 
cargo, a partir das legislações que o instituem, é apresentado o quadro a seguir, sobre a denominação e as 
funções/atribuições da inspeção, desde a década de 1970; 
 
Legislação 
federal e 
estadual 
Denominação 
do cargo 
 
 
Funções/Atribuições 
Lei nº 7.109/77 Inspetor Escolar Exercer a orientação, assistência e o controle geral do processo 
administrativo das escolas, e, na forma do regulamento, do seu processo 
pedagógico. 
Resolução nº 305/83 Inspetor Escolar Funções da inspeção: comunicação entre os órgãos da administração 
superior do sistema e os estabelecimentos de ensino; verificação e avaliação 
das condições de funcionamento dos estabelecimentos de ensino; orientação 
e assistência aos estabelecimentos de ensino, quanto às normas do sistema; 
promoção de medidas para correção de falhas e irregularidades verificadas 
nos estabelecimentos de ensino, visando a regularidade do seu 
funcionamento e a melhoria da educação escolar; informação aos órgãos 
decisórios do sistema sobre a impropriedade ou inadequação de normas 
relativas ao ensino e sugestão de modificações, quando for o caso. 
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Resolução nº 11/99 Inspetor Escolar Inspeção é um processo pelo qual a administração do sistema de ensino 
assegura a comunicação entre os órgãos centrais, os regionais e as unidades 
de ensino, tendo em vista a melhoria da educação escolar, mediante a 
observância das normas legais e regulamentares a eles aplicáveis; verificar o 
espaço físico e funcional do estabelecimento para avaliar a adequação à 
função pedagógica a qual se destina; orientação, correção e realimentação 
das ações desses estabelecimentos 
Lei nº 15.293/04 Analista Educacional 
- Inspetor Escolar 
Orientação, assistência e controle do processo administrativo das escolas, e, 
na forma do regulamento do seu processo pedagógico; orientação na 
organização dos processos de criação, autorização de funcionamento, 
reconhecimento e registro de escolas; garantia da regularidade do 
funcionamento das escolas em todos os seus aspectos; responsabilidade pelo 
fluxo correto e regular das informações entre as escolas, os órgãos regionais 
e o órgão central da SEE. Está também previsto no item seguinte da Lei nº. 
15.293/2004:6. 15- exercer outras atribuições compatíveis com a natureza 
do cargo, de acordo com a política pública educacional. 
Resolução nº 457/09 Analista Educacional 
– Inspetor Escolar 
Inspeção é um processo pelo qual a administração do ensino assegura a 
comunicação entre os órgãos centrais, os regionais e as unidades de ensino, 
tendo em vista a melhoria da educação, mediante: verificação e avaliação 
das instituições escolares, quanto á observância das normas legais e 
regulamentares a elas aplicáveis; monitoramento, correção e realimentação 
das ações dessas instituições; registro dos referidos atos em relatórios 
circunstanciados e conclusivos. 
Fonte: SRE/Uberlândia - SEE/MG 
As legislações citadas no quadro estão disponíveis no Site www.educacao.mg.gov.br 
 
 
 
 
 
Atividades de conclusão da Unidade II: 
 
01- Como a legislação educacional do Estado de Minas Gerais define a função do Inspetor Escolar? 
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
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http://www.educacao.mg.gov.br/
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__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________ 
 
02- Qual é o papel do Inspetor Escolar em relação ao desenvolvimento das políticas educacionais e 
consolidação das propostas pedagógicas das escolas? 
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________ 
 
03- Quais as possibilidades e dificuldades no exercício da função? 
__________________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
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__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________ 
UNIDADE III 
 
A Formação e as Atribuições do Inspetor Escolar 
 
No Brasil, o curso de Pedagogia, ao longo de sua história, teve definido como seu objeto de estudo e 
finalidade precípuos os processos educativos em escolas e em outros ambientes, sobremaneira a educação de 
crianças nos anos iniciais de escolarização, além da gestão educacional. 
Merece ser salientado que, nas primeiras propostas para este curso, a ele se atribuiu o “estudo da forma de 
ensinar”. A dicotomia entre bacharelado e licenciatura levava a entender que no bacharelado se formava o 
pedagogo que poderia atuar como técnico em educação e, na licenciatura, formava-se o professor que iria 
lecionar as matérias pedagógicas do Curso Normal de nível secundário, quer no primeiro ciclo, o ginasial - 
normal rural, ou no segundo. 
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A Lei da Reforma Universitária nº 5.540, de 1968, facultava à graduação em Pedagogia, a oferta de 
habilitações: Supervisão, Orientação, Administração e Inspeção Educacional, assim como outras especialidades 
necessárias ao desenvolvimento nacional e às peculiaridades do mercado de trabalho, como as Matérias 
Pedagógicas do Segundo Grau e Estrutura e Funcionamento de 1º e 2º Graus. 
A Resolução CFE nº 2/1969 determinava que a formação de professores para o ensino normal e de 
especialistas para as atividades de orientação, administração, supervisão e inspeção, fosse feita no curso de 
graduação em Pedagogia, de que resultava o grau de licenciado. 
Os ingressantes nos cursos de Pedagogia, eram possuidores de várias habilitações para atuação no âmbito 
escolar, um caráter tecnicista ou especialismos em educação. 
A década de 1990 foi declarada como a “Década da Educação”. Essa década foi marcada pela 
promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei n. 9.394/1996, de 20 de dezembro de 
1996, a qual fez uma reviravolta na formação de professores para os anos iniciais da educação básica, definindo 
como prioritária a formação, em nível superior, de todos os professores, conforme determinação de seu artigo 
62. 
 
A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de 
licenciatura de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como 
formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do 
ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal (LDBEN, Lei n. 9394/96, art. 
62). 
 
Outra novidade que a Lei 9.394/96 traz no seu Artigo 64, apontando o Curso de Pedagogia como 
instância de formação dos profissionais de educação para as tarefas não-docentes: 
 
A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e 
orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em Pedagogia ou em 
nível de Pós-graduação, a critério da Instituição de Ensino, garantida, nesta formação, a base comum 
nacional (LDBEN, Lei n. 9394/96, art. 64). 
 
Destacando que os Cursos para atuação em administração, planejamento, inspeção, supervisão e 
orientação educacional, poderão ser realizados em nível de Pós-Graduação Lato Sensu, aberto a todos os 
licenciados. 
Outrossim, que devem ser observadas igualmente as disposições do Parágrafo Único do art. 67 da mesma 
Lei nº 9.394/96, no sentido de que a experiência docente é pré-requisito para o exercício profissional de 
quaisquer outras funções de magistério, nos termos das normas de cada sistema de ensino. 
Os diplomas do Curso de Pedagogia, registrados e expedidos na égide da 5.692/71 e até mesmo com a 
vigência da Lei 9394/96 até meados do ano de 2001 com as habilitações em matérias pedagógicas do segundo 
grau, estrutura e funcionamento de ensino, inspeção, administração, supervisão e orientação educacional serão 
validados por toda vida, sendo incorporados ao seu patrimônio pessoal, sem prejuízos aos detentores. 
O Curso de pós-graduação lato sensu em Inspeção Escolar realizados nas instituições públicas e privados 
destina-se a pedagogos, normalistas de nível superior e outros profissionais da educação licenciados que 
desejam atuar na função de inspetor escolar, no contexto da educação tendo como referência as funções e o 
trabalho do pedagogo/inspetor escolar diante dos paradigmas epistemológicos da Pedagogia. Atualmente no 
Brasil, a instituição de ensino superior tem oferecido em nível de pós-graduação lato sensu cursos em Gestão do 
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Trabalho Pedagógico: Orientação, Supervisão e Inspeção Escolar, Gestão do Trabalho Pedagógico: Supervisão e 
Inspeção Escolar, com duração de 06 a 12 meses, ambos validados pela Resolução do CNE/CES nº 01/2007. 
Para isso os cursos devem propor carga horária compatível e competências técnico-administrativas e 
político-pedagógicas necessárias ao exercício das funções de acompanhamento, apoio, inspeção, orientação e 
avaliação das instituições escolares na implementação de políticas estabelecidas pelas diretrizes Nacional e 
Estadual da Educação. 
 
Atributos, Funções e Competências da Inspeção Escolar 
Os novos paradoxos da educação nacional encaminham a questão de ordem prática: são desafios que 
colocam o Inspetor Escolar para a observância e cumprimento da legislação da educação junto às escolas, pelo 
seu papel de legítimo representante da administração central e regional do Sistema Educacional. 
Uma leitura mais apurada da LDBN nº 9.394/96 e de alguns de seus artigos remete a algumas 
competências que o Inspetor Escolar pode exercer, em parceria com escolas, gestores, pedagogos, professores 
em sintonia com os diversos setores das secretarias estaduais e municipais e dos órgãos regionais de educação. 
A Inspeção Escolar é correção, auditoria, orientação e assistência técnica. 
O perfil desse profissional deve ser: 
 
• Função Verificadora: deve possuir domínio da legislação federal, estadual e municipal, ser pesquisador 
e constante observador. 
• Função Avaliadora:Educador, Professor, Gestor, Instrutor. 
• Função Orientadora: ter boa comunicação oral e escrita, saber ouvir, ponderação, orientação e 
conciliador. 
• Função Corretiva: segurança, postura pedagógica e administrativa. 
• Função realimentadora: estudo, criatividade e avaliador 
 
A Inspeção Escolar no Estado de Minas Gerais figura-se em algumas modalidades, em caráter regular ou 
especial, por inspetor ou equipe de inspetores, não vinculados ao estabelecimento, observados o critério de 
rodízio, em conformidade com o Art. 5º da Resolução 457/2009. 
Vejamos os casos de aplicação: 
 
 
• Em caráter regular: 
- são as visitas de rotinas nas escolas público-privadas. 
 
• Em caráter especial: 
- em substituição ao superintendente de ensino em gozo de férias, viagens prolongadas, afastamento por 
motivo de saúde não superior a 60 dias. 
 - em substituição ao diretor de escola que tenha sido interditado por processo administrativo ilícito. 
 - em casos de escolas que não haja candidatos ao processo de eleição para direção de escola. 
 - comissão sindicante (fechamento/lacre de instituição privada) 
 - comissão de inspetores (conferência e deslocamento de arquivo de escolas extintas) 
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Os atos para os casos em caráter especial serão sempre instruídos por órgãos competentes e publicados na 
imprensa oficial do Estado. 
 Para aprofundarmos os conhecimentos, ao final dessa sessão apresentamos como 
estudo de caso, as Atribuições do Inspetor Escolar nas Superintendências do Estado de Minas Gerais - 
Resolução nº 457 de 30 de Setembro de 2009, Atribuições do Inspetor Escolar da Secretaria Municipal de 
Educação da Prefeitura Municipal de Uberlândia, preconizada na Lei Complementar nº 347/2004 e as 
Atribuições do Cargo de Inspetor da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro. 
 
Resolução nº 457, de 30 de setembro de 2009 - Dispõe sobre a Inspeção Escolar na 
Educação Básica no Sistema Estadual de Ensino de Minas Gerais. 
O Presidente do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais, no uso de suas atribuições, e tendo em 
vista o disposto no art. 206 da Constituição do Estado, na Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, no Parecer 
CEE nº 794/83, bem como no Relatório referente aos trabalhos elaborados pela Comissão instituída pela 
Portaria nº 07, de 26 de março de 2009, 
Resolve: 
Art. 1º - A presente Resolução aplica-se à Inspeção Escolar no âmbito da Educação Básica, no Sistema 
Estadual de Ensino de Minas Gerais. 
Art. 2º - O exercício da Inspeção Escolar no Sistema Estadual de Ensino constitui direito e dever do 
Estado. 
Parágrafo único - É dever de toda a comunidade escolar conhecer e participar do processo de inspeção. 
Art. 3º - A Inspeção é o processo pelo qual a administração do ensino assegura a comunicação entre os 
órgãos centrais, os regionais e as unidades de ensino, tendo em vista a melhoria da educação, mediante: 
I - verificação e avaliação das instituições escolares, quanto à observância das normas legais e 
regulamentares a elas aplicáveis; 
II - monitoramento, correção e realimentação das ações dessas instituições; 
III - registro dos referidos atos em relatórios circunstanciados e conclusivos. 
Art. 4º - A Inspeção Escolar estrutura-se em nível central e regional e sua ação desenvolve-se em nível de 
unidade escolar. 
Art. 5º - A Inspeção far-se-á em caráter regular ou especial, por inspetor ou equipe de inspetores, não 
vinculados ao estabelecimento, observados o critério de rodízio. 
Art. 6º - Entende-se por inspeção regular a que se inclui, ordinariamente, no plano de trabalho do inspetor 
ou equipe de inspetores. 
Parágrafo único - A inspeção regular deverá compreender, pelo menos, os seguintes aspectos: 
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I - conhecimento da situação do estabelecimento quanto a: 
a) cursos em funcionamento, sua organização curricular e atos de autorização, reconhecimento e 
renovação, quando for o caso; 
b) observância das diretrizes e normas curriculares, garantia do padrão de qualidade do ensino, construção 
e implementação da proposta pedagógica, cumprimento do regimento escolar e resultado das avaliações 
institucionais e desempenho dos alunos; 
c) regularidade no acesso, permanência e demais atos da vida escolar dos alunos; 
d) situação legal e funcional do pessoal administrativo, técnico e docente; 
e) situação dos prédios, instalações, equipamentos e material didático adequado aos níveis e modalidades 
de ensino; 
f) regularidade da escrituração escolar; 
g) cumprimento das normas relativas à obrigatoriedade e gratuidade da educação básica em escolas 
oficiais; 
h) funcionamento da caixa escolar; 
II - orientação à escola, especialmente quando demonstrar dificuldades, falhas ou omissões; 
III - adoção e determinação de medidas destinadas à solução de conflitos ou ao saneamento de 
irregularidades apuradas na instituição escolar; 
IV - suspensão "ad referendum" do órgão superior, de atividades escolares que se estejam processando em 
desacordo com as disposições legais ou normativas; 
V - indicação ao órgão superior de medidas saneadoras ou corretivas cabíveis; 
VI - responsabilidade pelo fluxo correto e regular de informações entre as instituições escolares, entre os 
órgãos regionais e o órgão central da SEE. 
Art. 7º - Entende-se por inspeção especial a que se ocupa de situações eventuais, extraordinárias ou 
específicas de interesse do Sistema de Ensino. 
§ 1º - A inspeção especial far-se-á por determinação do órgão competente ou por solicitação do 
estabelecimento de ensino. 
§ 2º - Caberá à inspeção especial: 
a) orientação para organização de processos de autorização de funcionamento e reconhecimento de cursos 
e sua renovação, credenciamento e recredenciamento da entidade mantenedora, mudança de sede da 
escola ou da entidade mantenedora; 
b) suspensão de atividades escolares que se estejam processando em desacordo com as disposições legais 
ou regulamentares "ad referendum" do órgão competente; 
c) determinação ou execução de medidas necessárias ao encerramento de atividades escolares e 
recolhimento de arquivo; 
d) realização de sindicância e inquérito administrativo, por determinação da autoridade competente; 
e) adoção, determinação ou indicação ao órgão superior de medidas saneadoras ou cautelares cabíveis. 
Art. 8º - A inspeção será exercida de modo a preservar a autoridade dos gestores, do corpo docente e dos 
especialistas, resguardados o princípio da autonomia e a flexibilidade da organização da instituição 
escolar. 
Art. 9º - O exercício da inspeção não exclui a responsabilidade administrativa, civil e penal dos dirigentes 
da instituição escolar e de danos causados a terceiros. 
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Art. 10 - A instituição escolar deverá apresentar a documentação e facilitar à Inspeção, o acesso às 
instalações, à escrituração e ao arquivo escolares. 
Art. 11 - Cabe à Secretaria de Estado da Educação, com observância do disposto na presente Resolução: 
I - organizar a Inspeção Escolar no âmbito do Estado; 
II - baixar normas complementares para o cumprimento desta Resolução, observadas as peculiaridades de 
cada nível, etapa, ciclo e modalidade de ensino, bem como a natureza pública ou particular dos 
estabelecimentos; 
III - determinar a realização de sindicância e de inquérito administrativo, tomando as medidas cabíveis, 
no âmbito de sua competência; 
IV - promover e assegurar o fluxo regular e sistemático de informações sobre o desenvolvimento do 
trabalho de inspeção; 
V - estimular e promover a atualização e a formação continuada dos recursos humanos no exercício da 
inspeção; 
VI - estimular a pesquisa e a elaboração de projetos experimentais. 
Art. 12 - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação e revogam as disposições em contrário, 
especialmentea Resolução CEE nº 305/83. 
Belo Horizonte, 30 de setembro de 2009. 
a) Mons. Lázaro de Assis Pinto - Presidente. 
 
*Publicada novamente por ter havido alteração na publicação do MG de 30.10.09. 
Fonte: disponível: www.cee.mg.gov.br 
 
Lei Complementar 347/2004 – Atribuições do Inspetor Escolar – Especialista em 
Educação – Prefeitura Municipal de Uberlândia – Secretaria Municipal de Educação 
 
1. Descrição Sintética: 
Compreende os cargos que se destinam a executar atividades de Inspeção Escolar, no ensino de primeiro 
e segundo graus, integrado aos demais Especialistas das escolas do Município. 
 
2. Atribuições Típicas: 
- Orientar, assistir e controlar de forma geral o processo administrativo e pedagógico das escolas; 
- Orientar, preventivamente, as ações desenvolvidas na escola para o cumprimento legal e eficaz de suas 
finalidades; 
- Acompanhar a elaboração dos critérios de atendimento da matrícula dos alunos, de acordo com o 
número de vaga, considerando a demanda escolar; 
- Colaborar com a equipe pedagógica da escola em projetos e experiências pedagógicas que proponham 
melhoria de ensino; 
- Orientar quanto ao atendimento dos alunos defasados em conteúdo e em série/idade; 
- Analisar e propor medidas necessárias para regularização de vida escolar do aluno; 
- Orientar o preenchimento correto do: censo escolar; livro de ponto, diários de classe; livro de 
transferências expedidas; livro de registro de matrículas; livro de atas de resultados finais; livro de atas de 
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exames especiais; ficha de matrícula; histórico escolar; ficha individual; 
- Verificar sempre que necessário à documentação dos alunos, dando atenção especial às séries terminais 
e passar as orientações necessárias; 
- Analisar, junto à equipe pedagógica, os casos de classificação e reclassificação, dando as devidas 
orientações; 
- Acompanhar a elaboração e implementação do Projeto Político Pedagógico da escola; 
- Participar e apreciar as atividades culturais promovidas pela escola; 
- Promover a integração entre o pessoal de escola, visando um trabalho de equipe; 
- Orientar a escola na elaboração e atualização do regimento escolar, quadro curricular e calendário 
escolar, resguardando as normas legais vigentes, acompanhando o seu cumprimento; 
- Analisar, periodicamente, os resultados das avaliações escolares com os especialistas, para adoção de 
novas metodologias e técnicas de ensino; 
- Atender as solicitações para solução de problemas; 
- Orientar quanto ao preenchimento de documentos referentes a escrituração escolar; 
- Participar de reuniões, encontros e cursos de aperfeiçoamento oferecidos pela Secretaria Municipal de 
Educação e outros órgãos; 
- Acompanhar o trabalho de validação de atos escolares, quando necessário; 
- Fazer a escrituração inerente à função e entregá-la em tempo hábil; 
- Participar do processo de sindicância quando indicado; 
- Orientar o processo de autorização da escola; 
- Fazer a interação entre a escola e a Secretaria Municipal de Educação; 
- Proporcionar a coerência da política educacional com as necessidades do processo ensino aprendizagem 
dentro da escola, com competência técnica; 
- Consolidar levantamentos para controle e tratamento estatístico dos dados escolares. 
Fonte: PMU/SME- Uberlândia PCC - Lei Complementar 347/2004 
 
Disponível: www.uberlandia.mg.gov.br 
Portaria Normativa nº 03 de 19 de Setembro de 2001 
 
FIXA AS ATRIBUIÇÕES DO INSPETOR ESCOLAR - ESTADO DO RIO DE 
JANEIRO 
A COORDENADORA DA COORDENADORIA DE INSPEÇÃO ESCOLAR, no uso de suas atribuições legais e, 
- Considerando que a garantia de padrão de qualidade é princípio no qual deve estar embasada a oferta do 
ensino; 
- Considerando que a liberdade de ensino se acha condicionada ao cumprimento das normas gerais da 
educação nacional e do respectivo sistema de ensino; 
- Considerando caber ao Poder Público a autorização de funcionamento de escolas e a avaliação da 
qualidade do ensino ali ministrado; 
- Considerando as competências da Coordenadoria de Inspeção Escolar previstas no Artigo 13, Capítulo 
III, da Resolução CEE n.º 2029, de 16 de agosto de 1996. 
- Considerando que o Inspetor Escolar, profissional da educação, membro do magistério com exercício 
efetivo, tem formação prevista em Lei, em conformidade com o art. 64 da Lei 9394/96, 
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R E S O L V E: 
Art. 1.º - Ao Inspetor Escolar, em exercício nos diversos órgãos regionais da Secretaria de Estado de 
Educação, cabe planejar a dinâmica de sua atuação em consonância com as diretrizes estabelecidas pela 
Coordenadoria de Inspeção Escolar da Subsecretaria Adjunta de Desenvolvimento do Ensino, observadas 
as normas do Conselho Estadual de Educação - RJ. 
Parágrafo Único - A ação do Inspetor Escolar dar-se-á, prioritariamente, de modo preventivo e sob a 
forma de orientação, visando evitar desvios que possam comprometer a regularidade dos estudos dos 
alunos e a eficácia do processo educacional. 
Art. 2.º - É função precípua do Inspetor Escolar zelar pelo bom funcionamento das instituições 
vinculadas ao sistema estadual de ensino - público e particular - avaliando-as, permanentemente, sob o 
ponto de vista educacional e institucional e verificando: 
a) a formação e a habilitação exigidas do pessoal técnico-administrativo-pedagógico, em atuação na 
unidade escolar. 
b) a organização da escrituração e do arquivo escolar, de forma que fiquem asseguradas a autenticidade e 
a regularidade dos estudos e da vida escolar dos alunos. 
c) o fiel cumprimento das normas regimentais fixadas pelo estabelecimento de ensino, desde que estejam 
em consonância com a legislação em vigor. 
d) a observância dos princípios estabelecidos na proposta pedagógica da instituição, os quais devem 
atender à legislação vigente. 
e) o cumprimento das normas legais da educação nacional e das emanadas do Conselho Estadual de 
Educação - RJ. 
Art. 3.º - São ainda atribuições específicas do Inspetor Escolar, além do acompanhamento contínuo às 
unidades de ensino: 
a) integrar comissões de autorização de funcionamento de instituições de ensino e/ou de cursos; de 
verificação de eventuais irregularidades, ocorridas em unidades escolares; de recolhimento de arquivo de 
escola com atividades encerradas, ou comissões especiais determinadas pela Coordenadoria de Inspeção 
Escolar. 
b) manter fluxo horizontal e vertical de informações, possibilitando a realimentação do Sistema Estadual 
de Educação, bem como sua avaliação pela Secretaria de Estado de Educação. 
c) declarar a autenticidade, ou não, de documentos escolares de alunos, sempre que solicitado por órgãos 
e/ou instituições diversas. 
d) divulgar matéria de interesse relativo à área educacional. 
Art. 4.º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogada a Portaria COSE-E n.º 02, de 
07 de dezembro de 1989 (D.O. de 02.01.90). 
Rio de Janeiro, 19 de setembro de 2001. 
Fonte: disponível: http://inspecaoescolarsmec.blogspot.com.br 
 
Apresentamos as competências e atribuições do Inspetor Escolar da SRE de 
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http://inspecaoescolarsmec.blogspot.com.br/
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Uberlândia para que você compreenda um conjunto de conceitos referentes ao cargo e a função do inspetor 
nas escolas. É válido ressaltar que em sua cidade para você ter acesso a estas informações é necessário 
conhecer os documentos que norteiam o trabalho desse Especialista em Educação no seu Estado/Cidade. 
 
Reflexões: 
- Qual a nomenclatura do Inspetor Escolar em meu Estado/cidade? 
- Como se configura o trabalho do Inspetor Escolar em meu Estado/cidade? 
 
Atividade de Conclusão da Unidade III 
 
01- Como Gerente de Ensino ou Inspetor Escolar, você recorreria a que instâncias para orientação sobre suas 
atribuições