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O sistema único de saúde Reforma sanitária Movimento diante de grandes epidemias, onde alunos de grandes universidades de medicina se revoltavam com a situação da saúde. Década de 80 Redemocratização Busca pelo direito de voto 8° conferência de saúde: 1986 • Saúde como direito. • Ações integrais à saúde: promoção a recuperação. • Saúde como componente da seguridade social (governo garante a saúde). • Sistema com comando único (é a mesma coisa para todos os estados). Seguridade social Divide-se em três arcos: - Saúde: universal. Ministério da saúde oferece esse serviço - Assistência social: ações direcionadas para população mais vulnerável, como o bolsa família. - Previdência social: aposentadoria, invalidez, pensão por morte. * Constituição de 1988 surgiu por causa da conferência Reforma sanitária > oitava conferência > constituição de 1988 > criação do SUS > leis orgânicas Artigo 196 "Saúde é um direito de todos e dever do estado" Isso é garantido mediante políticas sociais e econômicas que visam a redução do risco de doenças e de outros agravos, dando um acesso universal e igualitário, e as ações dos serviços para sua promoção e proteção. "As instituições privadas poderão participar de forma completar no sistema único de saúde" Essa afirmação é verdadeira pois as instituições privadas podem participar de forma complementar quando, por exemplo, a prefeitura compra serviços de imagem, quando o sistema público não tem condições de comportar. É complementar, não substituível, só age se tiver necessidade. Artigo 198 Detalha que o sistema será organizado de acordo com as seguintes diretrizes: descentralização, atendimento integral, participação dos profissionais de saúde e da comunidade nas decisões de saúde. SUS Definição É o arranjo organizacional do estado brasileiro para efetivar a política de saúde no Brasil. Características • Integra as ações nas três esferas de governo. • É complexo e responsável por ações de promoção, prevenção, reabilitação e cura. • É um produto da reforma sanitária brasileira. • É regulamentado pelas leis 8.080-90 e 8.142-90. • É um sistema único: é o mesmo em todo o Brasil. Leis Regulamentam o SUS 8.080 • Foi muito vetada pelo presidente Collor • Organização e gestão • Competência das atribuições de cada ente federativo • Dispõe sobre as condições de promoção, proteção e recuperação da saúde. • Organização e funcionamento dos serviços de saúde. • Diz o que governo federal, estado e município vão fazer * Município: executa ações * O governo federal: geralmente formula políticas 8.142 • Define a participação da população • Transferências intergovernamentais de recursos financeiros: repasse financeiro para fazer funcionar Princípios do SUS doutrinários Como deve-se agir na condução do sistema ▪ Universalidade: Tanto pobre como rico tem acesso ao SUS. ▪ Equidade: Igualdade com justiça, deve-se priorizar o lado mais necessitado. ▪ Integralidade: Não olho para o paciente somente olhando sua doença, mas sim, vendo todo o seu contexto, para integrar as ações a fim de restaurar a saúde e ter ferramentas para manter a saúde. Princípios organizativos Como é organizado o sistema ▪ Descentralização: Dar mais autonomia aos municípios. ▪ Regionalização: Distribuir recursos em um determinado território específico. É uma forma de organizar território dentro do país/estado. ▪ Hierarquização: Níveis de atendimento de saúde. > Primário: unidades de saúde. > Secundário: UPAS, CEOS, frotinhas de bairro. > Terciário: hospital de grande porte, ex: Albert Sabin. Objetivos, competências do SUS o Vigilância em saúde: responsável pela prevenção de doenças transmissíveis, saúde ambiental, saúde do trabalhador, controle de substâncias, abertura de clínica precisa de alvará. o Vigilância epidemiológica: controle de epidemias, avaliando surgimento das doenças. o Saúde do trabalhador o Vigilância ambiental: controle de resíduos, etc. o Assistência clínica: atenção básica, secundária e terciária. o Assistência farmacêutica: aquisição de medicamentos, ex: tuberculose. o Apoio diagnóstico: exame laboratorial, de imagem, nuclear, clínica e endoscopia. Outros Regulação: o regulador que encaminha, dependendo do caso. Classifica o risco. ex: para ir ao dermato > pessoa com cabelo caindo > mancha que parece câncer > quem vai é a pessoa que tem câncer. Formação dos profissionais: política nacional de educação permanente. Promoção de saúde: ações como NASP. Política de sangue e derivados: hemocentros. Financiamento do SUS Repasse financeiro do governo/ gasto com a saúde • Municipal: 15% • Estadual: 12% • União: cálculo per capita. ▫ A participação da iniciativa privada no SUS tem caráter complementar ▫ Descentralização com comando único: as esferas federativas têm a sua independência de organização. ▫ Gestão participativa: gestão compartilhada, onde as pessoas são ouvidas. ▫ Os municípios (prefeito era tomador de decisão) foram reconhecidos como entes federativos, porém eles não tinham capacidade técnica e tinham dificuldade financeira. Podia agora administrar de uma maneira descentralizada a sua saúde. ▫ Mesmo depois da criação do SUS, ainda existiam os INAMPS. Foram extintos em 1993. Organização do SUS Normas operacionais básicas (NOB) → Normas operacionais de assistência à saúde (NOAS) → Pacto pela saúde → Decreto 7.508. NOB ♢ Definem as competências de cada esfera do governo e as condições necessárias para que Estados e Munícipios assumam responsabilidades dentro do sistema. Agora são habilitados municípios e cada um recebia um nome para sua habilitação. Ex. Gestão plena da Atenção Básica, Gestão plena do Sistema Municipal. ♢ Foi no período de Itamar Franco 1991 ♢ Criação da Autorização de Internação Hospital: regra para quem se internasse. O governo pagava por essas internações, mas ele precisava de um documento. ♢ Criação do Sistema de Informação Hospital: agora daria para saber o porquê as pessoas estavam se internando nos hospitais. ♢ Houve um estímulo a municipalização ♢ Implantação do Sistema de Informação Ambulatorial: temos esse sistema até hoje. Ele foi implantado na época como uma forma de monitorar o que estava sendo feito: quantos curativos, quantas vacinas... 1993 ♢ Estímulo a municipalização. ♢ Transferência fundo a fundo, ou seja, era direto da conta do governo federal para a conta do município. ♢ Habilita municípios como gestores. ♢ Comissão bipartite: discutir as ações, estado e município. ♢ Comissão tripartite: discutir as ações, os três entes federativos. ♢ O SUS começa a ser operacionalizado. 1996 ♢ Descentralização. ♢ Caracterização da responsabilidade sanitária. ♢ Criação do Piso Assistencial Básico - PAB (percapita) - dinheiro que viria do governo federal por habitante de cada município. É um valor fixo que varia do tamanho do município. ♢ Incentivo as ações da vigilância sanitária. ♢ Programação Pactuada e Integrada (PPI) - programação que os municípios fariam e seria discutido na comissão de gestores bipartite. NOAS 2001 ♢ Amplia a responsabilidade dos municípios na Atenção Básica. ♢ Estimula a regionalização, que é o agrupamento de municípios ♢ Fortalece a gestão do SUS NOAS 2002 ♢ O município passa a gerir todas as Unidades Básicas de Saúde ♢ Regionalização: estratégia de hierarquização dos serviços de saúde e de busca de maior equidade. ♢ Plano Diretor Regional (PDR) - é usado até hoje e é utilizado para o planejamento das ações dentro de uma região de saúde * PAB: inicialmente era de 8 reais e manteve-se inalterado até 2003 e a partir de 2004 obteve ajustes para 13 reais. Em 2006 foi para 15 reais e 17 reais em 2009. Atualmente, em torno de 20 a 25 reais. Pacto pelaSaúde (2006) ➼ Os municípios agora assinavam pacto de metas. ➼ Foi no período do Lula ▸ Pacto pela vida: assegurar os recursos necessários em busca de resultados na área da saúde. ▸ Pacto em defesa do SUS: mobilização da sociedade na defesa do direito à saúde ▸ Pacto de gestão do SUS Pacto pela vida - prioridades ◦ Saúde do idoso: garantir algumas coisas para o idoso, como atendimento. ◦ Promoção da saúde ◦ Câncer de mama e de útero: atingir cobertura de 80% para o exame preventivo; ampliar para 60% a cobertura da mamografia. ◦ Fortalecer a capacidade de resposta dos sistemas à doenças emergentes e endemias: dengue, hanseníase, malária, tuberculose, influenza. ◦ Atenção básica à saúde: adotar a Estratégia Saúde da Família ◦ Reduzir a mortalidade neonatal em 5%. Em 50% as doenças diarréicas e 20% de pneumonia. ◦ Saúde do trabalhador ◦ Saúde mental ◦ Saúde do homem ◦ Fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com deficiência. ◦ Atenção integral às pessoas em situação de risco Pacto em defesa do SUS ◦ Reforçar o SUS como política de Estado e não de Governos. ◦ Defender os princípios basilares dessa política ◦ Principais ações: aprovação do orçamento do SUS, explicitando cada uma das esferas do Governo. ◦ A população pedia a criação de cartilhas para orienta-los sobre os seus direitos em relação ao SUS. Pacto de gestão do SUS ◦ Definir a responsabilidade em cada instância de governo. ◦ Estabelecer as diretrizes para a gestão do SUS: descentralização, regionalização, financiamento, planejamento, programação pactuada integrada, regulação, controle social, gestão do trabalho, educação na saúde E na caminhada de aperfeiçoamento do SUS chegamos na Política Nacional de Atenção Básica à Saúde, um resultado de experiências acumuladas de vários atores envolvidos com a consolidação do SUS como movimentos sociais, usuários trabalhadores e gestores. * 80% dos casos deve ser resolvido na Atenção Básica * 20% para atenção secundária e terciária Política Nacional de Atenção Básica PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO 2011 Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da atenção básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Dos princípios gerais da atenção básica ✓ É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária. ✓ Tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade (equipamentos simples), que devem resolver os problemas de saúde de maior frequência e relevância em seu território. ✓ Atenção Básica tem a Saúde da Família como estratégia prioritária para sua organização de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. Áreas estratégicas da Atenção Básica ✓ Eliminação da hanseníase ✓ Controle de tuberculose ✓ Controle da hipertensão arterial ✓ Controle do diabetes mellitus ✓ Eliminação da desnutrição infantil ✓ Saúde da criança, a saúde da mulher, a saúde do idoso ✓ Saúde bucal ✓ Promoção de saúde O que contém essa portaria de 2011? • Reconhecimento dos diversos formatos de equipes para diferentes populações e realidades do Brasil • Acordo com as indústrias e escolas para uma alimentação mais saudável e implantação de 4 mil polos de academia da saúde. • Ampliação do número de municípios que podem ter NASF • Simplificou e facilitou as condições para que sejam criadas UBS fluviais e ribeirinhas. • Define as RAS como estratégia para um cuidado integral • Ampliação das ações intersetoriais e de promoção de saúde com PSE (Programa de Saúde nas escolas) e sua ampliação para as creches. • Equipes de atenção básica para população em situação de rua (consultórios de rua) PNAB 2017 - Portaria 2636 de 21 de setembro de 2017 • A ESF não é mais a única opção de modelo para a atenção primária. Outras composições podem fazer parte da atenção como a equipe de atenção básica. • Os agentes comunitários de saúde (ACS) não são obrigatórios na composição das equipes de atenção básica • O modelo sem ACS não pode ser aplicado em áreas de risco e vulnerabilidade. • O atendimento será feito em qualquer unidade de saúde, não mais vinculado ao endereço. • Fortalecimento da figura do gerente da unidade e garantia de cartilha mínima de serviços. • O ACS deverá realizar técnicas limpas de curativo, inclusive em domicílio • Prontuário eletrônico • Carga horária mínima de 10h para o profissional da EAB • Unificação do ACS e ACE. Decreto 7.508/2011 ღ Define a APS como a principal porta de entrada ღ Estabelece requisitos mínimos para a definição de regiões de saúde ღ Impõe metas e indicadores para a saúde ღ Contrato Organizativo da Ação Pública - COAP RENASES - Relação internacional de Ações e Serviços de Saúde e Relação Nacional de medicamentos Essenciais * Os medicamentos que são dados no posto Níveis de Organização do Espaço da Gestão Interfederativa do SUS Programa Mais Médicos - 2013 ❅ Levar mais profissionais para regiões com maior necessidade; ❅ Estímulo à formação profissional ❅ Financiamento do Ministério da Saúde PEC 241 (Câmaras dos deputados) ↔ PEC 55 (Senado federal) ↓ UNIÃO (Congelamento de recursos por 20 anos) Teto para orçamento fiscal e seguridade social Saúde (universal), assistência social (seletivo) e previdência (para quem contribui)
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