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Histologia e Fisiologia - Sistema Cardiovascular

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Querem Neves - Medicina UNIC XXXVIII
Histologia .
O coração é um órgão muscular que se
contrai ritmicamente, enquanto bombeia o
sangue pelo sistema circulatório.
Também é responsável pela produção de
um hormônio chamado de fator
natriurético atrial.
Suas paredes são constituídas de três
camadas:
➢ Endocárdio, camada interna;
➢ Miocárdio, camada média;
➢ Pericárdio, camada externa.
Tecidos que compõem a
parede dos vasos;
Do ponto de vista dos tecidos que a
constituem, a parede dos vasos é formada
pelos seguintes componentes estruturais
básicos:
➢ Epitélio, chamado de endotélio;
➢ Tecido muscular;
➢ Tecido conjuntivo.
A associação desses tecidos forma as
camadas ou túnicas dos vasos
sanguíneos.
Todos esses tecidos são encontrados em
diferentes proporções na parede dos
vasos, exceto nos capilares e nas
vênulas pós-capilares, nos quais os
únicos elementos estruturais
representados são o endotélio e sua
membrana basal.
● Endotélio;
Endotélio é o nome que se dá ao epitélio
simples pavimentoso que reveste o:
➢ Vasos sanguíneos;
➢ Vasos linfáticos;
➢ Coração.
É um tipo especial de epitélio que forma
uma barreira semipermeável intercalada
entre dois compartimentos do meio
interno:
➢ Plasma sanguíneo;
➢ Fluído intersticial.
O endotélio é altamente diferenciado para
mediar (ou seja, serve como mediador) e
monitorar ativamente as grandes trocas
bidirecionais de pequenas moléculas e,
ao mesmo tempo, restringir o transporte
de macromoléculas.
As células endoteliais têm diversas
funções, as quais variam de acordo com o
vaso que elas revestem.
● Músculo liso;
O tecido muscular liso faz parte de todos
os vasos sanguíneos, com exceção dos
capilares e vênulas pericíticas.
As células musculares lisas estão na
túnica média dos vasos, onde se
organizam em camadas helicoidais.
1
Querem Neves - Medicina UNIC XXXVIII
Cada célula muscular é envolta por uma
lâmina basal e por uma quantidade
variável de tecido conjuntivo produzido
por elas próprias.
As células musculares lisas vasculares,
principalmente em arteríolas e pequenas
artérias, são frequentemente conectadas
por junções comunicantes (gap).
● Tecido conjuntivo;
Componentes do tecido conjuntivo são
encontrados nas paredes dos vasos
sanguíneos em quantidades e proporções
variáveis, visto que vai variar de acordo
com suas necessidades funcionais.
➢ Fibras colágenas;
É um elemento abundante na parede do
sistema vascular. São encontradas:
➢ Entre as células musculares;
➢ Na camada adventícia;
➢ Na camada subepitelial de alguns
vasos.
Colágeno tipo IV: encontrado nas
membranas basais;
Colágeno tipo III: encontrado na túnica
média;
Colágeno tipo I: encontrado na túnica
adventícia.
➢ Fibras elásticas;
Fornecem a resistência ao estiramento
promovido pela expansão da parede dos
vasos. Essas fibras predominam nas
grandes artérias, onde se organizam em
lamelas (estrutura fina e achatada)
paralelas, regularmente distribuídas
entre as células musculares em toda
espessura da túnica média.
➢ Substância fundamental;
Forma um gel heterogêneo nos espaços
extracelulares da parede dos vasos.
Ela contribui com as propriedades físicas
da parede dos vasos e, provavelmente,
afeta a difusão e permeabilidade através
da parede.
A concentração de glicosaminoglicanos é
mais alta nas paredes das artérias do que
nas veias.
Plano estrutural e componentes dos
vasos sanguíneos;
Existem três tipos de vasos sanguíneos:
artérias, veias e capilares.
● Túnica íntima;
Apresenta:
➢ Uma camada de células
endoteliais apoiada em uma
camada de tecido conjuntivo
frouxo;
2
Querem Neves - Medicina UNIC XXXVIII
➢ Camada de tecido conjuntivo
frouxo: é a camada subendotelial,
a qual pode conter,
ocasionalmente, células
musculares lisas.
Em artérias, a túnica íntima está separada
da túnica média por uma lâmina elástica
interna, a qual é a parte mais externa da
camada íntima.
Lâmina elástica: é composta
principalmente de elastina e é resultado
da associação de fibras elásticas.
Ela contém aberturas (fenestras) que vão
possibilitar a difusão de substâncias para
nutrir células que estão na parte mais
profunda, na parede do vaso.
Apresenta um aspecto ondulado nos
cortes histológicos.
Artéria elástica (aorta) em corte
transversal.
Nota-se:
➢ Endotélio (seta) da túnica íntima;
➢ Túnica média (TM), que se
encontra repleta de fibras
elásticas, constituindo lamelas
elásticas;
➢ Túnica adventícia (TA), que é
formada por tecido conjuntivo,
envolto pelo mesotélio (epitélio
pavimentoso simples).
● Túnica média;
A média consiste, principalmente, de
camadas concêntricas (que convergem
em um único ponto) de células
musculares lisas organizadas
helicoidalmente.
Entre as entre as células musculares lisas
existem quantidades variáveis de matriz
extracelular, a qual é composta por:
➢ Fibras e lamelas elásticas;
➢ Fibras reticulares (colágeno do tipo
III);
➢ Proteoglicanos;
➢ Glicoproteínas.
As células musculares lisas são as
responsáveis pela produção dessas
moléculas da matriz extracelular.
Nas artérias do tipo elástico, a maior parte
da túnica média é ocupada por lâminas de
material elástico.
Em artérias musculares menos calibrosas,
a túnica média contém uma lâmina
elástica externa no limite com a túnica
adventícia.
Artéria muscular em corte transversal.
3
Querem Neves - Medicina UNIC XXXVIII
➢ Constituindo a túnica íntima
tem-se o endotélio (➔), tecido
conjuntivo subendotelial e lâmina
elástica interna (⇧).
➢ A túnica média (TM) é formada por
células musculares lisas (↸),
entremeadas por fibras elásticas.
➢ A túnica adventícia (TA)
apresenta-se constituída por tecido
conjuntivo.
● Túnica adventícia;
A túnica adventícia é constituída de:
➢ Tecido conjuntivo frouxo rico em
fibras colágenas (colágeno tipo I),
fibras elásticas, fibrocitos e
fibroblastos,
A camada adventícia se torna,
gradualmente, contínua com o tecido
conjuntivo do órgão pelo qual o vaso
sanguíneo está passando.
➢ Vasa vasorum: são arteríolas,
capilares e vênulas (pequenos
vasos sanguíneos) que se
ramificam, em grande quantidade,
na adventícia e, em menor
quantidade, na porção externa da
média.
Os vasa vasorum são pequenos vasos
sanguíneos encontrados ao redor de
paredes de grandes vasos na camada
adventícia, que servem para sua nutrição,
pois neles, as camadas são muito
espessas para serem nutridas somente
por difusão a partir do sangue que circula
no lúmen do vaso.
Vasa vasorum são mais frequentes em
veias que em artérias.
Em artérias de diâmetro intermediário e
grande, a túnica íntima e a região mais
interna da túnica média não tem vasa
vasorum. Isso porque as camadas
recebem oxigênio e nutrição por difusão
do sangue que circula no lúmen do vaso.
Artéria elástica (aorta) em corte
transversal.
Descrição: os vasos sanguíneos são
formados por camadas: a túnica íntima, a
túnica média e a túnica adventícia, sendo
que essas camadas variam conforme o
tipo de vaso.
➢ Túnica íntima: nas aortas
elásticas, é pouco desenvolvida;
➢ Túnica média (TM): é bem
desenvolvida, com o predomínio
de fibras elásticas que se
associam, formando as lâminas
elásticas, tornando difícil a
individualização da lâmina elástica
interna e a lâmina elástica externa;
➢ Túnica adventícia (TA): é formada
por tecido conjuntivo, contendo
vasos sanguíneos (Vv = vasa
vasorum) e podendo ali se
desenvolver tecido adiposo.
4
Querem Neves - Medicina UNIC XXXVIII
Descrição: corte transversal que mostra
parte de uma artéria elástica (artéria de
grande calibre) exibindo uma túnica média
bem desenvolvida contendo várias
lâminas elásticas. As setas apontam vaso
vasorum da túnica adventícia.
● Inervação;
A maioria dos vasos sanguíneos que
contém músculo liso nas suas paredes
vem por uma rede rica de fibras não
mielínicas (pós-ganglionares) da
inervação simpática (nervos
vasomotores), as quais têm como
neurotransmissor a norepinefrina.
Descarga de norepinefrina por essas
terminações nervosas resulta em
vasoconstrição, ou seja, contração dos
vasos sanguíneos.
As terminações nervosas eferentes,
geralmente, não penetram a túnicamédia
das artérias, então o neurotransmissor vai
precisar se propagar por uma distância
de vários micrômetros para poder atingir
as células musculares lisas da túnica
média.
Esses neurotransmissores atuam abrindo
espaços entre as junções intercelulares
das células musculares lisas da túnica
média, e, assim, a resposta ao
neurotransmissor vai se propagar para as
células musculares das camadas mais
internas dessa túnica.
● Resumindo:
➢ Túnica íntima;
É um revestimento interno formado por
uma única camada de células epiteliais
muito achatadas, o endotélio, sustentado
por delicado tecido conjuntivo.
5
Querem Neves - Medicina UNIC XXXVIII
➢ Túnica média;
É uma camada intermediária que consiste
basicamente em músculo liso;
➢ Túnica externa (adventícia);
É uma bainha ou camada externa de
tecido conjuntivo.
Camadas do coração;
● Endocárdio;
É a camada mais interna.
O endocárdio é constituído por:
➢ Endotélio, que está sobre uma fina
camada subendotelial de tecido
conjuntivo frouxo;
➢ Tecido conjuntivo frouxo: contém
fibras elásticas e colágenas e,
eventualmente, algumas células
musculares lisas e adiposas.
O endocárdio é contínuo ao revestimento
endotelial dos grandes vasos sanguíneos
ligados ao coração.
Ele fornece um revestimento endotelial
liso para as câmaras do coração e
abrange as valvas cardíacas. Esse
revestimento minimiza o atrito da
superfície conforme o sangue passa
através do coração.
Conectando o miocárdio à camada
subendotelial, existe uma camada de
tecido conjuntivo (frequentemente
chamada de camada subendocardial) que
contém veias, nervos e ramos do sistema
de condução do impulso do coração
(células de Purkinje).
● Miocárdio;
É a camada média. Além disso, é a mais
espessa das túnicas do coração.
O miocárdio é responsável pela ação de
bombeamento do coração.
➢ Composição: tecido muscular
cardíaco (estriado cardíaco).
Compõe aproximadamente 95% da
parede do coração.
As fibras musculares (células), como as
do músculo estriado esquelético, são
envolvidas e separadas em feixes por
bainhas de tecido conjuntivo compostas
por endomísio e perimísio.
Essas fibras musculares cardíacas são
organizadas em feixes diagonais ao
coração e produzem as fortes ações de
bombeamento do coração.
Características das células do músculo
estriado cardíaco:
➢ Longas e ramificadas;
➢ Uni ou binucleadas;
➢ Núcleo localizado na posição
central.
➢ São conhecidas como: fibras
musculares cardíacas, células do
miocárdio, miócitos, cardiócitos ou
cardiomiócitos.
6
Querem Neves - Medicina UNIC XXXVIII
Tecido muscular estriado cardíaco.
Nota-se:
➢ Endocárdio, onde são observados
grupos de células de Purkinje,
formando o feixe interventricular(*);
➢ Miocárdio, que se caracteriza por
células musculares cardíacas e os
discos intercalares (→);
➢ Endotélio revestindo o endocárdio
(▼) e tecido conjuntivo frouxo (★).
Discos intercalares: estão no miocárdio e
são formados por estruturas de adesão
da membrana:
➢ Zônula de adesão: ancoram
filamentos de actina;
➢ Desmossomos: unem fortemente
os miócitos impedindo que se
separem;
➢ Junções comunicantes do tipo
GAP: permitem a passagem de
íons facilitando a propagação da
despolarização.
Os discos intercalares aparecem como
linhas retas ou têm um aspecto em
escada (escalariforme).
No citoplasma, o retículo sarcoplasmático
(retículo endoplasmático das células
musculares) é menos desenvolvido que
nos músculos estriados esqueléticos.
Além disso, a demanda de cálcio –
essencial para a contração – é suprida,
principalmente, pelo íon oriundo do meio
extracelular.
Diferentemente do músculo liso,
apresentam túbulos T.
7
Querem Neves - Medicina UNIC XXXVIII
O arranjo dessas células musculares é
extremamente variado, de modo que,
mesmo em um corte histológico de uma
área pequena, são vistas células
orientadas em muitas direções.
➢ Retículo Sarcoplasmático;
É especializado no armazenamento de
íons cálcio,e quando libera esse cálcio
para o citoplasma dá-se a contração
muscular (deslizamento da actina sobre a
miosina).
● Epicárdio;
É a camada mais externa do coração. É
fina e transparente.
O epicárdio corresponde ao lâmina
visceral do pericárdio seroso.
É constituído por:
➢ Revestido por uma camada única
de células epiteliais achatadas – o
mesotélio, epitélio simples
pavimentoso;
➢ Localizado abaixo do mesotélio
está o tecido conjuntivo com
muitas fibras elásticas, ou seja, é
tecido conectivo frouxo;
➢ Localizado logo abaixo do tecido
conjuntivo está o tecido adiposo
com artérias, veias e fibras
nervosas, a camada
subepicárdica.
O epicárdio confere uma textura lisa e
escorregadia à face mais externa do
coração.
8
Querem Neves - Medicina UNIC XXXVIII
Camadas da parede do coração:
Fibras musculares cardíacas:
9
Querem Neves - Medicina UNIC XXXVIII
Esqueleto fibroso cardíaco;
Seus principais integrantes são:
➢ Septo membranoso;
➢ Trígono fibroso;
➢ Ânulo fibroso.
Essas estruturas são formadas por um
tecido conjuntivo denso com elastina e
fibras colágenas grossas, as quais são
orientadas em várias direções, ou seja,
não modeladas.
Existem nódulos de cartilagem fibrosa
que são encontrados em determinadas
regiões desse esqueleto fibroso.
Não é uma estrutura óssea como o
esqueleto do corpo humano, mas um
suporte estrutural fibroso para as
câmaras do coração.
Funções:
➢ Ancoragem das cúspides das
valvas cardíacas;
➢ Impede a distensão (estiramento)
das valvas atrioventriculares e
semilunares;
➢ Inserção dos feixes do músculo
cardíaco;
➢ Isolante elétrico.
Válvulas cardíacas;
As válvulas cardíacas consistem em um
arcabouço (esqueleto) central de tecido
conjuntivo denso (contendo colágeno e
fibras elásticas e sendo, parcialmente,
infiltrado por tecido adiposo) e que é
localizado entre os ventrículos e os átrios,
revestido em ambos os lados por uma
camada de endotélio.
As bases das válvulas são presas aos
anéis fibrosos do esqueleto cardíaco.
Não possui vasos sanguíneos.
Função;
➢ Manter o fluxo de sangue em uma
única direção.
Classificadas em:
➢ Mitral ou bicúspide;
➢ Tricúspide;
➢ Aórtica;
➢ Pulmonar;
10
Querem Neves - Medicina UNIC XXXVIII
fisiologia .
Sistem� gerado� � conduto�
d� impuls�;
O coração apresenta um sistema próprio
para gerar um estímulo (elétrico) rítmico
que é espalhado por todo o miocárdio.
Este sistema é constituído por:
➢ Nodo sinoatrial (SA), que é o
marcapasso do coração;
➢ Nodo atrioventricular (AV);
➢ Feixe AV (Feixe de His);
➢ Fibras de Purkinje.
O feixe atrioventricular se origina do nodo
atrioventricular e se ramifica para ambos
os ventrículos (direito e esquerdo).
Células do sistema gerador e condutor do
impulso do coração estão funcionalmente
conectadas por junções comunicantes.
Células do coração;
O coração consiste de 3 tipos de células
com diferentes propriedades
electrofisiológicas:
● Células Musculares (miocádicas);
São células especializadas na contração
muscular. São células funcionais, que
quando estimuladas eletricamente são
capazes de se contrair.
Estão presentes nos átrios e nos
ventrículos;
● Células de Condução;
São células especializadas na condução
rápida de impulso elétrico.
Estão localizados no sistema condutor
(His-Purkinje);
11
Querem Neves - Medicina UNIC XXXVIII
● Células Marca-passo;
Têm propriedade de automatismo, então
são capazes de gerar estímulo elétrico.
Estas células estão localizadas no nodo
sinoatrial e no sistema condutor
(His-Purkinje).
Todas as células cardíacas são capazes
de propagar o impulso elétrico que
desencadeiam a contração.
Os tecidos especializados que geram e
conduzem impulsos elétricos através do
coração, são:
➢ Nó sinoatrial (nó SA);
➢ Nó atrioventricular (nó AV);
➢ Feixe de His;
➢ Fibras de Purkinje.
Nodos;
● Nodo sinoatrial;
➢ Localização;
É localizado perto da junção da veia cava
superior (VCS) com o átrio direito (AD).
➢ Função;
É responsável pela geração do batimento
cardíaco.
➢ Células;
É uma massa de células musculares
cardíacas especializadas, as células
marca-passo.
Características das células:➢ Fusiformes;
➢ Menores do que as células
musculares do átrio;
➢ Apresentam menor quantidade de
miofibrilas.
Essas células são envoltas por uma
bainha de tecido conectivo. (Imagem no
final).
Os eventos elétricos que dão início aos
batimentos cardíacos se originam no nodo
SA.
O impulso parte do nodo SA, atravessa a
parede do átrio e vai para o nodo AV.
➢ O impulso elétrico se inicia
espontaneamente no nodo SA;
➢ O nodo SA funciona como marca
passo: gera impulso mais
rapidamente que outras áreas que
têm o mesmo potencial;
● Nodo atrioventricular;
É semelhante ao nodo sinoatrial, porém,
suas células se ramificam e emitem
projeções no citoplasma e em várias
direções dele, formando uma rede, ou
seja, tem prolongamentos citoplasmáticos.
Tem a função de receber os impulsos
originados no nó SA e os conduzir átrio
em direção aos ventrículos.
➢ Localizado na porção inferior do
septo interatrial;
➢ Recebe impulsos que se originam
no nodo SA;
➢ As células do nodo AV se
assemelham às do nodo SA.
12
Querem Neves - Medicina UNIC XXXVIII
● Feixe atrioventricular;
Características do feixe:
➢ Tem origem no nodo AV;
➢ Penetra no esqueleto cardíaco
para entrar no compartimento
ventricular do coração;
➢ Divide-se nos ramos direito e
esquerdo que caminham pelo
subendocárdio nos dois lados do
septo interventricular.
É formado por células semelhantes às do
nodo.
Contudo, mais distalmente (mais longe
da raiz), essas células tornam-se maiores
e adquirem uma forma característica.
Elas são chamadas de células de
Purkinje, são os ramos do sistema de
condução cardíaca, caracterizadas por
conter:
➢ Um ou dois núcleos centrais;
➢ CItoplasma rico em mitocôndrias e
glicogênio;
➢ Miofibrilas escassas e restritas à
periferia do citoplasma;
Após certo trajeto no tecido
subendocárdico, os ramos do feixe
atrioventricular se subdividem (ramificam)
e penetram na espessura do ventrículo,
tornando-se intramiocárdicos.
Este arranjo é importante porque torna
possível que o estímulo penetre as
camadas mais internas da musculatura do
ventrículo, terminando em junção com as
células cardíacas.
Resumindo:
➢ São fibras musculares cardíacas
modificadas;
➢ São fibras que se ramificam no
subendocárdio ventricular;
➢ Em seu ponto mais distal , as
fibras deixam o subendocárdio e
terminam em associação íntima
com as células cardíacas.
Células de Purkinje, as quais são
caracterizadas pelo reduzido número de
miofibrilas localizadas, preferencialmente,
na periferia da célula:
13
Querem Neves - Medicina UNIC XXXVIII
A área mais clara em volta do núcleo
(setas) das células condutoras é
consequência do acúmulo de glicogênio
naquele local.
● Fibras autorrítmicas | O sistema
de condução;
A fonte desta atividade elétrica é uma
rede de células cardíacas (miócitos)
especializadas, fibras autorrítmicas,
porque são autoexcitáveis. Essas são:
➢ Células de condução (verificar);
➢ Células marca-passo.
Essas células produzem repetidamente
potenciais de ação, que desencadeiam
contrações cardíacas.
Elas continuam estimulando o coração a
contrair, mesmo após terem sido
removidas do corpo – como por exemplo
quando o coração é retirado para ser
transplantado para outra pessoa – e todos
os seus nervos foram seccionados.
O potencial de ação de um ciclo cardíaco
inclui duas etapas principais:
➢ Despolarização;
➢ Repolarização.
Os potenciais de ação cardíacos se
propagam ao longo do sistema de
condução na seguinte sequência:
1. A excitação cardíaca normalmente
começa no nó sinoatrial (SA),
localizado na parede atrial direita,
As células do nó SA não têm potencial de
repouso estável, em vez disso, elas se
despolarizam de forma repetida e
espontânea até um limiar.
Essa despolarização repetida e
espontânea é graças à entrada lenta de
Na+ através de canais iônicos.
Essa despolarização espontânea do nó
sinoatrial é o potencial marca passo, que é
um potencial instável.
Quando o potencial marca passo alcança
o limiar, ele dispara um potencial de
ação.
Cada potencial de ação do nó SA se
propaga ao longo de ambos os átrios por
meio das junções comunicantes nos
discos intercalares das fibras musculares
atriais.
Após o potencial de ação, os dois átrios
se contraem ao mesmo tempo
1. Ao ser conduzido ao longo das
fibras musculares atriais, o
potencial de ação alcança o nó
atrioventricular (AV).
No nó AV, o potencial de ação se
desacelera consideravelmente, como
resultado de várias diferenças na
estrutura celular do nó AV.
Este atraso fornece tempo para os átrios
drenarem seu sangue para os ventrículos.
2. A partir do nó AV, o potencial de
ação entra no fascículo
atrioventricular (AV) (feixe de His).
14
Querem Neves - Medicina UNIC XXXVIII
Este fascículo é o único local em que os
potenciais de ação podem ser conduzidos
dos átrios para os ventrículos, pois em
outros lugares, o esqueleto fibroso do
coração isola eletricamente os átrios dos
ventrículos.
3. Depois da propagação pelo
fascículo AV (feixe de His), o
potencial de ação entra nos ramos
direito e esquerdo.
Os ramos se estendem ao longo do septo
interventricular em direção ao ápice do
coração.
4. Por fim, os ramos
subendocárdicos calibrosos (fibras
de Purkinje) conduzem
rapidamente o potencial de ação,
começando no ápice do coração e
subindo em direção ao restante do
miocárdio ventricular.
Em seguida, os ventrículos se contraem,
deslocando o sangue para cima em
direção às válvulas semilunares.
➢ Potencial de ação das células do
nodo sinusal;
O potencial de ação das células do nodo
sinusal é diferente das células que não
são marca-passo.
O potencial de repouso é de –60 mV e o
limiar de despolarização é menos
negativo (–40 mV).
Por conta própria, as fibras autorrítmicas
do nó SA iniciariam um potencial de ação
a cada 0,6 s, ou 100 vezes por minuto.
Assim, o nó SA define o ritmo de
contração do coração – é o marca passo
natural.
Esta frequência é mais rápida do que a de
qualquer outra fibra autorrítmica.
● Potencial de ação e contração das
fibras contráteis;
1. Despolarização.
Ao contrário das fibras autorrítmicas, as
fibras contráteis têm um potencial de
repouso estável, que é de cerca de 90
mV.
➢ Fase 0: quando uma fibra contrátil
alcança seu limiar por um
potencial de ação de fibras
vizinhas, seus canais de Na+
15
Querem Neves - Medicina UNIC XXXVIII
acionados por voltagem se
abrem.
Estes canais de íons sódio são chamados
de “rápidos” porque se abrem muito
rapidamente em resposta à
despolarização no nível do limiar.
A abertura destes canais possibilita a
entrada de Na+ , porque o citosol das
fibras contráteis é eletricamente mais
negativo do que o líquido intersticial e a
concentração de Na+ é mais elevada no
líquido intersticial.
O influxo de Na+ abaixo do gradiente
eletroquímico produz despolarização
rápida.
➢ No ECG, a fase 0 corresponde a
onda R (ou complexo QRS) de
uma célula miocárdica. Por existir
milhões de células miocárdicas,
demora entre 60 ms a 100 ms
(milissegundos) até todas as
células miocárdica serem
despolarizadas.
➢ Fase 1: Em alguns milissegundos,
os rápidos canais de Na+ se
inativam automaticamente e o
influxo (fluxo positivo) de Na+
diminui. Há, simultaneamente, o
aumento da corrente de efluxo de
K+.
Efluxo: vazamento de um líquido para fora
de uma cavidade.
Resumindo: despolarização rápida em
consequência do influxo de Na+ quando
os rápidos canais de Na+ acionados por
voltagem se abrem.
➢ No ECG, a fase 1 e o começo da
fase 2 coincidem com o ponto J,
que marca o final do complexo
QRS e o começo do segmento ST.
2. Platô ou Fase 2;
É um período de despolarização
mantida. Essa fase é característica do
potencial de ação cardíaco, o qual se
encontra em equilíbrio.
É, em parte, consequência da abertura
dos lentos canais de Ca2+ (tipo L)
acionados por voltagem do sarcolema.
Quando estes canais se abrem, o Ca2+
se move do líquido intersticial (que tem
uma maior concentração de Ca 2+) para o
citosol. Influxo de cálcio.
Este influxo de Ca2+ faz com que ainda
mais Ca2+ saia do retículo
sarcoplasmático para o citosol por canais
adicionaisde Ca2+ da membrana do
retículo sarcoplasmático.
O aumento da concentração de Ca2+ no
citosol por fim provoca a contração.
Vários tipos diferentes de canais de K+
acionados por voltagem também são
encontrados no sarcolema de uma fibra
contrátil.
Pouco antes da fase de platô começar,
alguns desses canais de K+ se abrem,
possibilitando que os íons potássio saiam
da fibra contrátil.
Por isso, a despolarização é sustentada
durante a fase de platô porque o influxo
de Ca 2+ equilibra a saída de K+.
A fase de platô dura cerca de 0,25s, e o
potencial de membrana da fibra contrátil
está próximo de 0 mV.
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Resumindo: platô (despolarização
mantida) em consequência do influxo de
Ca2+ quando os lentos canais de Ca2+,
acionados por voltagem, se abrem e o K+
sai quando alguns canais de K+ se
abrem.
➢ No ECG, a fase 2 corresponde ao
segmento ST, que normalmente é
isoelétrico.
3. Repolarização.
Vale lembrar: a recuperação do potencial
de repouso durante a fase de
repolarização de um potencial de ação
cardíaco lembra o de outras células
excitáveis.
Após um atraso (que é particularmente
prolongado no músculo cardíaco), canais
de K + acionados por voltagem
adicionais se abrem.
O influxo de K+ restaura o potencial de
repouso negativo (–90 mV).
Ao mesmo tempo, os canais de Ca+2 do
sarcolema (fina camada de tecido
conjuntivo que envolve a fibra muscular) e
do retículo sarcoplasmático estão se
fechando, o que também contribui para a
repolarização.
➢ Retículo Sarcoplasmático;
É especializado no armazenamento de
íons cálcio,e quando libera esse cálcio
para o citoplasma dá-se a contração
muscular (deslizamento da actina sobre a
miosina).
➢ Aprofundando;
O mecanismo de contração é semelhante
nos músculos cardíaco e esquelético: a
atividade elétrica (potencial de ação) leva
a uma resposta mecânica (contração)
depois de um pequeno atraso.
Conforme a concentração de Ca2+
aumenta no interior de uma fibra contrátil,
o Ca 2+ se liga à proteína reguladora
troponina, que possibilita que os
filamentos de actina e miosina comecem a
deslizar um sobre o outro, e a tensão
começa a se desenvolver.
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