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Débito Cardíaco

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OMF II - FISIOLOGIA- PROF. MILTON COSTA 18/08/20 
∙CONCEITO 
→ consiste no volume de sangue que o coração 
ejeta por minuto 
 DC= FLUXO= 5L/min 
→ A formula matemática para calcular o debito 
é necessário olhar o volume de sangue que 
sai em cada contração e multiplicar pelo 
número de contrações que ocorrem por 
minuto. 
 D = F x Vs. 
• D - debito cardíaco; 
• F - frequência cardíaca ; 
• Vs - volume sistólico 
 VOLUMES IMPORTANTES: 
→ Volume diastólico final: é o volume que se 
tem ao final da diástole e possui valor médio 
de 120 ml (VDF). Homem 70kg 
→ Volume sistólico: é o volume que é ejetado 
da câmara ventricular a cada contração 
ventricular e possui valor médio de 70 ml 
(VS) 
→ Volume sistólico final: é o volume que restou 
na câmara ventricular após a contração da 
mesma e possui valor médio de 50 ml (VSF) 
→ Os volumes utilizados são feitos a partir do 
protótipo de ser humano que utiliza para 
estudar medicina por meio de um caso 
clínico, mas na realidade você tem aquele 
paciente num consultório que tem 130 kg, 
de 1,97cm, mas você tem também aquela 
menininha pequena de 38kg, de 1,48cm; os 
órgãos desses seres humanos serão do 
mesmo tamanho? Claro que não! Os 
volumes variam apesar de terem esses 
valores como padrão, são valores utilizados 
para referências, mas não vai servir quando 
começar a avaliar o ser humano, então tem 
que existir algo que seja mais confiável, e o 
que é mais confiável é estabelecermos 
relações, por exemplo, qual é o volume 
diastólico final nesse homem? 120 mL; 
quanto desses 120 saíram/foram ejetados? 
70 mL. então isso dá aproximadamente 60%, 
então 60% de todo o sangue sai do coração, 
em cada contração, isso acontece com uma 
pessoa de 120 kg, 80 kg,38 kg...sempre terá 
essa relação. 
FRAÇÃO DE EJEÇÃO 
→ É uma relação do volume sistólico (VS) 
dividido pelo volume diastólico final (VDf). 
FE= 
𝑽𝑺
𝑽𝑫𝒇
= 
𝟕𝟎
𝟏𝟐𝟎
= 0,58 = 58% 
→ De quanto é o volume sistólico? 50 mL 
→ Qual o volume diastólico final? 120 mL 
Dividindo isso vai dá aproximadamente 0,58, ou 
seja, aproximadamente 60%. 
FE≥55% 
A fração de ejeção é 60%, em outras palavras 60% 
de todo o volume de sangue que existe no 
ventrículo ao final da diástole, é ejetado. 
Entendendo o débito cardíaco: (tem a seguinte 
fórmula) 
Débito cardíaco= Frequência cardíaca x Volume sistólico 
FREQUÊNCIA CARDÍACA 
→ A frequência cardíaca normal vai de quanto 
a quanto? 60 a 100 bpm; 
→ Durante exercício físico, o debito cardíaco e 
volume sistólico aumentam, então a 
frequencia também aumenta. 
→ Durante algumas fases do sono, a frequencia 
tende a ser menor. 
→ Qual a frequência cardíaca máxima? 
OMF II - FISIOLOGIA- PROF. MILTON COSTA 18/08/20 
• Abaixo de 60 → Bradicardia; 
• Acima de 60 → Taquicardia 
→ Às vezes eu tenho um paciente com 
frequência cardíaca abaixo de 60, e não 
apresenta doença, é quando o indivíduo está 
condicionado, os atletas, os maratonistas, 
têm pressão abaixo de 50; 
→ então esse valor não pode ser analisado 
como um índice matemático se vem com 
uma frequência abaixo de 60 é necessário 
investigar a causa, se é atleta ou não. Há 
convenções que apontam para o intervalo 
ser estabelecido entre 50 e 100, e não entre 
60 e 100, mas o oficial é entre 60 e 100 
batimentos por minuto. 
 
→ O sistema nervoso simpático é um segmento 
do sistema nervoso que manda aferências 
para o coração, tanto de via simpática 
quanto parassimpática. 
→ O simpático regula a frequência cardíaca, o 
parassimpático também, acelerando a 
frequência cardíaca e o parassimpático 
também. 
→ Quando se tem uma emoção forte e a 
frequência cardíaca acelera, quem está 
atuando é o simpático, já em ocasiões mais 
calmas em que ocorre bradicardia quem 
atua é o parassimpático. 
→ Quanto maior for à frequência cardíaca 
maior será o débito cardíaco, então quando 
se recebe uma surpresa há um aumento da 
frequência cardíaca e ao aumentar, há muito 
mais sangue ejetado, maior será o débito; 
→ A partir do momento que chegar ao valor de 
frequência cardíaca máxima, a frequência 
cardíaca máxima sem causar danos pode ser 
calculada da seguinte maneira: 220-a idade 
analisada; exemplo: uma pessoa de 20 anos 
pode ter uma frequência máxima de até 
200bpm. 
FC máx.= 220 - IDADE 
→ Agora, se a frequência cardíaca superar os 
200 BPM, não dará tempo do ventrículo de 
encher de sangue, dessa forma, o volume 
sistólico cairá vertiginosamente; por isso, o 
débito cardíaco diminuirá. 
→ Quando atinge a frequência cardíaca 
máxima, ocorre a diminuição do débito 
cardíaco e volume sistólico. 
→ A PARTIR DA FC máxima 
→ Em um Atleta, possui um volume sistólico 
em repouso alto, maior que o normal, tem 
uma frequência cardíaca menor para manter 
o mesmo débito cardíaco 
→ 90bpm, sedentário, faz uma hipóxia no 
exercício físico, aumentando a Fc eo volume 
ejetado a cada batimento, tendo o aumento 
do debito cardíaco, duplica. Antes voltava 
5L/min, agora 10 L/min. O volume de sangue 
que chega nos ventrículos é o dobro, então 
ele se expande e contrai mais fortemente. 
lém disso, com a contração muscular, o 
retorno venoso aumenta 
→ Vamos entender: Eu tenho um paciente 
infartado, ele tem 60 anos, que segundo o 
relato, teve uma forte emoção, com a noticia 
da aprovação de sua filha no vestibular de 
Medicina, advindo o infarto. O que foi que 
aconteceu com esse cidadão? Ele teve uma 
descarga do sistema nervoso autônomo 
simpático, muito forte dada a emoção; o 
simpático fez com que a frequência cardíaca 
dele aumentasse muito. O paciente tem 60 
anos, então a frequência cardíaca máxima 
dele é 160 BPM. Até 160 BPM, a frequência 
cardíaca dele estava legal, pois havia o 
aumento do débito cardíaco. Agora quando 
a frequência cardíaca passou de 160 BPM, 
ele passará a ter problema, porque com 
frequência cardíaca alta demais, o coração 
contrai muito rápido, precisa de oxigênio, o 
trabalho do coração está muito grande, não 
está dando tempo da câmara encher, o 
volume sistólico está sendo muito pouco, ou 
seja a partir de 160 BPM o aumento da 
OMF II - FISIOLOGIA- PROF. MILTON COSTA 18/08/20 
frequência cardíaca vai representar o 
decaimento do débito cardíaco. Por quê? 
Porque diminui o volume sistólico, a partir 
da frequência cardíaca máxima. Quanto 
maior a frequência cardiaca máxima, menor 
será o volume sistólico e portanto, menor 
será o débito cardíaco. Com a diminuição do 
débito cardiaco, falta oxigênio ao músculo 
cardíaco; consequência, infarto. Isso é uma 
causa de infarto agudo do Miocárdio. 
→ Um aluno indagou se com um susto a pessoa 
pode infartar? O professor disse que sim, 
porém tem que ser um grande susto. No 
caso de morte súbita, você tem uma 
descarga no coração, ele contrai 
rapidamente e não consegue. Ele falou que 
o atleta de final de semana (aquele que 
pratica atividade física de 15 e em 15 dias) 
correm um grande risco de infartar. A 
adaptação ao exercício tem que ser 
gradativa. Qualquer que seja a atividade 
física, tem que haver uma preparação, até 
mesmo quando se trata de questão de 
cunho sexual. Tornou-se comum, histórias 
de velhinhos que infartam, ingerindo ou não 
viagra, tendo em vista ter ultrapassado a 
frequência cardíaca máxima. 
 
Por exemplo: uma pessoa tem 35 anos; deve fazer 
o cálculo 220 – 35 = 185. Assim, a FCM de uma 
pessoa de 35 anos é 185 bpm (batimentos por 
minuto) 
 
 
→ O volume sistólico: quanto maior for o 
volume sistólico, maior será o débito 
cardíaco. Vamos imaginar como você 
pode aumentar o volume sistólico. Vou 
lhes dar um exemplo: o corredor de 
maratona é maior exemplo que eu lhes 
dar de aumento sistólico e 
consequentemente de aumento de débitocardíaco. O camarada ao correr contrai a 
musculatura do membro inferior e depois 
relaxa, isso é um bombeamento que 
favorece o retorno venoso. Quando o cara 
está correndo, gasta muito oxigênio, 
libera CO2, promovendo a hipóxia, 2,3 
difosfato-glicerato, aumento da 
temperatura, uma série de mediadores 
locais que provocam uma vasodilatação 
do músculo, para que mais sangue para o 
mesmo. Quando você está correndo o 
maior fluxo sanguíneo vai para o músculo, 
por quê? Porque o músculo fica com 
pouco oxigênio (hipóxia), a carência de 
oxigênio tem ação vasodilatadora, indo 
mais sangue para o mesmo. 
→ Uma aluna pergunta se é por isso que 
quando corremos, ficamos com a perna 
dormente, formigando? o professor disse 
que quando estamos acostumados a 
correr 5Km e resolvemos correr 7 Km, 
forçando, após você parar, vai 
caminhando, daqui a pouco sentirá a 
perna tremer. Isso, deve-se ao fato de que 
ao correr, teve um grande volume de 
sangue deslocado para os membros 
inferiores e a partir daquele momento do 
OMF II - FISIOLOGIA- PROF. MILTON COSTA 18/08/20 
resfriamento, o fluxo vai se retirando, 
passa-se a ter menos oxigênio disponível, 
advindo desta forma, o tremor. 
→ Voltemos; você quando vai correndo, 
contrai e relaxa os músculos dos membros 
inferiores, mandando o sangue de volta 
para o coração. Vocês concordam que o 
retorno venoso é muito maior quando 
estão correndo? Sim. O retorno venoso é 
muito maior aí. Dois cientistas estudaram, 
Bainbridge e Frank Starling. Bainbridge 
disse que quanto maior o volume do 
sangue que chega ao átrio, mais 
fortemente ele se contrai. Frank Starling 
falou que quanto maior for o volume de 
sangue que chega ao ventriculo ( ou seja, 
quanto maior for o volume diastólico 
final), mais fortemente ele irá contrair. 
→ O reflexo mais importante que existe do 
coração é o de Frank Starling, também é o 
mais cobrado em concursos e 
provas(reflexo de Frank Starling). 
→ Vamos entender: Falando em volume 
sistólico, entendam como reflexo de 
Bainbridge, que disse que quanto mais 
sangue chega ao atrio, mais fortemente 
ele se contrai. Agora o reflexo de Frank 
Starling, quanto maior for o volume 
diastólico final, maior será a força de 
contração ventricular. 
→ Voltando ao exemplo, temos o atleta que 
corre maratona, esse atleta acaba 
aumentando o retorno venoso então traz 
um volume de sangue muito grande para 
o coração, e consegue, pelo mecanismo 
de frank starling, aumentar o volume 
diastólico, aumentando assim a força de 
contração. 
→ Em um indivíduo normal sedentário o 
volume diastólico é 120, nesse atleta pode 
chegar até 180, distendendo a câmara 
ventricular. No sedentário, quando 
contrai deixa um volume residual sistólico 
de 50, já no atleta pode deixar até 30 
porque contrai com mais força. Assim, 
observa-se que no sedentário saiu 70 e no 
atleta 150, mais que o dobro, então o 
débito cardíaco dobrou também 
→ Mas o atleta não corre uma vez na vida, e 
sim frequentemente (por exemplo, três 
vezes na semana durante 1h30). assim ele 
vai condicionando a câmara cardíaca, e 
quando ele tiver no repouso a câmara não 
vai mudar seu diâmetro interno, pois já 
está condicionada e fica maior 
→ Obs: Já a frequência cardíaca não, só 
aumenta no exercício e no repouso 
normaliza. 
→ Por que houve isso durante o exercício? 
Porque estava precisando de oxigênio já 
que gastava muita atp. Durante o repouso 
não precisa de tanto o2, mas ele está com 
a câmara cardíaca condicionada, então o 
débito cardíaco está mais alto porque o 
volume sistólico ficou mais alto (150). 
→ O indivíduo descondicionado precisa de 
5L/min, e o maratonista precisa do mesmo 
5L/min, pois o corredor é magrinho, então 
precisa da mesma quantidade de O2. Só 
que ele está aumentando o volume 
sistólico (ejetando muito mais sangue), 
então para compensar ele diminui a 
frequência cardíaca. 
→ Dessa forma, quando começa a correr 
frequentemente, para verificar se 
aumentou o volume sistólico não precisa 
fazer ecocardiograma toda hora, é só 
checar à frequência cardíaca (porque 
maior volume significa menor frequência). 
A frequência normal é em torno de 70, em 
um maratonista pode ser até abaixo de 50. 
RESUMINDO: 
→ Volume sistólico: maior volume leva a um 
maior débito cardíaco, e mais importante 
que avaliar isso isoladamente é avaliar a 
fração de ejeção. 
OMF II - FISIOLOGIA- PROF. MILTON COSTA 18/08/20 
→ Fração de ejeção: volume sistólico dividido 
pelo volume diastólico final. 
→ Indivíduo condicionado::fração de ejeção 
alta e diminui a frequência cardíaca. 
→ A frequência cardíaca é inversamente 
proporcional à longevidade, ou seja quanto 
maior a frequência menos vive. Ex: Um beija-
flor tem 800 de frequência e vive algumas 
semanas, já um elefante tem 45 e vive cerca 
de 200 anos. 
→ A frequência cardíaca sempre será a mínima 
possível para atender as necessidades do 
metabolismo. 
→ Então, a julgar pela frequência cardíaca, a 
tendência do atleta é viver mais. 
→ Aumentar o débito provoca à hipertrofia da 
câmara? Não, a hipertrofia ocorre se tive um 
aumento da resistência. Se faz musculação, 
submete o músculo a uma resistência maior, 
tornando-o hipertrofiado. Levando isso para 
o coração, a hipertrofia seria causada por 
uma hipertensão. A hipertensão significa um 
aumento da resistência vascular periférica, 
então a câmara cardíaca contrai mandando 
sangue contra a resistência, e para vencer a 
resistência tem que contrair mais forte. 
Então, um indivíduo que tem conhecimento 
que é hipertenso desde os 30 anos mas não 
se trata, quando chegar aos 60 tem um 
ventrículo esquerdo hipertrofiado. A 
hipertrofia é concêntrica, diminui à luz 
(diminuindo o débito sistólico), então para 
aumentar o débito aumenta a frequência 
cardíaca. 
→ O atleta diminui a frequência cardíaca 
porque aumenta o diâmetro da câmara, 
volume diastólico final é maior e contrai até 
ficar com um volume sistólico final menor. 
Ou seja, para manter o mesmo débito → 
diminui a frequência e aumenta o volume 
sistólico.

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