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OMF II - FISIOLOGIA- PROF. MILTON- 17/08/2020 FASE DE DIÁSTOLE → Período de relaxamento isovolumétrico (pressão ventricular é inferior a pressão da aorta e superior a pressão do átrio) → Período de enchimento rápido → período de diástase → período de sístole atrial FASE DE SÍSTOLE → Período de contração isovolumétrica → Período de ejeção rápida → Período de ejeção lenta CARACTERÍSTICAS → Diástole significa relaxamento, quando se fala entre sístole e diástole sem especificar, estamos falando do ventrículo esquerdo, pois é o mais importante já que manda sangue para todo corpo. → O ventrículo esquerdo começa a relaxar no momento que não está sendo ejetando mais sangue, com o fechamento da semilunar. → O ventrículo ejeta sangue pelo lado da aorta, quando a semilunar está aberta e para de ejetar quando a semilunar fecha. → A diástole termina quando o túbulo contrai e ejeta sangue para o átrio esquerdo, mas não consegue porque a mitral se fecha. → Começa com o fechamento da válvula semilunar (aorta); → Termina com o fechamento da valva atrioventricular; → É o momento em que o ventrículo está relaxando ou já relaxado, não ejetando sangue. → O ventrículo teve sístole e ejetou o sangue para a aorta, nesse momento a pressão vai caindo, quando a pressão cai e fica inferior a aorta a tendência é o sangue voltar para o ventrículo esquerdo, esse sangue não volta para o VE porque a valva semilunar se fecha, o sangue turbilhona e fica no sistema arterial, nesse momento o VE não esta ainda totalmente relaxado, a pressão ainda não é 0, mas já é inferior à da aorta. → O átrio tem uma pressão que chega no máximo a 8mmHg, em média 5mmHg, o ventrículo com uma pressão de 100mmHg já esta relaxando. Ou seja, se a pressão do ventrículo é superior o átrio não vai conseguir mandar sangue para o ventrículo. → O sangue sempre tem que ir do átrio para o ventrículo, para isso a pressão tem que estar maior no átrio do que no ventrículo. Além disso, durante essa fase de relaxamento, você não tem saída de sangue do ventrículo para a aorta, como também não tem entrada de sangue do átrio para o ventrículo. Então, essa fase de relaxamento é a fase em que a pressão do ventrículo esta diminuindo, no entanto, não há variação de volume, por isso esse período é considerado ISOVOLUMÉTRICO. Assim, o primeiro período da diástole é chamado de Período de Relaxamento Isovolumétrico. → Relaxamento – porque o ventrículo está relaxando e se está relaxando é porque está se repolarizando. → Isovolumétrico – volume não varia porque a pressão do ventrículo é inferior à pressão da aorta, não conseguindo expulsar o sangue para a aorta, mas é superior à pressão do átrio, fazendo com que o átrio não consiga empurrar sangue para o ventrículo. PERÍODO DE RELAXAMENTO ISOVOLUMÉTRICO OMF II - FISIOLOGIA- PROF. MILTON- 17/08/2020 QUANDO COMEÇA? → Com o fechamento da válvula semilunar (pulmonar ou aórtica a depender do lado). A válvula fecha porque a pressão no VE tornou-se inferior à pressão da aorta. O sangue tenta refluir da aorta até o VE, mas a válvula semilunar fecha impedindo-o. QUANDO TERMINA? → Com a abertura da válvula atrioventricular. Essa válvula se abre porque a pressão ventricular, torna-se inferior à pressão atrial. O sangue acumulado nos átrios passa abruptamente aos ventrículos que agora têm menor pressão. O QUE SIGNIFICA? → Momento em que há um relaxamento ventricular sem variação do volume interno. O sangue já não sai pela aorta porque a pressão ventricular é inferior à pressão da aorta; o sangue não passa do átrio para o ventrículo, porque o ventrículo tem pressão superior que do átrio. → Você tem a sístole, fase em que o ventrículo está jogando sangue pela aorta, assim como você tem a diástole, fase em que o ventrículo está relaxado, não ejetando sangue. → Da mesma forma, o átrio está relaxado e se enchendo de sangue. Assim, pode-se dizer que, durante a sístole ventricular, tem-se uma diástole atrial e vice-versa. Logo, o ventrículo, ao final da sístole, já expulsou quase todo o sangue; a pressão diminui, fica inferior à da aorta; o sangue da aorta tenta refluir, a válvula fecha; o ventrículo começa a relaxar e quando a pressão do ventrículo diminui até ficar inferior ou próxima da pressão do átrio, o sangue passa abruptamente do átrio para o ventrículo. PERÍODO DE ENCHIMENTO RÁPIDO: QUANDO COMEÇA? → Com a abertura da válvula atrioventricular. QUANDO TERMINA? → Quando todo o bojo de sangue acumulado nos átrios (durante a sístole ventricular) passa abruptamente aos ventrículos. O QUE SIGNIFICA? → Consiste no intervalo de tempo em que o sangue acumulado nos átrios (durante a sístole ventricular) passa abruptamente aos ventrículos. 70% de todo sangue que passa. PERÍODO DE DIÁSTASE → Período em que o sangue proveniente das veias passa pelos átrios e segue para os ventrículos, mas sem parar nos átrios - ele passa direto. Ela é uma subfase em que o sangue passa por fluxo, por inércia, e é marcada por uma energia cinética, porque o átrio comprime, impondo uma grande velocidade ao sangue. 10% QUANDO COMEÇA? se dá quando todo o volume de sangue contido nos átrios (durante a sístole ventricular) já passou abruptamente para os ventrículos. QUANDO TERMINA? → é marcado quando ocorre a contração (sístole) atrial. → A diástase termina imediatamente antes da contração atrial. O QUE SIGNIFICA? → É a subfase em que o sangue proveniente das veias passa pelos átrios e segue para os ventrículos mas sem parar nos átrios. PERÍODO DE SÍSTOLE ATRIAL → Acontece no final da diástole ventricular. O átrio da uma contraída para jogar o resto do sangue que tinha dentro dele. → A sístole atrial ejeta pouco sangue (20%) para os ventrículos. → Obs: O átrio como uma Bomba de Escorva-- > Porque ele tem o mecanismo de jogar o OMF II - FISIOLOGIA- PROF. MILTON- 17/08/2020 sangue que está dentro dele para fora, se assemelhando com uma bomba de escorva. → O sangue passa praticamente todo sem precisar de contração atrial. Assim, se um indivíduo tiver um problema no nó sinusal e não ocorrer mais a contração atrial ele não morrerá, provavelmente ele nem saberá. QUANDO COMEÇA? → Ao término da diástase, com o início da contração atrial. QUANDO TERMINA? → Fechamento da valva atrio-ventricular. O QUE SIGNIFICA? → Contração dos átrios com ejeção de, aproximadamente, 20% SÍSTOLE VENTRICULAR ● Consiste na fase de contração ventricular; O ventrículo contrai, porém, antes da contração (diástole), a pressão no ventrículo era igual a 0 (zero) e a da aorta era bem mais alta (acima de 80mmHg). ● Logo, existe um momento em que esse ventrículo aumenta tanto a pressão que supera os 80mmHg e o sangue é ejetado para aorta. Porém, antes disso já existe contração, o ventrículo começa a contrair antes da abertura da valva semilunar. ● A sístole realmente se inicia com o fechamento da valva atrioventricular (bicúspide ou tricúspide). Explicando: O ventrículo estava com a pressão igual a zero, o átrio com a pressão igual a 5mmHg e ejetando sangue para o ventrículo. Assim, o ventrículo começa a contrair e a partir do momento que a pressão do ventrículo sobrepujar a pressão do átrio o sangue tenta refluir do ventrículo para o átrio, e nesse momento a valva átrio-ventricular se fecha, sendo o fenômeno demarcatório do início da sístole. ● Processo de sístole: Se inicia com o fechamento da valva atrioventricular, o ventrículo continua contraindo, a pressão aumenta até acima de 80mmHg, a valva semilunar se abre e o sangue é ejetado na aorta. Posteriormente, o ventrículo relaxa (o sangue saiu quase por completo), a pressão ventricular diminui e o sangue da aorta ‘’tenta’’voltar para o ventrículo, neste momento, a valva semilunar se fecha e interrompe a ejeção de sangue do ventrículo para aorta, demarcando assim o final da sístole. Resumo: Fase de sístole Início – Com o fechamento da valva A-V. Término – Com o fechamento da valva semilunar. Significado – Fase em que o ventrículo contrai progressivamente. Durante a maior parte desse tempo, existe ejeção de sangue do ventrículo para a artéria. Na fase de sístole existem períodos distintos, são eles: 1º - PERÍODO DE CONTRAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA QUANDO COMEÇA? → Fechamento da valva A-V. → Começa quando a válvula atrioventricular fecha QUANDO TERMINA? → termina quando há a abertura da valva semilunar. O QUE SIGNIFICA? Significa um período em que há uma contração progressiva do ventrículo com aumento da sua pressão interna, mas sem variação de volume. Ou seja, o sangue nem entra e nem sai do ventrículo. ● Período de ejeção rápida: começa com a abertura da valva semilunar e termina após o decurso de metade do tempo de ejeção. SUBFASE DE EJEÇÃO RÁPIDA: QUANDO INICIA? OMF II - FISIOLOGIA- PROF. MILTON- 17/08/2020 → Com a abertura da valva semilunar. QUANDO TERMINA? → Após o decurso de metade do tempo de ejeção. O QUE SIGNIFICA? → Corresponde a primeira metade do tempo de ejeção, é a subfase em que a pressão ventricular aumenta gradativamente até atingir um pico. Nessa subfase há a saída de cerca de 70% do sangue ventricular. Pergunta: se não está entrando mais sangue na hora da contração o que vai causar a contração ventricular? R: é o potencial de ação, que vai chegar pelo feixe de his nas fibras de pukinje. SUBFASE DE EJEÇÃO LENTA: QUANDO INICIA? → Após o decurso da primeira metade do tempo de ejeção ou após a ejeção rápida. QUANDO TERMINA? → Com o fechamento da valva semilunar. O QUE SIGNIFICA? → Corresponde à segunda metade do tempo de ejeção, subfase em que há o decaimento de pressão. Contribui com 30% da ejeção ventricular. → Obs.: com fechamento da valva semilunar a sístole acaba. → Pergunta: por que o sangue sai pelas coronárias na diástole ? Já que ela é um ramo da aorta e o sangue sai da aorta quando está em sístole → R: o sangue sai pela aorta e pela artéria pulmonar... Quando o ventrículo entra em sístole ele ejeta o sangue pela aorta e, nosso caso, de um ventrículo direito em sístole ele ejeta sangue pela artéria pulmonar. EXPLICAÇÃO SOBRE CIRCULAÇÃO CORONARIANA → Na saída da aorta há um ósteo, através do qual o sangue sai e vai então irrigar o coração. Relembrando, o ventrículo esquerdo se continua com a aorta (possui três valvas semilunares).Vale ressaltar que a pressão da aorta varia de 80 a 120mmhg. Então, a rigor é para existir saída de sangue da aorta por esse orifício para irrigar o coração. → Dessa forma, nasce da aorta uma artéria pequena: a coronária, que vai se bifurcar e irrigar todo o coração. Assim, se a pressão na aorta varia de 80 a 120mmhg é para o sangue ficar, durante todo o tempo, saindo pela artéria coronária da aorta e irrigando o coração. Mas a realidade é que durante a sístole o músculo fica muito tenso e devido a isso ele fecha os ósteos intramiocárdicos e,portanto, quando ocorre a diástole os vasos sanguíneos ficam dilatados. → Obs.: a pressão para que sangue flua existe durante a sístole/diástole ventricular. A pressão na aorta é sempre positiva, entretanto, somente quando o músculo não está tenso esse sangue consegue fluir. → Pergunta: esses processos ocorrem da mesma maneira do lado direito? → R: acontece rigorosamente a mesma coisa, apenas com diferença nos valores de pressão, pois a pressão do lado direito é menor (7x menor) que a do esquerdo. Questão de prova passada: → O volume do lado esquerdo é igual ao volume do lado direito? → Resposta: sim, pois é um sistema fechado. OMF II - FISIOLOGIA- PROF. MILTON- 17/08/2020 Questão da nossa prova sobre tetralogia de Fallot. → O gráfico mostra o ciclo cardíaco apresentando a sístole e a diástole. No eixo das abcissas (X) temos o percurso do tempo com a sístole e a diástole, cada uma com suas subfases. O eixo das ordenadas (Y) apresenta algumas variáveis, como volume, pressão, potencial, eletrocardiograma e som (fonocardiograma). → A primeira coisa a ser feita para a interpretação do gráfico é identificar a sístole e a diástole. SÍSTOLE CONTRAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA: → A sístole inicia a partir do fechamento da válvula A-V. Enquanto a pressão ventricular, em vermelho, se mantiver menor que a pressão da aorta (tracejada) o volume se mantem. Quando a pressão ventricular chega a aproximadamente 80mmhg e ultrapassa a pressão da aorta, há a abertura da valva aórtica. Esse primeiro período, é um período em que o ventrículo está contraindo, está aumentando a pressão, mas não varia o volume. Esse período é chamado de período de contração isovolumétrica. FASE DE EJEÇÃO: → Ai sim, quando a pressão ventricular ultrapassa a pressão da aorta, há a abertura da valva semilunar, o sangue vai saindo do ventrículo, que continua contraindo. A pressão do ventrículo aumenta até certo ponto e depois diminui, esse período em que houve a abertura da semilunar e o sangue está saindo pela aorta é chamado de fase de ejeção. A primeira metade da ejeção, caracterizada pela saída de 70% do volume, em que há o aumento de pressão é chamada de fase de ejeção rápida. A segunda metade da ejeção que é uma subfase que contribui com apenas 30% da saída de sangue do ventrículo e é caracterizada pelo decaimento de pressão é a subfase de ejeção lenta. → Essa pressão não decai porque o musculo está relaxando e sim porque o volume de sangue já é muito pouco. → Quando a pressão do ventrículo fica abaixo de 100 mmhg, significa dizer que a pressão ficou bem abaixo da pressão da aorta. A pressão da aorta também vai ate 120 mmhg, mas a pressão do ventrículo cai, a aorta vai expulsando sangue, diminuindo assim também sua pressão. No entanto, o decaimento da pressão ventricular é muito mais rápido do que a da aorta. Assim, quando a aorta está com uma pressão de 100mmhg o ventrículo já está com uma pressão bem menor. A pressão ventricular decai abruptamente, o sangue tenta voltar da aorta para o ventrículo (não consegue porque há o fechamento da semilunar aórtica) não havendo ejeção de sangue e dando fim a sístole. OMF II - FISIOLOGIA- PROF. MILTON- 17/08/2020 DIÁSTOLE RELAXAMENTO ISOVOLUMÉTRICO: → Primeiro período da diástole que inicia com o fechamento da valva aórtica. A pressão decai, há um relaxamento do ventrículo, mas não há variação de volume. Termina com a abertura da valva A-V. O volume não sai mais pela aorta porque a pressão do ventrículo é inferior a pressão da aorta, o sangue não entra no ventrículo, pois a pressão ventricular ainda está superior a pressão do átrio. ENCHIMENTO RÁPIDO: → Quando a pressão do ventrículo decai tanto que chega a ficar inferior a pressão do átrio a valva A-V se abre. Assim, sangue contido no átrio passa abruptamente aos ventrículos. DIÁSTASE: → Certo volume de sangue que está vindo das veias passa pelos átrios e segue para os ventrículos sem parar nos átrios, essa subfase é denominada de diástase. SÍSTOLE ATRIAL: → No fim da diástase ventricular há a sístole atrial, em que o átrio contrai, mandando um pouco mais de sangue para os ventrículos. Logo depois dessa sístole atrial ocorrerá a contração dos ventrículos, fechando a valva A-V e dando fim a diástole ventricular. → Obs: Todas essas fases e subfases são identificadas no gráfico. → Analise do ponto de vista das curvas: PRESSÃO NA AORTA (1): → Durante a diástole ventricular o átrio manda sangue para o ventrículo e a valva semilunar encontra-sefechada. A aorta que estava turgida (cheia de sangue) empurra seu sangue adiante, diminuindo sua pressão. Na sístole, o ventrículo contrai ejetando o sangue pela aorta (semilunar aberta). A medida que o V contrai, aumenta sua pressão e junto a da aorta (na sístole a pressão da aorta acompanha a do ventrículo). Quando o sangue sai do ventrículo sua pressão diminui e a da aorta acompanha. O sangue da aorta tenta refluir aos ventrículos, mas provoca o fechamento da semilunar turbilhonando o sangue, gerando um aumento de pressão discreto, graças ao choque do sangue nas válvulas. → (Então a pressão da aorta cai também. Quando essa pressão da aorta cai para 100mmHg, ela já tenta refluir o sangue, trazer o sangue de volta. Então ela tenta refluir o sangue para os ventrículos, mas esse sangue da aorta tenta voltar para os ventrículos. Quando tenta voltar, provoca o fechamento da semilunar. Quando ocorre o fechamento da semilunar, o sangue turbilhona. Quando o sangue turbilhona, tem uma “incisurazinha” que é esse aumentozinho de pressão discreto aqui na aorta. É por causa do choque do sangue nas valvas. Quando você coloca um transdutor na artéria, você vê que ele não desce assim não, ele faz “PUF” demarcando o fechamento da valva. Aqui houve o fechamento da valva aórtica. OMF II - FISIOLOGIA- PROF. MILTON- 17/08/2020 → No ventrículo, a variação da pressão é demarcada pelo gráfico vermelho. Durante a diástole, a pressão no ventrículo é praticamente zero. Só no finalzinho da diástole é que a pressão tem uma pequena elevação: por quê? Porque quando o átrio contrai durante a sístole atrial, a pressão no átrio aumenta um pouquinho e consequentemente a pressão no ventrículo aumenta um pouquinho também, mas durante praticamente toda a diástole a pressão é zero, exceto essa elevaçãozinha durante a sístole atrial. → E durante a sístole ventricular: como é a pressão no ventrículo? Durante a sístole ventricular, a pressão no ventrículo aumenta: vai de 0 a 120, depois ele volta a 0 de novo, simples assim. Agora, pressão atrial, que é essa pontilhadazinha aqui em baixo. SISTOLE → Durante a sístole ventricular, o átrio está relaxado ou contraído? Relaxado/diástole. Se ele está relaxado, a pressão dele é para ser 0 ou praticamente 0. Há, durante toda a sístole ventricular, ou seja, durante a diástole atrial, um aumentozinho de pressão que a gente chama isso de V. Por que aumenta um pouquinho essa pressão durante a fase de relaxamento? O átrio não fica se enchendo de sangue?! Então com tanto sangue, a câmara vai aumentando, aumenta a pressão por causa da chegada de sangue. Ocorrerá aqui a abertura da valva atrioventricular, porque a pressão no ventrículo cai tanto que fica inferior à pressão no átrio. Quando a valva atrioventricular abre, aquele grande volume de sangue que estava represado nos átrios passa para os ventrículos...aí olha o que acontece com a pressão: ela cai. → Aí a pressão no átrio fica praticamente zero, ligeiramente superior à pressão ventricular, mas fica quase zero também. Vai até uns 8mmHg quando ele contrai, só quando ele contrai. Agora, olha que coisa interessante: a pressão do átrio aumentou contraindo um pouquinho na sístole atrial e, ao final da sístole atrial, vai haver a sístole ventricular. → Quando o ventrículo contrai, o sangue tenta refluir para o átrio e com isso a valva atrioventricular se fecha. Quando a valva atrioventricular se fecha, a pressão do átrio dá uma aumentadazinha. Claro que tinha que aumentar...por quê? Porque o sangue empurra a valva atrioventricular para cima, empurra o septo para cima, até um pequeno refluxo de sangue às vezes vai para cima. Então você tem uma subidazinha dessa pressão atrial, uma incisurazinha. → Esse aqui é o volume ventricular. Durante a sístole há saída de sangue do ventrículo. Primeiro período da sístole: contração isovolumétrica. Durante a subfase de ejeção é que o sangue sai. 70% do sangue sai da ejeção rápida e 20% ou 30% da ejeção lenta. DIASTOLE → Na diástole ventricular ocorre entrada de sangue no ventrículo. A primeira fase da diástole é o relaxamento isovolumétrico. No relaxamento isovolumétrico não há entrada de sangue. Qual é a segunda fase da diástole? Fase de enchimento rápido. Cerca de 60%, 70% de todo o sangue que vai para os ventrículos entra no enchimento rápido. Depois temos a subfase de diástase e depois a sístole atrial. ECG → Verificar a atividade elétrica do coração através de eletrodos colocados sob a pele. Assim, consegue-se verificar o comportamento elétrico do coração, identificando possíveis falências no no sinusal, bloqueios de ramos ventriculares, infartos, hipertrofia muscular. OMF II - FISIOLOGIA- PROF. MILTON- 17/08/2020 → → Onda P: despolarização atrial → Complexo QRS: despolarização ventricular e repolarização atrial (onda U) → Onda T: repolarização ventricular → Na introdução ao eletrocardiograma, nós falamos sobre a onda P (indica despolarização atrial), logo depois da despolarização atrial, teremos a contração/sístole atrial. O complexo QRS indica a despolarização ventricular. Logo depois que se inicia a despolarização ventricular, vai iniciar a contração ventricular. A onda T indica a repolarização ventricular. Logo depois da repolarização ventricular ocorre o repouso, o relaxamento da musculatura ventricular. → O fonocardiograma é a discriminação dos sons emitidos pelo coração. Nós chamamos esses sons de bulhas cardíacas (1ª e 2ª). → A primeira bulha é provocada pelo turbilhonamento do sangue diante do fechamento das valvas A-V. → A segunda bulha é provocada pelo turbilhonamento do sangue diante do fechamento da valva semilunar. → Ocorre o fechamento da valva atrioventricular no início da sístole. Quando o ventrículo contrai ele tenta regurgitar o sangue para os átrios. Esse sangue não volta para os átrios porque a valva atrioventricular se fecha. → No momento em que a valva atrioventricular se fecha, o sangue turbilhona (tenta voltar para o átrio). Esse turbilhonamento produz um som audível que é a primeira bulha cardíaca. Então a primeira bulha cardíaca é causada pelo barulho realmente do sangue, o turbilhonamento do sangue contra essas valvas. → Mas perceba que eu não devo dizer que é o som das valvas; as lâminas não se chocam emitindo som audível não. É o som do turbilhonamento. → A segunda bulha cardíaca é provocada pelo turbilhonamento do sangue na semilunar aórtica e com isso encerra-se a sístole e se inicia novamente a diástole; → isso significa que quando vai se fazer uma ausculta é necessário identificar qual bulha esta se escutando. É possível identificar através de duas onomatopeias, essas sendo LUB e DUB. ∙ Lub é maior e mais grave, depois é possível ouvir um sopro, esse sendo sistólico ∙ Dub é menor e mais agudo, depois é possível ouvir um sopro, esse sendo diastólico Na prova haverão questões sobre sopros cardíacos∗ → A terceira bulha ocorre durante a fase de enchimento rápido, após a abertura das válvulas atrioventriculares. O sangue que estava sendo represado OMF II - FISIOLOGIA- PROF. MILTON- 17/08/2020 nos átrios chega rapidamente ao ventrículo e é ‘freado’ ou ‘desacelerado’. Quando a desaceleração da coluna de sangue é muito abrupta essa desaceleração causa dissipação da energia cinética (da massa de sangue em movimento), essa dissipação de energia causa vibração das estruturas adjacentes, que quando transmitida pela caixa torácica é audível, formando a terceira Bulha. → Entendendo o mecanismo de formação da B3 percebe-se que ela pode originar-se tanto de condições hemodinâmicas que aumentem o fluxo de sangue durante a fase de enchimento rápido como de condições que façam quea desaceleração do sangue seja muito abrupta (por diminuição da complacência ventricular) ou de uma soma dos dois componentes. → Aumentam a velocidade do sangue na fase de enchimento rápido: o PVC elevada (onda v do pulso venoso) o Relaxamento do VE ( aumenta a diferença de pressão entre AE- VE) o Hipervolemia o Estados Hiperdinâmicos ( febre, tireotoxicose, anemia) o Principais determinantes da complacência ventricular esquerda o Espessura da parede o Composição da parede miocárdica ( fibrose, inflamação, isquemia, infiltrado) o Presença ou não de restrição pericárdica o Diâmetros da câmara o Grau de relaxamento do VE ( isquemia ou hipertrofia miocárdica causam défict do relaxamento) o Curva de pressão/volume do VD ( disfunção de VD com regimes pressóricos elevados podem afetar a complacência do VE) → Portanto patologias que afetam a complacência do coração ( que pode ser explicada como a capacidade do ventrículo de acomodar o fluxo de sangue que recebe na diástole) por qualquer um destes mecanismos podem levar a formação de B3 por levar a desacelaração abrupta da coluna de sangue
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