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Resumo Farmacologia ★ Farmacologia do SNA Sistema nervoso autônomo → Controla as funções viscerais do organismo - Simpático → fibra pré ganglionar é curta e pós ganglionar é longa - Parassimpático → pré ganglionar é longa e a pós ganglionar é curta Neurotransmissores: Simpático → noradrenalina → receptores α1, α2 e β1 → fibra adrenérgica Parassimpático → acetilcolina → fibra colinérgica → receptores muscarínicos e nicotínicos. Fibras: Secretam acetilcolina → Colinérgicas → Fibras pré ganglionares simpáticas e parassimpáticas e pós ganglionares parassimpáticas Secretam noradrenalina → Adrenérgica → pós ganglionares simpáticas ☆ Receptores: SNA Simpático - fibra pós sináptica → receptor nicotínico - na superfície de órgãos efetores → receptores adrenérgicos SNA Parassimpático - receptores nicotínicos → gânglios - receptores muscarínicos → músculo liso Neurônio pré sináptico → despolariza → abre canal cálcio voltagem dependente → cálcio permite a migração e fusão das vesículas de NT liberando-os na fenda sináptica → se liga ao seu receptor específico Inativação dos neurotransmissores: - difusão → pode passar pelos capilares - inibição enzimática → quebra o NT - proteína que faz a recaptação do NT Quais locais podem ser alvos de medicamentos? - Etapas da biossíntese e degradação enzimática do NT - Liberação do NT - Sítios receptores pré e pós-sinápticos ☆ Sinapse adrenérgica: Tirosina entra no neurônio → sofre ação da tirosina hidroxilase → L-DOPA → sofre ação da descarboxilase → dopamina → sofre ação de dopamina beta hidroxilase → vira NA → NA fica nas vesiculas → despolarização → abre canais de cálcio → migração e fusão das vesículas com a membrana do axônio terminal → liberação de NA na fenda sináptica Se liga: - Se liga nos receptores do neurônio pós sinápticos → α1, β1 e β2 - Se liga no neurônio pré sináptico → auto receptor α2 → diminuição da secreção de NA O que sobra é recaptado e volta para o neurônio pré sináptico → ação enzimática pela MAO e COMT → quebra a NA → vira metabólito DOPGAL Catecolaminas → adrenalina e noradrenalina - rápido início de ação - breve duração de ação - não são administradas por via oral - não ultrapassam a barreira hematoencefálica ☆ Agonistas adrenérgicos → mimetiza o efeito da adrenalina e noradrenalina Ação direta - Seletivos → se liga a um único receptor Clonidina → mimetiza o efeito da noradrenalina no alfa 2 Dobutamina → mimetiza o efeito no beta 2 → aumenta a FC Terbutalina → broncodilatador - Nao seletivos → se liga a qualquer receptor α ou β Ação indireta → aumenta a disponibilidade de noradrenalina inibindo a ação enzimática ou aumentando a síntese. Ex. Anfetamina, cocaína, entacapona selegilina → inibe a MAO →então sobra mais NA → aumenta a disponibilidade Ação mista → se liga a receptores adrenérgicos e fazem a liberação de NA. Ex. Efedrina Antidepressivos tricíclicos: NA, serotonina e dopamina Ele inibe a recaptação (inibe o transportador) e sobra mais NT na fenda sináptica ☆ Antagonista dos receptores adrenérgicos Antagonistas dos receptores alfa: - não seletivos: bloqueia qualquer receptor alfa - seletivo alfa 1: prazosina - droga que causa vasodilatação, anti hipertensivo; - seletivo alfa 2: ioimbina Antagonistas dos receptores beta: - não seletivos de 1 geração: propranolol - beta bloqueador, no coração bloqueia o receptor B e diminui a frequência e força do coração, diminuindo o débito - seletivos b 1 , segunda geração: atenolol, metoprolol - não seletivo, terceira geração: carvedilol - medicamento mais seletivo pro receptor beta, beta bloqueador e tem ação no receptor alfa, diminui o débito mas pode levar a uma vasodilatação - seletivo b 1, terceira geração: celiprolol ☆ Fármacos que afetam a síntese de noradrenalina Metiltirosina → inibe a enzima tirosina hidroxilase → não tem conversão de tirosina em dopamina e NA → afeta a síntese. Usos → HAS grave pois mexe diretamente no SN ☆ Fármacos que afetam o armazenamento de NA Impede que a NA seja armazena na vesícula → vai pro citoplasma e sofre degradação pela MAO → Reduz disponibilidade de NA ☆ Fármacos que afetam a liberação de NA Impede a vesícula de fundir com a membrana e liberar a NA. Guanetidina → HAS ☆ Como agem os fármacos simpatomiméticos e simpatolíticos nos receptores adrenérgicos? Fármacos parassimpatomiméticos (agonistas parasimpáticos): estimula uma determinada atividade intrínseca parasimpática. Podem atuar de três maneiras principais: (1) Agonistas muscarínicos: mimetizam a ação do receptor muscarínico; (2) Estimuladores ganglionares: mimetizam os receptores nicotínicos ganglionares; (3) Inibidores colinesterase: previnem a degradação da ACh pela AChE, mimetizando a ação parassimpática. Fármaco simpatolítico (antagonista ou bloqueador simpático): são fármacos cuja função consiste em inibir ou bloquear a ação do sistema nervoso simpático. Sua maioria é representada por fármacos anti-hipertensivos. ★ Farmacologia do sistema nervoso parassimpático Acetil COA + colina = Ach → transportador de Ach joga ela dentro da vesícula → calcio faz a exocitose de vesículas → Ach cai na fenda sináptica → se liga em receptores colinergicos Acetilcolinesterase quebra a Ach → libera colina + acetato (vai pra circulação) e a colina volta pro neurônio. No neurônio pré sináptico tem receptores de Ach (M2) → impede que mais Ach seja liberada→ inibe ☆ Receptores - Nicotínico Receptor ionotrópico, ele é o proprio canal iônico. Ele fica fechado e quando a Ach encosta nele ele abre → quando abre entra Na. - Muscarínico São receptores acoplados à proteína G → metabotrópicos Recetores ímpares → efeito excitatório → M1, M3, M5 agem via IP3 → Excitação, secreção, contração, síntese de ON Recetores pares → efeito inibitório → M2 e M4 inibe a adenilato ciclase → inibe AMPc → Hiperpolarização, inibição neuronal e inibição cardíaca Ach liga no M2 → acoplado a proteína G inibitória → diminuiu o AMPc → aumento de abertura de canais de potássio → se tem muito K dentro ele começa a sair → ele leva as cargas + → hiperpolariza → de -60 para -120 → cel mais negativa → + difícil de despolarizar → atraso na despolarização → diminui a FC - Receptores M1: células parietais gástricas, glândulas salivares e no SNC (córtex, hipocampo, tálamo). - Receptores M2: Coração e no SNC autorreceptores nos neurônios colinérgicos. - Receptores M3: Tecido glandular e músculo liso (secreção glandular e contração muscular). - Receptores M4 e M5: principalmente no SNC. ☆ Agonistas e antagonistas de receptores muscarínicos Agonista mimetiza a Ach Antagonista bloqueia que a Ach se ligue Principais Efeitos dos Agentes Muscarínicos Efeitos Cardiovasculares : - redução da freqüência cardíaca → leva a diminuição do débito cardíaco - vasodilatação generalizada (mediada pelo NO) - queda da pressão arterial Efeitos sobre a musculatura lisa: ↑ contração do m. liso do TGI e contração da bexiga e brônquios Efeitos oculares: músculo ciliar (ajusta a curvatura do cristalino) e constritor da pupila (ajusta a pupila em resposta às alterações de luminosidade) ☆ Antagonistas muscarínicos Parassimpaticolíticos: Atropina (Atropa belladonna), Hioscina (Datura stramonium), Ipratrópio e Pirenzepina (antagonista M1 seletivo) Usos clínicos: - Atropina → induzir midríase nos exames oftalmológicos, reverter bradicardia, inibir o excesso de salivação e de secreção de muco durante a cirurgia. - Escopolamina (hioscina) → Buscopan/ atroveran antiespasmódico - Pirenzepina → tratamento de úlceras gástricas (drogas melhores) - Ipratrópio → broncodilatadores - Oxibutinina → tratamento da bexiga hiperativa ☆ Agonistas e antagonistas nicotínicos • Agonista: nicotina, lobelina, succinilcolina . • Antagonistas ganglionares: hexametônio (anti-hipertensivo), trimetafan (redução da PA) • Antagonistas neuromusculares: tubocurarina, pancurônio, atracurium, vecurônio, galamina (relaxantes musculares cirúrgicos, sob anestesia geral) ☆ Colinesterases: Acetilcolinesterase: principalmente ligada à membrana, específica paraACh e responsável pela rápida hidrólise da ACh Butirilcolinesterase: pseudocolinesterase, não seletiva, plasma e em muitos tecidos ☆ Anticolinesterásicos → inibe a enzima acetilcolinesterase Potencializam a transmissão colinérgica nas sinapses autônomas colinérgicas e na junção neuromuscular. Duração da ação: - ação curta → edrofônio → usado em diagnóstico - ação intermediária → neostigmina, fisostigmina → miastenia gravis e reversão de anestesia geral - irreversíveis → organofosforados → pesticidas lipossolúvel - causam intoxicação Efeitos no SNC → fisostigmina e organofosforados (atravessam a Barreira hematoencefálica) Efeitos autônomos: bradicardia, hipotensão, secreções excessivas, broncoconstrição, hipermotilidade gastrointestinal e redução da pressão intra ocular Ação neuromuscular: fasciculação muscular (músculo fica contraindo), aumento na tensão da contração espasmódica e bloqueio de despolarização ☆ Aplicações Clínicas dos Anticolinesterásicos Em anestesia - reverte a ação das drogas bloqueadoras neuromusculares - neostigmina iv (atropina como precaução) Tratamento da miastenia gravis; - neostigmina e piridostigmina vo - crise colinérgica com uso excessivo (ef muscarínicos) - edrofônio para auxiliar no diagnóstico da miastenia grave
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