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cdcesuasaplicaçoesnosnegocios PEDRO APARECIDO FERREIRA DOS SANTOS

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O CDC e Sua Aplicação Nos Negócios Imobiliários
Aluno (a):PEDRO APARECIDO FERREIRA DOS SANTOS	 
Data: 06 / 04 /2021
Avaliação de Pesquisa 01
NOTA:
CDC E SUA APLICAÇÃO 
INSTRUÇÕES:
· Esta Avaliação de pesquisa contém 14 questões, totalizando 10 (dez) pontos.
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1) Qual a importância do CDC para a sociedade brasileira?
Resposta: O Código de Defesa do Consumidor tem por objetivo primordial proteger e defender o consumidor que em regra é a parte hipossuficiente nas relações de consumo.Por hipossuficiente nesse sentido compreende-se que o consumidor é a parte mais fragilizada.
2) Quais os principais direitos criados pelo CDC?
Resposta: Proteção da vida e saúde ,Educação para o consumo, Informação adequada, proteção contra publicidade enganosa, proteção contratual e Direito de idenização.
3) O que é autonomia privada e qual sua importância na sociedade?
Resposta: O princípio da autonomia privada é um princípio jurídico que garante às partes o poder de manifestar a própria vontade, estabelecendo o conteúdo e a disciplina das relações jurídicas de que participam.
4) Quantos são e onde estão localizados os conceitos de consumidor previstos na Lei 8.078/90?
Resposta: A relação jurídica é um vínculo que une duas ou mais pessoas caracterizando-se uma como o sujeito ativo e outra como passivo da relação. Este vínculo decorre da lei ou do contrato e, em conseqüência, o primeiro pode exigir do segundo o cumprimento de uma prestação do tipo dar, fazer ou não fazer. Se houver incidência do Código de Defesa do Consumidor na relação, isto é, se uma das partes se enquadrar no conceito de consumidor e a outra no de fornecedor e entre elas houver nexo de causalidade capaz de obrigar uma a entregar a outra uma prestação, estaremos diante de uma relação de consumo.
5) Qual a importância do princípio da transparência e quais as consequências de sua violação por parte do fornecedor?
Resposta: O princípio da transparência consagra que o consumidor tem o direito de ser informado sobre todos os aspectos de serviço ou produto exposto ao consumo, traduzindo assim no princípio da informação. O nosso Código de Defesa do Consumidor prevê em seu artigo 6º, III: Art. 6º da Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990. Atualmente se vive num mundo globalizado em que a tecnologia a cada dia caminha a passos cada vez mais largos, percebe-se que a informação circula com maior velocidade por estar difundida nos mais variados meios de comunicação que a massificam com muito mais intensidade, fazendo com que a informação passe “a ter uma relevância jurídica antes não reconhecida”
6) Se a lei proíbe que um contrato de locação tenha como uma de suas cláusulas o pagamento de aluguel em moeda estrangeira, como solucionar esse problema mantendo o contrato, já que o locatário precisa de um teto para morar?
Resposta: O assunto que parece não exigir maior complexidade jurídica, vem ao longo do tempo despertando discussões. Interessante notar que a motivação do que as normas estabelecem giram não só em torno da matéria contratual, mas também de aspectos econômicos e políticos, chegando até mesmo a matéria de soberania nacional. Tal princípio de consagração da moeda corrente no Brasil foi devidamente ratificado no advento da edição da Medida Provisória 1.488-14, de 8 de agosto de 1996, que determinou a possibilidade de se contrair dívida em ouro ou em moeda estrangeira, mas estabeleceu que essa possibilidade estaria condicionada às hipóteses previstas na Decreto Lei 857/69 e na parte final do art. 6º.
7) A inversão dos ônus da prova é uma regra no sistema protetivo criado pelo CDC?
Resposta: O art. 6º do CDC prevê entre seus direitos básicos: "a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências."
8) O que pode ocorrer caso o fornecedor não esclareça, de modo completo e adequado, o consumidor com quem contrata, mormente, a partir dos direitos previstos no artigo 6.º do CDC?
Resposta: O inciso III do artigo 6º trata do dever de informação devendo esta ser adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem.
9) Qual a amplitude do dever de segurança imposto aos fornecedores de produtos e serviços? Resposta: Observe-se que a lei se refere a fornecedor como aquele que desenvolve “atividade” de produção, montagem, comercialização etc., mostrando que é a atividade que caracteriza alguém como produtor.Ora, atividade significa não a prática de atos isolados, mas a de atos continuados e habituais. 
10) Qual o prazo concedido pelo ordenamento jurídico para que o consumidor que é vítima de acidente de consumo possa ajuizar ação indenizatória?
Resposta: O Código de Defesa do Consumidor dispõe em seu artigo 27 que é de cinco anos, contados do conhecimento do dano e da autoria, o prazo prescricional da pretensão do consumidor à reparação de danos decorrentes de fato do produto ou serviço (acidente de consumo)
11) Qual o prazo concedido pelo ordenamento jurídico para que o consumidor que é vítima de acidente de consumo possa ajuizar ação indenizatória?
Resposta: O referido código reduziu o prazo prescricional de 20 anos previsto no Código Civil de 1916, circunstância que levou alguns estudiosos a defenderem que o prazo maior do Código Civil antigo deveria ser aplicado às ações de indenização por fato do produto ou do serviço, já que não faria sentido que o Código do Consumidor fosse mais prejudicial ao consumidor do que a lei comum.
12) O fornecedor está obrigado a garantir a qualidade dos produtos que vende. Caso desconheça o problema, ainda sim assume essa obrigação?
Resposta: O fornecedor de produtos e serviços deve ser responsável pelos produtos e serviços que são objetos de sua atividade nas relações de consumo. Para não restar dúvidas, trataremos da responsabilidade pelo defeito e a responsabilidade pelo vício. Defeito é tudo o que Gera dano além do vício. Fala-se em "acidente de consumo" ou,como o própria lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor).
13) Cite pelo menos quatro situações em que se manifesta a preocupação do legislador com a proteção do consumidor.
Resposta: Uma das mais importantes finalidades do Código de Defesa do Consumidor é a prevalência da boa-fé objetiva, a fim de evitar que o fornecedor abuse de sua preponderância técnica, jurídica e econômica, impondo ao consumidor condições injustas de contratação. Nesse contexto, a vedação à práticas  abusivas assume especial relevância, sendo notável a preocupação do legislador em tutelar o consumidor antes, durante e depois do estabelecimento da relação contratual de consumo.A efetivação de uma prática abusiva por parte do fornecedor é um ato ilícito, e, assim, nulo de pleno direito, sujeitando-o às sanções e indenizações cabíveis. No presente artigo, destaco a caracterização da prática abusiva como um ilícito administrativo, sujeito a sanções conforme o art. 56 do CDC :
As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme o caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas em normas específicas
I - multa;
II - apreensão do produto;
III - inutilização do produto;
IV - cassação do registro do produto junto ao órgão competente
14) O consumidor merece realmente ser tão protegido pelo legislador? Explique.
Resposta: O consumidor por princípio (inciso I, artigo 4º, CDC)é vulnerável perante o fornecedor de produtos e serviços, uma vez que este, no sistema capitalista, impõe sua vontade nomercado de consumo, fazendo com que os consumidores, se sujeitem quando querem/podem/necessitam contratar as regras estabelecidas que vão desde as limitações de escolhas por conta do padronização de produtos e serviços, até o modelo contratual estabelecido.
O fornecedor é detentor do conhecimento técnico da produção e do fornecimento de seu serviço, podendo, assim, impor sua vontade ante ao despreparo do consumidor, ou seja, as escolhas de consumo feitas pelo consumidor não são livres, mas direcionadas pelos fornecedores, que determinam o produto e as suas características, bem como será promovido o serviço, cabendo ao consumidor a escolha de consumir ou não dentro dos critérios estabelecidos pelo fornecedor. Tomemos como exemplo a compra de um carro: de saída, o consumidor só poderá escolher dentre os modelos ofertados no mercado de consumo, e, uma vez feita a escolha pelo modelo, os itens de série, opcionais e até mesmo a cor do veículo serão preestabelecidos pelo fornecedor.
Assim, o reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor é a principal razão da existência e do desdobramento dos direitos previstos no Código de Defesa do Consumidor, preponderantemente protecionista, ou seja, se o consumidor é a parte vulnerável (mais fraca), faz-se mister equacionar sua relação perante o fornecedor (isonomia) e, portanto, deve-se protegê-lo.
Todo e qualquer consumidor (quer seja pessoa física, quer seja pessoa jurídica) encontra-se em uma situação de desequilíbrio, de vulnerabilidade perante os fornecedores; a lei consumerista, deste modo, trabalha com a premissa dessa desigualdade latente em qualquer relação de consumo, buscando, assim, equilibrar essa relação a partir de normas de proteção de seus interesses, justificando a dicotomia com o Código Civil, cujo princípio básico é o tratamento igualitário das partes na relação, como bem evidenciado na parte contratual do Código Civil, que, dentre os preceitos básicos, traz o pacta sunt servanda, que será agora relativizado.
Avaliação de Pesquisa 01: O CDC e Sua Aplicação Nos Negócios Imobiliários

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