SOCIEDADE CULTURAL E EDUCACIONAL DE GARÇA FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO - FAEF CARACTERÍSTICAS TAXONÔMICAS DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES FRUTÍFERAS CULTIVADAS NO BRASIL Matheus Gomes Alvares Cheuslley Gustavo Crezi Da Silva Garça – São Paulo – Brasil 2021 1 CARACTERÍSTICAS TAXONÔMICAS DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES FRUTÍFERAS CULTIVADAS NO BRASIL ALVARES, Matheus Gomes 1 SILVA, Cheuslley Gustavo Crezi RESUMO A taxonomia das espécies é de extrema importância para a identificação e classificação dos seres vivos, dessa forma cada indivíduo será separado de acordo com seu parentesco, isso ajuda muito quando é preciso identificar uma determinada espécies, no caso das plantas, e assim se necessário fazer os devidos manejos na mesma. Diversas espécies de frutas apresentam grande importância no setor agrícola, e saber suas características é indispensável para um bom manejo das mesmas. Por se estudar as plantas frutíferas mais cultivadas no setor Brasileiro será possível assim auxiliar na produção delas aumentado a rentabilidade por resultar em frutos com mais qualidade. Palavras chave: Classificação, Identificação, Sistemática. ABSTRACT The taxonomy of species is extremely important for the identification and classification of living beings, so each individual will be separated according to their relationship, this helps a lot when it is necessary to identify a particular species, in the case of plants, and so if necessary the proper handling in it. Several species of fruit are of great importance in the agricultural sector, and knowing their characteristics is indispensable for their good handling. By studying the most cultivated fruit plants in the Brazilian sector, it will thus be possible to assist in their production, increasing profitability by resulting in more quality fruits. Keywords: Classification, Identification, Systematics. 1 Discente do curso de Engenharia Agronômica da Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral – FAEF E-mail: Matheusgomesa9@gmail.com. 2 1. INTRODUÇÃO A classificação das espécies agrícolas tem sido muito utilizada desde os tempos antigos para identificar cada tipo de planta e assim ter o conhecimento necessário como se lidar com cada espécie. A taxonomia é uma ciência que ajuda muito na preparação de inventários e descrições da biodiversidade do planeta. Devido existirem milhões de seres vivos no planeta, esta classificação se torna algo indispensável para o estudo científico dos seres vivos. O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas mundialmente, apenas perdendo para a China e Índia. O consumo de frutos veio aumentando devido as pessoas estarem procurando por um estilo de vida mais saudável, e uma dieta balanceada junto como a qualidade das frutas brasileiras está resultando em um impulsionamento do setor. Segundo projeções da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o consumo per capita de frutas, tanto no Brasil quanto no mundo, deve continuar crescendo, e isso é uma ótima notícia (MALISZEWSKI, 2019). A area utilizada para fruticultura abrange em torno de 3 milhões de hectares, e vem gerando pelo menos 6 milhões de empregos. As exportações do país vão de até 3% pois o foco vai mais para a produção pro mercado interno. Anualmente a produção fica em torno de 37 milhões de toneladas (MALISZEWSKI, 2019). Dessa forma, o presente trabalho objetivou descrever quais as características das espécies frutíferas mais cultivadas no Brasil assim como a sua importância no mercado Brasileiro. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Fruticultura no Brasil Na fruticultura Brasileira há uma grande diversidade de frutas, mas as mais produzidas são: laranja, uva, banana, maçã, abacaxi e melancia. Os locais que se destacam nessa produção são a Bahia, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Vale do São Francisco, sendo este último um importante centro que conta com tecnologia de irrigação tendo destaca na produção de manga (85% para exportação) e 95% da produção nacional de uva de mesa (MALISZEWSKI, 2019). Devido ser um grande potencial para a geração de empregos e renda, a fruticultura foi se tornando muito popular nacionalmente com muitos estados criando programas de 3 fruticultura ou incentivos para a atividade tendo como objetivo o mercado interno e o externo. Existem muitos estados irrigados que permitem uma produção de frutas durante todo o ano. Mesmo estados que não apresentam costume de produção de frutas, como é o caso de Tocantins e Mato Grosso, eles veem viabilizando uma adequada infraestrutura para implantação de programas, tendo foco na Europa (DECICINO, 2019). 2.2 Caracteristicas das principais frutíferas 2.2.1 Laranja A laranja é o fruto do gênero citrus, da família Rutaceae, e ordem Sapindales, ela é um fruto híbrido que teria surgido na Antiguidade a partir do cruzamento da cimboa com a tangerina, sua origem se deu no sudeste tropical e subtropical da Ásia. Este grupo de plantas apresentam três espécies e numerosos híbridos naturais e cultivados, isso inclui os frutos normalmente chamados de citrinos, como a laranja, limão, toranja, lima, tangerina, e a cidra (EMBRAPA, 2018). Existem dois tipos de laranjas cultivas no Brasil, a laranja doce (Citrus sinensis) e a Laranja azeda (Citrus aurantium). A laranja doce é a que apresenta maior importância, ela pertence a maioria das variedades cultivadas em todo o mundo. Ela apresenta porte médio, folhas de tamanho médio com ápice pontiagudo, base arredondada, pecíolo pouco alado, flores com tamanho médio, podendo ser solitárias ou em racimos, com até 20 á 25 estames e um ovário com 10 á 13 lóculos, suas sementes são ovoides, levemente enrugadas e poliembrionicas (UFRGS, 2019). A laranja azeda apresenta um porte médio a grande, folhas com lâmina estreita, pontiagudas, base arredondada, flores grandes e completas. Seus frutos são ácidos e amargos, sendo difíceis de se consumir. Comparando com a laranja doce, elas possuem plantas menores, e mais verticais (UFRGS, 2019). Em geral, as laranjeiras produzem frutos tipo baga, em algumas espécies pode se formar partenocarpicamente e suas sementes geralmente sendo poliembriônicas. O fruto tem o endocarpo dividido em variáveis segmentos ou gomos, reunidos em um eixo central. Suas folhas são coriáceas, simples, alternadas e persistentes. A coloração das folhas é verde escura, apresentando pontos translúcidos formados por glândulas de óleos essenciais. As características das folhas permitem a identificação de espécies (UFRGS, 2019). As flores são solitárias ou se apresentam na forma de racimos. Cada flor contém de 4 a 5 pétalas brancas ou avermelhadas e purpúreas em algumas espécies. O número de estames 4 varia de 20 a 40 e o pistilo é único. As sementes são revestidas por uma película branca envolvendo um ou mais embriões, com cotilédones brancos ou verdes, dependendo da espécie (UFRGS, 2019). 2.2.2 Uva A uva pertence à família Vitaceae em que abrange um grande grupo de castas (mais de 10 mil) do gênero Vitis, sendo que a mais cultivada é a Vitis vinífera. Sua origem inda é incerta, mas acredita-se que se deu na Ásia na região da Península Itálica e Europa em que forma trazidas pelos gregos (PORTAL SÃO FRANCISCO, 2016). A videira, que também pode ser chamada de vinha ou parreira é uma trepadeira lenhosa, que se fixa com o auxílio de gavinhas, tendo folhas grandes, verdes, com 5 lobos e flores que apresentam cores variadas nas quais indicam a cor dos frutos, sendo elas brancas, rosas, vermelhas ou negras. A videira pode alcançar até 7 metros de comprimento (LEAO, 2004) Dentro da cultura da videira, podemos dividir de 2 formas: uvas finas e rústicas ou uvas com sementes e sem sementes. As uvas finas procedem