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Infertilidade Masculina Definição: A infertilidade masculina corresponde a 25% dos casos isolados, enquanto representa 50% dos casos de infertilidade do casal. Pode ser de causa primária ou secundária. A primária é quando o homem tem a infertilidade sem nunca ter concebido um filho. Já a secundária é a infertilidade quando o homem já teve filhos. Fatores: • Pré testiculares → eixo hipotálamo-hipófise, doenças congênitas ou adquiridas; • Testiculares → problema diretamente no testículo; • Pós testiculares → causas obstrutivas; • Idiopáticas → causas desconhecidas. Hipogonadismo hipogonadrotrófico: Causa pré testicular. Ocorre o acometimento da hipófise ou hipotálamo. Não liberação de GnRH leva a não estimulação hipofisária. Pode ser congênito ou adquirido. Testículos reduzidos, virilizarão anormal e azoospermia, ginecomastia. Acumulo de tecido adiposo. Hipófise: Causa pré testicular. Excesso ou falta da produção dos hormônios hipofisários (LH e FSH) geram infertilidade. Deficiência na hipófise cousa causar uma resposta sistêmica. A causa congênita é incompatível com a vida. As causas mais comuns são a desordem adquirida, radiação, tumores, infarto e infecções. Prolactinoma: é o tumor mais comum (adenoma secretor de prolactina) A disfunção da prolactina pode causar infertilidade pois inibe LH e FSH. Varicocele: Causa testicular. Varizes dentro do saco escrotal. Dilatação e tortuosidade do plexo pampiniforme (ligamento de tecido conjuntivo que tem a função de oxigenar e estimular os testículos, regular a temperatura, além de remover as excretas e as toxinas). As veias podem apresentar problemas e causar refluxo, bloqueando a paredes do vaso causando a varicocele. A varicocele causa danos da fisiologia testicular, dificultando as trocas de calor, o trafego sanguíneo e a oxigenação dos testículos, além de acumular toxinas. Criptorquídia: Causa testicular. Nascimento dos testículos fora da bolsa escrotal. Condição anormal de permanência dos testículos na cavidade abdominal ou canal inguinal. Visível externamente. É reversível (esperar ate 01 ano se não descer tem de intervir – ou 03 meses) Intervenção com medicamentos a base hormonal ou remoção cirúrgica. O testículo fica sem proteção térmica, além de sofrer alteração das suas estruturas histológicas, aumenta as incidências de canceres, e alteração celular. O paciente tem de ser acompanhado a vida inteira. Pode causar também acentuada fibrose peritubular e intersticial com diminuição da população celular dos túbulos seminíferos causando infertilidade. Infecções: Causa testicular. Na maioria das vezes é assintomático várias bactérias já fazem parte do trato testicular e em casos descontrole ocorre um aumento significante. O diagnóstico é feito pela associação das bactérias mais os leucócitos da amostra juntamente com o histórico do paciente. Em alguns casos ocorre a aderência da bactéria ao espermatozoide o que pode alterar o funcionamento das glândulas acessórias. Orquite: Uma das principais causas de infertilidade testicular adquirida, tem como exemplo o vírus da caxumba. A orquite se desenvolve alguns dias depois do aparecimento da inflamação na glândula parótida (em alguns casos pode aparecer antes). O vírus pode danificar os túbulos seminíferos, ou pode indiretamente causar danos isquêmicos (quando há intensa tumefação da resistente túnica albugínea). Traumas: Causa testicular. Rompimento da barreira hematotesticular, por traumas mecânicos, pode levar a produzir de anticorpos anti-espermatozoides. Processo inflamatório causado pelo próprio trauma capaz de alterar vários parâmetros morfológicos e físico dos gametas. Obstruções: Causa pós testiculares. Obstrução do transporte de espermatozoide, obstrução de ductos, inflamatórios, congênitos, adquiridos. Esse problema pode ser congênito ou adquirido. Os ductos genitais também podem sofrer obstruções em decorrências de infecções (tuberculose, varíola, gonorreia). Traumas, cirurgias inguinais e aspiração dos espermatozoides podem acarretar uma obstrução. Efeito do álcool: Causa uma redução das células de Leydig (queda da produção de testosterona), redução do tamanho testicular, interferência no eixo Hipotálamo hipófise. Tabaco: Aumenta o nível gonadotróficos e provoca uma redução do nível de testosterona sérica. Altera também a concentração morfológica e motilidade espermática. Maconha: Tem ação central e periférica. Altera os níveis de LH séricos, redução das doses de dependente da produção de testosterona (oligospermia). Os canabinoides ligam-se à receptores no ducto deferente e no espermatozoide – asternospermia. Inibem a capacitação e reação acrossômica causando apoptose das células de Sertoli. Cocaína: Diminui a libido, causa disfunções erétil e ejaculatória. Hipotestosteronemia. Esteroides anabólicos androgênicos (AAS): Causa hipogonadismo hipogonadotrófico com redução dos níveis de testosterona. Causa atrofia testicular e oligoastenosterazoospermia. Além de atuar no eixo hipotálamo-hipófise e causar vigorexia. Curiosidades: Por que as espermatogônias não tem um sistema imune tão bom para controlar essas infecções? Essas células espermatogônias tem poucos marcadores de membrana, assim o sistema de defesa não atua tanto. O motivo é que o espermatozoide precisa entrar na mulher e ainda formar outro embrião, assim se ele tiver bons marcadores de membrana será combatido pelas células de defesa antes de completar a sua função. Este resumo pertence a: Karla Karoline Santos Ramos O resumo é de uso pessoal, sendo proibida a sua comercialização ou distribuição sem autorização prévia da autora.
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