Buscar

Isabela Souza, Isabella Dias da Costa, Milena Silva Alves e Thais Fernanda de Oliveira TCC ADM

Prévia do material em texto

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA 
ETEC “FRANCISCO GARCIA” 
CURSO TÉCNICO ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
ISABELA SOUZA 
ISABELLA DIAS COSTA 
MILENA SILVA ALVES 
THAIS FERNANDA DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
A Importância da Contabilidade para o Administrador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mococa - SP 
06-2018 
 
 
ISABELA SOUZA 
ISABELLA DIAS COSTA 
MILENA SILVA ALVES 
THAIS FERNANDA DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Importância da Contabilidade para o Administrador 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
ETEC Francisco Garcia do Centro Estadual de 
Educação Tecnológico Paula Souza, como 
requisito para à obtenção do diploma de Nível 
Médio de Técnico em Administração. 
Orientador: Prof. Esp. Márcio Fernando dos Reis. 
Orientador: Prof. José Ap. Domenciano Filho 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mococa - SP 
06-2018 
 
 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
 
 
Isabela Souza, Isabella Dias da Costa, Milena Silva Alves e Thais Fernanda de Oliveira 
A Importância da Contabilidade para o Administrador 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
ETEC Francisco Garcia do Centro Estadual de 
Educação Tecnológico Paula Souza, como 
requisito para à obtenção do diploma de Nível 
Médio de Técnico em Administração. 
 
 
Aprovada em: ________________________ 
 
 
Banca Examinadora 
 
Prof. _______________________________________________________________________ 
Instituição: _________________________ Assinatura:_______________________________ 
 
Prof. _______________________________________________________________________ 
Instituição: _________________________ Assinatura:_______________________________ 
 
Prof.___ ____________________________________________________________________ 
Instituição: _________________________ Assinatura:_______________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIAS 
 
Isabella Dias Costa 
 
Primeiramente a Deus por estar comigo, à minha família, aos amigos е colegas, e a 
todos aqueles que de alguma forma estiveram presentes. 
 
Isabela Souza 
 
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, aos meus pais, meus irmãos e as pessoas 
que de alguma forma contribuíram para a conclusão deste curso. 
 
Milena Silva Alves 
 
Dedico esse trabalho a Deus, a minha família, em especial aos meus pais, aos meus 
amigos e a todos aqueles que de alguma maneira estiveram ao meu lado me auxiliando e me 
dando forças para que eu conseguisse seguir em frente e alcançasse o meu objetivo. 
 
Thais Fernanda de Oliveira 
 
Dedico esse Trabalho de Conclusão de Curso primeiramente a Deus por estar sempre 
comigo me dando força, aos meus pais, meus amigos e a todos que diretamente ou 
indiretamente contribuíram para que eu pudesse realizar esse sonho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Isabella Dias Costa 
 
Primeiramente gostaria de agradecer a Deus que me possibilitou chegar até aqui, à 
minha família, por acreditar e investir em mim. Aos orientadores Márcio Fernandes Dos Reis 
e José Aparecido Domenciano Filho, pelo apoio, ensinamentos e por ter sido paciente. Aos 
meus amigos que estiveram presentes nesse 1 ano e meio e a todos que diretamente ou 
indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado. 
 
Isabela Souza 
 
Agradeço ao professor Márcio Fernandes dos Reis e ao professor José Aparecido 
Domenciano Filho que foram nossos orientadores neste trabalho. A todos os outros 
professores do curso de Administração que de alguma forma contribuíram com cada etapa 
deste TCC. 
Aos meus colegas que me acompanharam neste tempo, e principalmente a todos 
membros do grupo, que foram essenciais para a conclusão desta etapa. 
 
Milena Silva Alves 
 
Agradeço a Deus que me deu força, paciência e sabedoria para seguir, enfrentar as 
barreiras e não desistir. Agradeço a oportunidade de ter cursado este ensino técnico. 
Agradeço também a escola, aos professores, aos orientadores, em especial Márcio 
Fernandes dos Reis, aos meus amigos, a minha família, em especial a minha mãe Lisete 
Aparecida Martins da Silva Alves e ao meu pai José Tomé Alves e, a todas as pessoas que eu 
conheci por meio desse trabalho e que me ajudaram a conclui-lo, em especial Felipe Chagas, 
o coordenador e os alunos da universidade e os Administradores e Contadores das empresas. 
 
Thais Fernanda de Oliveira 
 
Primeiramente gostaria de agradecer a Deus por ter me dado sabedoria e oportunidade 
de ter cursado esse ensino técnico. Aos meus orientadores Marcio Fernandes dos Reis e José 
 
 
Aparecido Domenciano Filho, muito obrigada pelos ensinamentos e pela paciência. Aos meus 
amigos que me acompanharam nesse um ano e meio. 
Agradeço também aos meus familiares que me ajudaram e incentivaram a não desistir, 
em especial a minha mãe Maria Raquel por sempre estar comigo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A vida é uma grande contabilidade, 
repleta de débitos e créditos, cujo 
resultado será sempre zero. 
 
Daniel Pierre 
 
 
RESUMO 
Isabela Souza, Isabella Dias da Costa, Milena Silva Alves e Thais Fernanda de Oliveira. A 
Importância da Contabilidade para o Administrador. Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à ETEC Francisco Garcia do Centro Estadual de Educação Tecnológico Paula 
Souza, Mococa/SP, 2018. 
 
O presente trabalho aborda como os demonstrativos contábeis podem auxiliar nas 
tomadas de decisões dos administradores. A partir da observação da existência de dúvidas 
sobre a relação entre os Administradores e os Contadores verificou-se a necessidade da 
produção e publicação deste trabalho. Para tanto, elencou-se a evolução das áreas em questão, 
os pontos importantes e a conexão entre elas. Com esta publicação, espera-se que quanto os 
estudantes de Administração e de Ciências Contábeis quanto os Gestores e os Contadores 
sejam capazes de entender a importância dos demonstrativos e também a importância do 
vínculo entre eles. Com base na pesquisa realizada em organizações, conclui-se que um 
depende do outro e que ambos dependem de recursos para exercer com clareza seu trabalho e 
para obter sucesso nos resultados finais, alcançando uma boa saúde financeira e econômica na 
empresa. 
 
Palavras-chave: Demonstrativos Contábeis, Tomada de Decisões, Importância. 
 
 
 
ABSTRACT 
Isabela Souza, Isabella Dias da Costa, Milena Silva Alves e Thais Fernanda de Oliveira. The 
Importance of Accounting for the Administrator. Course Conclusion Paper presented to 
the ETEC Francisco Garcia of the State Center of Technological Education Paula Souza, 
Mococa/SP, 2018. 
This work was developed with the purpose of presenting a way to plan Cash Flow in 
small companies, studying some relevant aspects that influence this planning. The study is 
justified by the importance of small companies for national economy, as well as by the lack of 
studies that look for tools applicable to the decision making in these entities. It was an 
exploratory research, of bibliographical methodology, in search of concepts related to 
planning, financial control, budget, cash flow, cash budget and for an investment planning, as 
well as models for its practice. A brief discussion of the "organizational life cycle" is also 
given. The model presented allows flexible and low cost cash flow planning, however, some 
prerequisites are required for its implementation, such as: sales forecasts, receipts and other 
financial transactions, as well as a structure and support of the Company's own management. 
It is concluded that Cash Flow is of paramount importance and fundamental in Organizations, 
which ensures the need to carry out adequate planning, aiming to contribute to the continuity 
and growth of these Organizations.Key word: Accounting Statements, Decision Making, Importance. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 01: Ciclo básico de processos .......................................................................................05 
Figura 02: Processo básico de planejamento ...........................................................................06 
Figura 03: Processo de organização .........................................................................................06 
Figura 04: Características de um líder .....................................................................................07 
Figura 05: Processo básico de execução ..................................................................................08 
Figura 06: Ciclo básico de controle .........................................................................................08 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 01: Pesquisa de Campo – Pergunta 01 ........................................................................63 
Gráfico 02: Pesquisa de Campo – Pergunta 02 ........................................................................64 
Gráfico 03: Continuação Pesquisa de Campo – Pergunta 02 ...................................................65 
Gráfico 04: Pesquisa de Campo – Pergunta 03 ........................................................................66 
Gráfico 05: Pesquisa de Campo – Pergunta 04 ........................................................................67 
Gráfico 06: Pesquisa de Campo – Pergunta 05 ........................................................................68 
Gráfico 07: Pesquisa de Campo – Pergunta 06 ........................................................................69 
Gráfico 08: Pesquisa de Campo – Pergunta 07 ........................................................................70 
Gráfico 09: Pesquisa de Campo – Pergunta 08 ........................................................................71 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 01: Comparativo das principais “novidades” na alteração das leis .............................16 
Quadro 02: Estrutura do Balanço Patrimonial .........................................................................18 
Quadro 03: Estrutura do Balanço Patrimonial em reais ...........................................................23 
Quadro 04: Estrutura da DRE ..................................................................................................24 
Quadro 05: Estrutura da DRE em reais ....................................................................................29 
Quadro 06: Estrutura da DLPA ................................................................................................30 
Quadro 07: Estrutura da DLPA em reais .................................................................................33 
Quadro 08: Estrutura simplificada da DMPL ..........................................................................35 
Quadro 09: Estrutura completa da DMPL ...............................................................................35 
Quadro 10: Estrutura completa da DMPL em reais .................................................................36 
Quadro 11: Estrutura da DVA .................................................................................................38 
Quadro 12: Estrutura da DVA em reais ...................................................................................42 
Quadro 13: Método Direto .......................................................................................................43 
Quadro 14: Método Indireto ....................................................................................................45 
Quadro 15: Exemplo A.V da DRE ..........................................................................................47 
Quadro 16: Exemplo A.V do BP .............................................................................................47 
Quadro 17: Exemplo A.H da DRE ..........................................................................................49 
Quadro 18: Exemplo A.H do BP .............................................................................................50 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................... 2 
2.1 Administração e seus conceitos. ................................................................................. 2 
2.1.1 Líderes, formas de liderar e complexidade ............................................................. 2 
2.1.2 Administração nas organizações com eficiência e eficácia. ................................... 3 
2.1.3 Formação do conhecimento administrativo ............................................................ 3 
2.1.4 Paradigmas e Processos .......................................................................................... 4 
2.1.4.1 Paradigmas ..................................................................................................... 4 
2.1.4.2 Processo .......................................................................................................... 4 
2.1.5 Administração de Processos ................................................................................... 5 
2.1.5.1 Planejar ........................................................................................................... 5 
2.1.5.2 Organizar ........................................................................................................ 6 
2.1.5.3 Liderar ............................................................................................................ 7 
2.1.5.4 Executar .......................................................................................................... 7 
2.1.5.5 Controlar ......................................................................................................... 8 
2.2 Habilidades e qualidades. ........................................................................................... 9 
2.2.1 Habilidade ............................................................................................................... 9 
2.2.1.1 Habilidades segundo Kartz ............................................................................. 9 
2.2.1.2 Habilidades segundo Mintzberg ..................................................................... 9 
2.2.2 Qualidade .............................................................................................................. 10 
2.3 Estratégia, modelos de administração e processo decisório. .................................... 11 
3 CONTABILIDADE E SEUS CONCEITOS .................................................................... 13 
3.1 Surgimento da contabilidade, custos industriais e de serviços. ................................ 13 
3.2 Demonstrações contábeis. ........................................................................................ 14 
3.2.1 Os benefícios das demonstrações. ........................................................................ 14 
3.2.2 Etapas para a construção das demonstrações. ...................................................... 15 
3.2.3 As demonstrações contábeis. ................................................................................ 15 
3.2.3.1 Balanço Patrimonial ..................................................................................... 17 
3.2.3.1.1 Estrutura e análise ....................................................................... 18 
3.2.3.1.2 Estrutura em reais ........................................................................ 23 
3.2.3.2 Demonstração do Resultado de Exercício .................................................... 24 
3.2.3.2.1 Estrutura e análise .......................................................................24 
3.2.3.2.2 Estrutura em reais ........................................................................ 29 
3.2.3.3 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados .................................. 30 
3.2.3.3.1 Estrutura e análise ....................................................................... 30 
3.2.3.3.2 Estrutura em reais ........................................................................ 33 
3.2.3.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido ................................... 33 
3.2.3.4.1 Variações do Patrimônio Líquido ............................................... 33 
3.2.3.4.2 Estruturas .................................................................................... 35 
3.2.3.4.3 Estrutura em reais e análise geral ................................................ 36 
3.2.3.5 Demonstração do Valor Adicionado ............................................................ 37 
3.2.3.5.1 Estrutura e análise ....................................................................... 38 
3.2.3.5.2 Estrutura em reais ........................................................................ 41 
3.2.3.6 Demonstração dos Fluxos de Caixa ............................................................. 42 
3.2.3.6.1 Estrutura e análise ....................................................................... 43 
3.2.4 Formas de analisar as Demonstrações contábeis .................................................. 46 
 
 
3.2.4.1 Estática e Dinâmica ...................................................................................... 46 
3.2.4.1.1 Estático ........................................................................................ 46 
3.2.4.1.2 Dinâmico ..................................................................................... 46 
3.2.4.2 Análises ........................................................................................................ 46 
3.2.4.2.1 Situação econômica ..................................................................... 46 
3.2.4.2.2 Situação financeira ...................................................................... 47 
3.2.4.2.3 Análise por índices ...................................................................... 51 
3.3 Finalidades das informações contábeis, segundo Robert N. Anthony. .................... 57 
3.3.1 Finalidade de controle .......................................................................................... 57 
3.3.2 Finalidade de planejamento .................................................................................. 57 
3.4 Informações Contábeis e as pessoas ......................................................................... 57 
3.4.1 Sócios, Acionistas e Proprietários de Quotas Societárias .................................... 58 
3.4.2 Bancos, Capitalistas e Emprestadores de dinheiro ............................................... 58 
3.4.3 Governo e Economista, governamentais .............................................................. 58 
3.4.4 Pessoas Físicas ...................................................................................................... 58 
3.4.5 Administradores, Diretores e Executivos ............................................................. 58 
4 A IMPORTÃNCIA DA CONTABILIDADE PARA O ADMINISTRADOR ................ 59 
4.1 A contabilidade e o mal necessário. ......................................................................... 59 
4.2 Informações oferecidas pelos Demonstrativos Contábeis aos Administradores ...... 59 
4.2.1 Balanço Patrimonial ............................................................................................. 60 
4.2.2 Demonstração do resultado de exercício .............................................................. 60 
4.2.3 Demonstração dos Lucros e Prejuízos acumulados .............................................. 61 
4.2.4 Demonstração do Fluxo de Caixa ......................................................................... 61 
4.2.5 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido ........................................... 61 
4.2.6 Demonstração do Valor Adicionado .................................................................... 62 
4.3 Minimização de custos. ............................................................................................ 62 
5 PESQUISA DE CAMPO ................................................................................................. 63 
5.1 Análise geral da pesquisa de campo ......................................................................... 72 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 73 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 74 
 1 
1 INTRODUÇÃO 
Este trabalho apresenta a importância da Contabilidade nas tomadas de decisões do 
Administrador. É possível observar também um pouco sobre líderes e as formas de liderar; 
eficiência e eficácia; conhecimento, conceitos, estratégias e modelos administrativos; 
paradigmas e processos; habilidades e qualidades; surgimento da Contabilidade, dos custos 
industriais e de serviços; as Demonstrações Contábeis, seus benefícios, os processos de 
elaboração e as análises. 
O Administrador é apontado como o principal líder de uma organização, pois ele cria 
métodos, planeja atividades, organiza o funcionamento dos setores da empresa, garante a 
perfeita circulação de informações, evita falhas de comunicação, escassez ou excesso de 
empregados, desperdícios, ineficiência e prejuízo. 
A Contabilidade é apontada como uma importante ferramenta de gestão, pois cuida 
das questões financeiras, tributárias, econômicas e patrimoniais de uma empresa. O Contador 
emite os demonstrativos contábeis que é um conjunto de técnicas que oferece uma visão geral 
da situação financeira da uma empresa em determinado momento. 
A junção da Contabilidade e da Administração é um subsídio essencial para o bom 
funcionamento da empresa e para a obtenção de resultados positivos, pois com estes 
profissionais trabalhando junto, as decisões serão tomadas de forma certeiras e não com base 
em pressuposições. 
 2 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
2.1 Administração e seus conceitos. 
 
Os administradores são os principais líderes de uma organização, pois eles são os 
profissionais que organizam, planejam e orientam o uso dos recursos financeiros, físicos, 
tecnológicos e humanos das empresas. Eles buscam soluções para todo tipo de problemas 
administrativos, criam métodos, planejam atividades, organizam o funcionamento dos vários 
setores da empresa, garantem a perfeita circulação de informações e orientações, evitando 
falhas de comunicação, escassez ou excesso de empregados, gastos desnecessários ou outros 
problemas que gerem desperdício, ineficiência e prejuízo. 
Administrar é gerenciar negócios, pessoas ou recursos, com o objetivo de alcançar as 
metas definidas. O dever do administrador dentro da empresa está em minimizar os custos, 
aperfeiçoar os processos e maximizar o lucro. 
Uma empresa pode até ser constituída sem um administrador, porém é quase 
impossível que ela consiga permanecer gerando lucros sem um, pois é a capacidade do 
administrador de gerir pessoas e processos simultaneamente que vai, ou não, fazer com que 
uma empresa conquiste cada vez mais espaço no mercado. 
Veremos agora, alguns conceitos que facilitarão nosso entendimento sobre a 
administração, os administradores, as organizações, a tomada de decisão e os processos. 
 
2.1.1 Líderes, formas de liderar e complexidade 
 
Os administradores, para serem bons lideres, devem possuir habilidades para lidar com 
sua equipe e para motiva-la. A equipe que é constituída de liderados, também deve possuir 
características como a motivação e a competência. 
Existem várias formas de liderar, dentre elas: 
 
 Tirania: abuso de autoridade, excesso de poder; 
 Autocracia:centralização de poder, decisão do chefe; 
 Democracia: divisão dos poderes de decisão entre chefe e grupo; 
 Demagogia: busca da popularidade com os liderados. 
 3 
Algumas dessas formas são boas, outras nem tanto; algumas são eficazes, outras não 
funcionam bem; isto depende do líder e dos liderados saberem escolher a mais adequada para 
a organização e utiliza-la de maneira correta. 
 
2.1.2 Administração nas organizações com eficiência e eficácia. 
 
Uma organização é um sistema de recursos que procura realizar algum tipo de 
objetivo, nelas há processos de transformações e divisão do trabalho. Existem organizações 
que oferecem serviço de saúde, água, energia, segurança, alimentação, diversão e educação, 
em todas elas existem prestadores de serviço que recebem salários e outras formas de 
remuneração, em retribuição do seu trabalho. 
Para que tudo isso ocorra na organização é essencial à presença, à eficácia e à 
eficiência do administrador, pois é ele que faz com que as organizações sejam capazes de 
utilizar corretamente os seus recursos para alcançar seus objetivos. 
As organizações transformam recursos e com eles fornecem serviços e produtos, 
alcançando o objetivo de resolver os problemas de seus usuários. 
Eficiência e eficácia são fatores importantes para que a organização atenda as 
expectativas de seus usuários, mas, o que é eficiência e eficácia? 
 
 Eficácia: indica que a organização realiza os seus objetivos. 
 Eficiência: indica que a organização utiliza produtivamente de seus recursos, que 
ela é competente e consegue o melhor rendimento com o mínimo de erros. 
As organizações podem então ser eficientes ou ineficientes, eficazes ou ineficazes, isto 
depende de como elas serão administradas. 
 
2.1.3 Formação do conhecimento administrativo 
 
Os conhecimentos administrativos são formados e disseminados por meio da 
experiência prática e por meio de estudos científicos. 
 
 Experiência prática: um acervo teórico muito amplo vem sendo criado desde o 
surgimento da administração, nele há relatos sobre os conhecimentos práticos. Os 
 4 
administradores pesquisam neste acervo e utilizam as técnicas que se revelam mais 
úteis. 
 Métodos científicos: aplicam-se os métodos científicos para produzir o 
conhecimento, ou seja, é feito um experimento para medir as consequências de 
uma possível alteração, um levantamento simples também é feito usando 
questionários, entrevistas e observação direta e, por fim, um levantamento 
correlacional que procura identificar relações de causa e efeito entre os processos. 
 
2.1.4 Paradigmas e Processos 
 
O conceito de administrar surgiu por volta de 5000 a.C., na Suméria, pela necessidade 
de melhoria na resolução dos problemas práticos. Por volta de 4000 a.C., a revolução agrícola 
evoluiu para revolução urbana e com ela surgiram as cidades e os Estados fazendo com que a 
prática administrativa se tornasse frequente, prática está que evoluiu nos séculos seguintes. 
O surgimento de novos conceitos e técnicas provocaram inovações que são chamadas 
de paradigmas administrativos. 
 
2.1.4.1 Paradigmas 
 
São modelos ou padrões que servem de referência para explicar como lidar com 
diversas situações. Os principais paradigmas são: 
- Premissa ou hipótese: faz com que a pessoa entenda sobre a organização e 
administre-a da melhor maneira; 
- Modelos de administração e organização: apresenta técnicas e soluções para a 
administração; 
- Contexto: compreende as circunstâncias dentro da organização. 
 
2.1.4.2 Processo 
 
É o conjunto ou sequência de atividades interligadas. O processo baseia-se dês do 
recebimento de recursos (trabalho humano, materiais, energia, equipamento) até a 
transformação em produtos, serviços ou informações, que são devolvidos ao ambiente. 
 
 5 
Figura 01: Ciclo básico de processos. 
 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 
 
2.1.5 Administração de Processos 
 
A administração de processos consiste em administrar todas as etapas – como uma 
corrente – e não departamentos isolados. A principal finalidade desta administração é a 
orientação para a eficiência e eficácia dos processos principais, também o atendimento de um 
produto em menor tempo possível. 
Os processos administrativos compreendem em cinco funções distintas: planejamento, 
organização, liderança, execução e controle. Cada processo está interligado com o outro, o 
administrador deve ter um bom sistema de raciocínio para entrar informações e sair decisões. 
As decisões para o planejamento devem produzir informações para a organização, que 
deve organizar e executar, tento sempre um controle. 
 
2.1.5.1 Planejar 
 
O planejamento é uma ferramenta para administrar as relações com o futuro; para 
planejar envolve-se análise, avaliações nas alternativas e escolha. As três principais etapas do 
planejamento são: 
Pedido do 
cliente
Espicificaçõ
es do 
produto
Encomendas 
para 
fornecedores
Compra da 
matéria-prima
Produto que o 
cliente 
encomendou
Entrega
Conta a 
receber
 6 
Dados de 
entrada
Processo de 
planejamento
Elaboração 
da execução
ANÁLISAR
•objetivos
•trabalhos
DIVIDIR
•trabalho
DEFINIR
•responsabilidades
•autoridade
- Aquisição de dados de entrada: onde o administrador coleta dados sobre o presente, 
passado e futuro do ambiente interno e externo para verificar as necessidades, desejos, 
ameaças e possibilidades; 
- Processamento dos dados de entrada: onde o administrador transforma as 
informações coletadas em decisões; 
- Preparação do plano: processo que consiste em o administrador preparar como deve 
ser feita a execução da sua decisão. 
 
Figura 02: Processo básico de planejamento. 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 
 
2.1.5.2 Organizar 
 
A organização é um processo essencial para executar os planos e gerar resultado. 
Lembre-se que estamos falando agora de organização como uma característica e não como 
uma empresa. 
Normalmente, as etapas para organização são respectivamente: analisar os objetivos e 
os trabalhos que devem ser realizados, fazer a divisão deste trabalho, definir as 
responsabilidades de cada colaborador e definir os níveis de autoridade. 
Objetivos são resultados que queremos alcançar, são os fins, os propósitos, as 
intenções onde queremos chegar. O objetivo pode ser uma situação desejada, a realização de 
um produto ou de um evento. 
Figura 03: Processo de organização. 
 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 
 7 
LÍDERSer flexivel 
Comunicar
Direcionar
Motivar
Ser 
determinado
Participar
Tomar 
decisões
Ter iniciativa
2.1.5.3 Liderar 
 
Para que todos os processos administrativos (planejamento, organização, execução e 
controle) ocorram, precisa-se de pessoas e, para trabalhar com pessoas precisa-se do processo 
de liderança. 
A liderança não é somente uma atividade que se baseia em dar ordens e sim em 
direcionar, motivar, comunicar-se, participar e extrair o melhor de cada pessoa. 
 
Figura 04: Características de um líder. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 
 
2.1.5.4 Executar 
 
A execução nada mais é do que realizar a atividade planejada, ela varia de empresa 
para empresa, pois depende do planejamento que foi feito e do objetivo a ser atingido. 
Explicitamente ou implicitamente, sempre há um plano para a realização de uma 
atividade que envolva gasto de energia física ou mental, esta realização é a execução, ela 
baseia-se no planejamento e na organização e gera o resultado final. 
 
 
 8 
Figura 05: Processo básico de execução. 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 
 
2.1.5.5 Controlar 
 
O controle analisa a execução, comparando a com o que foi planejado; tem o objetivo 
de mostrar possíveis desvios e propor alternativas para dificuldades encontradas durante o 
processo. Ele assegura que o cumprimento da tarefa está sendo realizado exatamente da 
maneira que foi planejado.O controle depende do planejamento e do processo de execução, ele precisa de 
informações sobre os objetivos e faz uma ação corretiva caso algo não esteja dentro do 
planejado e desejado. 
 
Figura 06: Ciclo básico de controle. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 
 
 9 
2.2 Habilidades e qualidades. 
 
Para um bom desempenho de qualquer função ou cargo deve-se haver habilidade e 
qualidade. 
 
2.2.1 Habilidade 
 
Habilidades são competências que determinam o grau de eficiência e eficácia do 
funcionário em determinada atividade. 
 
2.2.1.1 Habilidades segundo Kartz 
 
Robert L. Katz foi um dos autores que estudou sobre habilidades gerenciais, ele 
dividiu estas habilidades em três categorias: 
 
 Habilidade técnica: ter conhecimento sobre tudo que está dentro do campo de sua 
especialização. 
 Habilidade humana: compreender sobre pessoas e suas necessidades, interesses e 
atitudes. 
 Habilidade conceitual: compreender e lidar com a organização e formular 
estratégicas. 
 
2.2.1.2 Habilidades segundo Mintzberg 
 
Segundo Mintzberg as pessoas precisam de oportunidades para que possam 
desenvolver e aprimorar suas habilidades. Ele identificou maior número de habilidades que 
Kartz, estas habilidades são: 
 
 Habilidade de relacionamento com o colega: manter relações formais e informais 
com as pessoas no seu cotidiano. 
 Habilidade de liderança: respeito à hierarquia; habilidade necessária para 
realização de tarefas que envolvam equipes subordinadas. 
 Habilidade de resolução de conflito: tomar decisões para resolver distúrbios. 
 10 
 Habilidade de processamento de informações: construir redes informais e 
desenvolver a comunicação. 
 Habilidade de tomar decisões em condições de ambiguidade: para Mintzberg, 
ambiguidade é o que acontece quando o gerente tem pouca informação para 
resolver o problema, então, esta habilidade consiste em tomar muitas decisões em 
curtos períodos e, às vezes, com poucas informações. 
 Habilidades de alocação de recursos: definir prioridades para utilização de recursos 
limitados. 
 Habilidades de empreendedor: busca por oportunidades e implementação de 
mudanças organizacionais. 
 Habilidade de introspecção: capacidade de reflexão e autoanálise. 
 
2.2.2 Qualidade 
 
Qualidade é a aplicação dos melhores talentos para produzir resultados mais elevados; 
procurar sempre alcançar o padrão mais alto. 
Para termos um produto ou serviço de qualidade, temos que atender alguns conceitos, 
dentre eles: 
 Excelência: superioridade em relação ao semelhante. 
 Valor: ideia de que o produto mais caro é melhor e, de que se você quer qualidade, 
tem que pagar por ela. 
 Especificações: características (comprimento, peso, cor, composição, quantidade, 
sabor, comportamento) de um produto ou serviço. 
 Conformidade com especificações: qualidade planejada que atende as 
especificações do cliente. 
 Regularidade: minimização ou redução da variação. 
 Adequação ao uso: atender as necessidades ou interesses dos clientes com um 
produto capaz de cumprir a finalidade e com um produto que não possua 
deficiências. 
Contudo, para obtermos qualidade, temos também um custo, pois precisamos investir 
para que a qualidade seja alcançada e mantida. Dentre estes custos, temos: 
 11 
 - Custos de prevenção: onde se encaixam os custos para evitar a ocorrência de 
possíveis erros ou defeitos - planejamento de processo de controle; treinamento para a 
qualidade; manutenção preventiva; 
- Custos de avaliação: custos avaliativos da qualidade do sistema de produção e de 
serviços – testes de matéria prima; aquisição de equipamentos especializados para avaliação 
dos produtos; elaboração de relatórios. 
A não-qualidade também gera custos, melhor dizendo, a falta de qualidade gera 
prejuízo. Estes custos podem ser: 
- Internos: identificados antes do produto ser expedido; 
- Externo: onde o defeito só é identificado quando já está com o cliente. 
 
2.3 Estratégia, modelos de administração e processo decisório. 
 
No final dos anos 70, dez anos depois da estratégia ter se estabelecido como uma 
disciplina bem definida, a administração consolidou-se com ela. 
O administrador deve utilizar planejamentos estratégicos para ter melhores resultados, 
este processo consiste em elaborar estratégias para a tomada de decisões sobre o padrão que a 
organização quer seguir, consiste em estruturar e esclarecer a visão dos caminhos que a 
empresa deve seguir e os objetivos a serem alcançados. 
O líder não deve só planejar estrategicamente e sim, implementar estas estratégias, ou 
seja, coloca-las em prática, acompanha-las, controla-las e avalia-las. 
O estudo da vantagem competitiva é outro fator que ajuda o administrador a se 
sobressair e distinguir-se sobre a concorrência, ajudando-o a entender as razões pelas quais os 
consumidores preferem aquele determinado produto ou serviço, em vez do outro, ajudando-o 
também na qualidade do projeto, do produto e do serviço, da eficiência e do baixo custo das 
operações dos recursos, na liderança, na inovação e nas relações interpessoais. 
Autoridade, obediência, liderança, disciplina e autonomia, são outras características 
dos administradores além deles saberem utilizar e planejar as estratégias e, a forma com que 
esses ingredientes são dosados, determina o tipo do modelo de administração. Existem dois 
modelos, o diretivo e o participativo: 
 
 Modelo diretivo: utiliza a autoridade formal, a burocracia e seus mecanismos, para 
obter a obediência. Neste modelo os administradores são considerados chefes e 
não líderes e eles não são questionados, quanto mais fortes a autoridade deles e 
 12 
menor a autonomia das pessoas de cargos inferiores, mais diretivo é o modelo 
administrativo. 
 Modelo participativo: predomina a liderança, a disciplina e a autonomia, nas 
organizações com esse modelo, as pessoas são responsáveis por seu próprio 
comportamento e seu próprio desempenho. Quanto maior a autonomia das pessoas 
e maior a possibilidade de elas tomarem suas próprias decisões, mais participativo 
é o modelo. 
No dia a dia do administrador, milhões de decisões são tomadas, para eles decidirem 
muitas vezes passam pelo chamado processo decisório, processo este que vai além de uma 
simples conversa. Existem três modalidades principais de envolvimento nesses processos, a 
decisão participativa, as equipes autogeridas ou a participação na direção da empresa: 
 
 Decisões participativas: podem ser consultivas ou compartilhadas. Consultivas 
quando se faz consultas para pedir opiniões. Lembrando que pedir opinião não 
significa que o administrador vá seguir o que foi dito, ou seja, ele não abriu mão de 
tomar a decisão final. E, aquelas decisões tomadas a partir de um consenso entre o 
grupo, que é a decisão compartilhada. 
 Equipes autogeridas: onde se tem autonomia para decidir, responsabilidade pelo 
próprio resultado, interação entre grupos distintos, clareza e conhecimento por 
todos os integrantes, liderança por diferentes pessoas e auto-organização. 
 Participação na direção: participar institucionalmente da estrutura de poder da 
organização, em outras palavras, pessoas que ás vezes nem é funcionário da 
empresa, participa da tomada de decisão sobre ela. 
 
 
 13 
3 CONTABILIDADE E SEUS CONCEITOS 
 
O contador é o profissional que cuida das questões financeiras, tributárias, econômicas 
e patrimoniais de uma empresa. Em seu cotidiano, lida com planilhas, demonstrativos de 
resultados, contas a pagar e a receber e guias de impostos. Ele é indispensável em qualquer 
tipo de organização, pois acompanha as transações da empresa desde sua abertura até o 
encerramento de suas atividades. 
Este profissional realiza mensalmente o fechamento da folha de pagamento, 
calculando possíveis faltas e horas-extras. Além dos registros contábeis obrigatórios, o 
contador pode elaboraroutras demonstrações financeiras de acordo com a necessidade dos 
gestores da empresa. Ele é capaz de descobrir o problema e de onde ele vem, auxiliando os 
diretores e os processos de tomadas de decisões. 
A Contabilidade demonstra algumas vantagens para as empresas, oferece maior 
controle financeiro e econômico, facilita as linhas de crédito com os fornecedores e bancos, 
prova aos sócios a situação patrimonial e a demonstração dos lucros e prejuízos acumulados. 
Os conceitos abaixo nos ajudarão a entender ainda mais sobre o contador, a 
contabilidade, os demonstrativos e suas finalidades. 
 
3.1 Surgimento da contabilidade, custos industriais e de serviços. 
 
A contabilidade surgiu pela necessidade de acompanhar a evolução do patrimônio, por 
volta de 2000 a.C. de uma forma rudimentar, com o desenvolvimento do comércio pela Índia, 
deu-se o surgimento do Mercantilismo, da burguesia e com isso a descoberta de diversos 
campos de conhecimento, ocorrendo daí a maturidade da contabilidade que foi evoluindo 
lentamente ao longo dos séculos. 
A expansão da contabilidade é mais vista a partir da era industrial, onde se tem 
informações e onde se desenvolve novas teorias – principalmente as teorias relacionadas a 
custos industriais –. No período pós-industrial surgem os custos dos serviços. 
 
 Teoria de custos industriais e custos de serviços: custos são a soma de gastos que a 
organização realiza em bens e serviços com o objetivo de produzir e comercializar 
outros bens. Os custos industriais têm como base a soma dos custos dos materiais 
(matérias-primas, materiais secundários, embalagens), da mão de obra (gastos com 
 14 
as pessoas envolvidas na fabricação – salários, encargos sociais, refeições –) e dos 
gastos gerais de fabricação (gastos necessários para a fabricação do produto). 
 
3.2 Demonstrações contábeis. 
 
Demonstrações contábeis ou demonstrações financeiras são um conjunto de técnicas 
que oferecem uma visão geral da situação financeira de uma empresa em determinado 
momento. As demonstrações oferecem um canal de comunicação com diversas pessoas, elas 
são um ponto de partida para análises posteriores. 
 
3.2.1 Os benefícios das demonstrações. 
 
As informações contidas nas demonstrações contábeis permitem decidir se o momento 
é adequado para dar sequência aos investimentos ou para cortar gastos. Elas também ajudam a 
empresa de várias formas, dentre essas formas podemos citar a melhor tomada de decisões, a 
pontualidade no pagamento, a preparação para o IR, a prova de sucesso e a prevenção de 
erros. 
 
 Melhor tomada de decisões: Os relatórios de contábeis são de extrema importância 
dentro de uma empresa. É a partir da análise deles que é possível decidir as 
melhores estratégias e optar por soluções que vão de encontro às necessidades 
atuais da empresa. Assim pode se ter um controle do progresso e identificar 
oportunidades de crescimento. 
 Maior pontualidade nos pagamentos: Os relatórios financeiros que apresentam 
“contas a receber e contas a pagar”, são primordiais para que os clientes paguem a 
tempo e certificarão que os fornecedores também sejam remunerados a tempo. 
 Preparação para o Imposto de Renda: Com as informações contidas nos relatórios 
em dia a declaração do IR é mais simples, fazendo com que não haja problemas ao 
declarar, pois as informações estarão todas regularizadas. 
 Fornecimento da prova do seu sucesso: São através dos relatórios financeiros que 
se registra o sucesso de uma organização. Caso houver o interesse de vender a 
empresa ou conquistar novos sócios, essas pessoas examinaram os demonstrativos 
para definir se devem conduzir as parcerias com o empreendimento. 
 15 
 Prevenção de erros graves: Ao se ter um cronograma estabelecido, para revisar 
seus relatórios contábeis é possível identificar falhas, atividades ilegais, roubo, 
fraude ou qualquer outro tipo de divergência dentro da organização. 
 
3.2.2 Etapas para a construção das demonstrações. 
 
Para elaborar as demonstrações contábeis o contador deve seguir o seguinte processo: 
 
 Captação: Sendo a primeira etapa, onde há o recolhimento de dados que possam 
afetar a empresa. Nesta etapa são analisados contratos, notas fiscais, recibos, 
laudos, tudo que tenha relação com a empresa e possam afeta-la de alguma 
maneira. 
 Reconhecimento: Etapa onde se faz um questionamento para definir se o dado 
captado deve ser reconhecido ou não. 
 Processo de acumulação: Após o reconhecimento dos dados, todas as informações 
devem ser organizadas em um banco de dados. A maioria das empresas adotam 
sistemas informatizados para que possam ter um acesso mais rápido e prático a 
essas informações. 
 Sumarização: Ato de transformar as informações coletadas e acumuladas em 
demonstrações contábeis. 
 Evidenciação: Sendo a última etapa, onde são divulgadas as demonstrações 
contábeis aos usuários para que eles analisem e tomem as decisões cabíveis. 
 
3.2.3 As demonstrações contábeis. 
 
O contador deve atualizar sempre as informações para que os resultados nas 
demonstrações financeiras sejam reais e para que as informações oferecidas pela 
demonstração sejam atuais sobre a situação da organização. 
Com as muitas mudanças que ocorreram no cenário internacional, a lei 6.404/76 foi 
alterada pela lei 11.638/07 e um novo procedimento foi exigido. Esse procedimento faz com 
que a linguagem dos negócios seja atendida da mesma forma em todos os lugares. 
 
 16 
Quadro 01: Comparativo das principais “novidades” na alteração das leis. 
Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Lei 11.638, de 28 de dezembro de 2007. 
Publicação das Demonstrações das 
Origens e Aplicações de Recursos – 
Doar. 
 
 
Publicação das Demonstrações dos Fluxos 
de Caixas – DFC. 
Não havia a exigência da publicação da 
Demonstração do Valor Adicionado – 
DVA para as companhias abertas. 
Obrigatoriedade da publicação da 
Demonstração do Valor Adicionado – DVA 
para as companhias abertas. 
Os aumentos de valores nos saldos de 
ativos serão registrados com Reserva de 
Reavaliação, no Patrimônio Líquido. 
Os aumentos ou diminuições de valores nos 
saldos de ativos e passivos decorrentes de 
avaliações e preço de mercado serão 
registrados na conta de Ajuste de Avaliação 
Patrimonial, no Patrimônio Líquido. 
O ativo permanente é dividido em: 
investimentos, ativo imobilizado e ativo 
diferido. 
Ativo permanente passa a ser dividido em: 
investimentos, imobilizado, intangível e 
diferido. 
Nas operações de incorporação, fusão ou 
cisão, os saldos vertidos poderão ser 
registrados pelos valores contábeis. 
Os saldos serão vertidos a valor de 
mercados nos casos de: fusões, cisões ou 
incorporações. 
O Patrimônio Líquido: capital 
social reserva de capital, reservas de 
reavaliação, reservas de lucros ou 
prejuízos acumulados. 
O Patrimônio Líquido: capital 
social reserva de capital, ajustes de 
avaliação patrimonial, reservas de lucros, 
ações em tesouraria e prejuízos 
acumulados. 
As companhias abertas são obrigadas a 
publicar as suas demonstrações contábeis 
devidamente auditadas. As companhias 
fechadas são obrigadas a publicar suas 
demonstrações contábeis. 
As companhias abertas e as sociedades de 
grande porte de capital fechado são 
obrigadas a apresentar demonstrações 
contábeis segundo os mesmos padrões da 
Lei das S/A. e auditadas por auditores 
independentes. 
A escrituração contábil será efetuada de 
acordo com os princípios 
de contabilidade geralmente aceitos, 
podendo registrar nos livros comercias ou 
em livros auxiliares os ajustes decorrentes 
da legislação tributária. 
Deverá ocorrer segregação entre 
escrituração mercantil e tributária. 
A CVM expedirá normas contábeis de 
acordo com os princípios 
de contabilidade geralmente aceitos. 
A CVM expedirá normas contábeis em 
consonância com as Normas Internacionais 
de Contabilidade (IFRS) 
As sociedadescontroladas devem ser 
avaliadas pelo método da equivalência 
patrimonial. 
As sociedades controladas, sociedades que 
fazem parte do mesmo grupo que estejam 
sob influência e controle comum, devem 
ser avaliadas pelo método de equivalência 
patrimonial. 
Fonte: http://www.contabeis.com.br/artigos/790/a-nova-visao-contabil-apos-a-lei-116382007/ 
 
http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/incorporacao
http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/capital_social
http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/capital_social
http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/capital_social
http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/capital_social
http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade
http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade
http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade
http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/ifrs
 17 
As demonstrações das mutações do patrimônio líquido, as demonstrações do valor 
adicionado, as demonstrações dos fluxos de caixa, as demonstrações do valor adicionado e o 
balanço patrimonial tiveram que se reformular e adequar-se na lei. Contudo, as informações 
contidas neles continuaram a ser indispensáveis e essências para a organização. 
Os demonstrativos obrigatórios em qualquer circunstância são: 
 
 Balanço Patrimonial 
 Demonstração do Resultado de Exercício 
 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados 
 Demonstração dos Fluxos de Caixa 
 
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido não é obrigatória, porém se 
apresentada dispensará – por já ter incorporada em si –, a Demonstração dos Lucros ou 
Prejuízos Acumulados. 
A Demonstração do Valor Adicionado é obrigatória em companhias abertas. 
Veremos agora sobre cada demonstração, as informações contidas nelas e suas 
respectivas estruturas. 
 
3.2.3.1 Balanço Patrimonial 
 
O Balanço Patrimonial é obrigatório e pode ser considerado o principal demonstrativo. 
Ele consiste em uma apresentação equilibrada, resumida e ordenada dos valores integrantes da 
organização em determinado momento. À esquerda, no Balanço Patrimonial, encontra-se o 
Ativo, à direita o Passivo. 
Não se pode aplicar um valor maior de recursos do que aquele que se pode obter. Com 
esta informação concluímos que o Ativo é igual o Passivo, ou seja, BENS + DIREITOS = 
OBRIGAÇÕES + PATRIMÔNIO LÍQUIDO. 
 
 
 
 
 
 18 
3.2.3.1.1 Estrutura e análise 
 
Quadro 02: Estrutura do Balanço Patrimonial 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO (APLICAÇÕES) PASSIVO (ORIGENS) 
ATIVO CIRCULANTE 
 
 Disponibilidades; 
 Valores realizáveis no exercício seguinte; 
 Despesas do exercício seguinte. 
 
ATIVO NÃO CIRCULANTE 
- Realizável a longo prazo 
 
 Valores realizáveis após o termino do 
exercício seguinte; 
 Direitos de prazo duvidosos. 
- Investimentos 
 Participação permanentes em outras 
sociedades; 
 Bens destinados a renda. 
- Imobilizado 
 Bens e direitos necessários à manutenção 
da atividade; 
 Dedução: depreciação, amortização ou 
exaustão acumulada. 
- Intangível 
 . Fundo de comércio; 
 amortização acumulada do fundo de 
comércio. 
PASSIVO CIRCULANTE 
 
 Obrigações vencíveis no exercício 
seguinte. 
 
 
 
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
- Exigível a longo prazo 
 
 Obrigações vencíveis após o término do 
exercício seguinte; 
 Obrigações de prazo duvidoso. 
 
 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
- Capital social 
 
 Capital subscrito; 
 Dedução: capital a realizar. 
 
- Reservas de capital 
 Ganhos não derivados da movimentação 
dos valores do Ativo; 
 Correção monetária do capital realizado. 
- Ajuste de avaliação patrimonial 
 Contrapartida de novas avaliações de bens 
do ativo fixo. 
 
- Reservas de lucros 
 Valores transferidos de lucros acumulados. 
- Ações em tesouraria 
 Valores que ainda estão em posse dos 
sócios. 
 
- Prejuízos acumulados 
Fonte: http://www.contabeis.com.br/artigos/790/a-nova-visao-contabil-apos-a-lei-116382007/ 
 
 
 19 
3.2.3.1.1.1 Ativo 
 
O ativo indica a natureza dos valores nos quais utilizou recursos. As contas dele 
devem ser dispostas em ordem crescente dos prazos estabelecidos ou esperados de realização. 
Assim, começamos pelo grupo a qual os valores são convertidos mais rapidamente em moeda 
e terminamos com aqueles que não serão transformados. 
 
3.2.3.1.1.1.1 Ativo circulante 
 
 São os valores já representados em moedas ou que serão convertidos em um ano; 
compreende os valores disponíveis e os realizáveis no próximo exercício. 
- Disponibilidades: caixa; depósitos bancários à vista. 
- Créditos: duplicatas a receber; empréstimos e adiantamentos diversos; títulos e 
valores imobiliários. 
- Estoques: mercadorias para revenda; produtos acabados; produtos em elaboração; 
matérias-primas; materiais de consumo. 
- Despesas do exercício seguinte: despesas antecipadas, diferidas ou a vencer; juros, 
seguros, aluguéis. 
 
3.2.3.1.1.1.2 Ativo não circulante 
 
 São os bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da 
sociedade e do empreendimento. 
 
3.2.3.1.1.1.2.1 Realizável a Longo Prazo 
 
Compreende nos valores realizáveis após o fim do exercício seguinte e os de prazo de 
realização incertos. 
- Valores realizáveis em prazo superior a um ano: duplicatas a receber; empréstimos e 
adiantamentos diversos; títulos e valores imobiliários; mercadorias para revenda; produtos 
 20 
acabados; produtos em elaboração; matérias-primas; materiais de consumo; despesas 
antecipadas, diferidas ou a vencer; juros, seguros, aluguéis. 
- Valores com prazo de realização incerto ou duvidoso: depósitos judiciais; depósitos 
de sócios, diretores e firmas interligadas. 
 
3.2.3.1.1.1.2.2 Investimentos 
 
Aplicações em outras empresas e em bens que produzem renda. 
- Participações em interligadas (controladas, coligadas); 
- Participações em outras empresas; 
- Participações decorrentes de incentivos fiscais: turismo, pesca. 
 
3.2.3.1.1.1.2.3 Imobilizado 
 
Aplicações em valores necessários para manutenção. 
- Bens de uso: imóveis, móveis, maquinas, veículos; 
- Direitos de exploração: minas, florestas; 
 
3.2.3.1.1.1.2.4 Intangível 
 
Bens que não podem ser tocados ou vistos, já que são incorpóreos. Eles possuem valor 
econômico, mas carecem de substância física. 
- Despesas incorridas durante o período de desenvolvimento, construção e implantação 
de projetos, anteriores ao início das operações sociais; 
- Despesas incorridas com pesquisas e desenvolvimento de novos produtos, métodos e 
fórmulas de fabricação, modernização e reorganização da empresa. 
 
3.2.3.1.1.2 Passivo 
 
 21 
O passivo indica a origem dos valores que possibilitaram as aplicações no Ativo. As 
contas devem ser dispostas pelo prazo de exigibilidade, ou seja, deve-se começar pelo grupo 
cujos valores são exigíveis rapidamente e finalizar por aqueles que nunca serão exigidos. 
 
3.2.3.1.1.2.1 Passivo circulante 
 
Dívidas que devem ser recuperadas no exercício seguinte ao de encerramento do 
balanço. 
- Duplicatas a pagar; 
- Impostos a pagar; 
- Contribuições a recolher; 
- Empréstimos bancários; 
- Previsões para pagamentos de despesas; 
- Credores diversos. 
 
3.2.3.1.1.2.2 Passivo não circulante 
 
Obrigações que devem ser quitadas cujos vencimentos ocorrerão após o final do 
exercício seguinte ao encerramento do balanço patrimonial. 
 
3.2.3.1.1.2.2.1 Exigível a Longo Prazo 
 
Obrigações vencidas em prazo superior a um ano. 
- Duplicatas a pagar; 
- Impostos a pagar; 
- Contribuições a recolher; 
- Empréstimos bancários; 
- Previsões para pagamentos de despesas; 
- Credores diversos; 
- Obrigações de prazo duvidoso: créditos de sócios, diretores, firmas interligadas. 
 
 22 
3.2.3.1.1.3 Patrimônio líquido 
 
Valor contábil pertencente aos sócios ou acionistas. 
 
3.2.3.1.1.3.1 Capital social: 
 
Capital subscrito, ou seja, que foi efetivamente colocada à disposição da empresa.3.2.3.1.1.3.2 Reservas de capital 
 
Valores recebidos pela empresa e que não transitam pelo resultado, por não se 
referirem à entrega de bens ou serviços pela empresa. 
- Correção monetária do capital realizado; 
- Ágio na alienação de ações e partes beneficiárias; 
- Prêmios, doações E subvenções. 
 
3.2.3.1.1.3.3 Ajuste de avaliação patrimonial 
 
São reservas de reavaliação. 
- Novas avaliações de bens do Ativo: reavaliações de imóveis e de outros bens. 
 
3.2.3.1.1.3.4 Reservas de lucros 
 
São recursos transmitidos de resultados positivos. 
- Reservas legais, estatutárias; 
- Reservas para contingências. 
 
3.2.3.1.1.3.5 Ações em tesouraria 
 
 23 
São ações da própria empresa por ela adquiridas. Não dão direito a dividendo, nem a 
voto. 
 
3.2.3.1.1.3.6 Prejuízos acumulados 
 
São resultado apurado após a comparação das receitas e despesas, onde as despesas se 
apresentam maiores. 
 
3.2.3.1.2 Estrutura em reais 
 
Quadro 03: Estrutura do Balanço Patrimonial em reais 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO (APLICAÇÕES) PASSIVO (ORIGENS) 
 
ATIVO CIRCULANTE ... R$ 200.000,00 
- Disponibilidades ......... R$ 60.000,00 
Caixa .......................... R$ 60.000,00 
- Créditos ...................... R$ 55.000,00 
Duplicatas a receber .. R$ 25.000,00 
Empréstimos .............. R$ 30.000,00 
- Estoques .................... R$ 45.000,00 
Mercadorias para 
revenda ........................ R$ 25.000,00 
Matéria-prima ............. R$ 20.000,00 
- Despesas do exercício 
seguinte ........................ R$ 40.000,00 
 
ATIVO NÃO 
CIRCULANTE ............ R$ 120.000,00 
- Realizável a longo 
prazo ............................ R$ 20.000,00 
- Investimentos ............. R$ 40.000,00 
Participações em outras 
empresas ...................... R$ 27.000,00 
Participações decorrentes de incentivos 
fiscais ............................. R$ 13.000,00 
- Imobilizado ................. R$ 30.000,00 
- Intangível .................... R$ 30.000,00 
 
 
 
 
PASSIVO 
CIRCULANTE............. R$ 120.000,00 
Duplicatas a pagar ..... R$ 27.000,00 
Impostos a pagar ....... R$ 28.000,00 
Contribuições a 
recolher ........................ R$ 14.000,00 
Empréstimos 
bancários ...................... R$ 13.000,00 
Previsões para pagamentos de despesas 
............................................. R$ 29.000,00 
Credores diversos ........ R$ 9.000,00 
 
 
 
PASSIVO NÃO 
CIRCULANTE .............. R$ 60.000,00 
- Exigível a longo 
prazo ............................ R$ 60.000,00 
Duplicatas a pagar ............... R$ 10.000,00 
Impostos a pagar ........ R$ 12.000,00 
Contribuições a 
recolher ......................... R$ 8.000,00 
Empréstimos 
bancários ...................... R$ 15.000,00 
Previsões para pagamentos de despesas 
............................................. R$ 15.000,00 
 
 
 
 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL DO ATIVO ...... R$ 320.000,00 
 
PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO ..................... R$ 157.000,00 
- Capital social .............. R$ 40.000,00 
Correção monetária do capital realizado 
....................... R$ 17.000,00 
Prêmios ...................... R$ 23.000,00 
- Reservas de capital ... R$ 35.000,00 
- Ajuste de avaliação 
patrimonial .................... R$ 20.000,00 
- Reservas de lucros ............ R$ 22.000,00 
- Ações em tesouraria.......... R$ 23.000,00 
- Prejuízos 
acumulados ............... (R$ 17.000,00) 
 
TOTAL DO PASSIVO . R$ 320.000,00 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 
 
3.2.3.2 Demonstração do Resultado de Exercício 
 
A demonstração do Resultado de Exercício mostra o lucro e o prejuízo. Ela evidência 
o resultado das operações de um período provocado pela movimentação dos valores aplicados 
no Ativo e o lucro líquido (parcela que está disponível para os sócios retirarem). 
 
3.2.3.2.1 Estrutura e análise 
 
Quadro 04: Estrutura da DRE 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
RECEITA BRUTA 
(-) Deduções da receita bruta 
= RECEITA LÍQUIDA 
(-) Custos da receita líquida 
= LUCRO BRUTO 
(+) Outras receitas operacionais 
(-) Despesas operacionais 
= RESULTADO OPERACIONAL 
(-) Despesas operacionais 
(+) Receitas financeiras 
 25 
(+/-) Resultado da correção monetária 
(+/-) Outras receitas/despesas 
= RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA 
(-) Provisão para o imposto de renda 
= RESULTADO PÓS-PROVISÃO E ANTES DE PARTICIPAÇÕES 
(-) Participação de terceiros 
= RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 
Fonte: http://www.contabeis.com.br/artigos/790/a-nova-visao-contabil-apos-a-lei-116382007/ 
 
3.2.3.2.1.1 Receita bruta 
 
Faturamento da organização. 
- Vendas de Produtos; 
- Vendas de Mercadorias; 
- Prestação de Serviços. 
 
3.2.3.2.1.1.1 • Deduções da receita bruta 
 
Retirada de um valor da receita bruta por algum fator especifico. 
- Devoluções de Vendas; 
- Abatimentos; 
- Impostos e contribuições incidentes sobre vendas. 
 
3.2.3.2.1.1.1.1 Receita líquida 
 
Resultado da receita bruta menos as deduções. 
 
3.2.3.2.1.1.1.2 Custos da receita líquida: 
 
Desconto de custos dependendo do tipo de organização. 
- Despesas de mercadorias vendidas; 
 26 
- Serviços prestados 
 
3.2.3.2.1.1.1.3 Lucro bruto 
 
Diferença entre a receita líquida e o gasto na produção. 
 
3.2.3.2.1.1.1.3.1 Outras receitas operacionais 
 
- Receitas financeiras líquidas; 
- Variações monetárias; 
- Rendimentos derivados de investimentos e de imóveis locados; 
- Reversão de provisões não utilizadas. 
 
3.2.3.2.1.1.1.3.2 Despesas operacionais 
 
São as despesas não enquadradas nas deduções da receita bruta ou no custo de 
mercadorias. Elas não são diretamente ligadas ao processo de produção, por isso, nas 
indústrias, são chamadas de despesas indiretas: 
- Despesas mercantis: salários e comissões; gastos com publicidade, pesquisas, 
brindes. 
- Despesas financeiras líquidas: juros pagos; correção monetária sobre financiamento; 
variações monetárias de obrigações. 
- Despesas tributárias: taxas e impostos não incluídos como dedução da receita bruta. 
- Despesas administrativas: salários, honorários, material para expediente e aluguel de 
imóveis que não estão relacionados a produção, ou seja, que estão relacionados aos escritórios 
administrativo, aos diretores. 
- Depreciações e amortizações – aplicações sobre valores e bens não utilizados na 
produção: depreciação de móveis, máquinas e instalações do escritório; despesas de 
reorganização administrativa. 
- Outras provisões: devedores duvidosos; ajustes de estoque; ajuste de títulos e valores 
mobiliários. 
 27 
 
3.2.3.2.1.1.1.3.3 Resultado operacional 
 
Resultado gerado por toda operação do negócio. 
 
3.2.3.2.1.1.1.3.4 Despesas operacionais 
 
São as despesas não computadas nos custos. 
- Despesas com vendas; 
- Despesas administrativas; 
- Despesas comerciais. 
 
3.2.3.2.1.1.1.3.5 Receitas financeiras 
 
Ganhos que a própria empresa alcançou ao investir em títulos públicos, títulos 
privados, outras ações ou fundos de investimento. 
- Juros recebidos; 
- Descontos obtidos; 
- Lucro na operação de reporte; 
- Rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa; 
- Prêmios de resgate de títulos ou debêntures; 
- Variações monetárias positivas. 
 
3.2.3.2.1.1.1.3.6 Resultado da correção monetária 
 
Se a correção possuir saldo devedor será considerado como despesa, se for credor 
considera-se como receita. Assim, diminuirá ou aumentará o lucro, respectivamente. 
 
3.2.3.2.1.1.1.3.7 Outras receitas ou despesas 
 
 28 
Provém da atividade secundária ou derivada da empresa. 
 
3.2.3.2.1.1.1.3.8 Resultado antes do Imposto de Renda 
 
Lucro líquido do exercício, antes da dedução do Imposto. 
 
3.2.3.2.1.1.1.3.9 Provisão para o Imposto de Renda 
 
Valor que a empresa deixa como reserva para pagamento do Imposto de renda que 
será apurado no final do exercício. 
 
3.2.3.2.1.1.1.3.10Resultado pós-provisão e antes das participações 
 
É o resultado após a retirada do valor pago pelo Imposto de Renda e antes dos sócios, 
acionistas e empregados retirarem suas participações. 
 
3.2.3.2.1.1.1.3.11 Participação de terceiros 
 
Remunerações atribuídas a beneficiários. 
- Provisão para imposto de renda. 
- Despesas com administradores ou diretores. 
- Empregados: Direta: gratificações, 14° salário; 
 Indireta: contribuições espontâneas da empresa. 
 
3.2.3.2.1.1.1.3.12 Resultado líquido do exercício 
 
Resultado final do período. 
 
 
 29 
3.2.3.2.2 Estrutura em reais 
 
Quadro 05: Estrutura da DRE em reais 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
RECEITA BRUTA .................................................................................... R$100.000,00 
(-) Deduções da receita bruta ...................................................................... R$ 10.000,00 
 Descontos sobre vendas .......................................................................... R$ 1.000,00 
 Devoluções de vendas .............................................................................R$ 3.000,00 
 Tributos diretos sobre vendas ................................................................. R$ 6.000,00 
= RECEITA LÍQUIDA .............................................................................. R$ 90.000,00 
(-) Custos da receita líquida ........................................................................ R$ 50.000,00 
= LUCRO BRUTO ..................................................................................... R$ 40.000,00 
(+) Outras receitas operacionais ................................................................... R$ 4.000,00 
(-) Despesas operacionais ........................................................................... R$ 15.000,00 
 Despesas administrativas ......................................................................... R$ 7.000,00 
 Despesas comerciais ................................................................................ R$ 5.000,00 
 Outras despesas operacionais .................................................................. R$ 3.000,00 
= RESULTADO OPERACIONAL ............................................................ R$ 29.000,00 
(-) Despesas operacionais ........................................................................... R$ 15.000,00 
 Despesas com vendas ............................................................................... R$ 6.000,00 
 Despesas administrativas ......................................................................... R$ 4.000,00 
 Despesas comerciais ................................................................................. R$ 5.000,00 
(+) Receitas financeiras ................................................................................ R$ 7.000,00 
 Juros recebidos ..................................................................................... R$ 4.000,00 
 Descontos obtidos ................................................................................ R$ 3.000,00 
(+) Resultado da correção monetária ............................................................ R$ 5.000,00 
(+) Outras receitas ......................................................................................... R$ 4.000,00 
= RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA ............................. R$ 30.000,00 
(-) Provisão para o imposto de renda ............................................................ R$ 6.000,00 
= RESULTADO PÓS-PROVISÃO E ANTES DE 
PARTICIPAÇÕES ..................................................................................... R$ 24.000,00 
(-) Participação de terceiros .......................................................................... R$ 7.000,00 
 Pagamento de 14° salário ......................................................................... R$ 4.000,00 
 30 
 Despesas com diretores ........................................................ R$ 3.000,00 
= RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO ............................... R$ 17.000,00 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 
 
3.2.3.3 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados 
 
A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados mostra os elementos que 
provocaram modificação na conta “Lucros/Prejuízos Acumulados”, também demonstra como 
foi distribuído o resultado do exercício, o saldo acumulado dos exercícios anteriores e qual 
parcela restou para uma possível distribuição futura. 
Esta demonstração é considerada um complemento para a Demonstração do Resultado 
do Exercício. Ela pode ser feita isoladamente ou junto com as demais contas do Patrimônio 
Líquido. Caso a empresa escolha fazer junto com as contas do Patrimônio Líquido deve-se 
elaborar outro tipo de demonstração, a chamada Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido, que veremos no próximo item. 
 
3.2.3.3.1 Estrutura e análise 
 
Quadro 06: Estrutura da DLPA 
DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS 
SALDO NO INÍCIO DO PERÍODO 
(+) ou (-) Ajustes de exercícios anteriores 
(+) Correção monetária do saldo inicial 
= SALDO INICIAL AJUSTADO E CORRIGIDO 
(+) ou (-) Lucro/Prejuízo líquido do exercício 
(+) Reversões de reservas 
(-) Destinações durante o exercício 
= SALDO A DESTINAR 
(-) Transferências para reservas 
(-) Dividendos 
= SALDO NO FIM DO PERÍODO 
Fonte: retirado do livro Análise de Balanços, de Arnaldo Reis, página 84. 
 
 31 
3.2.3.3.1.1 Saldo no início do período 
 
Saldo final apresentado na demonstração respectiva do último exercício. 
 
3.2.3.3.1.2 Ajustes de exercícios anteriores 
 
Ajustes decorrentes de mudanças de critério contábil ou da retificação de erro 
atribuídos a exercícios anteriores. 
- Retificação de valores do Ativo decorrente de mudança de critério de avaliação ou de 
adoção de outros métodos de depreciação; 
- Depreciações, exaustões E amortizações, contabilizadas a maior ou menos em anos 
anteriores; 
- Erro na baixa do valor contábil de bens do Ativo e na apuração do saldo de correções 
monetárias. 
 
3.2.3.3.1.3 Correção monetária do saldo inicial 
 
Correção pelo encerramento do exercício do saldo da conta “Lucros ou Prejuízos 
Acumulados” e das demais contas do “Patrimônio Líquido” 
 
3.2.3.3.1.4 Saldo inicial ajustado e corrigido 
 
Saldo após inserir ou descontar respectivas contas. 
 
3.2.3.3.1.5 Lucro/Prejuízo do exercício 
 
Lucro ou prejuízo líquido final da Demonstração do Resultado do Exercício. 
 
3.2.3.3.1.6 Reversões de reservas 
 
 32 
Alterações ocorridas nas contas que registram as reservas, mediante a reversão de 
valores para a conta Lucros Acumulados. 
- Reservas para contingências: revertidas automaticamente pelo valor do saldo não 
utilizado no período; 
- Reservas de lucros a realizar: revertidas somente parcelas de lucros realizados no 
período. 
 
3.2.3.3.1.7 Destinações durante o exercício 
 
Parcelas do lucro acumulado que são distribuídas durante o exercício. 
- Parcelas transferidas para contas de Reservas; 
- Dividendos antecipados; 
- Parcela dos lucros incorporada ao Capital Social. 
 
3.2.3.3.1.8 Saldo a destinar 
 
Valor que está à disposição e que deve ser designado. 
 
3.2.3.3.1.9 Transferências para reservas 
 
Apropriações do lucro feitas para a constituição das reservas patrimoniais. 
 
3.2.3.3.1.10 Dividendos 
 
Parcela do lucro distribuída aos acionistas por ocasião do encerramento do exercício 
social. 
 
3.2.3.3.1.11 Saldo no fim do período 
 
Resultado final do período. 
 33 
3.2.3.3.2 Estrutura em reais 
 
Quadro 07: Estrutura da DLPA em reais 
DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS 
SALDO NO INÍCIO DO PERÍODO ............................................................... R$ 1.400,00 
(+) Ajustes de exercícios anteriores .................................................................... R$ 400,00(+) Correção monetária do saldo inicial .............................................................. R$ 300,00 
= SALDO INICIAL AJUSTADO E CORRIGIDO ......................................... R$ 2.100,00 
(+) Lucro líquido do exercício ............................................................................ R$ 700,00 
(+) Reversões de reservas .................................................................................... R$ 200,00 
 Reservas para contingências .......................................................................... R$ 200,00 
(-) Destinações durante o exercício ..................................................................... R$ 500,00 
 Dividendos antecipados ................................................................................. R$ 500,00 
= SALDO A DESTINAR ................................................................................. R$ 2.500,00 
(-) Transferências para reservas .......................................................................... R$ 560,00 
(-) Dividendos ..................................................................................................... R$ 800,00 
= SALDO NO FIM DO PERÍODO ................................................................. R$ 1.140,00 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 
 
3.2.3.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
 
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido demonstra as variações 
ocorridas em cada conta do Patrimônio Líquido, assim, ela inclui a Demonstração dos Lucros 
ou Prejuízos Acumulados. 
 Esta demonstração não é obrigatória, mas se ela for elaborada torna dispensável a 
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados. 
 
3.2.3.4.1 Variações do Patrimônio Líquido 
 
O Patrimônio Líquido representa o montante dos capitais próprios investidos na 
empresa e sua elevação representa o aumento da quantidade de recursos aplicados no negócio. 
 34 
Esses recursos podem ser reais – aumentam a capacidade operacional – e nominais – não 
afetam a capacidade operacional –. 
São vários os fatores que modificam e determinam o saldo, a Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido determina o que provocou essas modificações. Veremos 
algumas possíveis causas a seguir: 
 
3.2.3.4.1.1 Capital Social 
 
- integralização (+) 
- transferências de Reservas (+) 
- transferências de Lucros Acumulados (+) 
 
3.2.3.4.1.2 Reserva de Capital 
 
- ágios, prêmios, doações (+) 
- correção monetária do Capital Social e das Reservas de Capital (+) 
- transferências de outras Reservas (+) 
- transferência para Capital (-) 
 
3.2.3.4.1.3 Reservas de Reavaliação 
 
- novas reavaliações (+) 
- correção monetária (+) 
- transferência para Capital (-) 
 
3.2.3.4.1.4 Reservas de Lucros 
 
- transferência do Lucro Líquido (+) 
- correção monetária (+) 
- transferência para Capital (-) 
- reversões (-) 
 35 
3.2.3.4.1.5 Lucros Acumulados 
 
- apropriação do resultado do exercício (+/-) 
- correção monetária (+) 
- transferência para outras contas (-) 
- ajustes de exercícios anteriores (+/-) 
- destinação para dividendos (-) 
- reversões para reservas de lucro 
 
3.2.3.4.2 Estruturas 
 
Quadro 08: Estrutura simplificada da DMPL 
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
SALDOS INICIAIS 
 Ajustes de exercícios anteriores (+) ou (-) 
 Correção monetária (+) 
 Transferências entre as contas de Reservas (+) ou (-) 
 Integralização da conta Capital (+) 
 Entrada de novas Reservas de Capital (+) 
 Transferências de Reservas (-) para o Capital (+) 
 Transferências do Resultado Líquido para Lucros Acumulados (+) ou (-) 
 Transferências de Lucros Acumulados (-) para Capital (+) 
 Transferências de Lucros Acumulados (-) para Reservas (+) 
 Transferências de Lucros Acumulados (-) para distribuição de dividendos 
SALDOS FINAIS 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 
 
Quadro 09: Estrutura completa da DMPL 
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 Capital 
social 
Reservas 
de capital 
Reservas de 
reavaliação 
Reservas 
estatutárias 
Reserva 
legal 
Lucros 
acumulado
s 
Total 
Saldos 
Aumento de 
capital 
 
Lucro líquido 
do ano 
 
Transferência
s para 
 
 36 
reservas 
Dividendos 
propostos 
 
Saldos 
Ajustes 
exercício 
anterior 
 
Aumento de 
capital com 
ágio 
 
Baixa 
reavaliação 
 
Lucro líquido 
do ano 
 
Transferência 
para reservas 
 
Dividendos 
propostos 
 
Saldos 
Dividendos 
por ação 
 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 
 
3.2.3.4.3 Estrutura em reais e análise geral 
 
Quadro 10: Estrutura completa da DMPL em reais 
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
 
Capital 
realizado 
RESERVAS DE 
CAPITAL 
RESERVAS DE LUCROS 
 
Lucros 
acumulado 
 
 
Total Histórico Ágio na 
Emissão 
de ações 
Subvenções 
para 
investimento 
Reservas 
Para 
contingências 
Reserva 
estatutária 
Reserva 
legal 
Saldo em 
31/12/17 
5.000,00 7.000,00 9.000,00 0,00 8.500,00 9.000,00 4.000,00 42.500,00 
Ajustes de 
exercícios 
anteriores 
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -2.000,00 -2.000,00 
Aumento 
de 
Capital: 
- com 
lucros e 
 
 
7.000,00 
 
 
 
 
0,00 
 
 
 
 
0,00 
 
 
 
 
0,00 
 
 
 
 
-3.000,00 
 
 
 
 
-
4.000,00 
 
 
 
0,00 
 
 
 
 
0,00 
 
 
 37 
reservas 
- por 
subscrição 
realizada 
4.000,00 4.200,00 0,00 0,00 0,00 
0,00 
0,00 8.200,00 
Lucro 
líquido 
 10.000,00 10.000,00 
Proposta 
da admi-
nistração 
de desti-
nação do 
lucro: 
- Forma-
ção da 
reserva 
legal 
- Forma-
ção da 
reserva 
estatutária 
-Forma-
ção de 
reserva 
para 
contingên-
cias 
 
 
 
 
 
 
0,00 
 
 
 
0,00 
 
 
 
0,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
0,00 
 
 
 
0,00 
 
 
 
0,00 
 
 
 
 
 
 
 
0,00 
 
 
 
0,00 
 
 
 
0,00 
 
 
 
 
 
 
 
0,00 
 
 
 
0,00 
 
 
 
7.000,00 
 
 
 
 
 
 
0,00 
 
 
 
4.000,00 
 
 
 
 
0,00 
 
 
 
 
 
 
 
3.000,00 
 
 
 
0,00 
 
 
 
 
 
0,00 
 
 
 
 
 
 
 
-3.000,00 
 
 
 
-4.000,00 
 
 
 
-7.000,00 
 
 
 
 
 
 
0,00 
 
 
 
0,00 
 
 
 
0,00 
Dividen-
dos a 
distribuir 
0,00 
 
0,00 
 
0,00 
 
0,00 
 
0,00 
 
0,00 
 
-3.500,00 -3.500,00 
Saldo em 
31/12/18 
16.000,00 11.200,00 9.000,00 7.000,00 9.500,00 8.000,00 -5.500,00 55.200,00 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 
 
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é representa da seguinte 
maneira: divide-se uma tabela em várias colunas e em cada coluna é representada uma das 
contas do patrimônio da empresa; na última coluna é representado o total, ou seja, a soma de 
todas transações individuais. 
 
3.2.3.5 Demonstração do Valor Adicionado 
 
A Demonstração do Valor Adicionado é obrigatória para todas as companhias abertas 
e tem como objetivo mostrar a riqueza total da empresa e como esta riqueza foi distribuída 
para os diversos setores que contribuíram para este resultado. 
 38 
Pode-se dizer que esta demonstração é um complemento para a Demonstração do 
Resultado do Exercício mesmo que as duas demonstrações sejam distintas. A DVA foca na 
riqueza total gerada e na distribuição para os sócios, empregados, governo e os demais 
acionistas; A DRE visa demonstrar qual é o lucro líquido da empresa e considera algumas das 
distribuições da DVA como despesas. 
 
3.2.3.5.1 Estrutura e análise 
 
Quadro 11: Estrutura da DVA 
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO 
RECEITAS 
(-) Insumos adquiridos de terceiros 
= VALOR ADICIONADO BRUTO 
(-) Retenções 
= VALOR ADICONADO LÍQUIDO 
(+) Valor adicionado recebido em transferência 
= VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 
Pessoal 
Impostos, taxas e contribuições 
Remuneração de capitais de terceiro 
Remuneração de capitais próprios

Continue navegando