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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA ETEC “FRANCISCO GARCIA” CURSO TÉCNICO ADMINISTRAÇÃO ISABELA SOUZA ISABELLA DIAS COSTA MILENA SILVA ALVES THAIS FERNANDA DE OLIVEIRA A Importância da Contabilidade para o Administrador Mococa - SP 06-2018 ISABELA SOUZA ISABELLA DIAS COSTA MILENA SILVA ALVES THAIS FERNANDA DE OLIVEIRA A Importância da Contabilidade para o Administrador Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à ETEC Francisco Garcia do Centro Estadual de Educação Tecnológico Paula Souza, como requisito para à obtenção do diploma de Nível Médio de Técnico em Administração. Orientador: Prof. Esp. Márcio Fernando dos Reis. Orientador: Prof. José Ap. Domenciano Filho Mococa - SP 06-2018 FOLHA DE APROVAÇÃO Isabela Souza, Isabella Dias da Costa, Milena Silva Alves e Thais Fernanda de Oliveira A Importância da Contabilidade para o Administrador Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à ETEC Francisco Garcia do Centro Estadual de Educação Tecnológico Paula Souza, como requisito para à obtenção do diploma de Nível Médio de Técnico em Administração. Aprovada em: ________________________ Banca Examinadora Prof. _______________________________________________________________________ Instituição: _________________________ Assinatura:_______________________________ Prof. _______________________________________________________________________ Instituição: _________________________ Assinatura:_______________________________ Prof.___ ____________________________________________________________________ Instituição: _________________________ Assinatura:_______________________________ DEDICATÓRIAS Isabella Dias Costa Primeiramente a Deus por estar comigo, à minha família, aos amigos е colegas, e a todos aqueles que de alguma forma estiveram presentes. Isabela Souza Dedico este trabalho primeiramente a Deus, aos meus pais, meus irmãos e as pessoas que de alguma forma contribuíram para a conclusão deste curso. Milena Silva Alves Dedico esse trabalho a Deus, a minha família, em especial aos meus pais, aos meus amigos e a todos aqueles que de alguma maneira estiveram ao meu lado me auxiliando e me dando forças para que eu conseguisse seguir em frente e alcançasse o meu objetivo. Thais Fernanda de Oliveira Dedico esse Trabalho de Conclusão de Curso primeiramente a Deus por estar sempre comigo me dando força, aos meus pais, meus amigos e a todos que diretamente ou indiretamente contribuíram para que eu pudesse realizar esse sonho. AGRADECIMENTOS Isabella Dias Costa Primeiramente gostaria de agradecer a Deus que me possibilitou chegar até aqui, à minha família, por acreditar e investir em mim. Aos orientadores Márcio Fernandes Dos Reis e José Aparecido Domenciano Filho, pelo apoio, ensinamentos e por ter sido paciente. Aos meus amigos que estiveram presentes nesse 1 ano e meio e a todos que diretamente ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado. Isabela Souza Agradeço ao professor Márcio Fernandes dos Reis e ao professor José Aparecido Domenciano Filho que foram nossos orientadores neste trabalho. A todos os outros professores do curso de Administração que de alguma forma contribuíram com cada etapa deste TCC. Aos meus colegas que me acompanharam neste tempo, e principalmente a todos membros do grupo, que foram essenciais para a conclusão desta etapa. Milena Silva Alves Agradeço a Deus que me deu força, paciência e sabedoria para seguir, enfrentar as barreiras e não desistir. Agradeço a oportunidade de ter cursado este ensino técnico. Agradeço também a escola, aos professores, aos orientadores, em especial Márcio Fernandes dos Reis, aos meus amigos, a minha família, em especial a minha mãe Lisete Aparecida Martins da Silva Alves e ao meu pai José Tomé Alves e, a todas as pessoas que eu conheci por meio desse trabalho e que me ajudaram a conclui-lo, em especial Felipe Chagas, o coordenador e os alunos da universidade e os Administradores e Contadores das empresas. Thais Fernanda de Oliveira Primeiramente gostaria de agradecer a Deus por ter me dado sabedoria e oportunidade de ter cursado esse ensino técnico. Aos meus orientadores Marcio Fernandes dos Reis e José Aparecido Domenciano Filho, muito obrigada pelos ensinamentos e pela paciência. Aos meus amigos que me acompanharam nesse um ano e meio. Agradeço também aos meus familiares que me ajudaram e incentivaram a não desistir, em especial a minha mãe Maria Raquel por sempre estar comigo. A vida é uma grande contabilidade, repleta de débitos e créditos, cujo resultado será sempre zero. Daniel Pierre RESUMO Isabela Souza, Isabella Dias da Costa, Milena Silva Alves e Thais Fernanda de Oliveira. A Importância da Contabilidade para o Administrador. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à ETEC Francisco Garcia do Centro Estadual de Educação Tecnológico Paula Souza, Mococa/SP, 2018. O presente trabalho aborda como os demonstrativos contábeis podem auxiliar nas tomadas de decisões dos administradores. A partir da observação da existência de dúvidas sobre a relação entre os Administradores e os Contadores verificou-se a necessidade da produção e publicação deste trabalho. Para tanto, elencou-se a evolução das áreas em questão, os pontos importantes e a conexão entre elas. Com esta publicação, espera-se que quanto os estudantes de Administração e de Ciências Contábeis quanto os Gestores e os Contadores sejam capazes de entender a importância dos demonstrativos e também a importância do vínculo entre eles. Com base na pesquisa realizada em organizações, conclui-se que um depende do outro e que ambos dependem de recursos para exercer com clareza seu trabalho e para obter sucesso nos resultados finais, alcançando uma boa saúde financeira e econômica na empresa. Palavras-chave: Demonstrativos Contábeis, Tomada de Decisões, Importância. ABSTRACT Isabela Souza, Isabella Dias da Costa, Milena Silva Alves e Thais Fernanda de Oliveira. The Importance of Accounting for the Administrator. Course Conclusion Paper presented to the ETEC Francisco Garcia of the State Center of Technological Education Paula Souza, Mococa/SP, 2018. This work was developed with the purpose of presenting a way to plan Cash Flow in small companies, studying some relevant aspects that influence this planning. The study is justified by the importance of small companies for national economy, as well as by the lack of studies that look for tools applicable to the decision making in these entities. It was an exploratory research, of bibliographical methodology, in search of concepts related to planning, financial control, budget, cash flow, cash budget and for an investment planning, as well as models for its practice. A brief discussion of the "organizational life cycle" is also given. The model presented allows flexible and low cost cash flow planning, however, some prerequisites are required for its implementation, such as: sales forecasts, receipts and other financial transactions, as well as a structure and support of the Company's own management. It is concluded that Cash Flow is of paramount importance and fundamental in Organizations, which ensures the need to carry out adequate planning, aiming to contribute to the continuity and growth of these Organizations.Key word: Accounting Statements, Decision Making, Importance. LISTA DE FIGURAS Figura 01: Ciclo básico de processos .......................................................................................05 Figura 02: Processo básico de planejamento ...........................................................................06 Figura 03: Processo de organização .........................................................................................06 Figura 04: Características de um líder .....................................................................................07 Figura 05: Processo básico de execução ..................................................................................08 Figura 06: Ciclo básico de controle .........................................................................................08 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01: Pesquisa de Campo – Pergunta 01 ........................................................................63 Gráfico 02: Pesquisa de Campo – Pergunta 02 ........................................................................64 Gráfico 03: Continuação Pesquisa de Campo – Pergunta 02 ...................................................65 Gráfico 04: Pesquisa de Campo – Pergunta 03 ........................................................................66 Gráfico 05: Pesquisa de Campo – Pergunta 04 ........................................................................67 Gráfico 06: Pesquisa de Campo – Pergunta 05 ........................................................................68 Gráfico 07: Pesquisa de Campo – Pergunta 06 ........................................................................69 Gráfico 08: Pesquisa de Campo – Pergunta 07 ........................................................................70 Gráfico 09: Pesquisa de Campo – Pergunta 08 ........................................................................71 LISTA DE QUADROS Quadro 01: Comparativo das principais “novidades” na alteração das leis .............................16 Quadro 02: Estrutura do Balanço Patrimonial .........................................................................18 Quadro 03: Estrutura do Balanço Patrimonial em reais ...........................................................23 Quadro 04: Estrutura da DRE ..................................................................................................24 Quadro 05: Estrutura da DRE em reais ....................................................................................29 Quadro 06: Estrutura da DLPA ................................................................................................30 Quadro 07: Estrutura da DLPA em reais .................................................................................33 Quadro 08: Estrutura simplificada da DMPL ..........................................................................35 Quadro 09: Estrutura completa da DMPL ...............................................................................35 Quadro 10: Estrutura completa da DMPL em reais .................................................................36 Quadro 11: Estrutura da DVA .................................................................................................38 Quadro 12: Estrutura da DVA em reais ...................................................................................42 Quadro 13: Método Direto .......................................................................................................43 Quadro 14: Método Indireto ....................................................................................................45 Quadro 15: Exemplo A.V da DRE ..........................................................................................47 Quadro 16: Exemplo A.V do BP .............................................................................................47 Quadro 17: Exemplo A.H da DRE ..........................................................................................49 Quadro 18: Exemplo A.H do BP .............................................................................................50 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................... 2 2.1 Administração e seus conceitos. ................................................................................. 2 2.1.1 Líderes, formas de liderar e complexidade ............................................................. 2 2.1.2 Administração nas organizações com eficiência e eficácia. ................................... 3 2.1.3 Formação do conhecimento administrativo ............................................................ 3 2.1.4 Paradigmas e Processos .......................................................................................... 4 2.1.4.1 Paradigmas ..................................................................................................... 4 2.1.4.2 Processo .......................................................................................................... 4 2.1.5 Administração de Processos ................................................................................... 5 2.1.5.1 Planejar ........................................................................................................... 5 2.1.5.2 Organizar ........................................................................................................ 6 2.1.5.3 Liderar ............................................................................................................ 7 2.1.5.4 Executar .......................................................................................................... 7 2.1.5.5 Controlar ......................................................................................................... 8 2.2 Habilidades e qualidades. ........................................................................................... 9 2.2.1 Habilidade ............................................................................................................... 9 2.2.1.1 Habilidades segundo Kartz ............................................................................. 9 2.2.1.2 Habilidades segundo Mintzberg ..................................................................... 9 2.2.2 Qualidade .............................................................................................................. 10 2.3 Estratégia, modelos de administração e processo decisório. .................................... 11 3 CONTABILIDADE E SEUS CONCEITOS .................................................................... 13 3.1 Surgimento da contabilidade, custos industriais e de serviços. ................................ 13 3.2 Demonstrações contábeis. ........................................................................................ 14 3.2.1 Os benefícios das demonstrações. ........................................................................ 14 3.2.2 Etapas para a construção das demonstrações. ...................................................... 15 3.2.3 As demonstrações contábeis. ................................................................................ 15 3.2.3.1 Balanço Patrimonial ..................................................................................... 17 3.2.3.1.1 Estrutura e análise ....................................................................... 18 3.2.3.1.2 Estrutura em reais ........................................................................ 23 3.2.3.2 Demonstração do Resultado de Exercício .................................................... 24 3.2.3.2.1 Estrutura e análise .......................................................................24 3.2.3.2.2 Estrutura em reais ........................................................................ 29 3.2.3.3 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados .................................. 30 3.2.3.3.1 Estrutura e análise ....................................................................... 30 3.2.3.3.2 Estrutura em reais ........................................................................ 33 3.2.3.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido ................................... 33 3.2.3.4.1 Variações do Patrimônio Líquido ............................................... 33 3.2.3.4.2 Estruturas .................................................................................... 35 3.2.3.4.3 Estrutura em reais e análise geral ................................................ 36 3.2.3.5 Demonstração do Valor Adicionado ............................................................ 37 3.2.3.5.1 Estrutura e análise ....................................................................... 38 3.2.3.5.2 Estrutura em reais ........................................................................ 41 3.2.3.6 Demonstração dos Fluxos de Caixa ............................................................. 42 3.2.3.6.1 Estrutura e análise ....................................................................... 43 3.2.4 Formas de analisar as Demonstrações contábeis .................................................. 46 3.2.4.1 Estática e Dinâmica ...................................................................................... 46 3.2.4.1.1 Estático ........................................................................................ 46 3.2.4.1.2 Dinâmico ..................................................................................... 46 3.2.4.2 Análises ........................................................................................................ 46 3.2.4.2.1 Situação econômica ..................................................................... 46 3.2.4.2.2 Situação financeira ...................................................................... 47 3.2.4.2.3 Análise por índices ...................................................................... 51 3.3 Finalidades das informações contábeis, segundo Robert N. Anthony. .................... 57 3.3.1 Finalidade de controle .......................................................................................... 57 3.3.2 Finalidade de planejamento .................................................................................. 57 3.4 Informações Contábeis e as pessoas ......................................................................... 57 3.4.1 Sócios, Acionistas e Proprietários de Quotas Societárias .................................... 58 3.4.2 Bancos, Capitalistas e Emprestadores de dinheiro ............................................... 58 3.4.3 Governo e Economista, governamentais .............................................................. 58 3.4.4 Pessoas Físicas ...................................................................................................... 58 3.4.5 Administradores, Diretores e Executivos ............................................................. 58 4 A IMPORTÃNCIA DA CONTABILIDADE PARA O ADMINISTRADOR ................ 59 4.1 A contabilidade e o mal necessário. ......................................................................... 59 4.2 Informações oferecidas pelos Demonstrativos Contábeis aos Administradores ...... 59 4.2.1 Balanço Patrimonial ............................................................................................. 60 4.2.2 Demonstração do resultado de exercício .............................................................. 60 4.2.3 Demonstração dos Lucros e Prejuízos acumulados .............................................. 61 4.2.4 Demonstração do Fluxo de Caixa ......................................................................... 61 4.2.5 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido ........................................... 61 4.2.6 Demonstração do Valor Adicionado .................................................................... 62 4.3 Minimização de custos. ............................................................................................ 62 5 PESQUISA DE CAMPO ................................................................................................. 63 5.1 Análise geral da pesquisa de campo ......................................................................... 72 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 73 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 74 1 1 INTRODUÇÃO Este trabalho apresenta a importância da Contabilidade nas tomadas de decisões do Administrador. É possível observar também um pouco sobre líderes e as formas de liderar; eficiência e eficácia; conhecimento, conceitos, estratégias e modelos administrativos; paradigmas e processos; habilidades e qualidades; surgimento da Contabilidade, dos custos industriais e de serviços; as Demonstrações Contábeis, seus benefícios, os processos de elaboração e as análises. O Administrador é apontado como o principal líder de uma organização, pois ele cria métodos, planeja atividades, organiza o funcionamento dos setores da empresa, garante a perfeita circulação de informações, evita falhas de comunicação, escassez ou excesso de empregados, desperdícios, ineficiência e prejuízo. A Contabilidade é apontada como uma importante ferramenta de gestão, pois cuida das questões financeiras, tributárias, econômicas e patrimoniais de uma empresa. O Contador emite os demonstrativos contábeis que é um conjunto de técnicas que oferece uma visão geral da situação financeira da uma empresa em determinado momento. A junção da Contabilidade e da Administração é um subsídio essencial para o bom funcionamento da empresa e para a obtenção de resultados positivos, pois com estes profissionais trabalhando junto, as decisões serão tomadas de forma certeiras e não com base em pressuposições. 2 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Administração e seus conceitos. Os administradores são os principais líderes de uma organização, pois eles são os profissionais que organizam, planejam e orientam o uso dos recursos financeiros, físicos, tecnológicos e humanos das empresas. Eles buscam soluções para todo tipo de problemas administrativos, criam métodos, planejam atividades, organizam o funcionamento dos vários setores da empresa, garantem a perfeita circulação de informações e orientações, evitando falhas de comunicação, escassez ou excesso de empregados, gastos desnecessários ou outros problemas que gerem desperdício, ineficiência e prejuízo. Administrar é gerenciar negócios, pessoas ou recursos, com o objetivo de alcançar as metas definidas. O dever do administrador dentro da empresa está em minimizar os custos, aperfeiçoar os processos e maximizar o lucro. Uma empresa pode até ser constituída sem um administrador, porém é quase impossível que ela consiga permanecer gerando lucros sem um, pois é a capacidade do administrador de gerir pessoas e processos simultaneamente que vai, ou não, fazer com que uma empresa conquiste cada vez mais espaço no mercado. Veremos agora, alguns conceitos que facilitarão nosso entendimento sobre a administração, os administradores, as organizações, a tomada de decisão e os processos. 2.1.1 Líderes, formas de liderar e complexidade Os administradores, para serem bons lideres, devem possuir habilidades para lidar com sua equipe e para motiva-la. A equipe que é constituída de liderados, também deve possuir características como a motivação e a competência. Existem várias formas de liderar, dentre elas: Tirania: abuso de autoridade, excesso de poder; Autocracia:centralização de poder, decisão do chefe; Democracia: divisão dos poderes de decisão entre chefe e grupo; Demagogia: busca da popularidade com os liderados. 3 Algumas dessas formas são boas, outras nem tanto; algumas são eficazes, outras não funcionam bem; isto depende do líder e dos liderados saberem escolher a mais adequada para a organização e utiliza-la de maneira correta. 2.1.2 Administração nas organizações com eficiência e eficácia. Uma organização é um sistema de recursos que procura realizar algum tipo de objetivo, nelas há processos de transformações e divisão do trabalho. Existem organizações que oferecem serviço de saúde, água, energia, segurança, alimentação, diversão e educação, em todas elas existem prestadores de serviço que recebem salários e outras formas de remuneração, em retribuição do seu trabalho. Para que tudo isso ocorra na organização é essencial à presença, à eficácia e à eficiência do administrador, pois é ele que faz com que as organizações sejam capazes de utilizar corretamente os seus recursos para alcançar seus objetivos. As organizações transformam recursos e com eles fornecem serviços e produtos, alcançando o objetivo de resolver os problemas de seus usuários. Eficiência e eficácia são fatores importantes para que a organização atenda as expectativas de seus usuários, mas, o que é eficiência e eficácia? Eficácia: indica que a organização realiza os seus objetivos. Eficiência: indica que a organização utiliza produtivamente de seus recursos, que ela é competente e consegue o melhor rendimento com o mínimo de erros. As organizações podem então ser eficientes ou ineficientes, eficazes ou ineficazes, isto depende de como elas serão administradas. 2.1.3 Formação do conhecimento administrativo Os conhecimentos administrativos são formados e disseminados por meio da experiência prática e por meio de estudos científicos. Experiência prática: um acervo teórico muito amplo vem sendo criado desde o surgimento da administração, nele há relatos sobre os conhecimentos práticos. Os 4 administradores pesquisam neste acervo e utilizam as técnicas que se revelam mais úteis. Métodos científicos: aplicam-se os métodos científicos para produzir o conhecimento, ou seja, é feito um experimento para medir as consequências de uma possível alteração, um levantamento simples também é feito usando questionários, entrevistas e observação direta e, por fim, um levantamento correlacional que procura identificar relações de causa e efeito entre os processos. 2.1.4 Paradigmas e Processos O conceito de administrar surgiu por volta de 5000 a.C., na Suméria, pela necessidade de melhoria na resolução dos problemas práticos. Por volta de 4000 a.C., a revolução agrícola evoluiu para revolução urbana e com ela surgiram as cidades e os Estados fazendo com que a prática administrativa se tornasse frequente, prática está que evoluiu nos séculos seguintes. O surgimento de novos conceitos e técnicas provocaram inovações que são chamadas de paradigmas administrativos. 2.1.4.1 Paradigmas São modelos ou padrões que servem de referência para explicar como lidar com diversas situações. Os principais paradigmas são: - Premissa ou hipótese: faz com que a pessoa entenda sobre a organização e administre-a da melhor maneira; - Modelos de administração e organização: apresenta técnicas e soluções para a administração; - Contexto: compreende as circunstâncias dentro da organização. 2.1.4.2 Processo É o conjunto ou sequência de atividades interligadas. O processo baseia-se dês do recebimento de recursos (trabalho humano, materiais, energia, equipamento) até a transformação em produtos, serviços ou informações, que são devolvidos ao ambiente. 5 Figura 01: Ciclo básico de processos. Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 2.1.5 Administração de Processos A administração de processos consiste em administrar todas as etapas – como uma corrente – e não departamentos isolados. A principal finalidade desta administração é a orientação para a eficiência e eficácia dos processos principais, também o atendimento de um produto em menor tempo possível. Os processos administrativos compreendem em cinco funções distintas: planejamento, organização, liderança, execução e controle. Cada processo está interligado com o outro, o administrador deve ter um bom sistema de raciocínio para entrar informações e sair decisões. As decisões para o planejamento devem produzir informações para a organização, que deve organizar e executar, tento sempre um controle. 2.1.5.1 Planejar O planejamento é uma ferramenta para administrar as relações com o futuro; para planejar envolve-se análise, avaliações nas alternativas e escolha. As três principais etapas do planejamento são: Pedido do cliente Espicificaçõ es do produto Encomendas para fornecedores Compra da matéria-prima Produto que o cliente encomendou Entrega Conta a receber 6 Dados de entrada Processo de planejamento Elaboração da execução ANÁLISAR •objetivos •trabalhos DIVIDIR •trabalho DEFINIR •responsabilidades •autoridade - Aquisição de dados de entrada: onde o administrador coleta dados sobre o presente, passado e futuro do ambiente interno e externo para verificar as necessidades, desejos, ameaças e possibilidades; - Processamento dos dados de entrada: onde o administrador transforma as informações coletadas em decisões; - Preparação do plano: processo que consiste em o administrador preparar como deve ser feita a execução da sua decisão. Figura 02: Processo básico de planejamento. Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 2.1.5.2 Organizar A organização é um processo essencial para executar os planos e gerar resultado. Lembre-se que estamos falando agora de organização como uma característica e não como uma empresa. Normalmente, as etapas para organização são respectivamente: analisar os objetivos e os trabalhos que devem ser realizados, fazer a divisão deste trabalho, definir as responsabilidades de cada colaborador e definir os níveis de autoridade. Objetivos são resultados que queremos alcançar, são os fins, os propósitos, as intenções onde queremos chegar. O objetivo pode ser uma situação desejada, a realização de um produto ou de um evento. Figura 03: Processo de organização. Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 7 LÍDERSer flexivel Comunicar Direcionar Motivar Ser determinado Participar Tomar decisões Ter iniciativa 2.1.5.3 Liderar Para que todos os processos administrativos (planejamento, organização, execução e controle) ocorram, precisa-se de pessoas e, para trabalhar com pessoas precisa-se do processo de liderança. A liderança não é somente uma atividade que se baseia em dar ordens e sim em direcionar, motivar, comunicar-se, participar e extrair o melhor de cada pessoa. Figura 04: Características de um líder. Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 2.1.5.4 Executar A execução nada mais é do que realizar a atividade planejada, ela varia de empresa para empresa, pois depende do planejamento que foi feito e do objetivo a ser atingido. Explicitamente ou implicitamente, sempre há um plano para a realização de uma atividade que envolva gasto de energia física ou mental, esta realização é a execução, ela baseia-se no planejamento e na organização e gera o resultado final. 8 Figura 05: Processo básico de execução. Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 2.1.5.5 Controlar O controle analisa a execução, comparando a com o que foi planejado; tem o objetivo de mostrar possíveis desvios e propor alternativas para dificuldades encontradas durante o processo. Ele assegura que o cumprimento da tarefa está sendo realizado exatamente da maneira que foi planejado.O controle depende do planejamento e do processo de execução, ele precisa de informações sobre os objetivos e faz uma ação corretiva caso algo não esteja dentro do planejado e desejado. Figura 06: Ciclo básico de controle. Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 9 2.2 Habilidades e qualidades. Para um bom desempenho de qualquer função ou cargo deve-se haver habilidade e qualidade. 2.2.1 Habilidade Habilidades são competências que determinam o grau de eficiência e eficácia do funcionário em determinada atividade. 2.2.1.1 Habilidades segundo Kartz Robert L. Katz foi um dos autores que estudou sobre habilidades gerenciais, ele dividiu estas habilidades em três categorias: Habilidade técnica: ter conhecimento sobre tudo que está dentro do campo de sua especialização. Habilidade humana: compreender sobre pessoas e suas necessidades, interesses e atitudes. Habilidade conceitual: compreender e lidar com a organização e formular estratégicas. 2.2.1.2 Habilidades segundo Mintzberg Segundo Mintzberg as pessoas precisam de oportunidades para que possam desenvolver e aprimorar suas habilidades. Ele identificou maior número de habilidades que Kartz, estas habilidades são: Habilidade de relacionamento com o colega: manter relações formais e informais com as pessoas no seu cotidiano. Habilidade de liderança: respeito à hierarquia; habilidade necessária para realização de tarefas que envolvam equipes subordinadas. Habilidade de resolução de conflito: tomar decisões para resolver distúrbios. 10 Habilidade de processamento de informações: construir redes informais e desenvolver a comunicação. Habilidade de tomar decisões em condições de ambiguidade: para Mintzberg, ambiguidade é o que acontece quando o gerente tem pouca informação para resolver o problema, então, esta habilidade consiste em tomar muitas decisões em curtos períodos e, às vezes, com poucas informações. Habilidades de alocação de recursos: definir prioridades para utilização de recursos limitados. Habilidades de empreendedor: busca por oportunidades e implementação de mudanças organizacionais. Habilidade de introspecção: capacidade de reflexão e autoanálise. 2.2.2 Qualidade Qualidade é a aplicação dos melhores talentos para produzir resultados mais elevados; procurar sempre alcançar o padrão mais alto. Para termos um produto ou serviço de qualidade, temos que atender alguns conceitos, dentre eles: Excelência: superioridade em relação ao semelhante. Valor: ideia de que o produto mais caro é melhor e, de que se você quer qualidade, tem que pagar por ela. Especificações: características (comprimento, peso, cor, composição, quantidade, sabor, comportamento) de um produto ou serviço. Conformidade com especificações: qualidade planejada que atende as especificações do cliente. Regularidade: minimização ou redução da variação. Adequação ao uso: atender as necessidades ou interesses dos clientes com um produto capaz de cumprir a finalidade e com um produto que não possua deficiências. Contudo, para obtermos qualidade, temos também um custo, pois precisamos investir para que a qualidade seja alcançada e mantida. Dentre estes custos, temos: 11 - Custos de prevenção: onde se encaixam os custos para evitar a ocorrência de possíveis erros ou defeitos - planejamento de processo de controle; treinamento para a qualidade; manutenção preventiva; - Custos de avaliação: custos avaliativos da qualidade do sistema de produção e de serviços – testes de matéria prima; aquisição de equipamentos especializados para avaliação dos produtos; elaboração de relatórios. A não-qualidade também gera custos, melhor dizendo, a falta de qualidade gera prejuízo. Estes custos podem ser: - Internos: identificados antes do produto ser expedido; - Externo: onde o defeito só é identificado quando já está com o cliente. 2.3 Estratégia, modelos de administração e processo decisório. No final dos anos 70, dez anos depois da estratégia ter se estabelecido como uma disciplina bem definida, a administração consolidou-se com ela. O administrador deve utilizar planejamentos estratégicos para ter melhores resultados, este processo consiste em elaborar estratégias para a tomada de decisões sobre o padrão que a organização quer seguir, consiste em estruturar e esclarecer a visão dos caminhos que a empresa deve seguir e os objetivos a serem alcançados. O líder não deve só planejar estrategicamente e sim, implementar estas estratégias, ou seja, coloca-las em prática, acompanha-las, controla-las e avalia-las. O estudo da vantagem competitiva é outro fator que ajuda o administrador a se sobressair e distinguir-se sobre a concorrência, ajudando-o a entender as razões pelas quais os consumidores preferem aquele determinado produto ou serviço, em vez do outro, ajudando-o também na qualidade do projeto, do produto e do serviço, da eficiência e do baixo custo das operações dos recursos, na liderança, na inovação e nas relações interpessoais. Autoridade, obediência, liderança, disciplina e autonomia, são outras características dos administradores além deles saberem utilizar e planejar as estratégias e, a forma com que esses ingredientes são dosados, determina o tipo do modelo de administração. Existem dois modelos, o diretivo e o participativo: Modelo diretivo: utiliza a autoridade formal, a burocracia e seus mecanismos, para obter a obediência. Neste modelo os administradores são considerados chefes e não líderes e eles não são questionados, quanto mais fortes a autoridade deles e 12 menor a autonomia das pessoas de cargos inferiores, mais diretivo é o modelo administrativo. Modelo participativo: predomina a liderança, a disciplina e a autonomia, nas organizações com esse modelo, as pessoas são responsáveis por seu próprio comportamento e seu próprio desempenho. Quanto maior a autonomia das pessoas e maior a possibilidade de elas tomarem suas próprias decisões, mais participativo é o modelo. No dia a dia do administrador, milhões de decisões são tomadas, para eles decidirem muitas vezes passam pelo chamado processo decisório, processo este que vai além de uma simples conversa. Existem três modalidades principais de envolvimento nesses processos, a decisão participativa, as equipes autogeridas ou a participação na direção da empresa: Decisões participativas: podem ser consultivas ou compartilhadas. Consultivas quando se faz consultas para pedir opiniões. Lembrando que pedir opinião não significa que o administrador vá seguir o que foi dito, ou seja, ele não abriu mão de tomar a decisão final. E, aquelas decisões tomadas a partir de um consenso entre o grupo, que é a decisão compartilhada. Equipes autogeridas: onde se tem autonomia para decidir, responsabilidade pelo próprio resultado, interação entre grupos distintos, clareza e conhecimento por todos os integrantes, liderança por diferentes pessoas e auto-organização. Participação na direção: participar institucionalmente da estrutura de poder da organização, em outras palavras, pessoas que ás vezes nem é funcionário da empresa, participa da tomada de decisão sobre ela. 13 3 CONTABILIDADE E SEUS CONCEITOS O contador é o profissional que cuida das questões financeiras, tributárias, econômicas e patrimoniais de uma empresa. Em seu cotidiano, lida com planilhas, demonstrativos de resultados, contas a pagar e a receber e guias de impostos. Ele é indispensável em qualquer tipo de organização, pois acompanha as transações da empresa desde sua abertura até o encerramento de suas atividades. Este profissional realiza mensalmente o fechamento da folha de pagamento, calculando possíveis faltas e horas-extras. Além dos registros contábeis obrigatórios, o contador pode elaboraroutras demonstrações financeiras de acordo com a necessidade dos gestores da empresa. Ele é capaz de descobrir o problema e de onde ele vem, auxiliando os diretores e os processos de tomadas de decisões. A Contabilidade demonstra algumas vantagens para as empresas, oferece maior controle financeiro e econômico, facilita as linhas de crédito com os fornecedores e bancos, prova aos sócios a situação patrimonial e a demonstração dos lucros e prejuízos acumulados. Os conceitos abaixo nos ajudarão a entender ainda mais sobre o contador, a contabilidade, os demonstrativos e suas finalidades. 3.1 Surgimento da contabilidade, custos industriais e de serviços. A contabilidade surgiu pela necessidade de acompanhar a evolução do patrimônio, por volta de 2000 a.C. de uma forma rudimentar, com o desenvolvimento do comércio pela Índia, deu-se o surgimento do Mercantilismo, da burguesia e com isso a descoberta de diversos campos de conhecimento, ocorrendo daí a maturidade da contabilidade que foi evoluindo lentamente ao longo dos séculos. A expansão da contabilidade é mais vista a partir da era industrial, onde se tem informações e onde se desenvolve novas teorias – principalmente as teorias relacionadas a custos industriais –. No período pós-industrial surgem os custos dos serviços. Teoria de custos industriais e custos de serviços: custos são a soma de gastos que a organização realiza em bens e serviços com o objetivo de produzir e comercializar outros bens. Os custos industriais têm como base a soma dos custos dos materiais (matérias-primas, materiais secundários, embalagens), da mão de obra (gastos com 14 as pessoas envolvidas na fabricação – salários, encargos sociais, refeições –) e dos gastos gerais de fabricação (gastos necessários para a fabricação do produto). 3.2 Demonstrações contábeis. Demonstrações contábeis ou demonstrações financeiras são um conjunto de técnicas que oferecem uma visão geral da situação financeira de uma empresa em determinado momento. As demonstrações oferecem um canal de comunicação com diversas pessoas, elas são um ponto de partida para análises posteriores. 3.2.1 Os benefícios das demonstrações. As informações contidas nas demonstrações contábeis permitem decidir se o momento é adequado para dar sequência aos investimentos ou para cortar gastos. Elas também ajudam a empresa de várias formas, dentre essas formas podemos citar a melhor tomada de decisões, a pontualidade no pagamento, a preparação para o IR, a prova de sucesso e a prevenção de erros. Melhor tomada de decisões: Os relatórios de contábeis são de extrema importância dentro de uma empresa. É a partir da análise deles que é possível decidir as melhores estratégias e optar por soluções que vão de encontro às necessidades atuais da empresa. Assim pode se ter um controle do progresso e identificar oportunidades de crescimento. Maior pontualidade nos pagamentos: Os relatórios financeiros que apresentam “contas a receber e contas a pagar”, são primordiais para que os clientes paguem a tempo e certificarão que os fornecedores também sejam remunerados a tempo. Preparação para o Imposto de Renda: Com as informações contidas nos relatórios em dia a declaração do IR é mais simples, fazendo com que não haja problemas ao declarar, pois as informações estarão todas regularizadas. Fornecimento da prova do seu sucesso: São através dos relatórios financeiros que se registra o sucesso de uma organização. Caso houver o interesse de vender a empresa ou conquistar novos sócios, essas pessoas examinaram os demonstrativos para definir se devem conduzir as parcerias com o empreendimento. 15 Prevenção de erros graves: Ao se ter um cronograma estabelecido, para revisar seus relatórios contábeis é possível identificar falhas, atividades ilegais, roubo, fraude ou qualquer outro tipo de divergência dentro da organização. 3.2.2 Etapas para a construção das demonstrações. Para elaborar as demonstrações contábeis o contador deve seguir o seguinte processo: Captação: Sendo a primeira etapa, onde há o recolhimento de dados que possam afetar a empresa. Nesta etapa são analisados contratos, notas fiscais, recibos, laudos, tudo que tenha relação com a empresa e possam afeta-la de alguma maneira. Reconhecimento: Etapa onde se faz um questionamento para definir se o dado captado deve ser reconhecido ou não. Processo de acumulação: Após o reconhecimento dos dados, todas as informações devem ser organizadas em um banco de dados. A maioria das empresas adotam sistemas informatizados para que possam ter um acesso mais rápido e prático a essas informações. Sumarização: Ato de transformar as informações coletadas e acumuladas em demonstrações contábeis. Evidenciação: Sendo a última etapa, onde são divulgadas as demonstrações contábeis aos usuários para que eles analisem e tomem as decisões cabíveis. 3.2.3 As demonstrações contábeis. O contador deve atualizar sempre as informações para que os resultados nas demonstrações financeiras sejam reais e para que as informações oferecidas pela demonstração sejam atuais sobre a situação da organização. Com as muitas mudanças que ocorreram no cenário internacional, a lei 6.404/76 foi alterada pela lei 11.638/07 e um novo procedimento foi exigido. Esse procedimento faz com que a linguagem dos negócios seja atendida da mesma forma em todos os lugares. 16 Quadro 01: Comparativo das principais “novidades” na alteração das leis. Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Lei 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Publicação das Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos – Doar. Publicação das Demonstrações dos Fluxos de Caixas – DFC. Não havia a exigência da publicação da Demonstração do Valor Adicionado – DVA para as companhias abertas. Obrigatoriedade da publicação da Demonstração do Valor Adicionado – DVA para as companhias abertas. Os aumentos de valores nos saldos de ativos serão registrados com Reserva de Reavaliação, no Patrimônio Líquido. Os aumentos ou diminuições de valores nos saldos de ativos e passivos decorrentes de avaliações e preço de mercado serão registrados na conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial, no Patrimônio Líquido. O ativo permanente é dividido em: investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido. Ativo permanente passa a ser dividido em: investimentos, imobilizado, intangível e diferido. Nas operações de incorporação, fusão ou cisão, os saldos vertidos poderão ser registrados pelos valores contábeis. Os saldos serão vertidos a valor de mercados nos casos de: fusões, cisões ou incorporações. O Patrimônio Líquido: capital social reserva de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros ou prejuízos acumulados. O Patrimônio Líquido: capital social reserva de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. As companhias abertas são obrigadas a publicar as suas demonstrações contábeis devidamente auditadas. As companhias fechadas são obrigadas a publicar suas demonstrações contábeis. As companhias abertas e as sociedades de grande porte de capital fechado são obrigadas a apresentar demonstrações contábeis segundo os mesmos padrões da Lei das S/A. e auditadas por auditores independentes. A escrituração contábil será efetuada de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos, podendo registrar nos livros comercias ou em livros auxiliares os ajustes decorrentes da legislação tributária. Deverá ocorrer segregação entre escrituração mercantil e tributária. A CVM expedirá normas contábeis de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos. A CVM expedirá normas contábeis em consonância com as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) As sociedadescontroladas devem ser avaliadas pelo método da equivalência patrimonial. As sociedades controladas, sociedades que fazem parte do mesmo grupo que estejam sob influência e controle comum, devem ser avaliadas pelo método de equivalência patrimonial. Fonte: http://www.contabeis.com.br/artigos/790/a-nova-visao-contabil-apos-a-lei-116382007/ http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/incorporacao http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/capital_social http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/capital_social http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/capital_social http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/capital_social http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/ifrs 17 As demonstrações das mutações do patrimônio líquido, as demonstrações do valor adicionado, as demonstrações dos fluxos de caixa, as demonstrações do valor adicionado e o balanço patrimonial tiveram que se reformular e adequar-se na lei. Contudo, as informações contidas neles continuaram a ser indispensáveis e essências para a organização. Os demonstrativos obrigatórios em qualquer circunstância são: Balanço Patrimonial Demonstração do Resultado de Exercício Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados Demonstração dos Fluxos de Caixa A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido não é obrigatória, porém se apresentada dispensará – por já ter incorporada em si –, a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados. A Demonstração do Valor Adicionado é obrigatória em companhias abertas. Veremos agora sobre cada demonstração, as informações contidas nelas e suas respectivas estruturas. 3.2.3.1 Balanço Patrimonial O Balanço Patrimonial é obrigatório e pode ser considerado o principal demonstrativo. Ele consiste em uma apresentação equilibrada, resumida e ordenada dos valores integrantes da organização em determinado momento. À esquerda, no Balanço Patrimonial, encontra-se o Ativo, à direita o Passivo. Não se pode aplicar um valor maior de recursos do que aquele que se pode obter. Com esta informação concluímos que o Ativo é igual o Passivo, ou seja, BENS + DIREITOS = OBRIGAÇÕES + PATRIMÔNIO LÍQUIDO. 18 3.2.3.1.1 Estrutura e análise Quadro 02: Estrutura do Balanço Patrimonial BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO (APLICAÇÕES) PASSIVO (ORIGENS) ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades; Valores realizáveis no exercício seguinte; Despesas do exercício seguinte. ATIVO NÃO CIRCULANTE - Realizável a longo prazo Valores realizáveis após o termino do exercício seguinte; Direitos de prazo duvidosos. - Investimentos Participação permanentes em outras sociedades; Bens destinados a renda. - Imobilizado Bens e direitos necessários à manutenção da atividade; Dedução: depreciação, amortização ou exaustão acumulada. - Intangível . Fundo de comércio; amortização acumulada do fundo de comércio. PASSIVO CIRCULANTE Obrigações vencíveis no exercício seguinte. PASSIVO NÃO CIRCULANTE - Exigível a longo prazo Obrigações vencíveis após o término do exercício seguinte; Obrigações de prazo duvidoso. PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Capital social Capital subscrito; Dedução: capital a realizar. - Reservas de capital Ganhos não derivados da movimentação dos valores do Ativo; Correção monetária do capital realizado. - Ajuste de avaliação patrimonial Contrapartida de novas avaliações de bens do ativo fixo. - Reservas de lucros Valores transferidos de lucros acumulados. - Ações em tesouraria Valores que ainda estão em posse dos sócios. - Prejuízos acumulados Fonte: http://www.contabeis.com.br/artigos/790/a-nova-visao-contabil-apos-a-lei-116382007/ 19 3.2.3.1.1.1 Ativo O ativo indica a natureza dos valores nos quais utilizou recursos. As contas dele devem ser dispostas em ordem crescente dos prazos estabelecidos ou esperados de realização. Assim, começamos pelo grupo a qual os valores são convertidos mais rapidamente em moeda e terminamos com aqueles que não serão transformados. 3.2.3.1.1.1.1 Ativo circulante São os valores já representados em moedas ou que serão convertidos em um ano; compreende os valores disponíveis e os realizáveis no próximo exercício. - Disponibilidades: caixa; depósitos bancários à vista. - Créditos: duplicatas a receber; empréstimos e adiantamentos diversos; títulos e valores imobiliários. - Estoques: mercadorias para revenda; produtos acabados; produtos em elaboração; matérias-primas; materiais de consumo. - Despesas do exercício seguinte: despesas antecipadas, diferidas ou a vencer; juros, seguros, aluguéis. 3.2.3.1.1.1.2 Ativo não circulante São os bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do empreendimento. 3.2.3.1.1.1.2.1 Realizável a Longo Prazo Compreende nos valores realizáveis após o fim do exercício seguinte e os de prazo de realização incertos. - Valores realizáveis em prazo superior a um ano: duplicatas a receber; empréstimos e adiantamentos diversos; títulos e valores imobiliários; mercadorias para revenda; produtos 20 acabados; produtos em elaboração; matérias-primas; materiais de consumo; despesas antecipadas, diferidas ou a vencer; juros, seguros, aluguéis. - Valores com prazo de realização incerto ou duvidoso: depósitos judiciais; depósitos de sócios, diretores e firmas interligadas. 3.2.3.1.1.1.2.2 Investimentos Aplicações em outras empresas e em bens que produzem renda. - Participações em interligadas (controladas, coligadas); - Participações em outras empresas; - Participações decorrentes de incentivos fiscais: turismo, pesca. 3.2.3.1.1.1.2.3 Imobilizado Aplicações em valores necessários para manutenção. - Bens de uso: imóveis, móveis, maquinas, veículos; - Direitos de exploração: minas, florestas; 3.2.3.1.1.1.2.4 Intangível Bens que não podem ser tocados ou vistos, já que são incorpóreos. Eles possuem valor econômico, mas carecem de substância física. - Despesas incorridas durante o período de desenvolvimento, construção e implantação de projetos, anteriores ao início das operações sociais; - Despesas incorridas com pesquisas e desenvolvimento de novos produtos, métodos e fórmulas de fabricação, modernização e reorganização da empresa. 3.2.3.1.1.2 Passivo 21 O passivo indica a origem dos valores que possibilitaram as aplicações no Ativo. As contas devem ser dispostas pelo prazo de exigibilidade, ou seja, deve-se começar pelo grupo cujos valores são exigíveis rapidamente e finalizar por aqueles que nunca serão exigidos. 3.2.3.1.1.2.1 Passivo circulante Dívidas que devem ser recuperadas no exercício seguinte ao de encerramento do balanço. - Duplicatas a pagar; - Impostos a pagar; - Contribuições a recolher; - Empréstimos bancários; - Previsões para pagamentos de despesas; - Credores diversos. 3.2.3.1.1.2.2 Passivo não circulante Obrigações que devem ser quitadas cujos vencimentos ocorrerão após o final do exercício seguinte ao encerramento do balanço patrimonial. 3.2.3.1.1.2.2.1 Exigível a Longo Prazo Obrigações vencidas em prazo superior a um ano. - Duplicatas a pagar; - Impostos a pagar; - Contribuições a recolher; - Empréstimos bancários; - Previsões para pagamentos de despesas; - Credores diversos; - Obrigações de prazo duvidoso: créditos de sócios, diretores, firmas interligadas. 22 3.2.3.1.1.3 Patrimônio líquido Valor contábil pertencente aos sócios ou acionistas. 3.2.3.1.1.3.1 Capital social: Capital subscrito, ou seja, que foi efetivamente colocada à disposição da empresa.3.2.3.1.1.3.2 Reservas de capital Valores recebidos pela empresa e que não transitam pelo resultado, por não se referirem à entrega de bens ou serviços pela empresa. - Correção monetária do capital realizado; - Ágio na alienação de ações e partes beneficiárias; - Prêmios, doações E subvenções. 3.2.3.1.1.3.3 Ajuste de avaliação patrimonial São reservas de reavaliação. - Novas avaliações de bens do Ativo: reavaliações de imóveis e de outros bens. 3.2.3.1.1.3.4 Reservas de lucros São recursos transmitidos de resultados positivos. - Reservas legais, estatutárias; - Reservas para contingências. 3.2.3.1.1.3.5 Ações em tesouraria 23 São ações da própria empresa por ela adquiridas. Não dão direito a dividendo, nem a voto. 3.2.3.1.1.3.6 Prejuízos acumulados São resultado apurado após a comparação das receitas e despesas, onde as despesas se apresentam maiores. 3.2.3.1.2 Estrutura em reais Quadro 03: Estrutura do Balanço Patrimonial em reais BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO (APLICAÇÕES) PASSIVO (ORIGENS) ATIVO CIRCULANTE ... R$ 200.000,00 - Disponibilidades ......... R$ 60.000,00 Caixa .......................... R$ 60.000,00 - Créditos ...................... R$ 55.000,00 Duplicatas a receber .. R$ 25.000,00 Empréstimos .............. R$ 30.000,00 - Estoques .................... R$ 45.000,00 Mercadorias para revenda ........................ R$ 25.000,00 Matéria-prima ............. R$ 20.000,00 - Despesas do exercício seguinte ........................ R$ 40.000,00 ATIVO NÃO CIRCULANTE ............ R$ 120.000,00 - Realizável a longo prazo ............................ R$ 20.000,00 - Investimentos ............. R$ 40.000,00 Participações em outras empresas ...................... R$ 27.000,00 Participações decorrentes de incentivos fiscais ............................. R$ 13.000,00 - Imobilizado ................. R$ 30.000,00 - Intangível .................... R$ 30.000,00 PASSIVO CIRCULANTE............. R$ 120.000,00 Duplicatas a pagar ..... R$ 27.000,00 Impostos a pagar ....... R$ 28.000,00 Contribuições a recolher ........................ R$ 14.000,00 Empréstimos bancários ...................... R$ 13.000,00 Previsões para pagamentos de despesas ............................................. R$ 29.000,00 Credores diversos ........ R$ 9.000,00 PASSIVO NÃO CIRCULANTE .............. R$ 60.000,00 - Exigível a longo prazo ............................ R$ 60.000,00 Duplicatas a pagar ............... R$ 10.000,00 Impostos a pagar ........ R$ 12.000,00 Contribuições a recolher ......................... R$ 8.000,00 Empréstimos bancários ...................... R$ 15.000,00 Previsões para pagamentos de despesas ............................................. R$ 15.000,00 24 TOTAL DO ATIVO ...... R$ 320.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO ..................... R$ 157.000,00 - Capital social .............. R$ 40.000,00 Correção monetária do capital realizado ....................... R$ 17.000,00 Prêmios ...................... R$ 23.000,00 - Reservas de capital ... R$ 35.000,00 - Ajuste de avaliação patrimonial .................... R$ 20.000,00 - Reservas de lucros ............ R$ 22.000,00 - Ações em tesouraria.......... R$ 23.000,00 - Prejuízos acumulados ............... (R$ 17.000,00) TOTAL DO PASSIVO . R$ 320.000,00 Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 3.2.3.2 Demonstração do Resultado de Exercício A demonstração do Resultado de Exercício mostra o lucro e o prejuízo. Ela evidência o resultado das operações de um período provocado pela movimentação dos valores aplicados no Ativo e o lucro líquido (parcela que está disponível para os sócios retirarem). 3.2.3.2.1 Estrutura e análise Quadro 04: Estrutura da DRE DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO RECEITA BRUTA (-) Deduções da receita bruta = RECEITA LÍQUIDA (-) Custos da receita líquida = LUCRO BRUTO (+) Outras receitas operacionais (-) Despesas operacionais = RESULTADO OPERACIONAL (-) Despesas operacionais (+) Receitas financeiras 25 (+/-) Resultado da correção monetária (+/-) Outras receitas/despesas = RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (-) Provisão para o imposto de renda = RESULTADO PÓS-PROVISÃO E ANTES DE PARTICIPAÇÕES (-) Participação de terceiros = RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Fonte: http://www.contabeis.com.br/artigos/790/a-nova-visao-contabil-apos-a-lei-116382007/ 3.2.3.2.1.1 Receita bruta Faturamento da organização. - Vendas de Produtos; - Vendas de Mercadorias; - Prestação de Serviços. 3.2.3.2.1.1.1 • Deduções da receita bruta Retirada de um valor da receita bruta por algum fator especifico. - Devoluções de Vendas; - Abatimentos; - Impostos e contribuições incidentes sobre vendas. 3.2.3.2.1.1.1.1 Receita líquida Resultado da receita bruta menos as deduções. 3.2.3.2.1.1.1.2 Custos da receita líquida: Desconto de custos dependendo do tipo de organização. - Despesas de mercadorias vendidas; 26 - Serviços prestados 3.2.3.2.1.1.1.3 Lucro bruto Diferença entre a receita líquida e o gasto na produção. 3.2.3.2.1.1.1.3.1 Outras receitas operacionais - Receitas financeiras líquidas; - Variações monetárias; - Rendimentos derivados de investimentos e de imóveis locados; - Reversão de provisões não utilizadas. 3.2.3.2.1.1.1.3.2 Despesas operacionais São as despesas não enquadradas nas deduções da receita bruta ou no custo de mercadorias. Elas não são diretamente ligadas ao processo de produção, por isso, nas indústrias, são chamadas de despesas indiretas: - Despesas mercantis: salários e comissões; gastos com publicidade, pesquisas, brindes. - Despesas financeiras líquidas: juros pagos; correção monetária sobre financiamento; variações monetárias de obrigações. - Despesas tributárias: taxas e impostos não incluídos como dedução da receita bruta. - Despesas administrativas: salários, honorários, material para expediente e aluguel de imóveis que não estão relacionados a produção, ou seja, que estão relacionados aos escritórios administrativo, aos diretores. - Depreciações e amortizações – aplicações sobre valores e bens não utilizados na produção: depreciação de móveis, máquinas e instalações do escritório; despesas de reorganização administrativa. - Outras provisões: devedores duvidosos; ajustes de estoque; ajuste de títulos e valores mobiliários. 27 3.2.3.2.1.1.1.3.3 Resultado operacional Resultado gerado por toda operação do negócio. 3.2.3.2.1.1.1.3.4 Despesas operacionais São as despesas não computadas nos custos. - Despesas com vendas; - Despesas administrativas; - Despesas comerciais. 3.2.3.2.1.1.1.3.5 Receitas financeiras Ganhos que a própria empresa alcançou ao investir em títulos públicos, títulos privados, outras ações ou fundos de investimento. - Juros recebidos; - Descontos obtidos; - Lucro na operação de reporte; - Rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa; - Prêmios de resgate de títulos ou debêntures; - Variações monetárias positivas. 3.2.3.2.1.1.1.3.6 Resultado da correção monetária Se a correção possuir saldo devedor será considerado como despesa, se for credor considera-se como receita. Assim, diminuirá ou aumentará o lucro, respectivamente. 3.2.3.2.1.1.1.3.7 Outras receitas ou despesas 28 Provém da atividade secundária ou derivada da empresa. 3.2.3.2.1.1.1.3.8 Resultado antes do Imposto de Renda Lucro líquido do exercício, antes da dedução do Imposto. 3.2.3.2.1.1.1.3.9 Provisão para o Imposto de Renda Valor que a empresa deixa como reserva para pagamento do Imposto de renda que será apurado no final do exercício. 3.2.3.2.1.1.1.3.10Resultado pós-provisão e antes das participações É o resultado após a retirada do valor pago pelo Imposto de Renda e antes dos sócios, acionistas e empregados retirarem suas participações. 3.2.3.2.1.1.1.3.11 Participação de terceiros Remunerações atribuídas a beneficiários. - Provisão para imposto de renda. - Despesas com administradores ou diretores. - Empregados: Direta: gratificações, 14° salário; Indireta: contribuições espontâneas da empresa. 3.2.3.2.1.1.1.3.12 Resultado líquido do exercício Resultado final do período. 29 3.2.3.2.2 Estrutura em reais Quadro 05: Estrutura da DRE em reais DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO RECEITA BRUTA .................................................................................... R$100.000,00 (-) Deduções da receita bruta ...................................................................... R$ 10.000,00 Descontos sobre vendas .......................................................................... R$ 1.000,00 Devoluções de vendas .............................................................................R$ 3.000,00 Tributos diretos sobre vendas ................................................................. R$ 6.000,00 = RECEITA LÍQUIDA .............................................................................. R$ 90.000,00 (-) Custos da receita líquida ........................................................................ R$ 50.000,00 = LUCRO BRUTO ..................................................................................... R$ 40.000,00 (+) Outras receitas operacionais ................................................................... R$ 4.000,00 (-) Despesas operacionais ........................................................................... R$ 15.000,00 Despesas administrativas ......................................................................... R$ 7.000,00 Despesas comerciais ................................................................................ R$ 5.000,00 Outras despesas operacionais .................................................................. R$ 3.000,00 = RESULTADO OPERACIONAL ............................................................ R$ 29.000,00 (-) Despesas operacionais ........................................................................... R$ 15.000,00 Despesas com vendas ............................................................................... R$ 6.000,00 Despesas administrativas ......................................................................... R$ 4.000,00 Despesas comerciais ................................................................................. R$ 5.000,00 (+) Receitas financeiras ................................................................................ R$ 7.000,00 Juros recebidos ..................................................................................... R$ 4.000,00 Descontos obtidos ................................................................................ R$ 3.000,00 (+) Resultado da correção monetária ............................................................ R$ 5.000,00 (+) Outras receitas ......................................................................................... R$ 4.000,00 = RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA ............................. R$ 30.000,00 (-) Provisão para o imposto de renda ............................................................ R$ 6.000,00 = RESULTADO PÓS-PROVISÃO E ANTES DE PARTICIPAÇÕES ..................................................................................... R$ 24.000,00 (-) Participação de terceiros .......................................................................... R$ 7.000,00 Pagamento de 14° salário ......................................................................... R$ 4.000,00 30 Despesas com diretores ........................................................ R$ 3.000,00 = RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO ............................... R$ 17.000,00 Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 3.2.3.3 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados mostra os elementos que provocaram modificação na conta “Lucros/Prejuízos Acumulados”, também demonstra como foi distribuído o resultado do exercício, o saldo acumulado dos exercícios anteriores e qual parcela restou para uma possível distribuição futura. Esta demonstração é considerada um complemento para a Demonstração do Resultado do Exercício. Ela pode ser feita isoladamente ou junto com as demais contas do Patrimônio Líquido. Caso a empresa escolha fazer junto com as contas do Patrimônio Líquido deve-se elaborar outro tipo de demonstração, a chamada Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, que veremos no próximo item. 3.2.3.3.1 Estrutura e análise Quadro 06: Estrutura da DLPA DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS SALDO NO INÍCIO DO PERÍODO (+) ou (-) Ajustes de exercícios anteriores (+) Correção monetária do saldo inicial = SALDO INICIAL AJUSTADO E CORRIGIDO (+) ou (-) Lucro/Prejuízo líquido do exercício (+) Reversões de reservas (-) Destinações durante o exercício = SALDO A DESTINAR (-) Transferências para reservas (-) Dividendos = SALDO NO FIM DO PERÍODO Fonte: retirado do livro Análise de Balanços, de Arnaldo Reis, página 84. 31 3.2.3.3.1.1 Saldo no início do período Saldo final apresentado na demonstração respectiva do último exercício. 3.2.3.3.1.2 Ajustes de exercícios anteriores Ajustes decorrentes de mudanças de critério contábil ou da retificação de erro atribuídos a exercícios anteriores. - Retificação de valores do Ativo decorrente de mudança de critério de avaliação ou de adoção de outros métodos de depreciação; - Depreciações, exaustões E amortizações, contabilizadas a maior ou menos em anos anteriores; - Erro na baixa do valor contábil de bens do Ativo e na apuração do saldo de correções monetárias. 3.2.3.3.1.3 Correção monetária do saldo inicial Correção pelo encerramento do exercício do saldo da conta “Lucros ou Prejuízos Acumulados” e das demais contas do “Patrimônio Líquido” 3.2.3.3.1.4 Saldo inicial ajustado e corrigido Saldo após inserir ou descontar respectivas contas. 3.2.3.3.1.5 Lucro/Prejuízo do exercício Lucro ou prejuízo líquido final da Demonstração do Resultado do Exercício. 3.2.3.3.1.6 Reversões de reservas 32 Alterações ocorridas nas contas que registram as reservas, mediante a reversão de valores para a conta Lucros Acumulados. - Reservas para contingências: revertidas automaticamente pelo valor do saldo não utilizado no período; - Reservas de lucros a realizar: revertidas somente parcelas de lucros realizados no período. 3.2.3.3.1.7 Destinações durante o exercício Parcelas do lucro acumulado que são distribuídas durante o exercício. - Parcelas transferidas para contas de Reservas; - Dividendos antecipados; - Parcela dos lucros incorporada ao Capital Social. 3.2.3.3.1.8 Saldo a destinar Valor que está à disposição e que deve ser designado. 3.2.3.3.1.9 Transferências para reservas Apropriações do lucro feitas para a constituição das reservas patrimoniais. 3.2.3.3.1.10 Dividendos Parcela do lucro distribuída aos acionistas por ocasião do encerramento do exercício social. 3.2.3.3.1.11 Saldo no fim do período Resultado final do período. 33 3.2.3.3.2 Estrutura em reais Quadro 07: Estrutura da DLPA em reais DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS SALDO NO INÍCIO DO PERÍODO ............................................................... R$ 1.400,00 (+) Ajustes de exercícios anteriores .................................................................... R$ 400,00(+) Correção monetária do saldo inicial .............................................................. R$ 300,00 = SALDO INICIAL AJUSTADO E CORRIGIDO ......................................... R$ 2.100,00 (+) Lucro líquido do exercício ............................................................................ R$ 700,00 (+) Reversões de reservas .................................................................................... R$ 200,00 Reservas para contingências .......................................................................... R$ 200,00 (-) Destinações durante o exercício ..................................................................... R$ 500,00 Dividendos antecipados ................................................................................. R$ 500,00 = SALDO A DESTINAR ................................................................................. R$ 2.500,00 (-) Transferências para reservas .......................................................................... R$ 560,00 (-) Dividendos ..................................................................................................... R$ 800,00 = SALDO NO FIM DO PERÍODO ................................................................. R$ 1.140,00 Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 3.2.3.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido demonstra as variações ocorridas em cada conta do Patrimônio Líquido, assim, ela inclui a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados. Esta demonstração não é obrigatória, mas se ela for elaborada torna dispensável a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados. 3.2.3.4.1 Variações do Patrimônio Líquido O Patrimônio Líquido representa o montante dos capitais próprios investidos na empresa e sua elevação representa o aumento da quantidade de recursos aplicados no negócio. 34 Esses recursos podem ser reais – aumentam a capacidade operacional – e nominais – não afetam a capacidade operacional –. São vários os fatores que modificam e determinam o saldo, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido determina o que provocou essas modificações. Veremos algumas possíveis causas a seguir: 3.2.3.4.1.1 Capital Social - integralização (+) - transferências de Reservas (+) - transferências de Lucros Acumulados (+) 3.2.3.4.1.2 Reserva de Capital - ágios, prêmios, doações (+) - correção monetária do Capital Social e das Reservas de Capital (+) - transferências de outras Reservas (+) - transferência para Capital (-) 3.2.3.4.1.3 Reservas de Reavaliação - novas reavaliações (+) - correção monetária (+) - transferência para Capital (-) 3.2.3.4.1.4 Reservas de Lucros - transferência do Lucro Líquido (+) - correção monetária (+) - transferência para Capital (-) - reversões (-) 35 3.2.3.4.1.5 Lucros Acumulados - apropriação do resultado do exercício (+/-) - correção monetária (+) - transferência para outras contas (-) - ajustes de exercícios anteriores (+/-) - destinação para dividendos (-) - reversões para reservas de lucro 3.2.3.4.2 Estruturas Quadro 08: Estrutura simplificada da DMPL DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO SALDOS INICIAIS Ajustes de exercícios anteriores (+) ou (-) Correção monetária (+) Transferências entre as contas de Reservas (+) ou (-) Integralização da conta Capital (+) Entrada de novas Reservas de Capital (+) Transferências de Reservas (-) para o Capital (+) Transferências do Resultado Líquido para Lucros Acumulados (+) ou (-) Transferências de Lucros Acumulados (-) para Capital (+) Transferências de Lucros Acumulados (-) para Reservas (+) Transferências de Lucros Acumulados (-) para distribuição de dividendos SALDOS FINAIS Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. Quadro 09: Estrutura completa da DMPL DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social Reservas de capital Reservas de reavaliação Reservas estatutárias Reserva legal Lucros acumulado s Total Saldos Aumento de capital Lucro líquido do ano Transferência s para 36 reservas Dividendos propostos Saldos Ajustes exercício anterior Aumento de capital com ágio Baixa reavaliação Lucro líquido do ano Transferência para reservas Dividendos propostos Saldos Dividendos por ação Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. 3.2.3.4.3 Estrutura em reais e análise geral Quadro 10: Estrutura completa da DMPL em reais DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital realizado RESERVAS DE CAPITAL RESERVAS DE LUCROS Lucros acumulado Total Histórico Ágio na Emissão de ações Subvenções para investimento Reservas Para contingências Reserva estatutária Reserva legal Saldo em 31/12/17 5.000,00 7.000,00 9.000,00 0,00 8.500,00 9.000,00 4.000,00 42.500,00 Ajustes de exercícios anteriores 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -2.000,00 -2.000,00 Aumento de Capital: - com lucros e 7.000,00 0,00 0,00 0,00 -3.000,00 - 4.000,00 0,00 0,00 37 reservas - por subscrição realizada 4.000,00 4.200,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 8.200,00 Lucro líquido 10.000,00 10.000,00 Proposta da admi- nistração de desti- nação do lucro: - Forma- ção da reserva legal - Forma- ção da reserva estatutária -Forma- ção de reserva para contingên- cias 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 7.000,00 0,00 4.000,00 0,00 3.000,00 0,00 0,00 -3.000,00 -4.000,00 -7.000,00 0,00 0,00 0,00 Dividen- dos a distribuir 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -3.500,00 -3.500,00 Saldo em 31/12/18 16.000,00 11.200,00 9.000,00 7.000,00 9.500,00 8.000,00 -5.500,00 55.200,00 Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018. A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é representa da seguinte maneira: divide-se uma tabela em várias colunas e em cada coluna é representada uma das contas do patrimônio da empresa; na última coluna é representado o total, ou seja, a soma de todas transações individuais. 3.2.3.5 Demonstração do Valor Adicionado A Demonstração do Valor Adicionado é obrigatória para todas as companhias abertas e tem como objetivo mostrar a riqueza total da empresa e como esta riqueza foi distribuída para os diversos setores que contribuíram para este resultado. 38 Pode-se dizer que esta demonstração é um complemento para a Demonstração do Resultado do Exercício mesmo que as duas demonstrações sejam distintas. A DVA foca na riqueza total gerada e na distribuição para os sócios, empregados, governo e os demais acionistas; A DRE visa demonstrar qual é o lucro líquido da empresa e considera algumas das distribuições da DVA como despesas. 3.2.3.5.1 Estrutura e análise Quadro 11: Estrutura da DVA DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO RECEITAS (-) Insumos adquiridos de terceiros = VALOR ADICIONADO BRUTO (-) Retenções = VALOR ADICONADO LÍQUIDO (+) Valor adicionado recebido em transferência = VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO Pessoal Impostos, taxas e contribuições Remuneração de capitais de terceiro Remuneração de capitais próprios
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