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ESTAGIO EDUCAÇAO INFANTIL II


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24
UESSBA- UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DO SERTÃO DA BAHIA
CURSO DE PEDAGOGIA
LUCIANE SANTOS DE JESUS
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II
EDUCAÇÃO INFANTIL
IRECÊ-BA
2015
LUCIANE SANTOS DE JESUS
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II
EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho apresentado à Faculdade do Sertão, como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina do Estágio Supervisionado I, sob a orientação da professora: Ellexsandra de Oliveira Souza.
 IRECÊ-BA
2015
AGRADECIMENTOS
Primeiramente а Deus, pois permitiu qυе tudo isso acontecesse, ао longo dе minha vida, nãо somente nestes anos como universitária, mаis еm todos оs momentos, é o maior mestre qυе alguém pode conhecer.
A UESSBA, pela oportunidade dе fazer о curso, e todo o corpo docente. A minha orientadora, pelo emprenho dedicado à elaboração deste trabalho. A todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte desta etapa da minha vida, о mеυ muito obrigado.
.
DEDICATORIA
Dedico este trabalho primeiramente а Deus, pоr ser essencial еm minha vida, autor do mеυ destino, mеυ guia, socorro presente nа hora dа angústia, aоs meus pais, meu irmão, meu marido, minha filha е a toda minha família que, cоm muito carinho е apoio, nãо mediram esforços para qυе еυ chegasse аté esta etapa, da minha vida.
Agradeço а Deus, pois sеm ele еυ nãо teria forças pаrа essa longa jornada, agradeço а meus professores е аоs meus colegas qυе caminharam junto comigo.
À professora Ellexsandra pela paciência nа orientação е incentivo qυе tornaram possível а conclusão deste trabalho.
RESUMO
O estágio é uma experiência de prática que nos dá orientação e a possibilidade de conviver com profissionais experientes, ter uma visão concreta do cotidiano da escola. Ter o contato diário com as crianças e vivenciar com elas a fase dos anos iniciais, assumindo o imprevisível, conviver com saberes rizomáticos que se tecem em teias dinâmicas que deixam se revelar ou não, aparecendo e desaparecendo, completamente mutáveis, deslizantes e complexos. E ao mesmo tempo fascinante por se tratarde uma Educação para a “paz” que comece já na primeira infância. A Educação Infantil torna-se, então, uma etapa imprescindível para a aprendizagem de valores, incluindo valores de acordo com uma cultura de paz, como o respeito, a cooperação, a igualdade, a ternura, autonomia, justiça e a solução de conflitos de forma pacífica, e também um espaço para brincar e ser feliz. Essa etapa educativa tão importante e marcante na vida de nossas crianças exige que seja atendida por profissionais com a devida formação, instrumentalização e paixão pelo trabalho que realizam, pois entendemos que não se faz educação sem investimento capital e humano. Pois quando propõe a trabalhar comcrianças bem pequenas, deve-se ter como princípio, conhecer seus interesses enecessidades.Isso significa saber verdadeiramente quem são, saber um pouco da história década uma, conhecer a família, as características de sua faixa etária, a fase de desenvolvimentoem que se encontra, além de considerar o tempo que permanecem na escola. Só assim pode-se compreender quais são as reais possibilidades dessas crianças, lembrando que, para elas, a classe inicial é a porta de entrada para uma vida social mais ampla, longe do ambiente familiar.
Palavras-chaves: Educação Infantil, Infância, Concepção de criança.
ABSTRACT
The stage is a practical experience that gives us guidance and the ability to get along with experienced professionals have a concrete vision of the school routine. Have daily contact with children and experience with them to phase in the early years, assuming the unpredictable, live with rhizomatic knowledge that are woven into dynamic webs that leave be revealed or not, appearing and disappearing, completely changing, sliding and complex. And at the same time fascinating because it is an Education for the "peace" that start as early as infancy. The Early Childhood Education becomes, then, an essential step in the learning values, including values ​​based on a culture of peace, such as respect, cooperation, equality, affection, autonomy, justice and conflict resolution peacefully, and also a space to play and be happy. This educational step so important and remarkable in the lives of our children requires to be answered by professionals with proper training, instrumentation and passion for their work, because we understand that is not done without education and human capital investment. For when proposes to work with very young children, should be taken as a principle, meet their interests and needs. This means truly know who they are, know a little history one decade, meet the family, the characteristics of their age group, the development phase that is in addition to considering the time remaining in the school. Just so you can understand what the real possibilities of these children are, remembering that, for them, the initial class is the gateway to a broader social life, away from familiar surroundings.
Keywords: Early Childhood Education, Childhood, Child Conception.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................6
1. JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS.............................................................8
1. REFERÊNCIALTÉORICO.......................................................................9
1. METODOLOGIA .....................................................................................16
1. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................20
1. REFERÊNCIAS ......................................................................................21
1. ANEXOS .................................................................................................22
1. INTRODUÇÃO
O presente estágio tem por objetivo discutir a trajetória da Educação Infantil, o caráter compensatório e a visão de infância predominante na sociedade atual. Realizado na Escola Municipal Laranjeiras, localizada na zona rural de Santa Cruz Cabrália. A fim de registrar às 60 horas de estágio supervisionado, sendo assim obrigatório conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional (LDB9394/96) para o curso de pedagogia.
De uma antiga venda, sem portas, janelas ou piso. Numa única sala feita de madeira, coberta de tablilhas. Com as carteiras cedidas pela prefeitura municipal, teve inicio, a Escola Laranjeiras. Que recebe esse nome como referencia a fazenda vizinha da escola (onde morava Leide Felberg Feu terceira professora) fazenda Laranjeiras. Nasce do anseio e da necessidade da comunidade rural de imigrantes.
Hoje a Escola Laranjeiras apresenta uma estrutura física composta de: cinco salas de aula, uma secretaria com sanitário privativo, uma cozinha, dois sanitários masculinos e dois femininos, um espaço para a biblioteca, duas pequenas áreas de acesso a salas e ao pátio. Espaço para quadra até então de areia; uma área nos fundos onde estão previstos um espaço de lazer com parquinho escolar, a escola também possui: cadeiras novas, telefone e internet rural wifi, TV e DVD.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil, no seu Art.5° apontam que a Educação Infantil, primeira Etapa da Educação Básica, é oferecida em creches e pré-escolas, as quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a cinco anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social.
De acordo com a Lei, a educação infantil deve ser oferecida em creches para as crianças de 0 a 3 anos, e em pré-escolas para as crianças de 4 e 5anos. Porém ela não é obrigatória. Dessa forma, a implantação de Centros de Educação Infantil é facultativa, e de responsabilidade dos municípios.
Diferentedos demais níveis da educação, a educação infantil não tem currículo formal. Desde 1998 segue o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, um documento equivalente aos Parâmetros Curriculares Nacionais que embasa os demais segmentos da educação Básica.
Segundo os Referenciais, o papel da educação infantil é o CUIDAR da criança em espaço formal, contemplando a alimentação, a limpeza e o lazer (brincar). Também é seu papel EDUCAR, sempre respeitando o caráter lúdico das atividades, com ênfase no desenvolvimento integral da criança. Não cabe à educação infantil alfabetizar a criança. Nessa fase ela não tem maturidade neural para isso, salvo os casos em que a alfabetização é espontânea.
Segundo os Referenciais, devem ser trabalhados os seguintes eixos com as crianças: Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade e Matemática. O objetivo é o de desenvolver algumas capacidades, como: ampliar relações sociais na interação com outras crianças e adultos, conhecer seu próprio corpo, brincar e se expressar das mais variadas formas, utilizar diferentes linguagens para se comunicar, entre outros.
Alguns aspectos previstos nos Referenciais para adequar as escolas de educação infantil às necessidades das crianças são desconhecidos da maioria dos pais, tais como: As escolas devem ter duas cozinhas, uma para as crianças de 0 a 3 anos e outra para crianças de 4 e 5 anos, o espaço físico deve ser de 2 m² por criança em sala, e inclusive deve ter fraldário e lactário independentes da sala de aula.
A ênfase da educação infantil é ESTIMULAR as diferentes áreas de desenvolvimento da criança, aguçar sua curiosidade, sendo que, para isso, é imprescindível que a criança esteja feliz no espaço escolar.
2. JUSTIFICATIVA
O estágio de Educação Infantil realizado, considerado por mim de extrema importância para a minha formação, pois acredito que é nesse momento do curso de Pedagogia que o estudante tem a oportunidade de estar em sala de aula, estar em contato com a área que escolheu para atuar.
Enfim, a realização do estágio se torna um momento decisivo para a formação do profissional de educação, pois o acadêmico de hipótese alguma, poderá ocupar um espaço educacional, sem conhecer de perto a realidade escolar, e os problemas que os cerca no contexto atual.
OBJETIVOS
· Objetivo geral
Conhecer a dinâmica do processo pedagógico – a escola, os espaços educativos, as crianças e a rotina, visando à realização da prática pedagógica.
· Objetivos específicos
- Vivenciar situações teóricas e práticas (ensino e aprendizagem) juntamente com a professora regente e as crianças.
- Reconhecer a importância da atuação do professor na Educação Infantil.
- Vivência de formas efetivas de comunicação com o pessoal envolvido no processo de socialização e ensino.
3. REFERENCIAL TÉORICO
A criança é um sujeito social e histórico que está inserido em uma sociedade na qual partilha de uma determinada cultura. É profundamente marcada pelo meio social em que se desenvolve, mas também contribui com ele (BRASIL,19994ª). A criança, assim, não é uma abstração, mas um ser produtor e produto da história e da cultura (FARIA,1999). 
Olhar a criança como ser que já nasce pronto, ou que nasce vazia e carente dos elementos entendidos como necessários à vida adulta ou, ainda, a criança como sujeito conhecedor, cujo desenvolvimento se dá por sua própria iniciativa e capacidade de ação, foram, durante muito tempo, concepções amplamente aceitas na educação Infantil até o surgimento das bases epistemológicas que fundamentam, atualmente, uma pedagogia para infância. Os novos paradigmas englobam e transcendem a história, a antropologia, a sociologia e a própria psicologia resultando em uma perspectiva que define a criança como ser competente para interagir e produzir cultura no meio em que se encontra.
Essa perspectiva é um consenso entre estudiosos da educação infantil (BONDIOLI e MANTOVANI, 1998; SOUZA; KRAMER, 1991; MYERS 1991; OLIVEIRA 2002). A interação a qual se refere os autores citados não é uma interação genérica. Trata-se de interação social, um processo que se dá a partir e por meio de indivíduos com modos histórica e culturalmente determinados de agir, pensar e sentir, sendo inviável dissociar as dimensões cognitivas e afetivas dessas interações e os planos psíquico e fisiológico do desenvolvimento decorrente (VIGOTSKI, 186 e 1989). Nessa perspectiva, a interação social torna se o espaço de constituição s desenvolvimento da consciência do ser humano desde que nasce (VIGOTSKI, 1991).
Muitas vezes vista apenas como u ser que ainda não é adulto, ou é um adulto em miniatura, a criança é um ser humano único, completo e, ao mesmo tempo, em crescimento e em desenvolvimento. É um ser humano completo por que tem características necessárias para ser considerado como tal: constituição física, formas de agir, pensar e sentir. É um ser em crescimento porque seu corpo esta continuamente aumentando em peso e altura. É um ser em desenvolvimento por que essas características estão em permanente transformação. As mudanças que vão acontecendo são qualitativas e quantitativas- o recém-nascido é diferente do bebê que engatinha que é diferente daquele que já anda, já fala, já tirou as fraldas. O crescimento e o desenvolvimento da criança pequena ocorrem tanto no plano físico quanto no psicológico, pois depende do outro.
Embora dependente do adulto para sobreviver, a criança é um ser capaz de interagir num meio natural, social e cultural desde bebê. A partir de seu nascimento, o bebê reage ao entorno, ao mesmo tempo em que provoca reações naqueles que se encontram por perto, marcando a história daquela família. Os elementos de seu entorno que compõem o meio natural (o clima, por exemplo), social (os pais, por exemplo), cultural (os valores, por exemplo) irão configurar formas de conduta e modificações recíprocas dos envolvidos. 
No que diz respeito às interações sociais, ressalta-se que a diversidade de parceiros e experiências potencializa o desenvolvimento infantil. Crianças expostas a uma gama ampliada de possibilidades interativas tem seu universo pessoal de significados ampliado, Desde que se encontrem em contextos coletivos de qualidade. Essa afirmativa é considerada válida para todas as crianças, independentemente de sua origem social, pertinência étnico-racial, credo politico ou religioso, desde que nascem.
A intenção de aliar uma concepção de criança à qualidade dos serviços educacionais a ela oferecidos implica atribuir um papel especifico à pedagogia desenvolvida nas instituições pelos profissionais de Educação Infantil. Captar necessidades que bebês evidenciam antes que consigam falar, observar suas reações e iniciativas, interpretar desejos e motivações são habilidades que profissionais de Educação Infantil precisam desenvolver, ao lado das diferentes áreas de conhecimento que incidem sobre essa faixa etária, a fim de subsidiar de modo consistente as decisões sobre as atividades desenvolvidas, o formato a organização do espaço, do tempo, das matérias e dos agrupamentos de crianças.
Pesquisas realizadas desde a década de 1970 (HARDY; PLATONE; STAMBACK, 1991) enfatizam que todas as crianças podem aprender, mas não sob qualquer condição. Antes mesmo de se expressarem por meio da linguagem verbal, bebês e crianças são capazes der interagir a partir de outras linguagens (corporal, gestual, musical, plástica, faz-de-conta, entre outras) desde que acompanhadas por parceiros mais experientes. Apoiar a organização em pequenos grupos, estimulando as trocas entre parceiros; incentivar a brincadeira; dar-lhes tempo para desenvolver temas de trabalhos a partir de propostas prévias; organizar o tempo e o espaço de modo flexível são algumas formas de intervenção que contribuem para o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças. As iniciativas dos adultos favorecem a intenção comunicativa das crianças pequenas e o interesse de umas pelas outras, o que faz com que aprendam a perceber-se e a levar em conta os pontosde vistas dos outros, permitindo a circulação das ideias, a complementação ou a resistência às iniciativas dos parceiros.
A oposição entre parceiros, por exemplo, incita a própria argumentação, a objetivação do pensamento e o recuo reflexivo das crianças. (MACHADO, 1998). Ao se levar em conta esses aspectos, não se pode perder de vista a especificidade da pedagogia da Educação Infantil, como afirma Rocha (1999):
“Enquanto a escola tem como sujeito o aluno, e como objeto fundamental o ensino nas diferentes áreas através da aula; a creche e a pré-escola tem como objeto as relações educativas travadas no espaço de convívio coletivo que tem como sujeito a criança de 0 até 5 anos de idade”.
É importante destacar que essas relações educativas, às quais a autora se refere, na instituição de Educação Infantil são perpassadas pela função indissociável do cuidar/educar, tendo em vista os direitos e as necessidades próprios das crianças no que se refere à alimentação, à saúde, à higiene, à proteção e ao acesso ao conhecimento sistematizado. Este último aspecto torna-se especialmente relevante no caso das creches no Brasil, onde em muitas delas predominam um modelo de atendimento voltado principalmente à alimentação, à higiene e ao controle das crianças, como demonstra a maioria dos diagnósticos e dos estudos de casos realizados em creches brasileiras (CAMPOS; FULLGRAF; WIGGERS, 2004). Essa afirmação evidencia a não-superação do caráter compensatório da Educação Infantil denunciado por Kramer (1987) que ainda se manifesta nos dias atuais, como também a polarização assistência versus educação, apontada insistentemente por Kuhlmann Jr. (1998). Sabemos que não basta apenas transferir as creches para os sistemas de ensino, pois “na sua historia, as instituições pré-escolares destinaram uma educação de baixa qualidade para as crianças pobres, e isso precisa ser superado” (p. 208).
Assim, a ênfase na apropriação de significados pelas crianças, na ampliação progressiva de conhecimentos de modo contextualizado, com estratégias apropriadas às diferentes fases do desenvolvimento infantil, parece bastante justificada.
De a mesma forma defender uma perspectiva educacional que respeite a diversidade cultural e promova o enriquecimento permanente do universo de conhecimentos, atentos para a necessidade de adoção de estratégias educacionais que permitam às crianças, desde bebês, usufruírem da natureza, observarem e sentirem o vento, brincarem com agua e areia, atividades que se tornem especialmente relevantes se consideradas que as crianças ficam em espaços internos às construções de Educação Infantil. Criando condições para que as crianças desfrutem da vida ao ar livre, aprendam a conhecer o mundo da natureza em que vivemos, compreendam as repercussões das ações humanas nesse mundo e sejam incentivadas em atitudes de preservação e respeito à biodiversidade, estaremos difundindo uma concepção de educação em que o ser humano é parte da natureza e não seu dono e senhor absoluto (TRIBA, 2005).
Os aspectos anteriormente abordados devem ser considerados no processo de discussão e elaboração de diretrizes pedagógicas dos sistemas de ensino e das propostas pedagógicas das instituições de Educação Infantil. Vale ressaltar a relevância da participaçãodos professores, dos demais profissionais da instituição e da comunidade nesse processo, não só para que os aspectos citados sejam efetivamente considerados no desenvolvimento da proposta como também para cumprir a legislação.
“A pedagogia escolar e a pedagogia do jardim da infância: assim como o escolar se familiariza com a informação inscrita nas faces do cubo manipulando-o, a atividade lúdica da criança em idade pré-escolar, por intermédio dos dons e das ocupações, isto é, pela participação ativa e pelos jogos de construção e de montagem, revela a estrutura, as leis e a natureza dos objetos em suas relações com a subjetividade da criança”. (FRÖBEL, p.32). 
Assim, a autoaprendizagem ocupa sempre um lugar preponderante segundo Fröbel. Através do jogo, o “dom” mostra à criança suas propriedades e sua estrutura. Mas os “dons” e as “ocupações” para crianças em idade pré-escolar não se reduz aos materiais educativos em si. Na verdade, o elemento de autoaprendizagem é complementado por jogos dos quais adultos participam, ajudando a criança que brinca ou que constrói com suas sugestões e suas explicações.
A organização de situações de aprendizagens orientadas ou que dependem de uma intervenção direta do professor permite que as crianças trabalhem com diversos conhecimentos. Estas aprendizagens devem estar baseadas não apenas nas propostas dos professores, mas, essencialmente, na escuta das crianças e na compreensão do papel que desempenham a experimentação e o erro na construção do conhecimento.
A intervenção do professor é necessária para que, na instituição de educação infantil, as crianças possam, em situações de interação social ou sozinhas, ampliar suas capacidades de apropriação dos conceitos, dos códigos sociais e das diferentes linguagens, por meio da expressão e comunicação de sentimentos e ideias, da experimentação, da reflexão, da elaboração de perguntas e respostas, da construção de objetos e brinquedos etc.
Para isso, o professor deve conhecer e considerar as singularidades das crianças de diferentes idades, assim como a diversidade de hábitos, costumes, valores, crenças, etnias etc. das crianças com as quais trabalha respeitando suas diferenças e ampliando suas pautas de socialização.
Nessa perspectiva, o professor é mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano.
Frobel descreve três fases do desenvolvimento infantil que não são claramente delimitadas pela idade, mas pelas características de desenvolvimento: a primeira corresponde, aproximadamente, ao desenvolvimento do bebê, quando se estabelecem aos primeiros contatos com o mundo. Depois, descreve a “Infância propriamente dita”, período em que o(a) menino(a) começa a diferenciar-se e identificar o mundo que o rodeia. Finalmente, um período de aprendizado “pré-escolar”, quando se desenvolve a linguagem e a criança supera o “viver por viver”, isto é, quando o proposito, o modo de ser e a vontade começa a orientar a sua vivencia do mundo.
Apesar de ter descrito essas fases do desenvolvimento infantil, não as considera de forma estanque. Ao contrario, afirma: “Na realidade, entre os diferentes períodos do crescimento e da educação do homem, não se pode estabelecer nenhuma ordem rigorosa de pré-relação: todos são igualmente importantes em seu lugar e tempo” (p. 46).
Ao descrever cada fase, explicita uma “pedagogia para a infância”, mostrando aos pais e educadores o significado daquele momento na formação do homem e como eles podem agir, colaborando para seu desenvolvimento. A primeira fase corresponde à primeira infância; a segunda, ao desenvolvimento do “menino”, como Frobel denomina, referindo-se ao momento em que, espontaneamente, a criança começa a exteriorizar seu interior.
A importância da família, das relações entre pais e filhos, dos jogos com fins educativos e do trabalho, esboçam-se claramente na descrição que Frobel faz deste período.“Basta que olhem, que se ponham a observar, e a criança mesma lhe ensinará” (p. 59).
A terceira fase corresponde ao desenvolvimento do “garoto”. Frobel a descreve em comparação com o período precedente. O garoto passa da imitação para à produção, quando o resultado da atividade ganha relevo. Frobel explicita, por meio da descrição de jogos, a formação da noção de propriedade e o fortalecimento da vontade, na medida em que o garoto atua no mundo criativamente. Pelo jogo, o garoto forma também um espirito comum, um senso de comunidade.
4. METODOLOGIA
Todo o processo vivido nesse percurso, pude compreendera importância do estágio supervisionado na formação docente, pois verifiquei que o estágio possibilita ressignificar os saberes, as reflexões sobre nossa conduta e a construção de identidade de cada indivíduo, estando todos nós em busca de aprendizagem para todo o processo. Tive acesso ao Projeto Político Pedagógico que reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo. Considerando a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir. Que define, norteia, organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem.
A escola possui alunos com média de 04 a 17 anos de idade, compondo turmas de infantil I, II – e de 1º ao 9º ano do ensino fundamental nos turnos, matutino e vespertino. Num total de 138 matriculados e frequentes. Com perfil socioeconômico bem semelhante. Todos os alunos encontram-se na zona rural, sendo de renda mínima, mais de 70% conta com o programa Bolsa Família.
Identificação da unidade escolar
Escola: Municipal de Ensino Fundamental “Laranjeiras”
Entidades Mantenedoras: Secretaria Municipal de Educação
Endereço: Zona Rural – Rio do Sul
Município: Santa Cruz Cabrália
Equipe dirigente
Diretor: Professor Ismael Ribeiro Gomes Filho
Coordenador Pedagógico: Léia Felberg
Secretaria geral: LeideFelbergFeu
Etapa de ensino: Educação Infantil, Ensino Fundamental I, II
Modalidade: Ensino regular de 09 anos
Numero de salas de aula: 05 salas
Numero de alunos: 138
Número de funcionários
Gestor: 01
Coordenador Pedagógico: 01
Secretário Geral: 01
Professores: 07
Funcionários de Apoio: 09
Total: 19
Propostas metodológicas
Possibilitar aos educandos ser mais gente e não apenas sabedores de competências e habilidades técnicas. Eles precisam aprender a falar, a ler, a calcular, confrontar, dialogar, debater, sentir, analisar, relacionar, celebrar, saber articular o pensamento e o seu próprio sentimento, sintonizados, com a sua história da luta pela terra ou por suas carreiras, famílias, ou seja, cidadãos conscientes e capazes de interagir na sociedade. A proposta de educação da escola tem ênfase em três aspectos importantes na questão da metodologia de ensino: temas fundamentais; prática/teoria; e participação coletiva.
Dentre esses temas vivenciar os métodos de ensino tornam o processo ensino aprendizagem mais voltadas às necessidades e aos interesses populares.
Visões de escola
Ambiente que leva em conta o conjunto das formações da formação humana, onde o conhecimento é compartilhado e sistematizado, tendo a tarefa de formar seres humanos com consciência de seus direitos e deveres.
Visões de sociedade
Ambiente no qual o indivíduo esta integrado, produzindo e reproduzindo relações sociais, problemas e propondo valores, alterando comportamentos, desconstruindo e construindo concepções, costumes e ideias. Onde o natural seja pensar no bem de todos e não apenas em si mesmo.
Metas e ações administrativas
· Realização de reuniões com todos os segmentos da comunidade escolar para organização das atividades escolares;
· Limpeza semanal no pátio da escola;
· Disponibilização do prédio escolar para a realização de encontros religiosos, cultos ecumênicos, reuniões comunitárias;
· Realização de reuniões com o conselho escolar;
· Realização de reuniões com o circulo de pais e mestres;
· Promover eventos para a aquisição de recursos, a fim de realizar passeios educativos;
· Realização de eventos festivos em datas comemorativas do calendário escolar;
· Fomento de uma união estudantil para pensar e organizar demandas trazidas pela comunidade estudantil, bem como a vivência do estado democrático; exercício do direito de escolha e suas consequências;
· Realização a cada final de unidade do momento CINE LARANJEIRAS.
Acompanhamento e avaliação
Usamos a consulta publica como forma de avaliação, coleta de dados da situação existente, e das possibilidades futuras. Entendemos a avaliação como um processo contínuo e cumulativo, contextualizado por toda a comunidade escolar. São realizadas práticas avaliativas diagnósticas, investigativas, participativas, levando em consideração o aluno como um todo, sua bagagem cultural e as diferenças individuais. É assim que a equipe gestora vem desenvolvendo o seu trabalho para que todos juntos realizem tudo que está proposto no Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal Laranjeiras. (texto tirado do ppp).
Ao participar do estágio supervisionado de Educação Infantil, foi muito especialesse momento, muito gratificante, pois percebi a interaçãodos alunos. Deste modo, cada vez mais fiquei mais próxima das crianças, onde eles passaram a confiar mais em mim, em toda aula. Assim, nessa semana ficou evidente, que as áreas de conhecimento no qual as crianças tinham mais facilidade em desenvolver os trabalhos eram história, artes e ciências. Nas atividades de matemática e português, senti que eles ainda tinham dificuldade em lembrar-se dos números e das letras.
Ao finalizar o estágio fizemos um piquenique dentro da sala, para o encerramento, onde os alunos tiveram contato com todas as suas atividades, organizamos algumas brincadeiras e também praticamos um momento onde todos eles pudessem lembrar-se de cada momento vivido em sala de aula.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante todo esse processo de descobertas e aprendizagem, foi de suma importância para minha formação acadêmica, construção não só profissional, como também pessoal, pois me possibilitou refletir sobre a importância do papel do professor no processo de mediação do conhecimento e ainda mais, me fez reconhecer que o aluno é o sujeito ativo no processo da aprendizagem.
 A “parceria” que fiz junto com a turma, a professora Celma e a auxiliar de classe Nelma, fez com que o trabalho desenvolvido em sala de aula, obtivesse um resultado prático, visível, prazeroso e significativo. A participação de todosfoi de suma importância para este estágio.
A importância da Educação Infantil é comprovada pelo interesse que vem ganhando ao longo da historia, e sua eficácia é garantida pela combinação dos seguintes fatores: consideração às características da criança, ambiente adequado a cada fase do seu desenvolvimento, profissionais preparados, socialização com indivíduos semelhantes e estímulo à criança. A prática da professora em muitos anos na educação infantil faz dela uma pessoa fascinada pelas crianças.
A criança precisa de assistência, cuidado e consequentemente de educação dirigida, que lhe possibilite um amplo desenvolvimento de suas faculdades mentais e físicas, contudo a educação familiar aliada à escolar permitirá que a criança ultrapasse as diversas transformações que ocorrerá ao longo de sua vida, de forma equilibrada e sadia.
O mais importante, é que conseguimos fazer a junção do explicar com o prazer e entender, os alunos se mostravam a todo o momento a vontade de expor suas ideias, de fazer comentários em vários momentos. Foi notável nos rostinhos de cada um a alegria de estar ali com eles e isso foi o que me deixou mais maravilhada em estar ali, fazendo este estágio de Educação Infantil.
6.REFERÊNCIAS
FARIA, Ana Lucia Goulart. Educação pré-escolar e cultura. São Paulo: Cortez, 1999.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezemro de 1996: estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
PPP. Da Escola Municipal Laranjeiras. Livro: FRIEDRICH FROBEL, editora Massangana, 2010.
ROCHA, Ruth. Os direitos das crianças segundo Ruth Rocha. São Paulo: Companhia das letrinhas, 2002.
Revista presença pedagógica, Agosto 2012
www.infoescola.com
Parâmetros de Qualidade para Educação Infantil- volume 1.
ANEXOS

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