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Período Fetal

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MARÍLIA ARAÚJO – P1 MEDICINA 
 
 
Período fetal 
 
 
• Chama-se de feto, não mais de embrião. 
Parece mais humano, no início da 4 a 8 
semana, mais próximo a 4 semana ele tinha 
mais característica de ser humano do que 
antes, onde era só cavidade amniótica, disco 
embrionário e cavidade vitelínica. De 4 a 8 
semana já teve o dobramento. Outra 
característica que o faz ser chamado de feto é 
que todos os sistemas já surgiram da 4 a 8 
semana, agora é um período de maturação e 
amadurecimento, mas os órgãos que 
precisavam surgir todos surgiram na 4 a 8 
semana. Ele já tem tudo na 9 semana, só 
precisa amadurecer. 
• Nesse período fetal tem um crescimento fetal 
muito rápido, então no final da 8 semana o 
embrião estava com 2, 4 cm, visível, mas muito 
pequeno, e a partir de agora ele cresce 
rapidamente, dobra e triplica. Há períodos que 
ele cresce rápido outros que ele vai adquirir 
peso e em outros que ele nem cresce e nem 
ganha peso. Para amadurecer todos os 
órgãos demanda de muita energia, então 
tem alguns momentos que ele acumula 
energia para gastar no período seguinte. 
 
Características do feto 
• Cada vez mais humano; 
• Crescimento corporal rápido; 
• Maturação de órgãos e sistemas; 
• Ganho de peso; 
• Ajuste de proporções (corpo cresce mais 
rápido que a cabeça e vai equilibrando) até a 
cabeça representar 1\4. 
 
• É possível estimar a idade fetal, a partir de 
informações dadas pela gestante: último 
período da menstruação ou suspeita da data 
da fecundação, mas nem sempre a mulher 
lembra. Algumas mulheres confundem o 
sangramento da implantação com a última 
menstruação. Porém o ginecologista-obstetra 
dispõe de alguns exames que facilitam o 
cálculo, no primeiro trimestre sempre 
baseado por exames de imagem, 
ultrassonografia faz medições e em cima 
disso faz o cálculo para ter uma estimativa da 
data, não tem como afirmar certeiramente a 
idade fetal, essa estimativa pode está um 
pouco pra menos ou pra mais. No primeiro 
trimestre é comprimento do topo da cabeça até 
as nádegas – porção final da coluna, medida 
se chama de CCN (Comprimento cabeça 
nádegas) e essa medida é bastante usada no 
primeiro trimestre, no segundo e terceiro 
trimestres são outras medidas para o cálculo 
que seja mais fidedigno ao período. Medida da 
cabeça – de um parietal para outro, 
circunferências da cabeça, do abdômen, 
medida do comprimento do fêmur e do pé. 
• É importante saber se o médico está 
calculando a idade fetal a partir do último ciclo 
menstrual ou a partir da provável data de 
fecundação, uma vez que são duas semanas 
a mais ou a menos, o que pode fazer toda a 
diferença, especialmente, para a estimativa da 
data do parto. Outro ponto importante é 
quando a datação é feita baseada em meses. 
Por isso, para que não haja confusão no 
entendimento, é ideal especificar se a 
contagem é referente aos meses do calendário 
ou aos meses lunares, já que esse último tem 
semanas exatas (1 mês = 4 semanas = 
7dias/semana). Assim, conforme a contagem, 
cerca de 1 a 2 semanas podem ser acrescidas 
ou diminuídas da idade fetal. 
• A tabela abaixo mostra uma estimativa do 
tempo de gestação com essas informações. 
Isto é, trata-se uma comparação ilustrativa das 
distinções existentes caso o médico esteja 
calculando a idade fetal segundo a data pós 
fecundação ou após o último período 
menstrual normal. Por meio dessa tabela foi 
estimulada a data do parto, com a 
especificação tanto do ponto de referência 
para início da contagem - fecundação ou 
último período menstrual normal -, quanto do 
parâmetro utilizado – meses do calendário ou 
lunares. É importante fazer a leitura da tabela 
para observar como muda o cálculo da idade 
conforme o tipo de referência estabelecida. 
 
 
DIVISÃO DOS TRIMESTRES 
 
MARÍLIA ARAÚJO – P1 MEDICINA 
 
• O primeiro trimestre é caracterizado pela 
formação dos sistemas e até a oitava 
semana (mais ou menos dois meses) todos 
os sistemas já estarão formados. 
• O segundo trimestre é caracterizado pelo 
crescimento do feto em tamanho. 
• O terceiro trimestre é caracterizado pelo 
ganho de peso do feto. 
• O primeiro trimestre é o mais perigoso, pois 
nesse trimestre está ocorrendo a formação 
do embrião, de todos os seus sistemas e ele 
está mais susceptível aos teratógenos. Isso 
não significa dizer que depois da 
embriogênese (1ª a 8ª semana) ele estará 
imune aos problemas de desenvolvimento. 
Pode ser que esse fator que a mãe esteja se 
expondo prejudique o crescimento do feto e 
se ele não estiver no peso ideal será um fator 
de risco para a não sobrevida da criança. 
Pode prejudicar a funcionalidade do órgão. O 
álcool, no período fetal em que o coração já 
está formado, pode prejudicar a sua 
funcionalidade, assim como de qualquer 
órgão que já esteja formado. 
• A parte química, física, emocional também 
podem acarretar prejuízos ao feto. Não existe 
uma relação perfeita em que se expor a 
determinado agente poderá ocasionar dano 
ao feto. Existem muitos fatores envolvidos 
para que a exposição acarrete um prejuízo 
no desenvolvimento. É multifatorial. Se 
algum eixo desses estiver perturbado poderá 
favorecer para que uma mal formação 
ocorra. 
• Uma característica interessante no terceiro 
trimestre é que a partir da metade do 6º mês 
inicio do 7º mês esse bebê já pode 
sobreviver. 
• Existe o bebê imaturo, ou seja, ele ainda não 
está amadurecido e causa principal para isso 
é o pulmão que não está maduro, não está 
preparado para respirar. Portanto, enquanto 
o pulmão ainda não estiver pronto ele será 
chamado de bebê imaturo. Ele pode até 
sobreviver se nascer antes dos 6 meses, mas 
é difícil. Ele necessitará de todo um aparato 
de suporte ventilatório artificial para 
conseguir sobreviver. 
• Existe o bebê prematuro, ou seja, ele está 
com o pulmão pronto para respirar, porém 
nasceu antes de completar o 9º mês. 
 
Na tabela, encontramos uma associação entre o 
peso, a idade e o comprimento fetal: 
 
 
 
• No primeiro momento (9-24ª semana), o 
crescimento é mais rápido e expressivo. 
• Com relação ao peso, observamos que 
durante os 2 meses e meio finais o seu ganho 
é mais expressivo. 
• Quando nos referimos a um feto imaturo (antes 
do 6º mês), o órgão de destaque é o pulmão, 
o qual não está completamente maturado. 
• A prematuridade vem após esse período e, 
como o pulmão já produz o surfactante 
alveolar (estando mais apto a fazer as trocas 
gasosas), há uma maior chance de 
sobrevivência. 
• Podemos afirmar, ainda, que a faixa de peso 
de 2.5kg é o marco do baixo peso ao 
nascimento (quando tratamos de um feto 
nascido com 35 semanas). Devemos levar em 
conta que, independentemente da idade fetal, 
nascer com o peso abaixo de 2.5kg é um fator 
que pesa negativamente (por mais que o feto 
possua a idade correta e seus órgãos já 
estejam desenvolvidos). Outro marco 
relacionado ao peso é o de 500g, o que é 
associado à imaturidade e dificulta bastante a 
sobrevivência (o que pode ser revertido com 
cuidados adequados). 
• Devemos tentar entender a lógica do 
desenvolvimento dessa criança, como, por 
exemplo, a questão do desenvolvimento dos 
membros superiores ser mais rápido do que o 
dos membros inferiores. Um outro ponto que 
merece destaque é a diminuição proporcional 
da cabeça em relação ao corpo. Ou seja, o feto 
cresce mais no corpo e a proporção entre ele 
e a cabeça acaba sendo reduzida. 
• Durante o período da 9ª à 12ª semana, uma 
das mudanças marcantes será o início dessa 
diminuição proporcional. Entretanto, as 
proporções exatas entre a cabeça e o corpo só 
serão atingidas próximo ao final do período 
gestacional. 
MARÍLIA ARAÚJO – P1 MEDICINA 
 
• No final da 12ª semana já tem uma redução 
expressiva da cabeça e esta se apresenta 
também muito larga, o que dá a impressão que 
os olhos são separados, nariz bem alargado, 
as pálpebras ainda estão fundidas, pois só irá 
abrir mais pra frente do período gestacional. 
As orelhas também se apresentam baixas em 
que ela só irá assumirsua posição correta 
depois e as pernas também são muito curtas. 
• Entre a 12ª e 14ª semana já é possível 
observar as genitálias externas, ou seja, 
identificar o sexo do feto. 
• No final da 8ª semana parte da vesícula 
umbilical irá começar a se afunilar para formar 
o intestino do embrião, na 9ª semana é visível 
ainda uma pequena dilatação na parte final 
dessa vesícula que ainda não se afunilou para 
formar o intestino. Então ainda tem parte do 
intestino no cordão umbilical que ainda irá para 
o interior da cavidade abdominal. 
• O fígado em algum momento assume a 
produção das células sanguíneas dessa 
criança e no final desse período o baço 
assume essa função e quando o feto chegar 
ao 7 mês, em torno de 28 semanas, a medula 
óssea assume essa função e vai ficar até o 
resto da vida dessa criança. 
• Inicio de formação de urina, porque o sistema 
renal do feto já está funcionando, ou seja, ele 
começa a produzir sua urina e a excreta na 
cavidade amniótica, então o feto acaba ficando 
em contato com sua própria urina, mas vale 
salientar que a composição dessa urina é bem 
diferente da urina do adulto. Ela é composta 
por água e eletrólitos então ela é mais diluída. 
A urina vai para o estômago do feto e depois 
vai ser absorvida pela corrente sanguínea da 
mãe e ai vai ser excretada. Esse mecanismo 
já começa a ocorrer na 9ª até a 12ª semana. E 
é importante por conta da quantidade de 
liquido que fica retido na cavidade amniótica a 
qual é importante na proteção contra choques, 
por exemplo. 
• Ao final da 12ª a cabeça já reduziu e 
corresponde a 1/3 do corpo do feto. Começam 
a surgir os centros de ossificação, ou seja, o 
molde cartilaginoso começa a ser ossificado, 
começando pelo crânio e pelos ossos longos. 
E ao longo das semanas, os outros ossos vão 
sendo calcificados. Membros superiores já 
assumem sua proporção correta, enquanto os 
membros inferiores ainda se encontram 
menores que o padrão. O intestino já está 
totalmente na cavidade abdominal dessa 
criança. 
 
 
 
• É possível observar a redução da cabeça na 
12a semana, mas ela ainda é grande. Com o 
passar do tempo ela vai reduzindo e só mais 
próximo aos momentos finais é que ela atinge 
a proporção correta. Outra coisa que podemos 
perceber é que inicialmente a face é muito 
alargada e depois se estreita. Então, se a face 
é larga, os olhos são distantes, o nariz é largo, 
as orelhas ainda estão com implantação baixa, 
vejam como elas começam e como vão 
terminar, são mudanças que ocorrem ao longo 
do tempo. Além disso, também nos chama a 
atenção os membros inferiores, vejam que 
essas pernas vão crescendo para adquirir as 
proporções corretas. 
• No final desse período, da 12a semana, as 
pernas ainda são consideradas menores do 
que deveriam ser. Já no caso dos membros 
inferiores, considera-se que eles estão numa 
proporção mais correta. 
 
 
 
MARÍLIA ARAÚJO – P1 MEDICINA 
 
• Aqui para termos uma noção de todo o 
crescimento, o quanto ele aumenta em 
tamanho. A figura o mostra no nascimento 
com altura em pé em torno de 500 mm, 
percebemos então que é um aumento bem 
grande. 
• Da 9a semana para a 12a, ele dobra de 
tamanho e da 12a para a 16a dobra 
novamente. Depois esse crescimento se 
torna um pouco mais desacelerado, nos 
momentos iniciais é que temos essas dobras 
de tamanho. 
 
Principais eventos da 13a a 16a semana 
 
• Nesse período, ele continua com um 
crescimento muito rápido, como vimos na 
figura anterior são dois momentos nos quais 
ele dobra de tamanho (9a a 12a e 13a a 16a 
semanas) 
• Com vimos, a partir da 12a semana, sua 
cabeça já corresponde a 1/3, e a tendência é 
ir melhorando essa proporção, é o corpo ir 
crescendo mais que a cabeça. Então, nesse 
período (e conforme o passar do tempo), a 
cabeça é mais proporcional ao corpo. Mas, a 
proporção exata só vai ser alcançada nos 
momentos finais da gestação 
• Membros inferiores também vão crescendo. É 
o que temos que entender, que a cabeça vai 
diminuindo e os membros inferiores, que 
começaram muito curtos, vão aumentando 
• Coisas que já são possíveis de ver são 
movimentos coordenados dessa criança, ela já 
começa a ter algum movimento. No entanto, 
ainda não é aquele movimento que pode ser 
sentido pela mãe, no próximo período que 
vamos estudar, a mãe já consegue sentir os 
movimentos, nesse momento temos 
movimentos mais sutis, mas perceptíveis ao 
ultrassom. É interessante que o fato dele 
começar a se movimentar é essencial para 
auxiliar a formação de músculos e ossos, é 
como se ele já estivesse praticando alguma 
atividade física, e crianças que não têm esse 
movimento vão apresentar um atraso, um 
retardo nessa formação de músculos e ossos. 
Então, aqui já é uma atividade física que 
auxilia na boa formação dessa criança 
• 12a-14a semana: Genitália externa 
reconhecível. Como foi dito, não temos uma 
data fechada, não podemos dizer que na 12a 
semana já começamos a ver a genitália, mas 
é nesse período que isso já é possível. Isso é 
importante, pois vai auxiliar o médico a dizer o 
sexo do bebê, se é masculino ou feminino 
• Na 14a semana, além de movimentos do 
corpo, ele também começa a apresentar 
movimentos lentos dos olhos, o sistema ocular 
dele já está se desenvolvendo mais. Começa 
a surgir cabelo, vamos ver mais na frente que 
teremos isso mais definido, ou seja, cabelo, 
sobrancelha, uma pelugem que aparece no 
corpo dele 
• 16a semana: Considerando um feto do sexo 
feminino, o sistema reprodutor vai estar em 
desenvolvimento. O ovário já começa a ser 
produzido lá no período de organogênese, 
tudo surge lá, mas vai ser aperfeiçoado, vai ter 
uma funcionalidade nesse período. Então, 
temos mudanças no ovário, uma célula se 
transformando em outro grupo celular, as 
células germinativas primordiais se 
transformando nas oogônias, que darão 
origem aos oocitos 
• 16a semana: Olhos estão posicionados 
anteriormente, antes a cabeça era tão grande 
que eles ficavam quase que na lateral, mas 
quando a cabeça vai diminuindo de diâmetro, 
os olhos vão assumindo uma posição mais 
anterior. Da mesma forma que a medida que a 
cabeça reduz de tamanho, as orelhas já vão se 
posicionando melhor. 
 
Principais eventos da 17a a 20a semana 
 
• Nesse momento o crescimento é mais lento, 
possivelmente ele está guardando energia 
para os eventos posteriores. 
• Movimentos perceptíveis. Na semana anterior 
ele já começou a se movimentar, mas como foi 
falado, isso era muito sutil, a mãe não sentia 
esses movimentos, mas já era perceptível no 
ultrassom. Isso é importante, pois esse dado 
ajuda no cálculo da idade estimada do parto. 
• É o marco que vai auxiliar e definir a idade 
daquela criança. 
• A cabeça não cresce tão rápido para que o 
corpo cresça para acompanhar e se tornar 
mais proporcional e a cabeça tem as suas 
próprias modificações. Mais adiante veremos 
que tem os deslocamentos dos arcos 
faríngeos que irão auxiliar o olho a ficar mais 
posicionado 
• A verdade é que a cabeça não diminui de 
tamanho, e sim um crescimento relativo do 
corpo. As proeminências maxilar e mandibular 
irão auxiliar para que as estruturas tomem sua 
devida posição. 
• A apoptose ocorre mais na estrutura cardíaca 
entre as câmaras e não muito no rosto, o mais 
importante em saber no rosto é o 
deslocamento das proeminências. 
MARÍLIA ARAÚJO – P1 MEDICINA 
 
• O começo dos pontas pés da criança é 
importante para auxiliar mais corretamente a 
data do parto. 
• Outra coisa importante desse período é o 
verniz caseoso, o corpo do feto começa a ser 
coberto por um material gorduroso, e essa 
gordura dá aspecto brilhoso ao feto, aquela 
coisinha branca que sai quando o bebê nasce 
é esse verniz. Tal verniz tem função de 
proteção, pois o feto está boiando em líquido 
amniótico e daí ele pode ter algum problema. 
É uma camada protetora entre a criança e o 
líquido amniótico. Essa gordura é produzida 
pelas glândulas sebáceas e as células mortas 
também ficam nessa camada. 
O lanugo é uma camada delicada depelos e 
tem a importância de manter a verniz caseosa 
na pele do feto. 
Se o feto for feminino o sistema reprodutor 
dela estará todo formado, o útero também, 
começa a canalização da vagina. E se for feto 
masculino os testículos começam a descer. 
 
Principais eventos: 21° a 25° semana 
 
• É um período importante devido a produção 
do surfactante alveolar (por volta da 24° 
semana), a partir desse evento, a criança 
deixa de ser imatura e passa a ser prematura, 
ou seja, ela já consegue sobreviver fora do 
ambiente uterino. 
• Esse período, diferente dos outros que 
estavam sendo caracterizados pelo 
crescimento ou ausência de crescimento, o 
feto começa a ganhar peso e a cabeça 
começa a se tornar mais proporcional. A pele 
ainda é toda enrugada, o que significa que a 
pele ainda está crescendo, mas que ainda 
não tem o que preencher naquela pele. No 
período seguinte o feto começa a perder 
essas rugas e começa a produzir uma 
gordura abaixo da pele. 
• Acontece também o desenvolvimento ocular, 
com movimentos rápidos dos olhos. As unhas 
das mãos se mostram presentes. 
• Conseguir uma sobrevida na criança que 
nasce nesse período é complicado, mas não 
é impossível. Quanto mais próximo da 24° e 
24° semana as chances de vida aumentam, 
devido ao fato de seu pulmão não estar 
imaturo, ganhando autonomia de poder 
respirar. 
 
OBS: O surfactante alveolar tem função de 
realizar a abertura dos alvéolos que antes 
estavam colabados, essa abertura permite a 
ocorrência de trocas gasosas. 
 
Principais eventos: 26° a 29° semana 
 
• Nesse período os pulmões já estão bem 
desenvolvidos e capazes de realizar trocas 
gasosas adequadas, aumento suas chances 
de sobrevida. 
• O sistema nervoso se torna maduro e passa a 
controlar os movimentos respiratórios. 
• Os olhos abrem e o bebe começa a produzir 
uma gordura subcutânea, suavizando as 
rugas. Essa gordura tem a função de manter 
a temperatura corpórea do feto. Sem essa 
gordura, o feto poderia ter um choque térmico 
ao ficar exposto a temperatura do centro 
cirúrgico (cerca de 18°C). Quanto mais 
próximo do nascimento, mais gordura é 
produzida para evitar tais choques, é uma 
forma de adaptação para que ele possa 
sobreviver fora do corpo da mãe. 
• A eritropoiese (processo de formação de 
eritrócitos/hemácias) é realizada na medula 
óssea. 
• Se a criança for prematura e tiver um baixo 
peso conta muito negativamente para a 
sobrevida da criança. 
• De 30-34 semanas o destaque é para os 
membros superiores que vão estar gordinhos, 
reflexo do acúmulo de gordura. Nesses 
últimos momentos a criança ganha muito 
peso. 
• Na 38° semana a criança está apta para 
nascer. A professora mostra um 
desenvolvimento no Datashow, um período 
antes o ganho de gordura o percentual é de 
8% de gordura, na mudança de um período 
para outro o percentual dobra (16%) e nos 
momentos finais ele ganha muitas gramas. 
• Na 36° semana a circunferência da cabeça 
está praticamente igual a do abdome e após 
isso a criança começa a adquirir as 
proporções exatas que ela deve ter (abdome 
maior que a cabeça). 
• Existem vários fatores que podem afetar o 
crescimento da criança, por exemplo, uma 
desnutrição, doença cardíaca, pressão baixa, 
hipotensão, problemas renais, etc. Entretanto, 
no período fetal, a criança está mais 
suscetível a ter um retardo no crescimento ou 
no funcionamento do órgão, mas não 
necessariamente no surgimento daquele 
órgão. 
• Os estudos mostram que uma criança ao 
nascer com baixo peso tem uma 
predisposição muito maior de desenvolver 
várias doenças quando for adulto. Portanto, 
MARÍLIA ARAÚJO – P1 MEDICINA 
 
pode-se concluir que a vida intrauterina 
determina muita coisa da vida do adulto. 
• O padrão de peso da criança varia em torno 
de 3kg a 3,4kg 
 
 
 
Fatores que contribuem para a criança nascer com 
um baixo peso 
 
• Tabagismo 
• Gestação Múltipla – duas ou mais crianças 
estão competindo por nutrientes. 
• Consumo de álcool – principalmente da 3ª a 
8ª semana 
• Fluxo sanguíneo – se o sangue não chega 
corretamente a placenta, não chega 
corretamente ao feto, e aquela criança pode 
ter complicações durante o crescimento. 
 
EXAMES SOLICITADOS 
1) Ultrassonografia: amplamente usada, 
pois é facilmente encontrada nas clínicas, 
tem baixo custo e provoca poucos efeitos 
adversos. Ultrassonografias 

Normalmente são feitas quatro 
ultrassonografias durante os nove meses. 
No primeiro trimestre da gravidez, o 
exame checa o número de embriões e sua 
localização — se estão dentro do útero e 
não nas trompas. Entre a 12ª semana e a 
14ª semana, calcula, além do 
desenvolvimento, o tamanho da nuca do 
bebê (translucência nucal) e a medida do 
osso nasal, parâmetros que indicam o risco 
de síndrome de Down. Como em 25% dos 
casos a translucência pode resultar em 
falso negativo, alguns obstetras pedem um 
exame de sangue específico para 
identificar o problema. 
• Na 20ª semana, é a vez do ultrassom 
morfológico, que analisa a anatomia do feto e 
mede o tamanho dos ossos e dos órgãos. O 
exame diagnostica 90% das malformações. 
Quando há suspeita de anomalias, confirma-
se o diagnóstico com o ultrassom 3D, que 
fornece imagens tridimensionais 
• Entre a 32ª semana e a 35ª, mais um 
ultrassom, agora associado à 
Dopplervelocimetria, que avalia a circulação 
do sangue materno para a placenta e desta 
para o bebê. Esse exame pode ser indicado 
durante toda a gestação para mães 
hipertensas ou com doença que impede o bom 
funcionamento da placenta. 
 
2) Amniocentese (15ª à 20ª semana): 
Investiga doenças genéticas, como a 
síndrome de Down, por meio da coleta do 
líquido amniótico. O resultado demora de 
10 a 20 dias, mas uma parte do líquido 
retirado pode ser submetido ao exame de 
Fish, uma técnica que acelera o resultado. 
Em 72 horas, é possível avaliar as cinco 
principais doenças cromossômicas, 
responsáveis por 95% dos problemas.
 
 
Antes de indicar um exame, o médico deve pesar 
os Prós e os Contras, e, realmente, verificar a 
necessidade da realização desse exame. 
 
3) Coleta das vilosidades coriônicas: As 
vilosidades coriônicas fazem parte da 
placenta em desenvolvimento. A biopsia 
das vilosidades coriônicas consiste em 
retirar uma pequeníssima amostra dessas 
vilosidades, para se realizar um teste 
genético durante a gravidez. É 
frequentemente usada para se estudarem 
os genes ou os cromossomas do feto, para 
doenças genéticas especificas. 
 
A biopsia das vilosidades coriônicas, normalmente 
realizada entre a 11º e a 12º semana da gravidez, 
pode ser-lhe proposta por diversas razões: 
 
• Se o pai ou a mãe tem uma doença genética 
que possa ser transmitida ao bebé 
• Se existe uma doença genética na família do 
pai ou da mãe com risco de vir a ser 
transmitida ao bebé 
• Se já teve um filho com uma doença genética 
• Se durante esta gravidez já realizou outro 
teste (por exemplo uma ecografia ou análise 
ao sangue) que tenha mostrado um risco 
aumentado de o bebé vir a ter uma doença 
genética. 
 
MARÍLIA ARAÚJO – P1 MEDICINA 
 
 
4) Fetoscopia: é uma modalidade cirúrgica. 
Seu objetivo é visualizar o feto no interior 
da cavidade amniótica. Isso é possível com 
a utilização da ultrassonografia associada 
à videolaparoscopia. Este método é muito 
utilizado para tratar problemas congênitos 
complexos, que podem complicar o parto 
ou que podem evoluir rapidamente após o 
nascimento, levando a significativa 
incapacidade ou morte. A Fetoscopia é 
realizada utilizando-se um endoscópio de 
fibra óptica, o fetoscópio, que é inserido na 
cavidade uterina, tanto por via 
transabdominal (através do abdômen) ou 
via transcervical (através do colo uterino). 
O objetivo deste exame é visualizar o feto 
para obter amostras de tecido, ou realizar 
uma cirurgia no mesmo. 
Para finalizar, tem-se a formação da membrana 
Amniocoriônica:

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