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COLÉGIO PASSIONISTA SÃO PAULO DA CRUZ ÁREAS: ARQUITETURA E ENGENHARIAS MOBILIDADE URBANA: CICLOVIAS E BICICLETAS NO BAIRRO TUCURUVI CÉSAR TADEU THEODORO GIOVANNI MARCO REAL E SILVA LUIZA MIDORI MOSCHETTA GUSHI São Paulo Setembro de 2018 CÉSAR TADEU THEODORO GIOVANNI MARCO REAL E SILVA LUIZA MIDORI MOSCHETTA GUSHI MOBILIDADE URBANA: CICLOVIAS E BICICLETAS NO BAIRRO TUCURUVI Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência para a obtenção de nota do 3º trimestre do ano letivo, no 3º ano do Ensino Médio na instituição Colégio Passionista São Paulo da Cruz, no ano letivo de 2018. Orientador: Prof.(a): Giselle COLÉGIO PASSIONISTA SÃO PAULO DA CRUZ SÃO PAULO – 2018 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 06 2 MOBILIDADE URBANA ........................................................................ 07 2.1 Funcionamento da atual mobilidade urbana ............................................ 07 2.2 Cidade de São Paulo .............................................................................. 08 2.3 Logística na cidade de São Paulo ........................................................... 09 2.3.1 Valores cobrados .......................................................................... 09 2.3.2 Impactos no meio ambiente .......................................................... 10 2.3.3 Eficiência....................................................................................... 11 3 CICLOFAIXAS EM AÇÃO ..................................................................... 11 3.1 Países de primeiro mundo como referência .......................................... 12 3.2 Surgimento e utilização das ciclofaixas em SP ..................................... 12 3.2.1 Questões políticas e suas influências na mobilidade urbana ........ 13 3.3 Dificuldades na implantação e utilização do sistema das ciclofaixas ..... 14 4 PROJETO BICICLETOU ....................................................................... 15 4.1 Área de atuação .................................................................................... 15 4.2 Objetivos e metas do projeto ................................................................. 17 4.3 Benefícios para a população local......................................................... 17 4.4 Divulgação ............................................................................................ 18 CONCLUSÃO .............................................................................................. 22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 23 RESUMO Este é um estudo que aborda sobre o papel que a bicicleta tem exercido nos últimos tempos, isto é, tal recurso é visto como um meio de locomoção e recurso de mobilidade urbana atrelada, principalmente, às suas especificidades e sua constante procura na cidade de São Paulo. Sob esses aspectos, cabe ressaltar a presença de comparações abordando o uso da bicicleta em vários países do mundo e usados como uma grande referência para esse estudo. Ademais, é de extrema importância revelar que também estarão envolvidas as mudanças ambientais que tal fator pode estar ligado. Afinal, será que esse recurso exercerá grandes alterações no cotidiano dos indivíduos paulistanos? Palavras-chave: Bicicleta; Mobilidade urbana; Mudanças ambientais. ABSTRACT This is a study about the use of bikes nowadays, being seen as a mean of transport and a resource for the urban mobility, this is main related to its characteristics and constant search in São Paulo. Under these aspects, it’s important to point out the use of comparison about the use of bicycle on other countries worldwide, that were used as a great reference to our study, furthermore, is extremely important showing the ambiental changes linked with this project. At the end of the day, can this resource impact in the paulistano's routine and lifestyle. Keywords: Bike; Urban mobility; Environmental changes. 6 1 INTRODUÇÃO Através deste documento pretende-se direcionar os estudos para as áreas de Arquitetura e Engenharias, visando a mobilidade urbana como um dos fatores de melhora do cotidiano dos indivíduos, mais voltados para o bairro Tucuruvi, na cidade de São Paulo. Para alcançar os objetivos de pesquisa, foram conceituados os termos principais como o deslocamento espacial e suas vertentes, abordando também os impactos ambientais que tais fatores podem acarretar. Assim, foram apresentados os universos da Arquitetura e Engenharias como um todo, pontuando logísticas e revelando alguns motivos que fazem da bicicleta um meio de transporte capaz de contribuir para a redução do número de veículos motorizados nas cidades. Sob esses aspectos, a escolha do tema surge principalmente por estar atrelada ao fato de a bicicleta atuar muito além do que uma simples atividade recreativa, isto é, ela passará a ser vista como um recurso eficiente de mobilidade urbana. Esta pesquisa foi dividida em três capítulos, em que o primeiro explica sobre essa locomoção espacial ligada a dados estatísticos. O segundo descreve sobre o funcionamento das atuais ciclofaixas e suas complicações. E por fim, no terceiro capítulo, foi desenvolvido um projeto denominado “Bicicletou” como um modo de amenizar as dificuldades de deslocamento dos indivíduos, também visando o lado sustentável. 7 2 MOBILIDADE URBANA Segundo o Dicionário Online de Português (Dicio), mobilidade significa: ''qualidade daquilo que se move, do que se consegue movimentar. Locomobilidade; capacidade de se mudar, de ir a outro lugar.'' Portanto, diante desse conceito tem-se como base e prioridade para o estudo deste documento, a revitalização e inserção de novas soluções para garantir que a mobilidade urbana seja eficaz para a população, não somente na teoria, mas sim na prática. Nesse sentido, conforme a citação de Eduardo Galeano, em sua obra “O livro dos Abraços” que diz: "Eu não acredito em caridade. Eu acredito em solidariedade. Caridade é tão vertical: vai de cima para baixo. Solidariedade é horizontal: respeita a outra pessoa e aprende com o outro”, depreende-se que a solidariedade, a colaboração e o respeito com o próximo se torna diretamente ligado ao projeto aqui apresentado, juntamente com o conceito da mobilidade urbana, pois para que seja eficaz é preciso de apoio, onde o governo e a população financiam, produzem, trabalham em conjunto e criticam, positivamente ou negativamente de forma respeitosa, para que haja uma melhoria, se for necessário. 2.1 Funcionamento da atual mobilidade urbana É inquestionável que a mobilidade urbana na cidade de São Paulo tem se tornado cada vez mais complexa. Partindo desse princípio, sabe-se que tal sistema de transportes acaba por ser caracterizado dessa maneira devido à amplitude urbana e à abundante movimentação entre determinados locais. Em meio a esse contexto, é imprescindível salientar que tal cidade é conhecida pelo alto congestionamento, isto é, o elevado número de carros nas ruas faz com que o município se caracterize dessa maneira, ou seja, é evidente que esse fator traga à tona milhares de complicações referentes ao meio ambiente. Tendo isso em vista, sabe-se que, diante desse cenário, o transporte coletivo também exerce um papel fundamental no cotidiano da cidade, isto é, a existência de amplasestruturas de linhas de ônibus, trens da CPTM e o metrô 8 tornam-se um dos os principais meios de locomoção público utilizados pelos paulistanos. Ademais, é evidente que São Paulo possui um sistema cicloviário em crescimento, contudo mostra-se insuficiente perante ao tamanho da cidade. 2.2 Cidade de São Paulo De acordo com o IBGE de 2017, a população paulistana é de, aproximadamente, 12.106.920 habitantes, sendo o estado mais populoso do Brasil. Dessa maneira, a grande cidade traz consigo uma série de problemas, dentre eles temos a dificuldade no trânsito de pessoas pela cidade. Sabe-se que a vida do paulistano é pautada pela “correria” e esse fator se agrava ainda mais em horários de pico, em que a quantidade de carros e ônibus é sempre grande e juntamente a isso temos o fluxo de entradas e saídas de empresas, escolas e faculdades, fator que contribui para esse congestionamento. Este grande fluxo provoca diversos problemas, como o engarrafamento de grandes avenidas, a superlotação dos transportes públicos e até mesmo a poluição de São Paulo. A cidade, por sua vez, conta com uma grande estrutura em relação ao transporte público com várias linhas de ônibus, e uma frota de mais de 14.000 ônibus, sob comando da SPTrans. Já o sistema do metrô paulistano é o mais moderno da América Latina e foi eleito em 2015, pela American Business Insider, como um dos melhores do mundo, entretanto não é o suficiente para suportar a demanda da cidade, sendo considerado o metrô mais lotado do mundo, transportando, em média, 4,5 milhões de passageiros por dia. A correção desse problema é um projeto de longo prazo, visando uma expansão da malha metroviária, esta já está sendo projetada com a construção de novas estações como, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi, Vila Sônia, além de mais 13 estações na linha Verde, ligando Vila Prudente com o município de Guarulhos. Com isso, além de diminuir a lotação dos metrôs, este visa abranger ainda mais usuários, tratando-se, então do projeto do governo. Sendo assim, pode-se estabelecer um paralelo com o projeto proposto por este estudo, em que se resume a ligar as ciclofaixas e bicicletários aos metrôs para uma maior 9 comodidade dos indivíduos e, assim, contornando as constantes dificuldades enfrentadas em seus cotidianos. Além do transporte público, São Paulo conta com grande rede de transportes particulares, com mais de 8 milhões de veículos na cidade, isso, além da poluição, gera um problema de engarrafamento em suas grandes avenidas e marginais, como a de Pinheiros e Tietê, onde é quase impossível a locomoção em horários de pico. Além desses fatores, tem-se também o grande crescimento de serviços de transportes particulares por meio de aplicativos, como o “99Taxis” ou o mais recente “Uber”. Sendo assim, uma possível solução para o problema do engarrafamento é o maciço investimento em transporte público ou a utilização de transportes alternativos, como a bicicleta, uma vez que apenas os rodízios de automóveis não são suficientes para diminuir o fluxo de veículos. 2.3 Logística na cidade de São Paulo Nesta seção será explanada como é a aplicação da estatística em meio ao cenário de locomoção, abordando, respectivamente, os valores cobrados, os impactos ambientais e a eficiência. 2.3.1 Valores cobrados É indubitável que o modelo adotado na cidade de São Paulo é o de tarifa única, ou seja, o tempo e a distância do trajeto não interferem no valor cobrado, tratando-se, então, de um valor fixo. Dessa maneira, em tal cidade, o valor vigente de 2018 dos transportes públicos varia de acordo com cada tipo, sendo assim: • Ônibus: R$ 4,00 • Metrô: R$ 4,00 • CPTM: R$ 4,00 • Tarifa integrada dos ônibus municipais com os trens do Metrô e da CPTM: R$ 6,96 10 Ademais, sabe-se que os custos com os deslocamentos por transportes particulares variam de acordo com o trajeto realizado e o valor dos combustíveis, seja ele gasolina, etanol ou gás natural, isto é, o valor é relativo à cada situação de uso. 2.3.2 Impactos no meio ambiente É inquestionável que a mobilidade urbana está estritamente ligada à uma série de problemas. Dentre eles, os impactos no meio ambiente apresentam-se como fatores de grande importância. Tendo isso em vista, sabe-se que o uso de transportes individuais é mais incentivado, ou seja, o sistema de transporte público encontra-se em um estado pouco eficiente e acaba fazendo com que as pessoas optem por utilizar carros, por exemplo. Dessa maneira, sabe-se que o número de pessoas que cabem nesse veículo é menor, ou seja, necessita-se de uma maior quantidade de carros para locomover um maior número de pessoas e como consequência, esse fator gera, gradativamente, mais poluição. Sob esse ponto de vista, TORREZ e FERRAZ (2001) trazem à tona a ideia de que um passageiro de carro ocupa dezoito vezes mais espaço que um passageiro que utiliza o ônibus público. Dessa maneira, ainda se sabe que, ao tratar de um horário de pico, essa relação pode aumentar relativamente com o tipo de transporte, sendo ele trem ou metrô. Ademais, os autores apresentam que um automóvel particular chega a consumir mais de cinco vezes mais energia não renovável para transportar um passageiro, algo que não deveria ocorrer caso os transportes públicos fossem de extrema qualidade. Por conseguinte, ainda se sabe que fatores como o aumento de temperaturas geradas pelos combustíveis fósseis queimados dentro da cidade são fundamentais quando se refere aos cuidados que devem ser tomados. Este fator, juntamente com a falta de incentivo aos meios de transporte públicos, pode levar São Paulo à completa insustentabilidade econômica, social e, principalmente, ambiental. 11 2.3.3 Eficiência Conforme a imagem I, percebe-se que a cidade de São Paulo está abrangida por ligações de metrô concentradas na área central. Bem como, apresenta uma vasta linha de ônibus que faz longas distâncias na cidade, mas na prática esse sistema ainda tem muitas lacunas e falhas, visto que a cidade de São Paulo possui diversos habitantes e localidades que ainda não atendem esses tipos de serviço. Sob esses aspectos, é imprescindível cogitar a ideia de expandir tal rede de transportes para além do centro, de maneira que traga uma maior acessibilidade à população como um todo. IMAGEM I: Transporte público (metrô) na cidade de São Paulo Fonte: Google Maps 3 CICLOFAIXAS EM AÇÃO Como iniciado no capítulo anterior, é evidente que as formas de mobilidade urbana estão sofrendo constantes mudanças, isto é, tal fato é decorrente de diversos motivos, nos quais é imprescindível salientar tanto a questão financeira como a nova rotina que os indivíduos têm aderido. 12 3.1 Países de primeiro mundo como referência As ciclovias estão em um crescente e tendencioso avanço, sendo que aos poucos estão ingressando no território paulista. É notório que essas já são parte fundamental do trânsito de grandes cidades de países desenvolvidos, com grandes extensões, serviços de aluguéis de bikes que contam até com estações de retirada e devolução. Dentre esses locais, algumas cidades apresentam índices elevados desse tipo de transporte, tais como: • Amsterdã – Holanda Uma linha de ciclovias de 20 mil quilômetros, com pontos de locação em diversos lugares como hotéis e em todas as estações de metrô. • Barcelona – Espanha Conta com mais de 150 quilômetros de ciclovia e uma enorme rede de aluguéis de bicicletas, com 413 pontos e 300 metros de distância um do outro. • Berlim – Alemanha Com aproximadamente 650 quilômetros de extensão, podendo fazer um trajeto da cidade deBerlim até a de Copenhague, na Dinamarca. 3.2 Surgimento e utilização das ciclofaixas em SP É inquestionável que, diante dos tópicos abordados acima, as ciclofaixas implantadas pela prefeitura de São Paulo, em 2013, tiveram como perspectiva a Europa, ou seja, foi seguindo as estruturas de outros lugares que a ideia paulista surgiu. Tendo isso em vista, pode-se salientar que um dos maiores objetivos é estimular, gradativamente, o uso de bicicletas como uma opção de locomoção na cidade, mais uma vez fazendo jus aos modelos criados no exterior que já possuem um amplo projeto de meios de locomoção, tratando-se da grande diversidade. Sob esse aspecto, é de extrema importância tratar dos principais benefícios que tais ciclofaixas podem trazer ao cotidiano das pessoas, isto é, torna-se evidente que há um grande avanço quando se refere ao quesito saúde e qualidade de vida, uma vez que a poluição no ar vai tomando proporções 13 menores. Além disso, torna-se viável ressaltar que para a execução de tal projeto o custo mostra-se baixo. Todavia, ao tratar-se do cenário paulista, é evidente que os carros exercem o papel de prioritários nas ruas, ou seja, com a execução de projetos referentes às ciclovias, tais meios de locomoção, isto é, as bicicletas, irão trazer como consequência o estreitamento de pistas que, consequentemente, irá trazer à tona um aumento no congestionamento dos carros. Por conseguinte, é importante lembrar que o sistema de ciclofaixas torna-se realmente funcional para aqueles locais em que o tem implantado. Entretanto, ainda existem lugares, como a periferia, que se encontram distantes de fazerem proveito de tais implantações, o que se torna contraditório, uma vez que os indivíduos que lá habitam são os que mais fazem o uso de bicicletas. 3.2.1 Questões políticas e suas influências na mobilidade urbana O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), tentou deixar a construção de ciclovias uma marca de sua gestão. A ideia pode até ter sido apoiada por boa parte dos paulistanos, porém a questão é que as ciclofaixas de Haddad foram as mais caras do mundo, onde o quilômetro custou cinco vezes mais caro do que em Paris, na França. Houve também uma obra que despertou mais ainda a atenção do Ministério Público, pelo impressionante superfaturamento. Trata-se da obra do Ceagesp-Ibirapuera, com sinalização e faixas vermelhas, que custou 4,4 milhões a cada um dos 12,4 quilômetros. Ademais, os promotores paulistas acusaram Haddad e seu secretário de transportes de terem causado prejuízos milionários somente nessa obra. Dessa forma, um dos princípios da gestão de Haddad foi a criação das ciclovias, o que aumentou o número de bicicletas na rua. Porém, logo quando venceu a eleição, Doria declarou que sua intenção era parar o programa de ampliação de ciclovias e eliminar algumas já existentes, gerando incompatibilidade de poderes e serviços na cidade. 14 Segundo Doria, as ciclovias estavam em processo de readequação em busca de maior segurança e foram eliminadas em locais onde não há tráfego de bicicletas, porém a discussão feita por todos foi que, se não houver ciclovias, nunca haverá tráfego de bicicletas. Durante sua gestão, Doria disse que faria mudanças nas ciclovias implantadas por Haddad, como trocar uma parte das pistas exclusivas por ciclorrotas, sem demarcação do espaço da bicicleta no asfalto, mas com sinalização, velocidade reduzida e lombo faixas, melhorando a convivência com os demais veículos no percurso. Entretanto, as ciclofaixas são as únicas garantias de segurança dos ciclistas e as ciclorrotas só seriam eficientes se fossem acompanhadas de medidas eficientes de redução do limite de velocidade e mecanismos de “acalmamento” do trânsito. 3.3 Dificuldades na implantação e utilização do sistema das ciclofaixas A falta de infraestrutura para a locomoção é um dos principais meios que desestimulam a utilização das ciclofaixas, em contrapartida, o governo faz campanhas para incentivar o uso desse meio, fazendo com que se estimule uma nova qualidade de vida, visando não somente para esporte e lazer, mas também para uso de transporte urbano. As ciclofaixas existentes em São Paulo, como mencionado nos tópicos anteriores, em sua maioria estão em estado crítico, pela falta de manutenção, com galhos, buracos, falta de sinalização e dentre outros problemas, o que leva os ciclistas a disputarem espaço com os veículos comprometendo sua segurança ou simplesmente seguem utilizando as precárias ciclovias existentes. Além disso, um dos fatores mais críticos são as conexões das ciclofaixas diante dos transportes públicos, como ônibus e metrô, inviabilizando uma locomoção efetiva. 15 Portanto, a falta de vias exclusivas e adequadas, a quantidade baixa de bicicletários e o entendimento por parte dos motoristas de carros, ônibus e caminhões são grandes obstáculos que precisam ser reavaliados. 4 PROJETO BICICLETOU Sob os aspectos mostrados nos capítulos anteriores, foi-se desenvolvido um projeto com o propósito de ajudar não só as pessoas, mas o meio ambiente também. O nome dado a ele foi “Bicicletou”, justamente por ser um nome curto, novo e de fácil pronunciação, no qual nos remete a ideia da principal atuante do projeto, a bicicleta. Sendo assim, torna-se mais fácil o convencimento das pessoas a aderirem a essa nova etapa de locomoção urbana. 4.1 Área de atuação Sob os aspectos apresentados, é de extrema relevância destacar que tal projeto tende a ser aplicado e inserido mais precisamente no bairro Tucuruvi, isto é, atendendo as necessidades mais próximas da realidade enfrentada pelos integrantes do grupo, para que, ao se concretizar de maneira eficaz e segura, possa ser expandido para diversas outras localidades, sempre seguindo as linhas de metrô e visando uma melhora na mobilidade urbana. Tendo isso em vista, é possível destacar a necessidade da criação de bicicletários, ou seja, um fator que ajudará na concretização do projeto. Sendo assim, para uma melhor perspectiva das áreas em que o projeto irá atuar, segue a seguinte imagem: 16 IMAGEM Il: Modelo estabelecido para os bicicletários Dessa maneira, ainda cabe estabelecer os raios de distâncias entre um bicicletário e outro, ou seja, serão instalados em pontos estratégicos das estações de metrô (Tucuruvi, Parada Inglesa, Jardim São Paulo-Ayrton Senna, Santana, Carandiru e assim sucessivamente), relativizando as distâncias para que haja uma maior facilidade de o indivíduo retirar e devolver a bicicleta, conforme a imagem: IMAGEM IlI: Distanciamento dos bicicletários (indicados pelos pontos) 17 4.2 Objetivos e metas do projeto O projeto “Bicicletou” foi criado com intuitos ambientais e sociais, tal como a preservação do meio ambiente com a tentativa de diminuição no fluxo de automóveis e o incentivo a práticas mais sustentáveis e saudáveis, como, por exemplo, o uso de bicicletas como meio de locomoção. Uma vez estabelecido tais objetivos, foi ocorrida a decisão do local onde o projeto será instituído e a ideia foi estabelecida inicialmente no bairro do Tucuruvi. A decisão foi embasada em nossa necessidade de um projeto como esse no bairro. Analisando dados e pesquisas populares, o fluxo do Tucuruvi, já grande por conta da estação de metrô, obteve uma alta crescente nos últimos anos, devido a construção do Shopping Metrô Tucuruvi. Logo, o número de automóveis circulando no bairro aumentou drasticamente, gerando grandes problemas, como a dificuldade do tráfego na região. O projeto visa a melhoria dessa dificuldade, o bicicletário estaria ligado à estação,permitindo que pessoas se dirijam a ela em suas bicicletas e peguem o metrô, essa prática, além da já supracitada melhoria do tráfego, traria melhorias ambientais, já que diminuiria a emissão de poluentes geradas naturalmente pelo alto fluxo automobilístico. 4.3 Benefícios para a população local O programa desenvolvido tem por finalidade diversos benefícios para a população local, na qual a região terá um número menor de carros, logo, haverá um menor índice de congestionamento e poluição. Além de facilitar o deslocamento das pessoas, com a diminuição do valor e do tempo gasto de ir e vir do trabalho, por exemplo. As ciclofaixas serão de grande importância, pois incentivarão mais pessoas a praticarem uma atividade física, algo não muito comum atualmente e contribuirão com o comércio local, por conta de a bicicleta ser de pequeno porte e mais devagar, dando mais visibilidade para os aluguéis estabelecidos pelo 18 projeto proposto. 4.4 Divulgação Por conseguinte, para que tal proposta tenha uma finalização eficaz, é preciso que ela venha acompanhada de diversas divulgações, ou seja, serão utilizados alguns tipos de recursos, sendo eles: • Posts: Através de manutenções e implantações com publicações patrocinadas na FanPage do Facebook. Além disso, vale cogitar a ideia de expor informações que contenham valores, termos, locais de aluguel e mapas no próprio site institucional. IMAGEM IV: Modelo de FanPage do Facebook • Peças gráficas: É importante que a divulgação, a propaganda e o marketing sejam feitos no próprio bairro do Tucuruvi, sendo o ponto inicial de implementação do projeto. Assim, serão disponibilizadas peças gráficas nos meios de comunicação offline, como totens e pontos de ônibus. 19 IMAGEM V: Modelo de peça gráfica no bairro Tucuruvi • Flyers: Visando a divulgação e posicionamento da marca no mercado. IMAGEM VI: Modelo de Flyer 20 • A própria bicicleta: Uma vez que apresenta o logo “Bicicletou”, a mesma irá ser um ponto de divulgação, já que rodará o bairro e será vista por diversas de pessoas. IMAGEM VII: Modelo de bicicleta do projeto • Aplicativo “Bicicletou”: Em que fará o uso versátil do mundo tecnológico, isto é, abordará para o usuário, de maneira prática e rápida, recursos que auxiliem na utilização das bicicletas, sempre avisando a disponibilidade desse tipo de transporte, as distâncias entre um bicicletário e outro e, por fim, mapas das ciclofaixas ligados à localização da pessoa para que ela seja orientada como no funcionamento de um GPS. Abaixo seguem as principais telas do aplicativo, sendo elas: Tela de login, mapas indicando a proximidade do bicicletário e a tela de aviso quando o aluguel da bicicleta for efetivado. 21 IMAGEM VIII: Telas do aplicativo “Bicicletou” 22 CONCLUSÃO Com base nesses estudos, infere-se que as bicicletas podem ser consideradas como um meio muito eficiente, mas, em contrapartida, o cenário onde tal recurso está inserido não possui meios viáveis para que tal peculiaridade possa ser desfrutada, ou seja, não há infraestruturas em condições favoráveis presentes na cidade de São Paulo, tornando tal situação suscetível a pouco uso. Sob esse ponto de vista e visando atender uma grande necessidade de mercado, espera-se que o projeto estabelecido nesse documento possa consentir essa grande demanda existente, isto é, aqueles que possuem tal tipo de transporte, mas não têm condições qualitativas para fazer o uso do mesmo. Dessa maneira, espera-se que haja um apoio governamental, mediante a investimentos e através do Ministério das Cidades para que esse projeto se torne realista e traga novas perspectivas aos indivíduos de São Paulo. 23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CURSO DE REDAÇÃO. Citações. Disponível em: <http://www.cursoderedacao.net/citacoes/>. Acesso em: 13 mai. 2018. DICIO. Mobilidade urbana. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/pesquisa.php?q=mobilidade+urbana+>. Acesso em: 13 mai. 2018. FERRAZ, A. C. P. e TORRES, I. G. E. Transporte Público Urbano. São Carlos: Rima, 2001. SIGNIFICADOS. Mobilidade urbana. Disponível em: <https://www.significados.com.br/mobilidade-urbana/>. Acesso em: 13 mai. 2018. DORIA VAI MUDAR CICLOVIAS. Cotidiano. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/04/1877077-doria-vai-mudar- ciclovias-e-adotar-rota-sem-divisao-entre-bicicletas-e-carros.shtml>. Acesso em: 13 jun. 2018. ISTO É. A ciclovia mais cara do mundo. Disponível em: <https://istoe.com.br/447384_A+CICLOVIA+MAIS+CARA+DO+MUNDO/>. Acesso em: 13 jun. 2018. USP. Nereus. Disponível em: <http://www.usp.br/nereus/?p=4894>. Acesso em: 13 jun. 2018. https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/04/1877077-doria-vai-mudar-ciclovias-e-adotar-rota-sem-divisao-entre-bicicletas-e-carros.shtml https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/04/1877077-doria-vai-mudar-ciclovias-e-adotar-rota-sem-divisao-entre-bicicletas-e-carros.shtml https://istoe.com.br/447384_A+CICLOVIA+MAIS+CARA+DO+MUNDO/
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