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Estagio supervisionado 2

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL
JEANDERSON RANIERI DA SILVA DOS ANJOS
MOBILIDADE URBANA: UMA ANÁLISE DOS PROBLEMAS DE INFRAESTRUTURA NA AVENIDA EnGENHEIRO ROBERTO FREIRE EM NATAL-RN
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 2
NATAL
2020
JEANDERSON RANIERI DA SILVA DOS ANJOS
MOBILIDADE URBANA: UMA ANÁLISE DOS PROBLEMAS DE INFRAESTRUTURA NA AVENIDA EnGENHEIRO ROBERTO FREIRE EM NATAL-RN
Relatório apresentado ao Curso de Graduação de Engenharia Civil do Centro Universitário Maurício de Nassau do estado de Natal, como requisito para obtenção de nota da disciplina Estágio Supervisionado I, sob orientação do Professor Fábio Leonardo Freitas e Souza.
NATAL
2020
Dedico este relatório a meus pais que, desde a minha infância, têm dado grande incentivo ao meu desenvolvimento intelectual. Sem vocês eu não teria compreendido a importância do SABER.
AGRADECIMENTOS
Á Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades.
Aos meus pais e irmão que nunca deixaram de acreditar que eu poderia conseguir.
E queria dar um agradecimento especial a professora mais dura e persistente que me acompanha desde os 7 anos da minha vida, que sempre está comigo em todos os momentos. Pelo menos não tenha um dia da minha vida que eu não me lembre dela. Mesmo quando queria largar, ela não deixava. E que me ensinou a maior lição da vida. Ela me ensinou a continuar e a nunca desistir.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado.
.
“A persistência é o caminho do êxito.”
Charles Chaplin
RESUMO 
Hoje em dia, a mobilidade urbana se apresenta como um dos grandes percalços não só dos grandes centros urbanos do Brasil, mas também em pequenas metrópoles em desenvolvimento. O planejamento urbano por sua vez é peça chave do poder público para que seja oferecida uma mobilidade urbana de qualidade a população nas médias e grandes cidades no Brasil. O objetivo deste trabalho é analisar a questão da mobilidade urbana na Avenida Engenheiro Roberto Freire na Zona Sul de Natal uma vez que esta vem se tornando a cada dia um problema no que se refere à questão da mobilidade, principalmente para todos que dependem dessa via de acesso. Para isso foram utilizados pesquisa bibliográfica pertinente ao tema abordado e consultas a órgãos públicos. Com esses procedimentos metodológicos foram mapeados os principais problemas na avenida e proposto soluções. Dessa forma, foi concluído que a avenida ao longo do tempo se tornou uma das principais via não só da Zona Sul, mas da cidade como um todo. Ressaltamos ainda que se faz necessário um processo de melhoramento da via , uma vez que o fluxo nessa área é crescente e sua infraestrutura não vem acompanhando a contento a dinâmica de mobilidade nesta área da cidade, fato que tem trazido consequências negativas à população ali residente e/ou que a utiliza em seu cotidiano.
Palavras Chave: Mobilidade urbana. Engenheiro Roberto Freire. Planejamento urbano.
ABSTRACT
Nowadays, urban mobility presentes itself as one of the major setbacks not only in the large urban centrs of Brazil, but also in small developing metropolises. Urban planning, in turn, is a key part of the government to offer quality urban mobility to the population in médium and large cities in Brazil. The objective of this work is to analyse the issue of urban mobility on avenue enginner Roberto Freire in the South zone of Natal since this is becoming a problem with regard to the issue of mobility every day, mainly for everyone who depends on this access route. For this, bibliographic research relevant to the topic addressed and consultations with public agencies. With these methodological procedures, the main problems on the avenue were mapped and solutions proposed. Thus, it was finished that the avenue over time has become one the main roads not only in the South zone, but in the city as a whole. We also emphasize that a processo f improvement of the road is necessary, since the flow in this area is growing and its infrastructure has not been satisfactorily following the dynamics of mibility in this area of the city, a fact that has brought negative consequences to the population living there and/or who uses it in their daily lives.
Key-words: Urban mobility, Enginner Roberto Freire, Urban Planning.
LISTA DE FIGURAS
	Figura 01- Trânsito na Avenida Engenheiro Roberto Freire.
	19
	Figura 02- Congestionamento de Ônibus numa parada da Avenida
	19
	Figura 03- Canteiro central sem acessibilidade. 
	20
	Figura 04- Passarela na Avenida
Figura 05- Moro do Careca ao fundo foto 
Figura 06 - Empresas ao entorno da Via. 
Figura 07- Quantidade de espaços ocupado por pessoas, dependendo do Transporte usado.
	20
20
21
	
	22
	
	
LISTA DE SIGLAS/ABREVIATURAS
	ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
Av. - Avenida
	BRT - Sigla em inglês para ônibus de Trânsito Rápido
	IBGE – instituto brasileiro de geografia e estatística
NBR – Norma Brasileira Regulamentadora
ONU – Organização das nações unidas
	PLANMOB - Plano de mobilidade
	PNMU – Política nacional de mobilidade Urbana
RMN - Região Metropolitana de Natal
	RN – Rio Grande Do Norte
	
	
SUMÁRIO
	1.INTRODUÇÃO ......................................................................................
	10
	2. OBJETIVOS ........................................................................................
	11
	2.1. Objetivo Geral ....................................................................................
	11
	2.2. Objetivos Específicos ........................................................................
	11
	3. REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................
	12
	3.1. Mobilidade Urbana- Definições e Histórico ........................................
	12
	3.2. Legislação da Mobilidade Urbana .....................................................
	13
	3.3. Principais Problemas na Avenida Roberto Freire ..............................
	14
	3.4. Impacto da Péssima mobilidade na avenida .................................
	16
	4- METODOLOGIA ...................................................................................
	17
	4.1. Coleta de Informações........................................................................
	18
	4.2 Análise de informações.......................................................................
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................
5.1. Principais Impactos Verificados .........................................................
5.2. Propondo Soluções ...........................................................................
6. CONCLUSÃO .......................................................................................
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................
	18
	
	18
	
	20
	
	22
	
	24
	
	25
	
	
	
	
	
	
	
	
1. INTRODUÇÃO 
A mobilidade urbana nada mais é do que a facilidade do deslocamento das pessoas e bens na cidade, com o objetivo de desenvolver atividades econômicas e sociais nos perímetros urbanos de cidades, aglomerações e regiões metropolitanas. Tais deslocamentos são realizados através de veículos motorizados e não motorizados, além de toda a infraestrutura, dentre as quais vias e calçadas, que possibilita o ir e vim cotidiano. (SILVA, EDUARDO FERNANDEZ; GOLLNICK, SERGIO,2014).
A urbanização que o Brasil passou a partir final do século XX foi marcada por uma característica marcante que foi o acelerado crescimento desajustado das cidades sem um mesmo ritmo de crescimento no planejamento urbano de mobilidade das pessoas.
Nesse sentido, Natal/RN também participou desse crescimento acelerado do processo de urbanização que transformou muito o espaço urbano da cidade, mas que tem gerado nos últimos anos um grande debate, haja vista que a cidade vem encontrando dificuldade em desenvolver meios para diminuir:
-Os congestionamentos, sobretudo em horários de picos;
 - O grande número de pedestres nas vias;
 - E a falta de opções de transporte alternativos.
A Avenida Engenheiro Roberto freire, que é uma das principais vias da cidade, é um dos grande exemplo de falta de mobilidade urbana que a cidade vem enfrentado ao longo de algumas décadas. Porque essa Avenida, historicamente é a principal via de acesso aos principais pontos turísticos da cidade e que não detém de infraestrutura suficiente para atender com qualidade o transporte das pessoas, bens e/ou serviços.
A forma como hoje está operando essa avenida tem efeitos diretos e indiretos sobre o meio ambiente, o desenvolvimento econômico e os deslocamentos das pessoas. 
De acordo com Vasconcellos :O transporte é uma atividade necessária à sociedade e produz uma grande variedade de benefícios, possibilitando a circulação das pessoas e das mercadorias utilizadas por elas e, por consequência, a realização das atividades sociais e econômicas desejadas. No entanto, este transporte implica em alguns efeitos, aos quais chamamos de impacto. (Vasconcelos,2006 Pág. 11)
Com o objetivo de mitigar a dificuldade encontrado na via, sobretudo em horários de picos, será proposto algumas soluções, como planejamento integrado de transporte e o incentivo a construção de mais ciclovias e ciclofaixa.
De toda forma é preciso sempre ampliar os debates entre a sociedade e os gestores do setor públicos para que consiga atingir o equilíbrio entre a necessidade da população e o impacto ambiental.
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
O presente trabalho tem como objetivo geral mostrar os problemas de mobilidade na Av. Engenheiro Roberto Freire em Natal/RN, bem como elencar soluções para melhorar a qualidade da via de forma que atenda as necessidades da população, sem agredir o meio ambiente em longo prazo.
2.2. Objetivos Específicos
· Conceituar Mobilidade Urbana;
· Descrever sobre os principais problemas na Av. Engenheiro Roberto Freire em Natal/RN;
· Analisar todos dados de impacto da via;
· Pesquisar sobre os impactos que a péssima mobilidade trás para cidade e população da região;
· Apresentar soluções que visem o equilibro entre a necessidade da população e o impacto ambiental.
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1. Mobilidade Urbana- Definições e Histórico:
 Na história, as grandes cidades surgiram quando nossos antepassados passaram a modificar a natureza e deixaram o nomadismo de lado e conseguiram criar uma organização social onde as pessoas poderiam viver num determinado lugar.
Já no Brasil a urbanização começou no final do século XIX com a chegada da industrialização. Com o deslocamento em massa para cidades, o Brasil passou a ter cidades populosas e predominante urbanas. Com esse desnível populacional veio a falta de infraestrutura, falta de planejamento urbano e a incapacidade de suporte aos moradores da cidade.
O fortalecimento da economia é uma das razões da superlotação dos municípios situações estas que remetem à importância da revisão do plano diretor no que contempla a acessibilidade, mobilidade e sustentabilidade no âmbito da Lei. JOSÉ CARLOS XAVIER (2005)
Em Natal/RN, o aumento da urbanização da cidade deu-se de maneira mais significativa, principalmente pela falta de trabalho e condições de vida que cidade menores dos interiores impunha. Com esse aumento significativo para cidade, começou a existir a criação de favelas, violência urbana, falta de infraestrutura viária para mobilidade da cidade.
Cidades, cujos centros têm um desenvolvimento significativo, possuem uma relação intrínseca entre mobilidade, sistemas de transporte e centralidades, e em muitos casos o sistema de transporte público não consegue acompanhar esta nova estruturação do território (KNEIB, 2014).
Nesse sentido, começou a surgir preocupação com a mobilidade das pessoas e transportes na cidade, até com uma forma de desenvolvimento do local. Todavia, é importante salientar que embora tenha havido compreensão da necessidade, ainda falta um longo caminho a ser percorrido para alcançar uma mobilidade urbana mais sustentável.
Desta maneira a sustentabilidade se transforma na extensão conceitual de que a mobilidade urbana é a capacidade de fazer viagens necessárias para a realização dos direitos básicos do cidadão, com o menos gastos de energia possível, menos impacto no meio ambiente, tornando-se ecologicamente sustentável ( SILVA, Adriano Reis de Paula e; ALVES, Lidiane Aparecida; SANTOS, Geisiane Rodrigues dos. 2003,pg.49)
Entende-se por mobilidade urbana, como as condições criadas para que as possam se locomover entre diferentes regiões de uma cidade (PENA,2018). O grande problema da mentalidade que acabamos de expor é a falta de entendimento que toda essa condição precisa ser vinculada, dentro de um planejamento mais amplo.
Para Vasconcelos, (2001) a Mobilidade urbana refere-se ao ato de se movimentar de acordo com as condições físicas e econômicas, seja em meios não motorizados (a pé e bicicleta), seja em meios privados (transporte publico e privado) e de infraestrutura para realizar os deslocamentos.
A política nacional de mobilidade urbana é uma grande oportunidade para o investimento no transporte sustentável e mudanças de paradigma em nossas cidades. Entretanto, a pequena quantidade de estudo tanto acadêmicos quanto institucionais; a falta de recurso técnico e financeiro, má vontade, ineficiência, baixa qualidade e falta de consciência da importância da lei pelos gestores públicos acarretam a baixa qualidade e quantidade de planos de mobilidade elaborado até este momento (Santos e Valencia, 2016).
3.2. Legislação da Mobilidade Urbana
A Lei 12.587/12, conhecida como Lei da Mobilidade Urbana, determina aos municípios a tarefa de planejar e executar a política de mobilidade urbana. O planejamento urbano, já estabelecido como diretriz pelo Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01), é instrumento fundamental necessário para o crescimento sustentável das cidades brasileiras. (portal federativo. Acesso 1/4/2020)
A Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU) passou a exigir que os municípios com população acima de 20 mil habitantes, elaborem e apresentem plano de mobilidade urbana, com a intenção de planejar o crescimento das cidades de forma ordenada. A Lei determina que estes planos priorizem o modo de transporte não motorizado e os serviços de transporte público coletivo. (Ministério das cidades. Acesso 1/4/2020)
É preciso saber também que qualquer infraestrutura que vise acessibilidade tem como premissa fundamental a autonomia e segurança de todos os usuários de que nela necessitem. Segundo a NBR 9050 acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbano (2015):
Acessibilidade: Possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos.
 Além disso, a legislação determina à União prestar assistência técnica e financeira aos entes federados e contribuir para a capacitação de pessoas para atender a esta política pública.
3.3. Principais Problemas na Avenida Roberto Freire
Com seus 4,6km de extensão( Segundo dados do IBGE), a avenida Roberto Freire é uma das principais avenidas da capital, pois é a principal via de acesso ao bairro de ponta negra, que concentra a maior parte dos hotéis, bares, comércios, shopping e o cartão postal da cidade (Morro do Careca). Com o enorme fluxo de veículos na via, sempre se observa congestionamentos intensos, principalmente nos horários de picos, onde se observa a grande dificuldade das pessoas para transitarem. As vezes e preciso andar quase 1km para fazer um simples contorno.
Também existe algumas passarelas na via, que apesar de ajudar a locomoção de transporte motores, dificulta a locomoção de pessoas. Falta mais a demarcação de ciclovias que desde que foi elaborado o plano diretor de mobilidade urbana praticamente não saiu do papel. 
 Segundo Barbosa (2014) a bicicleta é considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU), como oveículo mais sustentável do planeta, é econômica, sem consumo de combustível, não polui, garante saúde e bem-estar psicológico para seus adeptos e quando bem cuidada, pode durar até 20 ano. (Barbosa,2014)
A via não possui transporte público, o principal transporte privado é ônibus que na sua maioria são velhos e de péssima qualidade e que sempre vivem abalroados de gente. E ainda existe o conceito obsoleto de cobrança de passagem dentro dos ônibus. Causando demora na saída dos mesmo e engarrafamento de ônibus muitas vezes.
Para Vasconcellos (2005), os maiores objetivos dos terminais de transporte são construí-los de forma a que sejam confortáveis para os usuários, bem como organizar as chegadas e partidas dos ônibus de forma a minimizar o tempo de transferência dos passageiros (Vasconcelos,2005).
A via também possui diversos pontos que vão de encontro com a ABNT NBR 9050 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, tais como: calçadas com parte do revestimento desagregado e algumas sem revestimento, várias rampas com inclinação acima do permitido, travessias de pedestres desalinhadas, travessia de pedestres com barreira física (poste) no canteiro central, desníveis sem proteção de guarda corpos, falta de sinalização de rampa com piso táctil, canteiro central não rebaixado.
A mobilidade e a acessibilidade constituem um par, que é a condição básica para a sustentabilidade urbana. Esses conceitos devem ser tratados a partir de políticas públicas, em que sejam associadas, de forma eficiente e eficaz, ações que estabeleçam regras, normas e condições para o uso do solo, para os transportes públicos motorizados e para os meios de transportes não motorizados, principalmente o caminhar. Tais ações para garantir a acessibilidade e a mobilidade no espaço urbano devem coadunar com parâmetros da sustentabilidade, especialmente no sentido de transformar uma realidade construída no passado, pensando em melhores condições para as atuais e futuras gerações, conforme a definição da Comissão Europeia, a sustentabilidade urbana consiste em um desafio para solucionar os problemas pré-existentes nas cidades e também os que podem vir existir em função da expansão urbana (SILVA; ALVES; SANTOS, 2015, p. 997).
3.4. Impacto da Péssima mobilidade na avenida
O primeiro grande impacto a se notar é o impacto econômico e desenvolvimento da região. Uma das primeiras coisas que a maioria da empresas analisam antes de investir é olhando a infraestrutura de transporte da região, se conseguem receber ou transportar seus produtos de uma maneira eficiente, e se seus funcionários conseguiram se deslocar ate o local de trabalho com segurança e acessibilidade. Mesmo em torno da avenida já existir algumas empresas, o péssimo trânsito e a dificuldade de acessibilidade com certeza desestimula a entrada de novas e empresa e faz repensar sobre a possibilidade de saída de muitas que já se encontra presente na região.
A mobilidade sustentável no contexto socioeconômico da área urbana pode ser vista através de ações sobre o uso e ocupação do solo e sobre a gestão dos transportes, visando proporcionar acesso aos bens e serviços de uma forma eficiente para todos os habitantes, e assim, mantendo ou melhorando a qualidade de vida da população atual sem prejudicar a geração futura.( Campos,2006, p. p. 99- 106) .
Um outro forte impacto é no turismo, a avenida Engenheiro Roberto Freire é o principal ponto de acesso aos pontos turístico da cidade, fica muito difícil para cidade incentivar o turismo na região quando não tem uma deficiência na acessibilidade para os locais frequentados. 
O sistema de transporte nos serviços turísticos é considerado um fator chave na competitividade, seja na dimensão preço ou qualidade. Há, portanto, uma hipótese de que na ausência de um eficiente sistema de transportes, o turista optará por destinos alternativos onde deficiências na locomoção não estejam presentes. Essa relação parece amplamente aceita entres os estudiosos do turismo, contudo, não é claro com que intensidade essa relação se verifica nos diversos tipos de turismo e nos diversos tipos de turistas (Downward & Lumsdon, 2004; Prideaux, 2000).
Há também outro impacto a se considerar, que é o impacto social, muitos empreendimentos comerciais e imobiliários começaram a perder valor, haja vista que muitas pessoas costumam a morar em bairros que sejam mais tranquilos. Vai se destruir a riqueza e a beleza da região, principalmente com as passarelas que existe na via. E os efeitos psicológicos em todas as pessoas que precisam usar a via diariamente, já que o grande número de congestionamentos é motivos para estresse e perda de qualidade de vida.
4. METODOLOGIA
A metodologia foi realizada utilizando pesquisa bibliográfica através de fontes primarias de informação como por exemplo, artigos, relatórios científicos, dissertações, teses e pesquisa na internet. Com o levantamento dessas informações foi feita seleção e arquivamento de informações relacionadas ao tema de pesquisa. Com o objetivo de fazer:
- Histórico sobre o tema;
- Encontrar resposta ao problema formulado e 
- Atualizar-se sobre tema escolhido.
4.1. Coleta de Informações
A coleta de informações teve como parâmetros: Fotos, pesquisa e observação do local. O levantamento primário das informações foi realizado por meio de livros, teses, legislação, Sites na internet e artigos científicos que envolveram a temática da mobilidade na Avenida Roberto Freire em Natal/RN. 
4.2. Análise de Informações
Esta pesquisa foi aplicada na Avenida Engenheiro Roberto Freire, situada na RMN (Região Metropolitana de Natal/RN). Sabe-se que o objetivo central é mostrar o problema de mobilidade na avenida, bem como elencar soluções para melhorar a qualidade da via. Tendo em vista esse objetivo, foi realizado diversas pesquisas bibliográficas em livros, teses, legislação, Sites na internet e artigos científicos. Com os resultados das pesquisas foi retiradas todas as informações para se chegar ao objetivo do trabalho.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A pesquisa foi desenvolvida na Avenida Engenheiro Roberto Freire, devido à grande importância da avenida para cidade de Natal no âmbito econômico e social, já que é a principal via de acesso aos pontos turísticos das cidades e faz ligação ao bairro de Ponta Negra, conhecido por oferecer bens e serviços para população.
Pode-se perceber conforme a figura abaixo que a via possui diversos problemas de infraestrutura e de mobilidade, sobretudo nos horários de picos, onde se forma congestionamentos de veículos e uma grande aglomeração de pessoas querendo transitar.
Fig. 01 Trânsito na Avenida Engenheiro Roberto Freire.
Observa-se também a falta de investimento público, já que a via não possui transporte público de qualidade o que desestimularia as pessoas a andarem nos seus veículos de passeio. O principal transporte privado é ônibus que na sua maioria são velhos e de péssima qualidade e que sempre vivem abalroados de gente. E ainda existe o conceito obsoleto de cobrança de passagem dentro dos ônibus. Causando demora na saída dos mesmo e engarrafamento de ônibus muitas vezes.
Fig. 02 Congestionamento de Ônibus numa parada da Avenida.
Sem falar que diversos pontos da via necessitam de reparo, e um plano de mobilidade de pessoas que contemple os deficientes conforme norma 9050. Verifica-se algumas passarelas na via, que apesar de ajudar a locomoção de transporte motores, dificulta a locomoção de pessoas.
 
Fig.03 Canteiro central sem acessibilidade. Fig.04 Passarela na Avenida.
5.1- Principais impactos verificados:
- Econômicos:
A avenida dar acesso aos principais pontos turísticos da cidade, dentre entre o morro do careca, que é o principal cartão postal da cidade. Nesse aspecto, o trânsito muitas vezes determina a satisfação com relação ao destino turístico, assim como a vinda, ou não de investidores para cidade.
Fig.05 Moro do Careca ao fundo foto.
- Sociais
Muitos empreendimentos comerciais e imobiliários começaram a perder valor, haja vistaque muitas pessoas costumam a morar em bairros que sejam mais tranquilos. Vai se destruir a riqueza e a beleza da região, principalmente com as passarelas que existe na via. E os efeitos psicológicos em todas as pessoas que precisam usar a via diariamente, já que o grande número de congestionamentos é motivos para estresse e perda de qualidade de vida.
Fig.06 Empresas ao entorno da Via.
- Ambientais
Veículos motorizados são os que mais liberam gases poluentes para atmosfera que 
são causadoras do efeito estufa. Além do mais, consomem espaço urbano na via que degradam a qualidade de vidas das pessoas da região.
Fig.07 Quantidade de espaços ocupado por pessoas, dependendo do Transporte usado.
 5.2 - Propondo soluções
O principal problema na via é que se usa o conceito ultrapassado e errado de que mobilidade é de veículos e não de pessoas. E para se ter mobilidade de pessoas tem que ter transporte público de qualidade e capacidade, o que desestimularia as pessoas andarem nos seus veículos de passeio, e o que ajudaria a desafogar a via. Um bom plano de mobilidade na via deveria começar a estabelecer um eixo principal de grande capacidade, e nesse caso o ônibus, seja ele em BRT ou trafegando em faixas exclusivas por si só não consegue dar conta.
[...] o resultado de um conjunto de políticas de transporte e circulação que visam proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço urbano, através da priorização dos modos não motorizados e coletivos de transportes, de forma efetiva, socialmente inclusiva e ecologicamente sustentável, baseado nas pessoas e não nos veículos (Boareto; 1995)
Grande parte dos congestionamentos hoje na via se dar por tempo excessivo na parada, e para melhorar esse tempo de parada é preciso mudar o veículo. Linhas de bonde com pagamento antecipado, por exemplo, poderia ser uma solução, já que faria fluir mais rápido o trânsito. Os ônibus preencheriam os vazios que existiria na via, isso o tornaria mais eficiente e poderia aumentar até sua demanda. As estações de transferências é um conceito que já está ultrapassado, haja vista que tem tecnologia que permite transferência em qualquer lugar. Elas existem por um conceito errado de pagamento de passagem no local por um cobrador dentro do veículo.
Outro ponto de melhoria seria a retirada das passarelas. As passarelas não dão mobilidade as pessoas, mas aos veículos. Em países ricos raramente você vai encontrar elas. A passarela é um grande indicativo de subdesenvolvimento. As passarelas criam uma grande dificuldade na locomoção das pessoas, principalmente as que são deficientes e precisam de uma acessibilidade maior. As pessoas têm que atravessar a via na sua superfície. 
6. CONCLUSÃO
O grande desenvolvimento da região metropolitana de Natal (RMN) nas últimas décadas aconteceu, como as maiorias das metrópoles no Brasil, com um crescimento desordenado e uma desarticulação entre o planejamento urbano e planejamento de infraestrutura de acessibilidade e transportes. A avenida Engenheiro Roberto Freire é um bom exemplo dessa falta de planejamento, com um tráfego intenso em grande parte do dia. A via se se tornado um grande motivo de estresse por quem precisa trafegar nela, seja por meio de transporte motorizado ou não.
Como essa avenida tem uma importância socioeconômica para cidade, é necessário mais engajamento para melhorar a mobilidade da via, a fim de atender a todas as demandas. A forma como hoje está operando essa avenida tem efeitos diretos e indiretos sobre o meio ambiente, o desenvolvimento econômico e os deslocamentos das pessoas.
Logo, medidas estratégicas são necessárias para alterar esse cenário. Para que isso ocorra, o governo juntamente com os órgãos púbicos deve desenvolver plano de mobilidade urbana que incentive a mobilidade de pessoas e não veículos, melhorar a infraestrutura de transporte público, a fim de que se tenha opções de locomoção na via de qualidade. Tais medidas devem ser tomadas objetivando trazer conforto e fluidez no trânsito, incentivo ao turismo e desenvolvimento da região e acessibilidade para as pessoas e um desenvolvimento sustentável na avenida. Por fim, é preciso também que a sociedade se envolva e pressione os gestores para que olhe de forma mais otimista quanto os ganhos no desenvolvimento da Avenida Engenheiro Roberto Freire.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR acessibilidades a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbano. 2005.
BARBOSA, Vanessa. As 10 melhores cidades para andar de bicicleta. 2014. Disponível em: Acesso em: 3 de abril de 2020.
BOARETO, R. Rede de transporte para pessoas com deficiência, 10º Congresso da ANTP, Anais, 1995.
BRASIL. Lei Nº 12.587, de 03 de janeiro de 2012. Institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana. Disponível em: Acesso em: 08 de maio de 2019.
CAMPOS, V.B.G. 2006. Uma visão da mobilidade sustentável. Revista dos Transportes Públicos. v. 2, p. 99-10 DEMO, P. “Pobreza política”. Papers. São Paulo, Fundação Konrad Adenauer-Stiftung, 1993.
Downward, P. & Lumsdon, L.. Tourism Transport and Visitor Spending: A Study in the North York Moors National Park, UK. Journal of Travel Research, May 2004, Vol. 42 (4):415-420.
GOLLNICK, SERGIO (2014). Viver urbanamente. Disponível 22 fevereiro 2014, no Wayback Machine.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Brasil – RN – Natal. 2018. Disponível em: Acesso em: 03 de abril de 2020. 
KNEIB, Erika Cristine. Projetos e cidades: Centralidades e mobilidade urbana: Gráfica UFG, 2014.
MINISTÉRIO DAS CIDADES. PlanMob – Construindo a cidade sustentável: caderno de referências para a elaboração de pano de mobilidade sustentável. Brasília:2007.
NBR – NORMA BRASILEIRA REGULAMENTADORA. NBR 9050: acessibilidades a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbano (2015).
PENA, Rodolfo F. Alves. Mobilidade Urbana. 2018. Disponível em: Acesso em: 02 de dezembro de 2018.
SILVA, Adriano Reis de Paula e; ALVES, Lidiane Aparecida; SANTOS, Geisiane Rodrigues dos. Sustentabilidade Urbana: Um Desafio para o Planejamento da Acessibilidade e da Mobilidade. In: XI – Encontro Nacional da ANPEGE - A Diversidade Da Geografia Brasileira: Escalas e Dimensões da Análise e da Ação. 2015. Anais Enanpege-2015. Presidente Prudente: Unesp, Ed: UFGD, 2015. 987-998 p, Disponível em: Acesso em: 18 de setembro de 2017.
SILVA, Adriano Reis de Paula e; ALVES, Lidiane Aparecida; SANTOS, Geisiane Rodrigues dos. Sustentabilidade Urbana: Um Desafio para o Planejamento da Acessibilidade e da Mobilidade. In: XI – Encontro Nacional da ANPEGE - A Diversidade Da Geografia Brasileira: Escalas e Dimensões da Análise e da Ação. 2015. Anais Enanpege-2015. Presidente Prudente: Unesp, Ed: UFGD, 2015. 987-998 p, Disponível em: Acesso em: 18 de fevereiro de 2020.
SILVA, EDUARDO FERNANDEZ (2014). Meio ambiente & mobilidade urbana. São Paulo, ISBN 9788539607341.
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