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Livro de referência: Agentes físicos na reabilitação (Michelle H. Cameron) TÔNUS MUSCULAR DEFINIÇÃO: Tensão subjacente no músculo que serve como uma base para a contração muscular. Resistência passiva em resposta ao alongamento de um músculo. ESTRUTURA E FUNÇÃO DOS NERVOS QUE CONTRIBUEM PARA O CONTROLE DO TÔNUS: Fonte: Google Imagens Nas fendas sinápticas ocorrem as sinapses a partir da liberação de neurotransmissores no local. A ligação do neurotransmissor ao seu receptor irá provocar inibição ou excitação pós-sináptica. Somação dos impulsos: Somação espacial: entradas de estímulos partindo de locais diferentes, ao mesmo tempo, para o mesmo local receptor. Somação temporal: estímulo em sequência, ao longo do tempo, partindo do mesmo local. Potenciais de ação O potencial de ação é a variação do potencial de membrana para valores positivos e retorno para os valores de repouso. Quando a estimulação excitatória é suficiente para chegar a um determinado limiar, o sinal é conduzido pelo potencial de ação, alterando o estado de repouso da membrana, progredindo rapidamente do corpo celular até os botões sinápticos. Fonte: Google Imagens Livro de referência: Agentes físicos na reabilitação (Michelle H. Cameron) Na membrana em repouso: Maior concentração de Na+ e Cl- do lado de fora da membrana Maior concentração de K+ do lado de dentro da membrana Como ocorre a mudança: Ao atingir o limiar necessário, há entrada de Na+ e saída de K+ da célula, invertendo polaridade DESPOLARIZAÇÃO Bomba de Na+/K+ retira o Na+ para fora da célula novamente e leva para dentro da célula o K+ REPOLARIZAÇÃO A despolarização e a repolarização sucessivas dos segmentos da membrana ocorrem pelo axônio até que estimulem a liberação de neurotransmissores em todos os botões sinápticos. Neurônios com diâmetro menor conduzem mais lentamente do que neurônios com axônios de diâmetro maior. Bainha de mielina: Tecido gorduroso fonte de isolamento que envolve os neurônios. A mielina deixa lacunas a intervalos regulares, chamados Nodos de Ranvier. Quando uma onda de despolarização viaja axônio abaixo, ela se move rapidamente onde há mielina e lentamente nos nodos de Ranvier. Condução saltatória: Como o sinal é mais lento nos nodos e rápido entre eles, parece pular de um nodo ao outro em rápida sucessão nos ramos axonais. Modificações de temperatura alteram essas velocidades. Aplicação de gelo reduz a velocidade de condução nervosa. Motoneurônio alfa Também chamados de células do corno anterior, são responsáveis pelo tônus e pela ativação muscular. Transmitem sinais do SNS para os músculos. UNIDADE MOTORA Fibras musculares inervadas pelo mesmo axônio, contraem-se de uma só vez sempre que ocorre um potencial de ação. A ativação da unidade motora depende das entradas excitatórias e inibitórias do motoeurônio alfa envolvido. Livro de referência: Agentes físicos na reabilitação (Michelle H. Cameron) ESTRUTURAS DA PERIFERIA QUE CONTRIBUEM PARA O TÔNUS: Fuso muscular Órgãos sensoriais dentro das fibras musculares, situados em paralelo a elas. Respondem ao alongamento. Neurônios sensoriais tipo IA enviam o potencial de ação para a medula, respondendo aos sinais de alongamento. A contração muscular pode ocorrer no músculo AGONISTA ou ANTAGONISTA. Ocorre na musculatura ANTAGONISTA do movimento para inibir a atividade no lado oposto da articulação. INIBIÇÃO RECÍPROCA Motoneurônios gama Respondem com tensão às alterações de comprimento do fuso muscular: sensibilizam os fusos para mudanças no comprimento muscular. São ativados ao mesmo tempo que os motoneurônios alfa na movimentação voluntária CO-ATIVAÇÃO ALFA GAMA. Podem ser ativados independentemente dos motoneurônios alfa, para assegurar que os fusos musculares mantenham sensibilidade ao alongamento. Outra função da ativação separadamente é preparar o fuso muscular para alterações bruscas de comprimento. Órgãos Tendinosos de Golgi Órgãos sensoriais localizados no tecido conectivo entre as fibras musculares e os tendões (junção musculotendínea). Funcionam em série com as fibras musculares. Sensíveis à tensão muscular excessiva (ex: ao pegar um peso). Neurônios sensoriais do tipo Ib, partindo do motoneurônio alfa, transmitem sinais para a musculatura agonista e antagonista. INIBIÇÃO AUTOGÊNICA Receptores cutâneos são base para muitas intervenções: PARA AUMENTO DO TÔNUS Tato rápido e leve Contato manual, escovação Aplicação rápida de gelo PARA REDUÇÃO DO TÔNUS Tato lento e mantido Aquecimento neutro Livro de referência: Agentes físicos na reabilitação (Michelle H. Cameron) FONTES ESPINAIS E SUPRAESPINAIS QUE CONTRIBIUEM PARA O TÔNUS: Vias proprioespinais Ajudam a produzir sinergias ou padrões particulares de movimentos a partir de aferências periféricas e vias descendentes. Auxiliam na comunicação entre os neurônios para o recrutamento coordenado de músculos sinergistas. Via corticoespinal Formada por axônios do córtex motor. Contração voluntária, principalmente funções motoras finas distais. Cruza as pirâmides na base do tronco cerebral e descem para fazer sinapse no lado oposto da medula. Cerebelo Informações a respeito do movimento e postura, promovendo correções do movimento e ajustes posturais. Conexões com os tratos vestibuloespinais. Facilitando a atuação dos neurônios motores antigravitários e informações contínuas sobre a posição e movimentação da cabeça no espaço. Tratos Reticuloespinais Recebe informações de diferentes sistemas sensoriais (visual, auditivo, vestibular, somatossensorial), do córtex motor, SNA e hipotálamo (refletindo sinais de alerta e motivação). Além disso, pelo Sistema Límbico, exerce influência na memória do movimento. PONTOS IMPORTANTES: A ativação do Motoneurônio Alfa é a influência mais poderosa no tônus e na ativação muscular. São necessárias muitas fontes de entrada (excitatórias e inibitórias) para o funcionamento normal dos Motoneurônios Alfa. A soma de todas as entradas determina a quantidade de tônus e a ativação muscular. DANOS DO MOTONEURÔNIO ALFA E O TÔNUS MUSCULAR BAIXO: Denervação Ocorre por doença ou lesão que remove as entradas neuronais do músculo. Pode ser total ou parcial. Na Síndrome de Guillain-Barré afeta as células de Schwann e a recuperação depende da remielinização. Na poliomielite afeta os corpos celulares dos neurônios. Quando elimina a função dos motoneurônios alfa, sua recuperação é limitada pelo número remanescente de neurônios não afetados. Livro de referência: Agentes físicos na reabilitação (Michelle H. Cameron) Rearborização Processo em que o motoneurônio alfa remanescente e não afetado aumenta o seu número de ramos axonais, aumentando o número de fibras musculares que ele inerva. Se as fibras musculares não estiverem próximas o suficiente de motoneurônios alfa não afetados, não haverá reinervação e ocorrerá atrofia. Excitação insuficiente do motoneurônio alfa Imobilização Provoca alteração das entradas periféricas, inibindo a recepção de estímulos pela presença do gesso. Inibe também a movimentação articular, reduzindo ação dos fusos musculares e OTGs. Entrada Supraespinal alterada (AVE / trauma) Provoca perda do suprimento sanguíneo ou lesão direta aos neurônios. As alterações vão depender da proporção remanescente de motoneurônios para inibição e excitação. LESÃO MEDULAR E TÔNUS: Após a lesão completa, os neurônios motores abaixo donível da lesão não apresentam entradas inibitórias ou excitatórias. CHOQUE MEDULAR Imediatamente após a lesão, os nervos param de conduzir estímulos ao nível e abaixo da lesão, o que pode durar horas ou semanas. Característica: tônus flácido e perda de atividade reflexa. Quando a fase de choque medular se reverte, perde-se entradas inibitórias, ocorrendo resposta facilitada dos fusos musculares e OTGs. A resposta é hipertonicidade e hipertonia. LESÕES CEREBRAIS E TÔNUS: A extensão da patologia determina se muitos ou apenas alguns grupos musculares serão afetados, ou se os motoneurônios alfa para um grupo muscular perderam a totalidade ou apenas alguma fonte particular de entrada supraespinal. Padrões comuns de rigidez após lesão cerebral:
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