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Líquido pericárdico Profª Ms Ana Paula Quadros Lado externo – membrana parietal Lado interno – membrana visceral Pericárdio saco fibroelástico, constituído por duas membranas de 1 a 2 mm, denominadas pericárdio visceral e parietal. Sendo separado por um espaço virtual conhecido como cavidade pericárdica que é preenchida com 15 a 50 ml de um líquido seroso o líquido pericárdico. Podendo aumentar de volume em situações inflamatórias, infecciosas, neoplásicas, ou por traumas, e hipotireoidismo Funções restrição do volume cardíaco durante a diástole, particularmente das câmaras direitas, estabilização do coração no mediastino proteção mecânica contra a disseminação de infecção de órgãos contíguos lubrificar as membranas que o envolve. Sendo valido ressaltar que como todo liquido seroso ele também é formado por um ultrafiltrado do plasma Líquido pericárdico Ultrafiltrado plasmático Volume normal: 30 a 50 mL Aumento do volume: efusão pericárdica Causas de efusão pericárdica Infecciosos Pericardite ( bacteriana, viral ou fúngica) Tuberculose Hemorrágicos Trauma, terapia anticoagulante, extravasamento de aneurisma de aorta Neoplásicos Carcinoma metastático Linfoma Causas de efusão pericárdica Infarto do miocárdio Metabólicas Uremia elevada Outras causas Mixedema* Doenças reumáticas LES Coleta de líquido pericárdico Pericardiocentese – aspiração estéril por agulha fina Frascos de coleta: Edta (hemograma)- citologia Seco (soro) – bioquímica Estéril- cultura microbiológica Exame macroscópico Coloração: amarelo claro Aspecto: límpido Alterações mais comuns: Uremia elevada: amarelo claro/ límpido com volume > 350 mL Infecções e/ou malignidade: aspecto turvo Efusões hemorrágicas: processos infecciosos, malignos, traumas, distúrbios da coagulação, escape de aneurisma aórtico, colagenoses, pericardite hemorrágica idiopática e pós-infarto. Entretanto, pode significar também um acidente durante a punção. O diagnóstico diferencial será realizado pelo hematócrito, que nos acidentes será similar ao do sangue periférico, ao contrário do encontrado nas efusões hemorrágicas verdadeiras. Além disso, o sangue da efusão não coagula, enquanto o do acidente de punção sim. Exame microscópico Leucócitos totais < 500 leucócitos/mm³ Leucócitos > 10.000/mm³ - sugestivo de infecção bacteriana, tuberculosa ou malignidade Contagem diferencial: <25 % de PMN ( granulócitos) Hemácias < 5 hemácias/ mm³ Análise bioquímica Proteínas < 0,5 mg/dL Glicose – aproximadamente 10% abaixo do valor plasmático Podem ser encontrados níveis de glicose menores que 40 mg/dL nos derrames bacterianos, na tuberculose, na artrite reumática e nos processos malignos metastáticos LDH ADA – pericardite tuberculosa Outras avaliações A presença de anticorpos antinucleares, em títulos altos, tem sido descrita nos derrames associados ao lúpus eritematoso sistêmico. Entretanto, não são específicos para o diagnóstico dessa patologia. A análise pela coloração de Gram apresenta uma sensibilidade de 50%, e a cultura, de 80%, para o diagnóstico de pericardite bacteriana. Já a cultura e a coloração para tuberculose (BAAR) apresentam uma sensibilidade de aproximadamente 50%, que pode chegar a 90% quando analisado o tecido pericárdico no lugar do líquido.
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