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CULTIVO DO MILHO

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CULTIVO DO MILHO
CULTURAS REGIONAIS
CURSO TÉCNICO EM AGRICULTURA
PARTE 1: INTRODUÇÃO A CULTURA DO MILHO
Cultivo do Milho
Introdução
Origem
Commodity 
Agricultura Familiar
Alimentação animal
Consumo in natura
Extração industrial
3
Dados Econômicos
Produtores mundiais (2014)
RS sexto maior produtor A produtividade dos últimos 20 anos em Canguçu é de 1,75 ton/há/Piratini passou de 13 mil ha em 2005 para 830 em 2015
4
Dados Econômicos
Dados de 2015
	Local	Área
(Ha)	Produção
(ton)	Produtividade (ton/ha)
	Mundo	-	 1.019.691.000	-
	Brasil	15.846.517	85.824.656	5,4
	Rio Grande do Sul	854.793	5.563.555	6,5
	Canguçu	18.000	75.600	4,2
	Piratini	830	4.392	2,4
	Pelotas	10.500	63.000	3.9
RS sexto maior produtor A produtividade dos últimos 20 anos em Canguçu é de 1,75 ton/há/Piratini passou de 13 mil ha em 2005 para 830 em 2015
5
Característica da Planta
O milho (Zea mays L.) – Família Poaceae (gramínea de verão ou estival). 
Origem: México e norte da Guatemala, pode ser cultivada desde o nível do mar até 3.600 m de altitude e onde a temperatura se apresente entre uma média noturna acima de 12 ºC e média diurna superior a 19 ºC e seu ciclo completo pode variar entre 90 a 180 dias.
A altura média entre 1,70 e 2,50 m no florescimento.
Colmo dividido por nós a cada 50 cm.
Suas folhas são longas e divididas em limbo, bainha e colar em disposição dística com ângulos que podem chegar a 90º em relação ao colmo.
6
Característica da Planta
O número de folhas varia de acordo com a cultivar, chegando a 15 a 23 folhas completamente desenvolvidas em sua maturidade, nas cultivares híbridas
Raízes fasciculadas, com baixa capacidade de sustentação, situada geralmente nos primeiros 30 cm de profundidade, pode chegar a 2 m em solos arenosos e descompactados.
É uma plantamonóico-monoclina, o milho apresenta flores masculinas e femininas, mas essas encontram-se separadas na mesma planta. 
A inflorescência masculina encontra-se presente no pendão e a feminina na espiga. 
O sabugo em si consiste em um eixo formado por várias ráquis reunidas em que originam-se os estigmas (barba-do-milho). O cabelo ou barba-do-milho emergem entre 3 a 5 dias e são viáveis após a emergência, e tendem a permanecer por quase 2 semanas.
Após a fecundação o mesmo da origem a um grão, um fruto do tipo cariopse que se caracteriza pela fusão do tegumento com o pericarpo. O milho possui um grão de alto teor de energia, armazenada na forma de amido. O teor de proteína fica entre 9 a 11%.
7
VE
V4
V12
VT
R1
R3
Estádios de Desenvolvimento
PARTE 2: PLANTIO DO MILHO
Cultivo do Milho
PLANTIO
O plantio é uma parte complexa e de muita importância para o bom desempenho da cultura. Nessa etapa deve ser escolhida a cultivar, devendo o produtor optar por um milho varietal ou híbrido, de acordo com a finalidade do plantio e da tecnologia disponível. Também deverá ser realizado o preparo do solo, adubação, calagem e o plantio propriamente dito. 
Para uma melhor compreensão, será apresentado primeiro a escolha da cultivar, preparo do solo e o plantio, e a adubação e calagem será apresentada a seguir.
Escolha da cultivar
Época de Semeadura: Pode ser semeado em duas safras. Safra normal de out a dez e a safrinha iniciando entre fev e mar. A safra normal sofre pouco o efeito da temperatura. A safrinha depende de plantas hiperprecoce com ciclo de 90 dias. A geada prejudica a produção do milho safrinha.
Tipo da Cultivar: Depende do nível tecnológico do produtor, da capacidade de investimento, da finalidade de produção e das condições edafoclimáicas.
Cultivares
Milho de Polinização Aberta
Variedades Melhoradas ou Varietal
Variedades Locais ou Crioulas
Milho Híbrido
Simples
Simples Modificado
Triplo
Duplo 
Mais Rústicas
Menor custo com semente
Pode produzir a própria semente (3 safra)
Mais produtivas, uniformes e estáveis.
Não podem ser usadas como semente.
Dependem de controle fitossanitário, água e adubação adequada
Precocidade
Graus dias: O milho depende da temperatura ambiente para completar seu ciclo. Convencionou-se referir a essa necessidade como Graus-Dias (GD). Essa representação leva em consideração a temperatura do dia e a diferença em relação a temperatura média da cultura do milho (10ºC).
As cultivares de milho são classificadas quanto ao número de GD que precisam acumular para completar seu desenvolvimento:
Hiperprecoce: < 780 GD
Superprecoce: 780 e 830 GD
Precoce: 831 e 890 GD
Semiprecoce ou normal: > 890 GD
Plantio
Seleção da área: Ideal textura média (30 a 35% de teor de argila) e boa drenagem.
Preparo do solo: Plantio convencional ou Sistema Plantio Direto (SPD). Convencional realizar uma aração com 25 cm de profundidade e duas gradagens de forma a facilitar a semeadura (risco de pé-de-arado e pé-de-grade). O SPD melhora a umidade e reduz a infestação de plantas daninhas, mas compacta o solo na profundidade de 15 cm. Usar herbicida à base de paraquat, gramocil, glifosato, 2-4-D amina para preparar a palhada.
Plantio
Arranjo Populacional: ideal se situam entre 45.000 a 55.000 plantas/ha, com espaço entre linhas de 70 a 90 cm e com 3,5 a 5 plantas por metro linear. Utiliza-se entre 18 a 25 kg/ha de semente.
Profundidade e Velocidade de Semeadura: 3 a 5 cm de profundidade, enquanto em solos arenosos, recomenda-se 5 a 7 cm e velocidade de semeadura de 6 km/h para plantadeiras pneumáticas e 4,5 e 5 km/h para semeadeiras de discos
Manejo da Erosão: Terraços de base média para declividade entre 2% a 5%. Acima disso, utilizar de terraços de base larga.
PARTE 3: ADUBAÇÃO E CALAGEM DO MILHO
Cultivo do Milho
Adubação e Calagem do Solo
A adubação para a cultura do milho é relativamente completa e serve de exemplo didático na disciplina de Fertilidade do Solo.
Iremos retomar essa parte e exercitar a adubação do milho em 4 situações:
Milho no sistema convencional com adubos simples
Milho no sistema plantio direto com adubos simples
Milho no sistema convencional com fórmulas comerciais
Milho no sistema plantio direto com fórmulas comerciais
Teores de Nutriente no Solo
Determinar os níveis de N, P e K no solo (Muito Baixo, Baixo, Médio, Alto ou Muito Alto): essa parte utiliza as tabelas do nitrogênio, do fósforo (tabelas 1, 2, 3 ou 4) e potássio (1, 2, 3). A tabela do Nitrogênio encontra-se abaixo. Nas culturas de grãos, geralmente se utiliza as tabelas 2 de fósforo e potássio, que serão apresentados a seguir. 
	M.O (%)	Teor de N no Solo
	2,5	Baixo
	2,6 - 5,0	Médio
	5,0	Alto
Fósforo no Grupo 2
	Teor do Nutriente	Fósforo (mg/dm³)			
		Classe Textural¹			
		1
(> 60)	2
(41-60)	3
(21 – 40)	4
(≤ 20)
	Muito Baixo	 3,0	 4,0	 6,0	 10,0
	Baixo	3,1 – 6,0	4,1 – 8,0	6,1 – 12,0	17,1 – 20,0
	Médio	6,1 – 9,0	8,1 - 12,0	12,1 – 18,0	20,1 – 30,0
	Alto	9,1 – 18,0	12,1 - 24,0	18,1 – 36,0	30,1 – 60,0
	Muito Alto	 18,0	 24,0 	 36,1	 60,0
Potássio no Grupo 2
	Teor do Nutriente	Potássio (mg/dm³)			
		CTCpH7,0 do Solo			
		 7,5	7,6 a 15,0	15,1 a 30	 30,0
	Muito Baixo	20	30	40	45
	Baixo	21 – 40	31 – 60	41 – 80	46 – 90
	Médio	41 – 60	61 – 90	81 – 120	91 – 135
	Alto	61 – 120	91 – 180	121 – 240	136 – 270
	Muito Alto	 120	 180	 240 	 270 
Quantidade de Nutriente a ser adubado
Determinar a quantidade de N, P e K de acordo com a cultura para suprir os níveis do solo. Essa tabela apresenta na primeira coluna o teor de matéria orgânica (para nitrogênio) e os teores do nutriente no solo (muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto) e nas colunas posteriores apresenta uma quantidade do nutriente que deverá ser adubado.
Interpretação dos teores de Nitrogênio (N) no solo, no cultivo do Milho
	M.O
(Teor de N)	Nutriente Necessário (Kg de N/Ha)		
		Leguminosa	Consórcio Pousio	Gramínea
	2,5 (Baixo)	70	80	90
	2,6 - 5,0 (Médio)	50	60	70
	5,0 (Alto)	40	40	50
Interpretação dos teores de Fósforo (P) no solo, no cultivo do milho
	Teor no Solo	Nutriente Necessário 
(Kg de P2O5/Ha)	
		1º Cultivo	2º Cultivo
	Muito Baixo	200	140
	Baixo	140	100
	Médio	130	90
	Alto	90	90
	Muito Alto	0	90
Interpretaçãodos teores de Potássio (K) no solo, no cultivo do milho
	Teor no Solo	Nutriente Necessário 
(Kg de K2O/Ha)	
		1º Cultivo	2º Cultivo
	Muito Baixo	140	100
	Baixo	100	80
	Médio	90	60
	Alto	60	60
	Muito Alto	0	60
Recapitular: cálculo da adubação
Usando Adubos Básicos/Simples
Calcular a quantidade de Uréia ou outra fonte de adubo nitrogenado, para suprir os níveis de N – não é necessário em leguminosas;
Calcular a quantidade de SFT ou outra fonte de adubo fosfatado, para suprir os níveis de P;
Calcular a quantidade de KCl outra fonte de adubo potássico, para suprir os níveis de K.
Cálculo da Adubação
Para usar adubos simples, é necessário saber:
Quantidade do Nutriente: A quantidade em kg do nutriente que preciso colocar no solo. Lembre-se: irá variar de acordo com o a interpretação da análise do solo!
Teor do nutriente na fórmula: Cada adubo possui um percentual dos nutrientes que se encontram na formula. Este percentual é o teor do nutriente na fórmula. Lembre-se: irá variar de acordo com o elemento a ser adubado!
Cultura a ser adubada: Principalmente se é leguminosa, que não requer Nitrogênio ou se é de outra cultura que requer esse nutriente, e quais as particularidades de sua adubação.
Cultivo anterior: Precisamos saber, principalmente para o cultivo de gramíneas, que requerem altos teores de nitrogênio que deve ser dividido em duas ou mais aplicações.
Ano de cultivo: Se é 1º ou 2º cultivo após a análise do solo, importante saber para adubar o fósforo e o potássio.
Formula da Adubação
Teor do nutriente na fórmula
Quantidade de adubo = Quantidade do Nutriente x 100
Quantidade do Nutriente: É definido após determinarmos o teor do nutriente no solo (interpretação da analise de solo). Após definirmos o nível do nutriente no solo (médio, muito baixo ou alto, por exemplo), consultamos as tabelas referentes a cada cultura para determinar a quantidade de nutriente que precisamos adicionar para suprir as necessidades das plantas.
Teor do nutriente na fórmula: De acordo com o adubo a ser utilizado. Geralmente é expresso em uma %, que equivale a concentração do nutriente no adubo. Exemplo: Uréia que possuí 44% de nitrogênio em cada saco.
Fontes de adubos nitrogenados
Adubos básicos que são fontes de Nitrogênio (Teor da Fórmula):
Uréia: 45% de N
Sulfato de amônio: 20% de N
Nitrato de amônio: 32% de N
Nitrato de amônio: 14% de N
Fontes de adubos fosfatado
Adubos básicos que são fontes de Fosfato (Teor da Fórmula):
Superfosfato triplo que possui 41% de P2O5 
Superfosfato simples que possui 18% de P2O5.
Fontes de adubos potassícos
Adubos básicos que são fontes de Potássio (Teor da Fórmula):
Cloreto de Potássio [KCl] que possui 58% de K2O (mais usado) 
Sulfato de Potássio [K2SO4] que possui 48% de K2O
Nitrogênio e adubação no plantio e cobertura
Um cuidado que deve ser tomado na adubação do Nitrogênio é que devido sua alta volatilidade, isto é, capacidade das moléculas do elemento se perderem para a atmosfera, quase sempre é necessário fracionar sua aplicação, sendo geralmente uma pequena dosagem no plantio e o restante aplicado, geralmente, no terço final do período vegetativo, de forma a impulsionar o florescimento.
No cultivo do milho, geralmente aplica-se 10 a 30 kg no plantio e o resto em cobertura, nos estádios V3 a V4 (cultivo convencional) e de 20 a 40 kg no plantio, e 50% nos estádios V3 a V4 e 50% nos estádios V7a V8 (plantio direto).
Nitrogênio e adubação no plantio e cobertura
Produção da Massa Seca do Cultivo Anterior:
As quantidades de N indicadas na tabela acima são baseadas na produção média de matéria seca da cultura antecedente. Se no cultivo anterior tivermos uma produção de massa seca de leguminosa superior a 3 ton/ha, pode-se reduzir a adubação de N em até 20 kg/ha. Quando se tiver uma produção de massa seca de nabo ou consórcio baixa (menor que 4 t/ha), deve-se aumentar a quantidade de N em até 20 kg/ha. Uma produção de massa seca de gramínea superior a 4 ton/ha no cultivo anterior pode representar um aumento de 20 a 40 kg/ha de N.
Nitrogênio e adubação no plantio e cobertura
Expectativas de Rendimento Superior a 6 ton/ha: Sempre que a expectativa de rendimento de milho for maior que 6 t/ha, deve-se acrescentar 15 kg/ha de N aos valores da tabela, por tonelada adicional de grãos a serem produzidos. Para se definir o rendimento esperado, devem ser utilizados os seguintes critérios:
Rendimento menor que 6 t/ha: solo, clima ou manejo pouco favoráveis (má distribuição de chuvas, solos com baixa retenção de umidade, semeadura em época pouco propícia, baixa densidade de plantas, entre outros aspectos);
Rendimento em torno de 6 t/ha: semente, solo, clima e manejo favoráveis ao desenvolvimento da cultura;
Rendimento entre 6 e 8 t/ha: semente, solo, clima e manejo favoráveis, incluindo eventual uso de irrigação ou drenagem, uso de cultivares bem adaptadas e manejo adequado do solo e da adubação;
Rendimento maior que 8 t/ha: semente, solo, clima e manejo muito favoráveis, utilização de cultivares de elevado potencial produtivo e uso eficiente de irrigação ou em safras com boa distribuição de chuva.
Para rendimentos de grãos superiores a 10 t/ha, aumentar a dose de nitrogênio em 20% a 40%.
Nitrogênio e adubação no plantio e cobertura
Densidade de Plantas:
Densidades de plantas superiores a 65.000 plantas/ha exigem que a dose de N seja aumentada em 10kg/ha de N para cada 5.000 plantas/ha adicionais.
Casos Especiais:
Nabo forrageiro: pode ser considerado uma leguminosa de baixa produção, em solos com teor de M.O. menor que 3%, nos demais solos deve ser considerado como uma leguminosa de produção média.
Soja: quando essa leguminosa anteceder o milho, pode ser reduzida em até 20% a adubação nitrogenada.
Tabela 2. Interpretação dos teores de Fósforo (P) no solo, no cultivo do milho
	Teor no Solo	Nutriente Necessário 
(Kg de P2O5/Ha)	
		1º Cultivo	2º Cultivo
	Muito Baixo	200	140
	Baixo	140	100
	Médio	130	90
	Alto	90	90
	Muito Alto	0	90
As quantidades de P2O5 indicadas pressupõem rendimento ≤ 6 t/ha. Para expectativa de rendimento > 6 t/ha, acrescentar 15 kg de P2O5 por tonelada adicional de grãos a serem produzidos.
36
Tabela 2. Interpretação dos teores de Potássio (K) no solo, no cultivo do milho
	Teor no Solo	Nutriente Necessário 
(Kg de K2O/Ha)	
		1º Cultivo	2º Cultivo
	Muito Baixo	140	100
	Baixo	100	80
	Médio	90	60
	Alto	60	60
	Muito Alto	0	60
As quantidades de K2O indicadas pressupõem rendimento ≤ 6 t/ha. Para expectativa de rendimento > 6 t/ha, acrescentar 10 kg de K2O por tonelada adicional de grãos a serem produzidos.
Exemplo de Adubação
Cultura: Milho
Sistema: Convencional
Cultura que antecedeu: Pastagem (Gramínea)
Cultivo: 1º
Estande: 55.000 plantas.
Estimativa de peso da palhada: 1 ton/ha
Estimativa de Rendimento da cultura: 5 ton/ha
Nitrogênio: Baixo (menor que 2,5%)
Fósforo: Muito Baixo
Potássio: Médio
Já interpretados para facilitar o exemplo
Tabela 1. Interpretação dos teores de Nitrogênio (N) no solo, no cultivo do Milho
	M.O
(Teor de N)	Nutriente Necessário (Kg de N/Ha)		
		Leguminosa	Consórcio Pousio	Gramínea
	2,5 (Baixo)	70	80	90
	2,6 - 5,0 (Médio)	50	60	70
	5,0 (Alto)	40	40	50
Tabela 2. Interpretação dos teores de Fósforo (P) no solo, no cultivo do milho
	Teor no Solo	Nutriente Necessário 
(Kg de P2O5/Ha)	
		1º Cultivo	2º Cultivo
	Muito Baixo	200	140
	Baixo	140	100
	Médio	130	90
	Alto	90	90
	Muito Alto	0	90
Tabela 2. Interpretação dos teores de Potássio (K) no solo, no cultivo do milho
	Teor no Solo	Nutriente Necessário 
(Kg de K2O/Ha)	
		1º Cultivo	2º Cultivo
	Muito Baixo	140	100
	Baixo	100	80
	Médio	90	60
	Alto	60	60
	Muito Alto	0	60
Tabela de Adubação
	Quantidade do Nutriente	Nitrogênio (N)	Fósforo (P)	Potássio (K)
	Teor do Solo	Baixo	Muito Baixo	Médio
	Quantidade de Nutriente	20 (plantio) +
70 (cobertura) 	200	90
Copiem esta tabela para facilitar os cálculos.
Adubação com Uréia (Plantio)
Determinar o teor de N da Uréia
Teor do adubo na fórmula: 44%P
Isso quer dizer que a cada 100kg de Uréia, tenho 44 kg de N.
Quantos kgde Uréia preciso?
		Nitrogênio (N)
	Teor do Solo	Média
	Quantidade de N	20 kg
Teor do nutriente na fórmula
Quantidade de adubo = Quantidade do Nutriente x 100
45
Quantidade de uréia = 20 x 100 = 44,44 kg/ha de uréia
Adubação com Uréia (Cobertura)
Determinar o teor de N da Uréia
Teor do adubo na fórmula: 44%P
Isso quer dizer que a cada 100kg de Uréia, tenho 44 kg de N.
Quantos kg de Uréia preciso?
		Nitrogênio (N)
	Teor do Solo	Média
	Quantidade de N	70 kg
Teor do nutriente na fórmula
Quantidade de adubo = Quantidade do Nutriente x 100
45
Quantidade de uréia = 70 x 100 = 155,55 kg/ha de uréia
Adubação com SFT
Determinar o teor de P do SFT (Super Fosfato Triplo)
Teor do adubo na fórmula: 37%P
Isso quer dizer que a cada 100kg de SFT, tenho 37 kg de P.
Quantos kg de SFT preciso?
		Fósforo (P)
	Teor do Solo	Muito Baixo
	Quantidade de P	200 kg
Teor do nutriente na fórmula
Quantidade de adubo = Quantidade do Nutriente x 100
41
Quantidade de SFT = 200 x 100 = 487,80 kg/ha de SFT
Adubação com KCl
Determinar o teor de K do KCl (Cloreto de Potássio)
Teor do adubo na fórmula: 58% K
Isso quer dizer que a cada 100kg de KCl, tenho 58 kg de K.
Quantos kg de KCl preciso?
		Potássio (K)
	Teor do Solo	Médio
	Quantidade de K	90 kg
Teor do nutriente na fórmula
Quantidade de adubo = Quantidade do Nutriente x 100
58
Quantidade de KCl = 90 x 100 = 155,17 kg/ha de SFT
Calagem
O milho é uma planta cujo pH de referência é pH 6,0. Em Canguçu, geralmente se utilizam calcários com PRNT variando de 60 a 70%, sendo o último o mais usual. A aplicação do calcário deverá ser realizada 3 meses antes do plantio.
Lembre-se que a fórmula é: 
Quantidade de Calcário (PRNT) = 100 x Quantidade da Tabela
PRNT do calcário
Exemplo Calagem
Solo com SMP 5,7 e calcário 70%:
Quantidade de Calcário (PRNT) = 100 x Quantidade da Tabela
PRNT do calcário
Quantidade de Calcário (70%) = 100 x 4,8 = 6,85 ton/ha do calcário com PRNT 70%
70%
48
PARTE 4: MANEJO FITOSSANITÁRIO DA CULTURA DO MILHO
Cultivo do Milho
Manejo Fitossanitário da Cultura do Milho
Consiste no manejo das pragas, plantas daninhas e doenças.
Os agrotóxicos recomendados para cada praga pode ser obtido nas tabelas presente no livro “Indicações Técnicas para o Cultivo de Milho e de Sorgo no Rio Grande do Sul Safras 2017/2018 e 2018/2019.”
Link para o livro: https://bit.ly/2Hg19Rw
Pragas
As pragas que atacam a cultura do milho se dividem de acordo com a área da planta afetada:
Pragas de sementes, raízes e partes subterrâneas de plântulas;
Pragas de colmos e da base de plântulas;
Pragas de folhas de plântulas e de plantas adultas;
Pragas de espigas e panículas e
Pragas de grãos armazenados
Pragas de sementes, raízes e partes subterrâneas de plântulas
Coró
Diloboderus abderus
Larva-alfinete 
Diabrotica speciosa
Os corós são larvas de besouro que vivem no solo. Eles se alimentam das plântulas que puxam para dentro do solo e seu dano é a mais acentuados durante os meses de inverno e início da primavera.
A larva-alfinete é a forma larval da vaquinha verde-amarela ou besouro patriota. Ela ataca as raízes um mês depois da semeadura causando o sintoma de pescoço-de-ganso ou milho ajoelhado. 
Pragas de colmos e da base de plântulas
Broca-do-colo
Elasmopalpus lignosellus
Lagarta-rosca
Agrotis ipsilon
Percevejo-barriga-verde
Dichelops melacanthus
A broca-do-colo faz uma galeria ascendente a partir do colo da planta, provocando o secamento da folha central (“coração morto”) e até a morte de plântulas. Sua incidência está associada a períodos de seca e solos arenosos, não sendo, geralmente, problema em plantio direto e em cultivos irrigados.
A lagarta-rosca é uma praga que vive enterrada no solo, ela sai à noite e corta as plântulas ao nível do solo. Pode abrir galeria na base de plantas e também causa o “coração morto”. Pode provocar o perfilhamento do milho que torna a planta improdutiva. Seu ataque está associado a plantas daninhas na área (língua-de-vaca e caruru) antes da semeadura.
O percevejo-barriga-verde suga a seiva da base do colmo, causando o murchamento da planta e depois o secamento. Pode provocar o perfilhamento do milho.
Pragas de folhas de plântulas e de plantas adultas
A lagarta-do-cartucho ou lagarta-militar é considerada a mais importante praga do milho. Lagartas recém saída dos ovos se instalam no cartucho das plantas, onde se observa seus excrementos. Os danos são maiores quando o ataque ocorre em plantas no V8 a V10. Quando atacam antes disso podem se comportar como a lagarta-rosca.
A Lagarta-dos-capinzais ataca as folhas, destruindo o limbo foliar a partir dos bordos, deixando apenas as nervuras centrais e prejudicando o desenvolvimento da planta.
Ovos (inferior esq.), adulto (superior esq.) e a lagarta (dir,) da Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)
Forma larval (A) e adulto (B) da Lagarta-dos-capinzais
 (Mocis latipes)
Pragas de folhas de plântulas e de plantas adultas
O pulgão-do-milho geralmente é detectado pela presença do fungo fumagina, cobrindo a superfície foliar e prejudicando a fotossíntese e outros processos fisiológicos. Seu dano é morte de plantas, perfilhamento de espigas, espigas atrofiadas e espigas com granação deficiente. Ele também pode transmitir viroses, como o vírus do mosaico comum do milho.
A cigarrinha-do-milho tanto na fase adulta, como ninfa são observados sugam a seiva no interior do cartucho e a transmissão de patógenos (vírus e molicutes), que causam o enfezamento de milho, é o que torna esse inseto uma praga de importância econômica. Após cerca de 20 dias da aquisição dos patógenos pelas cigarrinhas, ao se alimentar em outra planta, esse inseto transmite a doença em menos de uma hora e pode atingir 100% da lavoura. A irrigação e a semeadura fora de época favorecem os insetos e os patógenos. 
Pulgão-do-milho 
(Rhopalosiphum maidis)
Cigarrinha-do-milho 
(Dalbulus maidis)
Pragas de folhas de plântulas e de plantas adultas
A cigarrinha-das-pastagens migram de pastagens e injetam toxinas nas folhas, provocando seu amarelecimento, em forma de estrias, e posterior secamento. Normalmente, as ninfas não colonizam o milho. Nos primeiros 20 dias, as plantas são mais sensíveis ao ataque, secando sob uma infestação de três a quatro cigarrinhas por planta.
O tripes-do-milho é um inseto muito pequeno (1,1 mm de comprimento) cujas as fêmeas põem ovos dentro das plantas. Atacam as folhas, alimentando-se da seiva das plantas, provocando o dobramento dos bordos para cima e a descoloração esbranquiçadaO ataque é mais intenso nas primeiras semanas após a emergência da cultura e em condições de déficit hídrico. Em populações elevadas, pode causar a morte de plântulas.
Pragas de espigas e panículas
A lagarta-da-espiga é uma praga bastante nociva ao milho, prejudicando a produção de três formas: atacando os “cabelos”; alimentando-se dos grãos leitosos, os destrói; e, finalmente, os orifícios deixados pela lagarta para sair da planta em direção ao solo para pupar facilitam a penetração de microrganismos que podem causar podridões.
Larva (A) e adulto (B) da Lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea)
atacando os “cabelos”, impede a fertilização e, em consequência, ocasionam falhas na espiga; alimentando-se dos grãos leitosos, os destrói; e, finalmente, os orifícios deixados pela lagarta para ir ao solo pupar facilitam a penetração de microrganismos que podem causar podridões.
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Pragas de grãos armazenados
As duas espécies de gorgulhos são morfologicamente muito semelhantes, e podem ocorrer juntas em massa de grãos. São considerados praga primária interna, de grande importância, pois podem apresentar infestação cruzada, ou seja, infestar os grãos no campo e também no armazém. 
Apresentam elevado potencial de reprodução, possuem muitos hospedeiros, como milho, sorgo, arroz, trigo, cevada, triticale etc., e atacam toda a massa de grãos. Tanto as larvas, como os adultos são prejudiciais e atacam grãos inteiros. Os danos se verificam na redução do peso e daqualidade do grão.
Gorgulhos Sitophilus zeamais (dir.) e Sitophilus oryzae (esq.)
Pragas de grãos armazenados
As fêmeas de Caruncho colocam ovos nas fendas das paredes, na sacaria e sobre os grãos. Como é praga secundária, depende do ataque de outras pragas para se instalar nos grãos armazenados. Alimenta-se de vários tipos de grãos e causa prejuízos ainda maiores do que os resultantes do ataque das pragas primárias.
O besourinho é considerada praga primária de grãos armazenados, atacando também outros produtos alimentícios.
Os ovos da traça dos cereais são colocados sobre os grãos, geralmente nos quebrados e fendidos. Após a eclosão, as larvas penetram no interior do grão, onde se alimentam e completam a fase larval. O período de ovo a adulto dura, em média, 30 dias. É uma praga primária, que ataca grãos inteiros, porém, afeta a superfície da massa de grãos. As larvas destroem o grão, alterando o peso e a qualidade.
Caruncho 
(Tribolium castaneum)
Besourinho
(Rhyzopertha Dominica)
Traça-dos-cereais 
(Sitotroga cerealella) 
Controle de Pragas de Lavoura
Controle químico: mais seletivos, de preferência inseticidas sistêmicos e de aplicação dirigida (iscas tóxicas)
Controle biológico aplicado de Spodoptera frugiperda com parasitóides de ovos do gênero Trichogramma e do entomopatógeno Baculovirus spodoptera.
Deve-se controlar as pragas de início de ciclo antes, pois elas surgem a partir de provenientes de posturas no solo ou em plantas após a semeadura e a emergência. No plantio direto deve-se ter um monitoramento da cultura antecessora para determinar possíveis pragas que atacam sementes, raízes e plântulas.
Atrasar o plantio é uma medida efetiva para reduzir o ataque de corós e deverá ser considerada, em níveis altos de infestação (em torno de 1 coró/m² já justifica).
Controle de Pragas de Lavoura
O azevém, aveia-preta, leguminosas ou nabo-forrageiro dessecados, aumentam o risco da ocorrência pragas. Da mesma forma, semeaduras após gramíneas dessecadas podem favorecer a infestação de tripes, assim como após pastagens, pode aumentar a possibilidade de ocorrência de cigarrinhas, gafanhotos, tripes e cupins. 
O controle químico da lagarta-rosca, sendo que a pulverização deve ser dirigida para o colo das plantas a serem protegidas e por isso deve-se eliminar seus hospedeiros da área antes da semeadura. 
Deve-se controlar a larvas de solo através de tratamento de sementes, aplicação de granulados no sulco ou pulverização no sulco de semeadura, bem como os pulgões, que devem ser tratados com inseticidas sistêmicos aplicados às sementes ou em pulverização após a emergência.
Controle de Pragas de Lavoura
O controle químico bem sucedido da lagarta-do-cartucho de milho depende da tecnologia de aplicação, observando um volume mínimo de calda de 200 litros por hectare e da aplicação no momento certo, ou seja, antes que as lagartas se alojem no cartucho.
Quando do controle dessa praga, deve ser feito um rodízio de inseticidas com diferentes mecanismos de ação, em cada safra, reduzindo/retardando, desse modo, a possibilidade de seleção de biótipos resistentes, até porque, os inseticidas com os princípios ativos clorpirifós, lufenuron e lambda-cialotrina, já foram detectados a campo, no Brasil, como ineficientes, devido à resistência dessa espécie
Controle de Pragas de Lavoura
Em relação ao pulgão-do-milho, deve-se proceder com a escolha de cultivares menos suscetíveis; a não realização de semeaduras em diferentes épocas para que não existam plantas de milho de diferentes estádios em áreas próximas; o tratamento de sementes utilizando inseticidas sistêmicos com o objetivo de evitar a infestação precoce nas lavouras de milho, quando as plantas estão na fase mais suscetível e o monitoramento do inseto, observando, em detalhe, plantas ao acaso na região do cartucho. O monitoramento da população de pulgões deve ser realizado na fase vegetativa da cultura, examinando-se 100 plantas, em grupos de 20, formados aleatoriamente, repetindo-se essa operação para cada 10 hectares. O nível de infestação para cada planta é classificado da seguinte forma: 
0 - sem pulgões; 
1 - de 1 a 100 pulgões por planta; 
2 – mais de 100 pulgões por planta. 
O tratamento é justificado quando 50% das plantas amostradas estiverem na Classe 2, as plantas estiverem sob estresse hídrico e a população de pulgões estiver crescendo. O uso de inseticidas de amplo espectro de ação pode facilitar a ressurgência de populações. Na fase de pendoamento, quando o dano já foi causado, o controle não resultará em benefício econômico.
Controle de Pragas de grãos armazenados
a) Medidas preventivas
Armazenamento de milho e de sorgo com nível de umidade máximo de 13%;
Higienização e limpeza de silos, depósitos e equipamentos;
Eliminação de focos de infestação mediante a retirada, queima ou expurgo dos resíduos do armazenamento anterior;
Pulverização das instalações que receberão os grãos, usando-se os produtos indicados na Tabela 3, na dose registrada e recomendada;
Evitar a mistura de lotes de grãos não infestados com outros já infestados, dentro do silo ou armazém.
b) Tratamento curativo: Fosfina
c) Tratamento protetor de grãos: Aplicação de inseticidas no momento do armazenamento.
d) Monitoramento da massa de grãos
Área de Refugio para plantas transgênicas
Doenças da Cultura do Milho
Principais doenças da cultura do milho e medidas gerais de controle
Na cultura do milho, na região Sul do Brasil, são relatadas doenças que podem reduzir a produtividade e a qualidade de grãos. No quadro a seguir estão listadas as principais doenças e o nome científico dos seus agentes causais. 
Nome da doença e agente causal
Ferrugem comum Puccinia sorghi
Ferrugem-polissora Puccinia polysora
Ferrugem-tropical Physopella zeae
Cercosporiose Cercospora zeae-maydis
Helmintosporiose comum Exserohilum turcicum
Helmintosporiose-maidis Bipolaris maydis
Mancha-branca Pantoea ananatis, Phaeosphaeria maydis
Mancha-de-macrospora Stenocarpella macrospora
Mancha-ocular Kabatiella zeae
Mancha pardo-escura Physoderma maydis
Enfezamento pálido Spiroplasma kunkelli
Enfezamento vermelho Fitoplasma
Míldio-do-sorgo Peronosclerospora sorghi
Antracnose Colletotrichum graminicola
Diplodia Stenocarpella maydis e S. macrospora
Fusariose Fusarium verticillioides
Murcha Acremonium strictum
Giberela Gibberella zeae
Nigrospora Nigrospora oryzae
Carvão-da-espiga Ustilago maydis
Carvão-do-pendão Sphacelotheca reilliana
Mofo azulado dos grãos Penicillium spp.
Tomabamento e morte de plântulas Pythium spp., Fusarium spp.
Podridão de raízes Pythium spp., Fusarium spp.
Necrose de raízes Pratylenchus spp.
Nematoide-de-galhas Meloidogyne spp.
Mancha Branca (Phaeosphaeria maydis) 
O inóculo primário é oriundo de restos de cultura e nenhum hospedeiro intermediário foi identificado até o momento. A disseminação do patógeno ocorre pelo vento e por respingos de chuva. A doença é mais severa em plantios compreendidos entre a segunda quinzena de novembro e março.
O uso de cultivares resistentes, nas regiões onde o patógeno encontra melhores condições de desenvolvimento é a melhor forma de controle. O uso da prática de rotação de culturas contribui para a redução do potencial de inóculo.
Cercosporiose (Cercospora zeae-maydis)
Plantio de cultivares resistentes. Evitar a permanência de restos da cultura de milho em áreas em que a doença ocorreu com alta severidade, para reduzir o potencial de inóculo. 
Realizar rotação com culturas como soja, sorgo, girassol, algodão e outras, uma vez que o milho é o único hospedeiro da Cercospora zeae-maydis. 
Para evitar o aumento do potencial de inóculo da Cercospora zeae-maydis deve-se evitar o plantio de milho após milho.
 Plantar cultivares diferentes em uma mesma área e em cada época de plantio.
Realizar adubações de acordo com as recomendações técnica para evitar desequilíbrios nutricionais nas plantas de milho, favoráveis ao desenvolvimento deste patógeno, principalmente a relação nitrogênio/potássio. P
ara que essas medidas sejam eficientes recomenda-sea sua aplicação regional (em macroregiões) para evitar que a doença volte a se manifestar a partir de inóculo trazido pelo vento de lavouras vizinhas infectadas.
Cercosporiose (Cercospora zeae-maydis)
Ferrugem Comum (Puccinia sorghi)
É a mais disseminada e a menos prejudicial das três ferrugens do milho.
Temperaturas baixas (16 a 18ºC) e alta umidade relativa (100%) favorecem o desenvolvimento da doença. O patógeno possui como hospedeiros intermediários, espécies de trevo, do gênero Oxalis, nas quais desenvolve esporos, que servem de inóculo para a cultura do milho.
As medidas de controle recomendadas são o uso de cultivares resistentes e o plantio em épocas desfavoráveis ao desenvolvimento da doença. Dado o grande número de raças fisiológicas, o uso de cultivares com resistência poligênica é mais seguro. 
O plantio de cultivares suscetíveis em ambientes com temperatura amena, como nos meses de agosto e setembro no RS não é recomendado. A aplicação de fungicidas para tratamento da cultura deve ser realizada conforme orientação técnica.
Ferrugem Comum (Puccinia sorghi)
Ferrugem Polissora (Puccinia polysora)
A ferrugem polisora é a mais agressiva e destrutiva das doenças do milho na região central do Brasil. Danos econômicos da ordem de até 65% já foram constatados. Na Região Sul, especialmente no Paraná, a doença é observada somente nos plantios realizados após dezembro, não causando danos tão severos como na região central do Brasil. 
O controle da doença pode ser feito com o uso de cultivares resistentes, escolha correta de época e local de plantio e com aplicação de fungicidas. O método de controle mais eficiente e menos oneroso para o produtor é o uso de híbridos ou variedades com níveis satisfatórios de resistência ao patógeno. Evitar plantios nos meses de dezembro e janeiro, nas regiões propícias para a ocorrência da doença, é prática recomendada para amenizar os danos causados pelo fungo. A severidade da doença é maior em regiões com altitude inferior a 650 metros e, nessas condições, cultivares suscetíveis não devem ser plantados, principalmente na região central do Brasil.
O controle químico é eficiente para controlar a doença.
Ferrugem Polissora (Puccinia polysora)
Helmintosporiose (Exserohilum turcicum)
Os sintomas da doença ocorrem principalmente nas folhas, onde é mais facilmente identificada. O prejuízo na cultura é maior em cultivares suscetíveis, ocasionando perdas de rendimento acima de 50%. As lesões necróticas de cor palha apresentam formato elíptico com bordas bem definidas.
Nas plantas adultas, a coloração passa para púrpuro avermelhada a castanho amarelada e o centro torna-se amarelado a cinza, com margens amareladas. Posteriormente, com a frutificação do fungo, a lesão fica cinza-escura ou preta. Estas podem variar de 2,5 a 15 cm comprimento e até 12,0 mm de largura e podem coalescer, dando à folha o aspecto de queima, principalmente  nas cultivares suscetíveis. 
Em condições de solos frios e úmidos, há possibilidade de ocorrer podridão de sementes e morte de plântulas.  
Helmintosporiose (Exserohilum turcicum)
As medidas de controle devem ser baseadas no uso de cultivares resistentes, escolha de melhor época e local de plantio, adubação equilibrada e aplicação de fungicidas.
Existem no mercado nacional híbridos com níveis de resistência bastante satisfatórios. São conhecidas duas formas de resistência: uma de natureza monogênica (genes Ht), que se manifesta na forma de lesões clorótico necróticas, com pouca ou nenhuma esporulação sobre as lesões, e outra poligênica, que se caracteriza pela ocorrência de lesões menores e em menor número sobre as folhas. Para o uso de cultivares com baixo nível de resistência, deve-se escolher a melhor época e local para plantio. Os meses de outubro e novembro e locais onde temperaturas amenas não sejam freqüentes podem resultar numa menor severidade da doença.
A adubação com excesso de nitrogênio favorece a maior incidência da doença. A aplicação foliar de fungicida pode ser utilizada para materiais de alto valor econômico ou estratégico.
Helmintosporiose (Exserohilum turcicum)
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Enfezamentos Pálido e Vermelho (Viroses)
Os enfezamentos são causados por espiroplasmas e fitoplasmas, sendo que o primeiro infecta o sistema radicular e, em seguida, o floema, enquanto que o segundo infecta o floema das plantas de milho.
O enfezamento pálido caracteriza-se por estrias cloróticas da base para o ápice das folhas. Já o enfezamento vermelho, caracteriza-se pelo avermelhamento das folhas a partir das margens e do ápice, seguido por folha seca.
Por estarem debilitadas, as plantas doentes facilitam a entrada de outros patógenos como Phytium sp., Diplodia sp., Fusarium sp., bactérias, etc., no colmo da planta. E desta forma, ao alimentar-se da planta infectada, a cigarrinha, inseto vetor, adquire o fitoplasma ou espiroplasma que, juntamente com a seiva, vão para a hemolinfa da cigarrinha e glândula salivares. Após um período latente de 3 a 4 semanas, o inseto passa a transmitir a doença para as plantas sadias.
Enfezamentos
Pálido
Vermelho
Manejo das Doenças
Várias medidas são sugeridas para o manejo de doenças na cultura do milho: 
o plantio em época adequada, de modo a se evitar que os períodos críticos para a produção não coincidam com condições ambientais mais favoráveis ao desenvolvimento da doença. 
a utilização de sementes de boa qualidade e tratadas com fungicidas adequados 
a utilização da rotação com culturas não suscetíveis, 
o manejo adequado da lavoura – adubação, população de plantas adequada, controle de pragas e de invasoras e colheita na época correta. 
Aplicação fungicida
Visa manter a planta com área foliar saída;
Histórico de danos frequentes;
Monitoramento
Maior probabilidade de retorno financeiro pela aplicação de fungicidas ocorre quando: 
o híbrido é suscetível ou apresenta baixa tolerância a doenças foliares;
o ambiente é favorável (excesso de chuva e dias nublados);
o sistema de cultivo predominante é plantio direto e monocultura;
o milho é cultivado na segunda safra e onde há extensas áreas de cultivo com o cereal
Aplicação fungicida
Eficiência da tecnologia de aplicação: momento ideal  nível de dano econômico e com a disponibilidade de equipamento adequado para distribuição do fungicida sobre a área a ser protegida.
Aplicações em pré e pós-pendoamento apresentam melhores resultados no que se refere ao ganho de produtividade, pois os fungicidas possuem maior potencial de proteção principalmente da folha da espiga e folhas superiores. Além do aumento de produtividade, o controle químico pode garantir e/ou melhorar a qualidade de grãos.
Controle de fungos de armazenamento
O controle de fungos de armazenagem pode ser feito na colheita, transfega, secagem e armazenamento, baseando-se no uso conjunto de medidas de controle que incluem: 
realizar a colheita preferencialmente quando a umidade do grão atingir 18% a 22%; 
regular a colhedora para prevenir ou minimizar injúria mecânica no grão e obter melhor limpeza possível dos grãos (um grão intacto é mais resistente à penetração por fungos do que um grão que tenha sido quebrado ou rachado); 
uma vez colhido, o produto deve ser imediatamente seco (dentro de 24 h a 48 h, no máximo) até níveis de 13-14% de umidade; 
manter os níveis de umidade abaixo do ótimo durante o armazenamento para evitar o crescimento dos fungos (<13%);
evitar o desenvolvimento de insetos na massa de grãos pelo manejo preventivo (limpeza das instalações, evitar mistura de lotes) e curativo (expurgo);
usar temperatura baixa para prevenir o crescimento de fungos e o desenvolvimento de insetos e 
limpar as instalações de armazenagem ao receber novos lotes de grãos.
Plantas Invasoras
A cultura do milho é afetada por espécies que são agrupadas em magnoliopsida (dicotiledôneas), vulgarmente chamadas de folhas largas; e liliopsida (monocotiledôneas), que são conhecidas como folhas estreitas. De uma forma geral, as espécies liliopsidas da família Poaceae causam maiores prejuízosà produtividade de milho do que as espécies magnoliopsida 
Magnoliopsida (Dicotiledôneas)
Amaranthus spp. (caruru)
Bidens spp. (picão-preto)
Cardiospermum halicacabum (balãozinho)
Euphorbia heterophylla (leiteira)
Ipomoea spp. (corda-de-viola)
Raphanus sativus (nabiça), 
Richardia brasiliensis (poaia-branca) 
Sida spp. (guanxuma),
Liliopsida (Monocotiledôneas)
Lolium multiflorum (azevém)
Brachiaria plantaginea (papuã)
Digitaria spp. (milhã)
Echinochloa spp. (capim-arroz) 
Eleusine indica (capim pé-de-galinha) 
Efeitos das plantas daninhas na cultura do milho
As plantas daninhas requerem para seu desenvolvimento água, luz, nutrientes e espaço físico  competição. 
Causam perdas de 85% na produção  não só pelacompetição,  pressões ambientais diretas: competição, alelopatia, interferência na colheita e outras; e  pressões ambientais indiretas (hospedar insetos, doenças e outras. 
Esse efeito se denomina interferência. O grau de interferência imposto pelas plantas daninhas é determinado pela composição florística (pelas espécies que ocorrem na área e pela distribuição espacial da comunidade infestante) e pelo período de convivência entre as plantas daninhas e a cultura. 
Manejo de Plantas Daninha
Período crítico 40 DAE  milho mais suscetível a interferência e competição
EVITAR DISSEMÍNULOS (sementes e/ou estruturas de reprodução das invasoras) através das máquinas, equipamentos e sementes utilizados; preparar adequadamente o solo; fazer sua cobertura; fazer adubações corretas; cuidar para que a lavoura tenha densidade adequada e fazer o plantio com a profundidade recomendada, são práticas que favorecem a ocupação dos espaços pelo milho deixando-o sempre em condições superiores na competição com o mato. 
Plantio Direto: Reduz a infestação reduzindo a quantidade de sementes das plantas daninhas na parte superficial. 
Controle de Plantas Daninhas
Capina Manual: 8 dias/homem por hectare, 
Capina Mecânica Com Tração Animal: 0,5 a 1 dia/homem/ha 
Capina Mecânica Tratorizada: 1,5 a 2,0 horas de trabalho por hectare
Controle Químico: Os herbicidas pré-emergentes atuam sobre as sementes das invasoras, ou herbicidas pós-emergentes, quando atuam sobre as plantas germinadas. Sobre os pós-emergentes, deve-se observar também que não devem ser aplicados durante o período em que as plantas estiverem sob condições de déficits hídricos. Plantas transgênicas resistente à herbicidas podem ser expostas sem dano ao principio ativo Glifosato.
Manejo da Irrigação
Deve observar a viabilidade econômica e técnica da adoção da adubação e a distribuição pluviométrica na região
Necessidade: 350 a 500 mm de água bem distribuídos para seu desenvolvimento completo. Em geral a planta consome de 5 a 7,5 mm /dia até o V6-V7 e de 5 a 7,5 mm/dia até a maturação (R6). A fase mais crítica ocorre 15 dias antes e 15 dias após pendoamento. Uma semana de déficit no florescimento representa perdas de 50% e após a polinização de 25 a 35%. 
alto custo da produção do milho irrigado é a maior limitação para sua utilização - ponto de equilíbrio em um sistema irrigado por pivô central encontra-se em 4 a 5 ton/ha, sendo que o o custo da irrigação representaria 30% dos custos totais de produção.
Manejo da Irrigação
Sistema pivô central ou linear móvel: áreas grandes e planas (pode-se adaptar sistema de aspersão por autopropelido).
Sistema de aspersão convencional: sistemas de produção de base familiar e para cultivos diferenciados de milho (milho doce).
Colheita
Maturação fisiológica  RISCOS
Aumentar o tempo além da maturação no campo amplia exposição a pragas e ao apodrecimento do colmo que pode resultar no acamamento das plantas;
Chuvas nesse período podem causar a germinação das sementes na espiga ou apodrecimento.
Plantas daninhas podem misturar-se ao milho no momento da colheita.
Colheita no R6 (125 a 180 DAE)  umidade em torno de 33 a 34%, enquanto que o ideal é em torno de 18 a 25%, devendo o produtor secar o grão chegar em torno de 22% de umidade, se tiver como fazê-lo na propriedade ou deixar que o grão atinja naturalmente o teor de umidade entre 15 a 18%. Depois de de colhidas, as espigas devem ser armazenadas o quanto antes, de forma a reduzir a incidental de ataques de pragas. A umidade de armazenagem encontra-se entre 11 a 13%. 
Regulagem da Colheitadeira
O cilindro adequado para debulha do milho é o de barras e a distância entre este e o côncavo é regulada de acordo com o diâmetro médio das espigas, com uma distância que deve permita que a espiga seja debulhada sem ser quebrada e o sabugo saia inteiro ou, no máximo, quebrado em grandes pedaços. 
A rotação do cilindro depende da umidade dos grão, quanto mais úmido maior a velocidade do cilindro batedor devido a dificuldade da debulhação. Quanto mais seco maior a probabilidade do grão trincar, e o dano será menor com rotações mais baixas (400 e 700 rpm) e umidade inferior a 16%, e a colheitadeira deve estar se deslocando a uma velocidade entre 4,5 a 5,8 km/h. 
O mal funcionamento ou regulagem da colheitadeira representam perdas na produção. Estima-se que a cada grão perdido por m², a perda por hectare será de 3 kg, logo uma perda de 33 grãos/m² representa uma perda de q1. Considera-se uma perda de 20 grãos/m² como aceitável.

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