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1 Rafaela Pamplona Biomorfologia Sistema Endócrino Sistema endócrino é formado por glândulas Principal característica das glândulas endócrinas é a ausência de dutos excretores. O produto da secreção é transportado para o espaço extracelular e por difusão atinge os vasos sanguíneos. Possui uma intensa vascularização, geralmente associadas a uma rede de capilares e vênulas em torno de conjunto de células. As células endócrinas se organizam em glândulas de duas principais maneiras: - Glândula endócrina cordonal: em forma de cordões celulares entre os quais há vasos sanguíneos. Glândula endócrina folicular: em forma de esferas nas quais as células formam as paredes e o espaço central contém o produto da secreção. Ex: tireoide Hormônios São mensageiros químicos que possibilitam a comunicação bioquímica intercelular Células endócrinas Órgãos-alvos / receptores Controle: - Parácrino Ex:. Gastrina - Justácrino Ex:. Inibição da secreção de insulina - Autócrino Ex:. Fator de crescimento – IGF A liberação da secreção endócrina é controlada pelo SNA e envolve um coordenado o sistema de feedback, cujo resultado pode ser excitatório ou inibitório As glândulas endócrinas são: hipófise, pineal, tireóide, paratireoides e a porção endócrina do pâncreas (ilhotas de Langerhans) A íntima associação da hipófise e da pineal com o SN, por meio do hipotálamo, faz com que um conjunto desses elementos seja considerado o sistema neuroendócrino Hipófise ou Pituitária Pesa cerca de 0,5g em adultos Localiza-se em uma cavidade do osso esfenóide – sella turcica Origem embrionária dupla - Nervosa: desenvolve pelo crescimento do assoalho do diencéfalo em direção caudal ↳ Origina a neurohipófise ou hipófise posterior → conexão com o SN - Ectodérmica: desenvolve a partir de um trecho do ectoderma do teto da boca primitiva, que cresce em direção cranial, formando a Bolsa de Rathke ↳ Origina a adenohipófise ou hipófise anterior → SEM conexão com o SN ❖ Adenohipófise Cápsula de tecido conjuntivo, contínua com uma rede de fibras reticulares que suportam as células do órgão, com rica rede vascular Cordões de células produtoras de hormônios Componentes: - Pars distallis ou Pars anterior ou parte distal ↳ 75% da massa da hipófise, com padrão de secreção pulsátil ↳ Formada por cordões e ilhas de células epiteliais cuboides ou poligonais produtoras de hormônios ↳ Células foliculoestelares: não secretora ↳ Células cromófobas (pouco coradas): contém poucos grânulos de secreção ↳ Células cromófilas (muito coradas): basófilas (coram de azul) e acidófilas (coram de amarelo) - Pars tuberalis ou parte tuberal ↳ Formato de funil, controle da prolactina - Pars intermedia ou parte intermediária ↳ Região rudimentar 2 Rafaela Pamplona ❖ Neurohipófise Componentes: - Pars nervosa ou parte nervosa ↳ Não contém células secretoras ↳ Pituícito: célula da glia muito ramificada ↳ Neurônios secretores não mielinizados: possuem corpos de Nissl bem desenvolvidos, relacionados a neurossecreção. ↳ Corpos de Herring: são regiões de depósitos de neurossecreção nas extremidades dos axônios ↳ Rica vascularização por capilares fenestrados ↳ Produz: ocitocina e vasopressina-arginina (=ADH) - Infundíbulo ↳ Pedúnculo de fixação, que se continua com o hipotálamo Adrenais ou Suprarrenais Duas glândulas achatadas em formato de meia lua Localizadas sobre o pólo superior dos rins São encapsuladas por tecido conjuntivo denso são divididas em camadas, podendo ser consideradas órgãos distintos por terem origens distintas ❖ Camada cortical ou córtex da adrenal - Origem mesodérmica - Típica célula secretora de esteroides, rica em REL - Não apresenta grânulos, pois só produz quando há estimulo para ser secretada - Subcamadas ↳ Zona glomerulosa: mais externa, possui células piramidais ou colunares. Secreta mineralocorticoides (aldosterona) ↳ Zona fasciculada: abaixo da glomerulosa, células poliédricas chamadas de espongiócitos, devido ao lipídeo encontrado no citoplasma. Secreta glicocorticoides (cortisol) ↳ Zona reticulada: mais interna, células menores e com menos lipídeos. Secreta andrógenos (deidropiandroterona) 3 Rafaela Pamplona ❖ Camada medular ou medula adrenal - Origem neuroectodérmica - Células poliédricas organizadas em cordoes sustentadas por uma rede de fibras reticulares - Presença de células ganglionares parassimpáticas - Contém grânulos de secreção de epinefrina ou norepinefrina (=catecolaminas) - Inervadas por terminações colinérgicas de neurônios simpáticos pré- ganglionares 4 Rafaela Pamplona Tireóide Origem endodérmica Situada na região cervical, anterior a laringe Função: sintetizar hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), que regulam a taxa de metabolismo basal Composta por folículos tireoidianos, preenchidos com coloide, revestidos por epitélio cúbico, pavimentoso ou colunar simples O epitélio evidencia o grau de atividade da glândula. quando é baixo, a glândula e ́ considerada hipoativa. E o aumento da altura do epitélio folicular acompanhado por diminuição da quantidade de coloide costuma indicar hiperatividade da glândula. Célula parafolicular ou célula G: produzem calcitonina (= tirocalcitonina), que funciona inibindo a reabsorção de tecido ósseo, levando a diminuição de Ca+ no plasma. Paratireoides Quatro pequenas glândulas, na face dorsal da tireoide Células principais: organizadas em cordões, tem forma poligonal, núcleo vascular e citoplasma fracamente acidófilo. Secretam paratormônio (PTH), que se ligam aos osteoblastos, que estimulam os osteoclastos. Também age nos túbulos renais, diminuindo a reabsorção de PO4 Células oxífilas: são poligonais, maiores e mais claras. Glândula Pineal ou Epífise Localizada na extremidade posterior do III ventrículo, sobre o teto do diencéfalo Revestida externamente pela pia-máter, que projeta septos Envolvida no controle do biorritmo circadiano e sazonal Células pinealócitos: levemente basófilas com grandes núcleos. Secretam melatonina, regula o ritmo circadiano (sono-vigília), estimulada no escuro Células astrócitos: núcleos mais alongados e fortemente corados Areia cerebral: depósitos de fosfato e carbonato de cálcio sem prejudicar sua atividade Referências AARESTRUP, B. J. Histologia Essencial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. HIATT, J. L.; GARTHER, L. P. Tratado de Histologia em Cores. 3ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. JUQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 12ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 12ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
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