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Resumo Descritivo sobre Nota Promissória, Cheque e Duplicata

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RESUMO DESCRITIVO SOBRE NOTA PROMISSÓRIA, CHEQUE E DUPLICATA
	Ao discorrer sobre a nota promissória, o cheque e a duplicata, incialmente é imperioso apresentar algumas considerações acerca dos títulos de crédito, haja vista que aqueles são espécies deste. Neste sentido, o art. 887 do Código Civil define o título de crédito como o documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado, desde que atendido os pressupostos legais para que produza os efeitos necessários para o exercício deste direito.
	É importante mencionar que o título de crédito não representa um contrato de compra e venda ou nenhum contrato subjacente, ele limita-se a representar apenas uma dívida e não a relação contratual que a originou.
	Ademais, no Brasil, os títulos de crédito são regulamentados pela Lei Uniforme de Genebra (convenção internacional que o Brasil é signatário), a Lei do Cheque (Lei n.º 7.357/85), Lei da Duplicata (Lei n.º 5.474/68) e as disposições constantes no Código Civil de 2002, dentre outras legislações esparsas. 
	Desta forma, extrai-se do conceito acima mencionado, que os títulos de crédito possuem como pressupostos característicos a literalidade e a autonomia. Além disso, acrescenta-se como atributos fundamentais a cartularidade, a negociabilidade e a executividade. 
	O elemento da literalidade perfaz a compreensão de que o direito contido no título de crédito é restrito ao conteúdo, extensão e modalidade nele expresso, de modo que seu exercício limita-se rigorosamente ao texto nele descrito, não cabendo interpretação expansiva, apenas o cumprimento exato da ordem de crédito descrita. 
A autonomia significa que as obrigações contraídas pelos vários devedores são autônomas em si. Já a cartularidade significa a obrigatoriedade de apresentar do título de crédito para o exercício do direito nele contido. Isto é, o título de crédito, o documento físico, é indispensável para a realização do pagamento.
	A negociabilidade justifica-se pelo fato dos títulos de crédito propiciar negociações mais ágeis e menos burocráticas, facilitando a circulação constante de crédito no mercado. Enquanto que o atributo da executividade fundamenta-se na possibilidade de cobrança pela via judicial, assegurando mais eficácia no exercício do direito nele contido.
	Juntamente com a letra de câmbio, a nota promissória, o cheque e a duplicata consistem nas principais espécies de título de crédito, no entanto, a utilização dos títulos de crédito no cotidiano das relações negociais como forma de pagamento encontram-se em desuso. 
	A nota promissória caracteriza-se como uma promessa de pagamento de quantia determinada dada pelo emitente do título a terceiro.	 A duplicata consiste em uma ordem de pagamento dada pelo vendedor de determinado bem ou pelo prestador de um serviço certo (sacador) a terceiro. Já o cheque conceitua-se como uma ordem incondicional de pagamento a vista de quantia certa e determinada. 
	No caso da nota promissória, por caracterizar uma promessa de pagamento, esta configura-se como uma relação de crédito composto por duas pessoas: o promitente e o beneficiário. Por promitente entende-se como aquele que promete realizar o pagamento de quantia certa ao beneficiário.
	Já a duplicata e o cheque, por constituírem uma ordem de pagamento, caracterizam-se como uma relação composta por três pessoas: o emitente (sacador), o sacado e o beneficiário. O emitente corresponde aquele que dá a ordem de pagamento para o sacado, este repassa a quantia designada no título de crédito para o beneficiário. 
	No caso da ordem de pagamento, há a prática de determinados atos cambiais, como o aceite e o endosso. O aceite caracteriza o ato de o sacado reconhecer a ordem de pagamento designada pelo sacador (emitente). Na duplicata o aceite é obrigatório e na letra de câmbio é um ato facultativo, enquanto que no cheque é incabível.
	Outro ato cambial específico dos títulos de crédito de ordem de pagamento (duplicata, do cheque e da letra de câmbio) é o endosso, que de forma simplificada, significa o repasse do título de crédito pelo beneficiário a um terceiro, ou seja, a transferência do direito nele contido. 
	O aval também é um ato cambial praticado nas ordens de pagamento, consistindo em uma espécie de garantia, por isso é bastante confundida com o instituto da fiança. No entanto, é importante destacar que se trata de atos distintos. A fiança é uma garantia acessória, pois depende de um contrato, já o aval é uma garantia autônoma.
	Cabe frisar que quanto ao modo de circulação, a nota promissória, a duplicata e o cheque são classificados como títulos de crédito nominativos, uma vez que são emitidos por pessoa determinada e a transferência concretiza-se por endosso em preto. No entanto, há uma ressalva, nos casos de cheque cujo crédito corresponda até R$ 100,00. Neste caso, por não revelar o nome do beneficiário, pois há titularidade é presumida ao portador do documento, o título de crédito é classificado como “ao portador”.
	No tocante ao modelo, a nota promissória, assim como a letra de câmbio são classificadas como modelo livre, enquanto que o cheque e a duplicata mercantil são vinculadas a um modelo específico, pré-determinado, por isso classificam-se como modelo vinculado.
	Quanto à hipótese de emissão, os títulos de crédito são classificados em causais e não causais (ou abstratos). Por título de crédito causal entende-se como aquele que é criado a partir de um fato legalmente descrito, como é o caso da duplicata. Os não-causais inexiste essa predeterminação, tendo como exemplos o cheque e a nota promissória.
	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
ASCARELLI, Tullio. Teoria geral dos títulos de crédito. Campinas: Servanda, 2013.
DE LUCCA, Newton, DEZEM, Renata Mota Macial. Títulos de crédito. Enciclopédia jurídica da PUC-SP. Celso Fernandes Campilongo, Alvaro de Azevedo Gonzaga e André Luiz Freire (coords.). Tomo: Direito Comercial. Fábio Ulhoa Coelho, Marcus Elidius Michelli de Almeida (coord. de tomo). 1. ed. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2017. Disponível em: <https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/245/edicao-1/titulos-de-credito>. Acesso em: 26 mar. 2021.

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