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ATIVIDADE AV1 RESENHA CRÍTICA HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

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DISCIPLINA: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA 
PROFESSOR: Felipe Pinho 
ALUNOS: Juliana Maciel - 202008531535 
 Daniel Braga - 202008506824 
 
ATIVIDADE: RESENHA CRÍTICA 
Realizar uma resenha crítica dos dois artigos indicados, contendo: 
1. Um resumo das principais ideias e conceitos apresentados no texto. 
2. Uma explicação da importância das contribuições dos teóricos descritos nos artigos 
para a constituição da Psicologia como ciência independente. 
 
TEXTOS: 
1- LIVRO: “HISTÓRIA DA PSICOLOGIA: RUMOS E PERCURSOS” – CAP. 2: “A 
MAIS ÚTIL DE TODAS AS CIÊNCIAS. CONFIGURAÇÕES DA PSICOLOGIA 
DESDE O RENASCIMENTO TARDIO ATÉ O FIM DO ILUMINISMO”. (Ana 
Vilela, Arthur Ferreira, Francisco Portugal). 
2- ARTIGO CIENTÍFICO: “O LUGAR DE CHRISTIAN WOLFF NA HISTÓRIA DA 
PSICOLOGIA” (Saulo de Freitas Araújo). 
............................................................................................................................................. 
 
1- LIVRO: “HISTÓRIA DA PSICOLOGIA: RUMOS E PERCURSOS” – CAP. 2: 
“A MAIS ÚTIL DE TODAS AS CIÊNCIAS. CONFIGURAÇÕES DA 
PSICOLOGIA DESDE O RENASCIMENTO TARDIO ATÉ O FIM DO 
ILUMINISMO”. (Ana Vilela, Arthur Ferreira, Francisco Portugal). 
Este capítulo tem por objetivo esboçar fatores que fizeram a psicologia no século 
XVIII se tornar uma disciplina universitária autônoma, pois até aquele momento não era 
tratada dessa forma. Alcançando dessa forma uma consistência e magnitude que 
levaram Immanuel Kant a declarar que ela deveria ganhar esse status de Disciplina 
Universitária Autônoma. 
A psicologia podia não ter seus laboratórios, mas era concebida como uma 
disciplina de pesquisa empírica comprometida com a perspectiva naturalista que excluía 
a alma como um princípio explicativo, ou seja, analisava o pensamento em relação com 
a sensação em lugar de remetê-lo à natureza da substância imaterial e imortal. Sendo 
tratada como psicologia natural-cientifica, priorizando o quantitativo, experimental e 
independente de propósitos metafísicos ou religiosos. 
Ela fazia parte de um conjunto de ciências naturais, que era dotada de um 
intelecto imaterial e sua alma supostamente persistia depois da morte fazendo com que 
discursos sobre o assunto fossem por diversas vezes levado para o lado da metafisica. 
Na segunda metade do século XVIII, a psicologia empírica começou a se confirmar 
como uma disciplina cientifico-natural nas universidades da Alemanha, mesmo não 
tendo cátedras tornou-se um capítulo nos manuais de filosofia, começando assim um 
processo denominado de psicologização da cultura ilustrada. 
Observamos que a psicologização em diferentes domínios se deu em condições 
de grande diversidade metodológica e doutrinária e que apresentava variações 
significativas através das fronteiras geográficas e linguísticas, tais como: ciência do 
homem, economia animal, investigação escocesa. A abordagem escocesa da mente era 
marcada pela tentativa de introduzir o método experimental de raciocínio nos assuntos 
morais. 
Na virada do século XVIII a psicologia na França teve uma breve existência 
institucional com a revolução francesa, sendo criada varias instituições de ensino e que 
após a queda do regime napoleônico e a restauração da monarquia ela teve 
continuidade, mas sofria influência da filosofia escocesa sendo mais espiritualista do 
que sensacionalista. Até esse período a Alemanha não era um país unificado, mas já 
caminhava muito bem pela psicologia e foi a principal produtora de psicologias no 
mundo naquela época, e que um dos grandes influenciadores foi o filósofo Christian 
Wolff, que dominava a disciplina até o surgimento da filosofia crítica de Kant. 
Observamos que esse capítulo buscou traçar uma linha cronológica do 
surgimento da psicologia e também de seus organizadores e onde ela teve maior espaço 
entre as disciplinas universitárias da época. No início todos trabalhavam de forma 
empírica e sensacionalista e que mais tarde com o surgimento das instituições de ensino 
da França e da Alemanha começou a abordar de duas formas, empírica e racionalista, 
dando origem ao conhecimento posterior dos seres humanos e das coisas, matérias e 
imateriais, e um conhecimento prioritário de sua essência, de razão e possibilidade. Por 
fim, vimos que a psicologização e o desenvolvimento da psicologia empírica estavam 
ligados como disciplina e que esse século foi o século da psicologia, tanto para o 
historiador que trabalha com o iluminismo de modo geral, bem como os que trabalham 
com a lógica, estética, filosofia e da educação. 
 
............................................................................................................................................. 
 
2- O LUGAR DE CHRISTIAN WOLFF NA HISTÓRIA DA PSICOLOGIA 
(Saulo de Freitas Araújo). 
 O presente artigo tem como objetivo central, demonstrar a real importância e 
influência que Christian Wolff trouxe ao surgimento da psicologia. Nesse contexto, é 
apresentada uma crítica aos psicólogos e pensadores contemporâneos em razão de não 
haver o devido reconhecimento e importância ao papel por ele desempenhado na 
construção dessa psicologia. Inclusive, enfatizando a enorme carência de estudos sobre 
o papel de Wolff no Brasil. Dessa forma, elencaremos a seguir o papel de Christian 
Wolff no contexto cultural alemão do século XVIII, a relação do mesmo com a filosofia 
e psicologia, com base no referido artigo. 
 Dentro do contexto cultural alemão, o pensamento de Wolff estava situado no 
período que ficou conhecido como “Iluminismo Alemão”, no século XVIII. Insatisfeito 
com as incertezas teológicas interessava-se pela certeza que a matemática apresentava. 
Assim, seu sucesso na matemática o torna então, professor. Porém, seus cursos, falas e 
ideologias começaram a incomodar os teólogos da época e diversas acusações surgiram 
contra o mesmo, dentre elas, a de ateu. Expulso da Prússia, onde estava localizado na 
época, teve até mesmo suas obras proibidas de circular. Dezessete anos se passam, 
quando o rei atual da Prússia o chama de volta para a universidade. Nessa época, Wolff 
já era considerado um verdadeiro herói, já com fama e prestígio. O artigo referencia as 
principais contribuições que Christian Wolff deixa para a cultura alemã, dentre as quais 
podemos destacar: a transmissão do seu incrível conhecimento em matemática e o 
vocabulário matemático base. Na sequência, o artigo procura ressaltar o papel de Wolff 
junto à filosofia, destacando os maiores impactos deixados por ele, dentre os quais 
podemos citar: a terminologia básica de filosofia, o destaque na discussão metodológica 
da filosofia alemã sobre o papel do método matemático na construção do conhecimento 
filosófico, o sistema de filosofia em latim, dentre outros. Nesse momento, Christian 
Wolff era chamado de “educador da nação alemã”. Em 1728, Wolff publica a obra que 
sintetiza seu pensamento filosófico: “O Discurso Preliminar sobre a Filosofia em 
Geral”. Para ele, a filosofia era apenas uma das formas que o conhecimento humano 
poderia assumir. Considerava, por sua vez, a história como uma constatação a partir da 
experiência comum, como um mero conhecimento factual. Acreditava que tudo que 
existia ou acontecia, tinha uma razão para tal, estando o homem em busca da razão das 
coisas. Afirmava que o conhecimento histórico fornecia o fundamento para a filosofia, 
assim como a experiência estabelecia as coisas para as quais se buscava uma razão. 
Defendia a relação entre história, filosofia e matemática. Para ele, cada uma dessas 
áreas apresentava suas contribuições em particular, como o conhecimento histórico, 
adquirido pelos sentidos, era considerado o plano mais baixo do conhecimento. Já o 
conhecimento filosófico, plano mais elevado do conhecimento, fornecia a razão desse 
conhecimento histórico. E o conhecimento matemático, segundo o mesmo, deveria se 
juntar ao filosófico para alcançar a máxima certeza, sendo este o grau mais elevado de 
conhecimento. Wolff acreditava quea filosofia deveria demonstrar porque algumas 
situações ocorriam e fornecer as razões, causas, desses acontecimentos, que poderiam 
ser de forma concreta ou não (alma e Deus). Assim, para Wolff, a filosofia deveria 
sempre partir da experiência, ligada ao auxílio do conhecimento histórico e matemático. 
Até que o mesmo chega então a uma divisão da filosofia em suas principais disciplinas, 
que seriam: lógica, metafísica, filosofia prática e física. Na sequência, o artigo apresenta 
a relação de Christian Wolff com a psicologia. Foi em sua obra “Discurso Preliminar” 
que seu projeto psicológico ganhou seus contornos definitivos. Segundo Wolff, a 
psicologia era a parte da filosofia que se ocupava de estudar a alma. Em seu 
pensamento, não existia uma autonomia da psicologia como sendo uma disciplina 
separada da filosofia. Acreditava que a tarefa da psicologia era fornecer a razão para as 
coisas que são possíveis, através da alma, começando pela experiência. Nesse momento, 
Wolff percebeu a necessidade de uma divisão de tarefas, defendendo a criação da 
disciplina de psicologia empírica, mesmo que ainda pertencente à filosofia 
experimental. Ele a separa de sua definição anterior de psicologia, que o mesmo passou 
a chamar de psicologia racional. Dessa forma, ele faz a separação entre a psicologia 
empírica e a psicologia racional, um de seus grandes legados à construção desse 
conceito de psicologia. Para ele, por meio da psicologia empírica, era possível se 
alcançar a alma, observando as nossas percepções. Era o exame consciente dos eventos 
mentais e o método por ele defendido era a introspecção, outro grande legado do 
mesmo. Já a psicologia racional tinha o objetivo de fornecer, por meio da dedução, a 
razão para todas as observações da psicologia empírica. Por fim, o mesmo acreditava 
que as duas psicologias poderiam ser unidas em seu estudo, porém deveriam ser tratadas 
separadamente. 
 O artigo em questão buscou a todo o momento ressaltar as contribuições e 
influências de Christian Wolff para a construção do conceito de psicologia. Diante de 
todo esse legado, no qual podemos sintetizar: a contribuição para a linguagem 
psicológica, a própria separação das psicologias em empírica e racional, o método 
introduzido e aplicado por ele de introspecção, a matematização dos fenômenos mentais 
(psicometria), como fenômenos mentais mensuráveis, a popularização do conceito 
psicologia, dentre outros, nos faz acreditar e reconhecer sim seu grau de importância e 
influência dentro desse contexto de criação e fortalecimento da psicologia. 
Compreendemos assim, que sua participação e contribuições deixadas, apresentadas 
anteriormente, foram fundamentais para o início da proposta do estudo científico da 
psicologia.

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