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APS1 Contabilidade e Análise de Custos

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APS1 – Contabilidade e Análise de Custos
Prof. Francisco Lorentz
UNISUAM - UNIDADE BONSUCESSO
APS1 – Contabilidade e Análise de Custos
Alunos – Edna Oliveira dos Santos – Matrícula 18202825.
 Exdro Conceição dos Santos – Matrícula 19104792.
 Karen Marques – Matrícula 18103160.
 Lucas Denardi Gonçalves – Matrícula 17101173.
 Luciano Azevedo Feliciano – Matrícula 17102248.
 Renan Medeiros da Silva Santos – Matrícula 19201022.
 Ruan de Oliveira Mathias – Matrícula 18200695.
Tópicos.
A importância da Contabilidade de custos para as empresas, os objetos conceituais, os 
sistemas de custos;
A diferença entre custos e despesas;
Classificação dos custos em diretos e Indiretos em função dos objetos de custeio, a fim de 
compreender a formação do custo total dos produtos;
O comportamento dos custos em relação ao volume produzido pela entidade(Custos fixos e 
variáveis).
 Resumo
A contabilidade de custos tem como um de seus objetivos produzirem informações para 
diversos níveis gerenciais de uma entidade, como auxílio às funções de determinação de 
desempenho, planejamento e controle das operações, tomada de decisões, bem como facilitar 
o cálculo e mensuração correta do valor de produção dos produtos.
Introdução
Essa atividade prática supervisionada tem como objetivo principal dissertar sobre a 
importância da contabilidade de custos, relatar o que é custo e despesa, apontar algumas das 
diferenças entre eles.
Podemos afirmar que a sobrevivência de uma empresa está diretamente ligada, a saúde de 
suas finanças. Tendo isso em mente, a contabilidade é peça fundamental nesse processo, pois 
nos das ferramentas de controle, para que saibamos como está indo nossos negócios. 
Dentro do vasto ramo da contabilidade temos a contabilidade de custos, que visa 
principalmente, auxiliar na associação dos gastos e mensuração mais eficaz dos custos da 
empresa. Com ela conseguiremos separar o que custa para fabricar um produto, e quanto custa 
para vendê-lo.
A importância dessa ferramenta pode ser vista na melhor precificação de um item, e de um 
controle de custos e despesas muito mais apurado.
Desenvolvimento
Sistemas de custos
De acordo com ZANLUCA (2018, p.17), na estrutura básica de um sistema de custeamento, 
são reconhecidos os seguintes elementos:
• Sistema de acumulação de custos;
• Sistema de custeio;
• Modalidade de custeio.
Sistema de Acumulação de Custos
O sistema de acumulação de custos corresponde ao ambiente básico no qual operam os 
sistemas e as modalidades de custeio.
De acordo com Cabral (2018, p.42), antes de decidir quanto ao sistema ou à modalidade de 
custeio a ser adotada, a empresa deverá escolher o seu sistema de acumulação de custos, 
orientando-se, estritamente, pelo sistema produtivo da empresa. Existem dois sistemas básicos 
de produção - o sistema de produção por encomenda e o sistema de produção contínua.
Sistema de Produção por Encomenda - Caracteriza-se pela fabricação descontínua de 
produtos não padronizados;
Sistema de Produção Contínua - Caracteriza-se pela fabricação em série de produtos 
padronizados.
Sistemas de Custeio
ZANLUCA (2018, p.28), observa que, uma vez definido o sistema de acumulação de custos a 
ser utilizado pela empresa, passa-se à escolha do sistema de custeio a ser adotado.
Essa escolha já não depende do sistema produtivo da empresa e sim, principalmente, do tipo 
de informação e de controle que a gerência pretende obter a partir do sistema de custeio a ser 
implantado.
Os sistemas de custeio diferenciam-se entre si pela natureza dos dados contábeis utilizados - 
históricos ou predeterminados.
Assim, são dois os sistemas de custeio:
Sistema de Custeio Baseado em Dados Reais, atuais ou históricos - O sistema de custeio 
baseado em custos históricos ou atuais pode ser definido como um sistema no qual os custos 
são registrados tais como ocorrem. Em consequência disso, nesse sistema, os custos só são 
determinados após o término da fabricação do produto ou da prestação do serviço da empresa.
Sob esse sistema, o produto é debitado pelo custo atual do material usado, da mão-de-obra 
aplicada e por uma estimativa dos gastos gerais de fabricação.
Sistema de Custeio Predeterminado - Como o próprio nome indica, custos predeterminados 
são custos estabelecidos com antecedência sobre as operações de produção. Assim, em um 
sistema de custeio baseado em custos predeterminados, tanto o material como a mão-de-obra 
e os gastos gerais de fabricação são contabilizados com base em preços, usos e volumes 
previstos.
Os custos predeterminados são usados quando a gerência está interessada, primeiramente, em 
conhecer quais deveriam ser os seus custos, para depois compará-los com os custos reais.
Modalidades de Custeio 
A terceira etapa na estruturação de um sistema de custos refere-se à modalidade de custeio a 
ser utilizada.
Como veremos a diferença entre as modalidades de custeio relaciona-se com o grau de 
variabilidade dos gastos apropriados aos produtos ou serviços produzidos pela empresa.
Há duas modalidades de custeio:
Ambas as modalidades podem ser utilizadas tanto em um sistema de custeio histórico como 
em um sistema de custeio predeterminado.
Modalidade de Custeio por absorção
Quando, ao custearem-se os produtos fabricados pela empresa, são atribuídos a esses 
produtos, além dos seus gastos variáveis, também os gastos fixos, diz-se que se está usando a 
modalidade de custeio por absorção.
Esta atribuição de gastos fixos, entretanto, implica, naturalmente, a utilização de rateios. E 
nisso reside a principal falha do custeio por absorção como instrumento de controle. Por mais 
objetivos que pretendam serem os critérios de rateio, eles sempre apresentarão um forte 
componente arbitrário, que distorce os resultados apurados por produto e dificulta (quando 
não impede) as decisões da gerência com relação a assuntos de vital importância para a 
empresa, como, por exemplo, a determinação de preços de venda ou a descontinuação da 
fabricação de produtos deficitários..
Este método é exigido pela legislação e pelo fisco. De acordo com Megliorini e Parisi (2011, 
p. 35) este método segue os Princípios Fundamentais de Contabilidade.
É essa estrutura de funcionamento do método de custeio por absorção, principalmente quanto 
à consideração dos princípios contábeis, que lhe atribui a aceitação como método valido para 
as finalidades tributárias e societárias. Tributarias, por atender às questões legais exigidas pela 
legislação do imposto de renda e da contribuição social, e societária, por enquadrar-se nas 
determinações das Leis das Sociedades por ações e da Comissão de Valores Mobiliários 
(CVM).
Modalidade de custeio variável
Em oposição à modalidade de custeio por absorção, o custeio variável ou direto toma em 
consideração, para custeamento dos produtos da empresa, apenas os gastos variáveis. Com 
isso, elimina-se a necessidade de rateios e, consequentemente, as distorções deles decorrentes.
Assim, essa modalidade de custeio apresenta, sobre a modalidade anterior, significativas 
vantagens no que respeita à apuração dos resultados financeiros gerados pelos diferentes 
produtos da empresa e às decisões gerencias.
 Leone (1997, p. 322), define que:
O critério do método de custeio variável fundamenta-se na ideia de que os custos e as 
despesas que devem ser inventariáveis (debitados aos produtos em processamento e acabados) 
serão apenas aqueles diretamente identificados com a atividade produtiva e que sejam 
variáveis em relação a uma medida (referência, base, volume) dessa atividade.
Entretanto, a grande falha deste sistema, é que não é aceito, perante a legislação do Imposto 
de Renda. Portanto, a empresa que desejar adotá-lo, deverá fazê-lo mediante controles e 
relatórios distintos, em complemento à informação contábil.
Diferenças de custos e despesasCustos
Segundo Cunha, (2007, p. 24) Custos – são todos aqueles gastos utilizados na produção de 
bens ou na prestação de serviços. Para Martins (1990, p. 24), custo é “um gasto relativo a bem 
ou ao serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços”. 
Ex.: matéria-prima; mão-de-obra direta; encargos sociais do pessoal da fábrica; materiais de 
embalagem, etc. 
Despesas
Segundo Cunha, (2007, p. 24) Despesa – é todo o gasto necessário para a geração de receitas. 
Não existe uma receita sem que antes haja uma despesa.
Ex.: impostos sobre vendas; propaganda e publicidade; aluguéis; comissões sobre vendas, etc. 
Obs.: A chave para diferenciar custos e despesas, é separar, tudo o que é usado na fabricação 
do produto, daquilo que é usado para obter receita.
Custos e despesas diretos x indiretos
Custos diretos
Segundo Cunha, (2007, p. 25) “são aqueles gastos que podem facilmente ser identificados e 
quantificados aos produtos e/ ou serviços.”. 
Exemplos de custos diretos: matérias-primas usadas na fabricação do produto, mão-de-obra 
direta, serviços subcontratados e aplicados diretamente nos produtos ou serviços, dentre 
outros.
Custos indiretos
Segundo Cunha, (2007, p.27) são aqueles que necessitam de algum critério de rateio 
(distribuição proporcional) para serem alocados aos produtos e/ou serviços. Os custos 
indiretos não são facilmente identificáveis aos bens ou aos serviços que foram consumidos.
Exemplos de custos indiretos: salários e encargos sociais do motorista de uma empilhadeira 
de uma fábrica, graxas e lubrificantes utilizados na manutenção das máquinas de uma fábrica.
Custos Fixos x Variáveis
Custos fixos
Com base no pensamento de Martins (2003), o qual afirma que não existe custo ou despesa 
eternamente fixo, pode-se constatar que custo fixo é a soma de todos os fatores fixos de 
produção. É claro que, os custos fixos podem mudar isso não os torna variáveis. Sendo que, 
torna-os fixos a uma nova taxa: ou mais alta ou mais baixa (MOWEN; HANSEN, 2003). Já, 
para Meglorini (2001), os custos fixos são aqueles decorrentes da estrutura produtiva instalada 
da empresa, que independem da quantidade que venha a ser produzida dentro do limite da 
capacidade instalada. Como por exemplo: salário dos operários da fábrica, depreciação das 
máquinas da produção, aluguel do prédio utilizado para produção da fábrica, dentre outros.
Custos variáveis
Estes custos, também são conhecidos como custos marginais em razão da exclusão das 
"cargas fixas". Imputa-se, na apuração do custeio direto: os materiais diretos, a mão-de-obra 
direta e os custos gerais variáveis. Este tipo de custos está diretamente ligado ao volume de 
produção ou de vendas. Sendo que, quanto maior for seu volume de produção maior serão os 
custos variáveis totais (WERNKE, 2001). Nesse sentido, segundo Mowen et al. (2003), custo 
variável é definido como aquele que, no total, varia na proporção direta à mudança em um 
direcionador de atividade. Um exemplo é a matéria-prima, pois se para produzir uma caneta 
se gasta $1 ao produzir duas canetas serão $ 2.
Conclusão
Após a pesquisa sobre o tema, o grupo concluiu que, o futuro de uma organização depende de 
um aperfeiçoado controle de custos. Conhecer o que se passa dentro de uma empresa é de 
extrema importância. O cuidado com os custos e despesas é essencial para saúde financeira e 
auxiliar nas tomadas de decisões. Práticas erradas envolvendo os custos e despesas podem 
resultar em prejuízo e impactar no resultado da empresa. Como ocorre com a má formação de 
preços e com o mau planejamento empresarial. Com uma gestão eficaz dos custos e despesas 
é possível ter acesso minucioso e mais detalhado sobre quanto custa cada setor, produto ou 
serviço realizado pelo empreendimento.
BIBLIOGRAFIA
CABRAL, Z. Contabilidade de Custos. 1ª Edição. Brasil: Clube de Autores, 2018.
CUNHA, A. S. Análise de custos. 2 ed. Santa Catarina: Unisul, 2007.
LEONE, George S. G.. Curso de Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 1997.
MARTINS, E. Contabilidade de Custos. 9º ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MEGLIORINI, E. Custos. São Paulo: Makron Books, 2001.
MOWEN, M. M.; HANSEN, D.R. Gestão de Custos: Contabilidade e controle. 3 ed. São 
Paulo: Thomson, 2003.
PARISI, Claudio; MEGLIORINI, Evandir. Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 2011.
WERNKE, R. Gestão de Custos: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2001.
ZANLUCA, J.C. Manual de Contabilidade de Custos. Editora e Maph Editor, 2018.

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