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Sistema Nervoso - Parte 3

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MENINGES 
Elas se desenvolvem a partir de uma única camada 
do mesenquima 
 
 
DURA-MÁTER 
 É a mais superficial, espessa e resistente 
 Contem vasos e nervos 
 Constituída por tecido conjuntivo denso 
rico em fibras colágenas 
 A dura-máter do encéfalo é formada por 
dois folhetos, externo e interno, no qual o 
externo comportasse como o periósteo dos 
ossos da caixa craniana, já a dura-máter 
que envolve a medula espinal é separada 
do periósteo das vertebras formando entre 
os dois o espaço peridural, que contém 
veias, tecido conjuntivo frouxo e tecido 
adiposo. Existem determinadas patologias 
ou condições clinicas que acometem esse 
local, como o edema epidural 
 O folheto externo da dura-máter não tem 
capacidade osteogênica, o que dificulta a 
consolidação de fraturas no crânio e torna 
impossível a regeneração de perdas ósseas 
na abóbada craniana. 
 Em certos traumas ocorre o descolamento 
do folheto externo da dura-máter da face 
interna do crânio e a fonnação de 
hematomas epiduraís. 
 A superfície interna e externa da dura-
máter do canal vertebral é revestida por 
um epitélio simples pavimentoso de 
origem mesenquimatosa 
 Em algumas áreas, o folheto interno da 
dura-máter destaca-se do externo para 
formar pregas que dividem a cavidade 
craniana em compartimentos que se 
comunicam amplamente. 
 
 
Seios da dura-máter 
São canais venosos revestidos de endotélio e 
situados entre os dois folhetos que compõem a 
dura-máter encefálica. 
O sangue proveniente das veias do encéfalo e do 
globo ocular é drenado para os seios da dura-
máter e destes para as veias jugulares internas. 
 
Roberta Louise Rodrigues 
Os seios comunicam- -se com veias da superfície 
externa do crânio através de veias emissárias. 
 
 
 
 
Seios da abóbada 
seio sagital superior - ímpar e mediano; termina 
próximo à protuberância occipital interna, na 
chamada confluência dos seios, formada pela 
confluência dos seios sagital superior, reto e 
occipital e pelo início dos seios transversos 
esquerdo e direito 
seio sagital inferior - situa-se na margem livre da 
foice do cérebro, terminando no seio reto 
seio reto - Recebe, em sua extremidade anterior, o 
seio sagital inferior e a veia cerebral magna, 
terminando na confluência dos seios; 
seio transverso - é par e dispõe-se de cada lado ao 
longo da inserção da tenda do cerebelo no osso 
occipital, desde a confluência dos seios até a parte 
petrosa do osso temporal, onde passa a ser 
denominado seio sigmoide; 
seio sigmoide - em forma de S, é uma continuação 
do seio transverso até o forame jugular, onde 
continua diretamente com a veia jugular interna. O 
seio sigmoide drena a quase totalidade do sangue 
venoso da cavidade craniana; 
seio occipital - muito pequeno e irregular. 
Os seios venosos da base 
 
a) seio cavernoso - é uma cavidade bastante 
grande e irregular, situada de cada lado do corpo 
do esfenoide e da sela tórcica. 
Drena através dos seios petroso superior e petroso 
inferior, além de comunicar-se com o seio 
cavernoso do lado oposto, através do seio 
intercavernoso. 
b) seios intercavernosos - unem os dois seios 
cavernosos; 
c) seio esfenoparietal - percorre a face interior da 
pequena asa do esfenoide e desemboca no seio 
cavernoso; 
d) seio petroso superior - dispõe-se de cada lado, 
ao longo da inserção da tenda do cerebelo, na 
porção petrosa do osso temporal. Drena o sangue 
do seio cavernoso para o seio sigmoide, 
terminando próximo à continuação deste com a 
veia jugular interna. 
e) seio petroso inferior - percorre o sulco petroso 
inferior, onde termina lançando-se na veia jugular 
interna; 
f) plexo basilar - ímpar, ocupa a porção basilar do 
occipital. Comunica-se com os seios petroso 
inferior e cavernoso, liga-se ao plexo do forame 
occipital e, através deste, ao plexo venoso 
vertebral interno. 
ARACNOIDE 
 Formada por tecido conjuntivo sem vasos 
sanguíneos 
 Apresenta duas partes: uma em forma 
membrana em contato com a dura-máter, e 
a outra constituída por traves que se ligam 
com a pia-máter 
 O espaço entre a dura-máter e a 
aracnóide chama-se espaço subdural 
 As cavidades do encéfalo (ventrículos 
cerebrais) entre as traves conjuntivas 
formam o espaço subaracnóideo, que 
contém o liquido cefalorraquidiano. 
 Esses ventrículos se conectam entre si, 
com o canal central da medula espinal e 
com o espaço subaracnóideo 
 O liquido cérebroespinal é formado nos 
plexos corióides, o qual é formado por 
redes especializadas de vasos capilares, 
localizados nas paredes dos ventrículos e 
por células ependimarias que cobrem os 
capilares do plexo 
 O LCE é formado a partir do plasma 
sanguíneo, por filtração e secreção 
 O espaço subaracnóide protege o sistema 
nervoso central contra traumatismos 
 A superfície interna e externa da aracnoide 
é revestida por um epitélio simples 
pavimentoso de origem mesenquimatosa 
 A função das vilosidades da aracnoide é 
transferir o liquido cefalorraquidiano para 
o sangue. O líquido atravessa a parede da 
vilosidade e do seio venoso ate chegar ao 
sangue 
 
 
 
PIA-MÁTER 
 Muito vascularizada 
 Entre a pia-máter e os elementos nervos 
situam-se prolongamentos dos astrócitos 
que unem-se firmemente a face interna da 
pia-máter 
 A superfície externa da pia-máter é 
revestida por células achatadas de origem 
mesenquimatosa 
 Os vasos sanguíneos penetram o tecido 
nervoso por meio de túneis revestidos por 
pia-máter, os espaços perivasculares 
 A pia-máter é intimamente aderida ao 
tecido do sistema nervoso centreal 
 
 
 DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
 
 
 
 Oocitação é o amadurecimento do oocito 
no ovário 
 Liberação do oocito 
 Captação pelas fímbrias 
 Indo em direção a tuba uterina 
 No terço final da tuba ocorre a fecundação 
do oocito - Entre 12 e 24h após a oocitação 
 Imediatamente após a fecundação ocorre 
clivagem 
GASTRULAÇÃO 
Células do epiblasto começam a expressar genes 
que dão origem a substancias químicas que 
induzem modificações fenotípicas nelas, tais 
células se destacam do epiblasto e migram para 
uma parte intermediaria, entre o epiblasto e o 
hipoblasto, formando o mesoderma, as quais 
expressam genes diferentes 
O epiblasto se especializa em ectoderma e o 
hipoblasmo o endoderma 
- o mesoderma passa a se especializar e se dividir 
em em mesoderma lateral, paraxial e 
intermediário (influenciado pelo HOX e fatores de 
sinalização NOTCH) 
NEURULAÇÃO 
 Em um segundo momento ocorre a 
formação da membrana cloacal a partir do 
epiblasto 
 As células da membrana cloacal começam 
a expressar genes que vão dar origem a 
estímulos químicos/proteínas que irão 
promover o espessamento e a invaginação 
do epiblasto, para formar a linha primitiva 
 
Ovócito II parado em 
metáfase da primeira 
divisão 
3-4 dia; mais de 64 célula; líquidos da cavidade 
uterina penetram entre as células da mórula, 
fazendo com que essa estrutura aumente de 
volume e criem uma cavidades entre as células. 
Essas cavidades se confluem e formam uma 
cavidade única, chamada de cisto ou cavidade 
blastocística. 
4-5 dia; se adere na 
região posterior da 
parede do útero (nidação) 
 
 
 A partir do no primitivo forma-se a 
notocorda, abaixo do epiblasto 
 A notocorda promove a proliferação do 
epiblasto para formar a placa neural 
 A placa neural vai se espessando ate que as 
bordas (cristas neurais) dela se tocam e se 
fecham para a formação do tubo neural 
 Esse fechamento ocorre em dois sentidos, 
cranial e caudal 
 Placa neural da origem ao tubo neural 
 Algumas células da crista neural, no 
momento em que o tubo se funde, se 
destacam e migram para a periferia para 
formar os gânglios, os quais podem se 
localizar ao lado das vertebras (cadeia 
paravertebral de gânglios) e próximos do 
encéfalo 
 Parte das células da crista neural também 
migram paraformar a medula da glândula 
suprarenal, que também funciona como um 
gânglio, a qual forma uma via autônoma 
muito importante, a via autonômica 
simpática adrenal, que permite a gente 
criar nosso botão vermelho 
 Somitos: conjunto de células que vão dar 
origem ao soma (corpo) – ex: músculos, 
ossos e articulações; que se formam ao 
mesmo tempo em que o sistema nervoso, 
pois os ossos, músculos e articulações 
precisam ser inervados 
GENES 
 FGF 8 
 Ele induz a formação da linha primitiva e 
no nó primitivo ele induz a expressão do 
gene nodal; 
 Gene nodal 
 O gene notal, juntamente com o FGF 8 e o 
Sonc hedgehog (SHH), promovem a 
formação da notocorda; 
 A notocorda induz o desenvolvimento da 
placa neural que forma o tubo neural 
 
 
 Sonc hedgehog (SHH) 
 é expresso nas células da notocorda 
 Ele altera as células do epiblasto para elas 
darem inicio a formação da placa neural 
 As células do epiblasto expressam os 
fatores de transcrição PAX3, PAX7, 
MSX1 E MSX2. 
 Entretanto, esse padrão de expressão é 
alterado pelo Sonic Hedgehog (SHH), 
expresso pela notocorda, que reprime a 
expressão de PAX3, PAX7, MSX1 e 
MSX2; 
 Isso faz com que as células do epiblasto 
sofram um processo de invaginação, dando 
origem ao tubo neural. 
 
 A região ventral é sinalizada pela 
notocorda, ao expressar SHH, e a região 
dorsal é induzida pela epiderme. 
 A concentração de SHH é maior na região 
ventral e menor na região dorsal. 
 A região ventral adquire a capacidade de 
formar uma placa do assoalho, que 
também expressa SHH, 
 Por ação parácrina, SHH induz as células 
próximas da região ventral do tubo neural 
a virar a Placa basal (formam os 
neurônios motores), que também 
produzem SHH. 
 Na região dorsal do tubo neural, também 
ha um gradiente de concentração de 
proteínas da família TGF-β (BMP4, 
BMP7, BMP5, activina), secretadas pela 
ectoderme dorsal. 
 As células da placa basal, onde a 
concentração de SHH é maior, serão 
induzidas a produzir fatores de transcrição 
específicos tornando-se neurônios motores. 
 Ao longo do gradiente de concentração, no 
sentido ventro-dorsal, serão induzidos a 
formação dos interneurônios. 
 Proteínas morfométricas osseas BMPs 
 A BMP4 e BMP7, expressas no ectoderma 
não neural na borda da placa neural, 
mantém e supra-regula PAX3 E PAX7 na 
metade dorsal do tubo neural, na qual 
vão se formar as placas do teto e a placa 
alar. 
 Essas BMPs aumentam a concentração de 
TGF-beta 
 A alta concentração de TGFB na parte 
dorsal do tubo neural induz a expressão do 
PAX3 e PAX7 
 Esses dois genes são necessários para a 
formação de células da crista neural no 
topo das pregas neurais, mas ainda não 
foram esclarecidos o seu papel e nem o 
papel dos genes MSX na diferenciação de 
neurônios sensoriais e interneurônios. 
 PAX6 
 O gene PAX6, é expresso em toda 
extensão das pregas neurais em elevação, 
exceto na linha média, e esse padrão é 
mantido após o fechamento das pregas. 
 O papel desse gene, todavia, ainda não foi 
determinado. 
DESENVOLVIMENTO DO NEURÔNIO 
Neuroblastos – dão origem aos neurônios 
Glioblastos – dão origem as células da glia, com 
exceção da micróglia, originada na medula óssea a 
partir de células mesenquimais 
A parede do tubo neural é formada por células 
neuroepiteliais derivadas do ectoderma, que 
lembram um tecido epitelial pseudo-estratificado 
espesso 
Essas células são progenitoras de vários tipos 
celulares, como neuroblasto, glioblasto e as 
células ependimárias. 
As células ependimárias vão revestir toda a 
cavidade do tubo neural 
O neuroepitélio é dividido em três zonas (de 
dentro para fora) – região da medula espinal: 
 Zona ventricular – camada única de 
células colunares voltadas para luz do 
tubo, com alta taxa de divisão celular 
 Zona intermediária ou do manto – as 
células da zona ventricular migram pra a 
periferia do tubo formando a segunda 
zona, dando origem a substancia cinzenta, 
onde ficaram os corpos celulares dos 
neurônios 
 Zona marginal - é a mais externa, contem 
grande quantidade de fibras e formara a 
substancia branca 
No encéfalo a substancia branca é mais central e a 
cinzenta mais cortical 
A membrana limitante externa do tubo vai dar 
origem as meninges 
Células do mesênquima se misturam com as 
células da crista para formar as leptomeninges. 
(aricnoide e pia-mater) 
 
A partir da 4-5 semana esse neuroeptelio começa a 
expressar genes (BMPs, WNTs entre outros) que 
os modificam fenotipicamente deixando-os mais 
próximos das funções que irão realizar; logo esse 
tubo neural começa a formar regiões bem distintas 
Placa alar: esta relacionada ao amadurecimento 
de neuroblastos que formam os neurônios 
sensoriais 
Placa basal: esta relacionada a diferenciação de 
neuroblasto em neurônios motores 
Essas placas são envolvidas pela substancia 
branca 
No inicio os neuroblastos não tem 
prolongamentos celulares, os quais são produzidos 
através da síntese proteica do citoesqueleto da 
célula, constituídos por tubulinas A e B 
(neurônios multipolares) 
Os neurônios também se originam a partir das 
células do gânglio espinal que dão origem a 
pseudoneurônios, os corpos desses neurônios 
ficam no gânglio, um prolongamento vai ate a 
medula espinal, formando a raiz dorsal da medula 
espinal, e o outro ate a periferia do corpo, 
acompanhando o desenvolvimento dos somitos 
(de ossos e músculos e articulações) e da pele 
Nos gânglios da raiz dorsal teremos neuroblastos 
que irão formar somente neurônios pseudonipolres 
e glioblastos que dão origem as células da glia 
(célula de schwan) que dão a sustentação e 
produzem a bainha de mielina do SNP 
Ao mesmo tempo a via eferente também esta 
sendo formada na região ventral da medula; 
Os neurônios motores também acompanham o 
desenvolvimento dos somitos, mas se projetam 
principalmente para os músculos e glândulas, para 
fazer o controle somático e visceral 
Todos os nervos raquidianos (31 pares) são nervos 
mistos 
DESENVOLVIMENTO DA COLUNA 
VERTEBRAL 
O tubo neural, que vai dar origem a medula 
espinal, é acompanhado por aglomerados de 
células que formam os somitos. Esses somitos ao 
redor do tubo neural vão formar o arcabouço 
ósseo de proteção da medula (coluna vertebral) 
 
Ate um determinado momento do 
desenvolvimento embrionário os ossos que 
formam as vertebras se formam na mesma 
velocidade em que se forma o tubo neural e a 
medula espinal. 
No entanto, a partir de um determinado momento 
do desenvolvimento fetal esses ossos passam a se 
desenvolver mais rapidamente que a medula 
espinal e com isso começa a aparecer uma 
assimetria na localização da medula com a parte 
correspondente no osso. 
Os ossos vão alongando os nervos e o final da 
medula espinal deixa de ser o final da coluna 
vertebral. 
 
A região sacral da medula espinal vai terminar nos 
segmentos L2 e L3 da coluna vertebral, pra baixo 
disso os ossos serão acompanhados não mais pela 
medula espinal, mas por nervos raquidianos que 
formam a calda equina 
Cisterna terminal é a região da coluna vertebral 
que não tem medula; é um espaço revestido de 
meninge internamente e contem as raízes dos 
nervos, a calda equina; 
A cisterna termial é uma região propícia para fazer 
a pulsão do líquido cefalorraquidiano, por 
exemplo, para verificar a possibilidade de 
meningite 
VESÍCULAS ENCEFÁLICAS 
 
Neuroparos: são orifícios formados a partir do 
fechamento dos tubo neural, por isso temos o 
neuroparo cranial (fecha primeiro) e um caudal 
No 44 dia do desenvolvimento o neuroparo cranial 
(da origem ao encéfalo) se fecha, posteriormente, 
no dia 46 ocorre o fechamento do neuroparo 
caudal (da origem a medula) 
A medida que o neuroparo cranial se fecha da para 
visualizar as vesículas encefálicas primarias 
(prosencéfalo-mesencéfalo-rombemcéfalo) 
As vesículasencefálicas primarias surgem na 4 
semana desenvolvimento, já as vesículas 
encefálicas secundarias surgem na 5 semana do 
deenvolvimento 
As vesículas encefálicas primarias se subdividem 
e dão origem as vesículas encefálicas secundarias 
 Prosencéfalo ou encéfalo anterior 
 da origem ao telencéfalo e aos ventrículos 
laterais 
 o telencéfalo da origem as vesículas óticas 
e ópticas/visão 
 e ao diencéfalo que vai dar origem ao 
tálamo, hipotálamo, epitálamo, subtálamo 
e ao terceiro ventrículo 
 Mesencéfalo ou encéfalo médio 
 Não se divide; 
 ele forma a conexão entre ventrículos, por 
meio do aqueduto mesencefálico, e 
também os núcleos profundos que 
participam da motricidade 
 Romencéfalo ou encéfalo posterior 
 forma o metencéfalo, que da origem a 
ponde e ao cerebelo e a parte superior do 
quarto ventriculo 
 e o mielencéfalo (mielo = medula), que da 
origem ao bulbo ou medulaoblonga que 
esta conectado a medula espinal e a parte 
inferior do quarto ventrículo 
DESENVOLVIMENTO DE ENCEFALO 
 
É possível verificar uma organização estrutural 
semelhante aquela que a gente vê na parte do tubo 
que forma a medula, como a placa alar e a placa 
basal 
A partir dessas placas serão formados núcleos 
celulares que vão dar origem a origem real dos 
nervos cranianos 
A proliferação intensa de células que o cérebro 
formam sulcos e giros, pois essas células com 
cabem dentro da caixa craniana 
VENTRÍCULOS 
 
 O 1 e o 2 ventrículo ficam localizados nos 
hemisférios cerebrais e se comunicam pelo 
forame interventricular ou forame de 
Monro, 
Esse forame também faz a comunicação 
desses ventrículos com o 3 ventrículo 
 
 O 3 ventrículo fica na transição do 
diencéfalo e mesencéfalo; 
Ele é formado pelo tálamo, hipotálamo e 
epitálamo; 
Ele se comunica com o quarto ventrículo 
por meio do aqueduto cerebral ou 
aqueduto mesencefálico 
 O 4 ventrículo fica na região de transição 
do bulbo para a medula espinal 
A parede do bulbo se abre para formar o 4 
ventrículo cerebral; 
A abertura lateral permite que o LCR 
chegue até o espaço subaracnóideo; 
O canal central faz a comunicação com a 
medula espinal 
 
As células ependimárias que revestem esses 
ventrículos juntamente com a pia-máter e o 
sistema vascular formam os plexos coroides, local 
da síntese do LCR que fica armazenado nos 
ventrículos 
A substancia cinzenta periaquedutal é uma 
substancia negra formada ao redor do aqueduto 
mesencefálico que comunica esses ventrículos; 
ela é muito importante na dor 
LÍQUOR 
O que é o líquor? Líquor = líquido 
Líquor = líquido cérebro-espinal LCE = 
líquido céfalo-raquidiano LCR 
 Circula nos ventrículos cerebrais, no 
espaço subaracnóideo e no canal central da 
medula espinal 
 São cerca de 150ml de LCR circulando em 
toda essa região 
 É um filtrado do plasma sanguíneo 
 A filtração passiva do sangue é feita pelo 
endotélio coroidal em resposta à pressão 
arterial, já a secreção pelo neuro-epitélio 
estratificado é ativa e envolve bombas, 
cotransporte, canais iônicos e aquaporinas 
 É uma solução salina, composto 
principalmente de cloreto de sódio e 
glicose, mas também contém cloro, 
bicarbonato e micronutrientes, como 
vitaminas do complexo B 
 A glicose é o principal elemento 
nutricional das células nervosas 
 Ele também transporta oxigênio 
Formação 
 
Plexo coróide = vaso sanguíneo pia-máter 
epêndima 
Epêndima = epitélio que recobre internamente os 
ventrículos cerebrais 
 São dobras da pia-máter (meninge mais 
interna); 
 São revestidos por epitélio cubico simples 
ou colunar – células ependimárias 
 Rica em capilares fenestrados/permeáveis, 
pois apresentam aberturas entre as células 
endoteliais, e dilatados 
 Salientam-se para o interior dos 
ventrículos; 
 Formam o teto do 3 e o 4 ventrículo e parte 
das paredes dos ventrículos laterais 
 Sintetizam e secretam o LCR que ocupa os 
ventrículos, o canal da medula espinal e o 
espaço subaracnóideo; 
 As células ependimárias são células 
epiteliais responsáveis por filtrar o plasma 
e formar o LCR 
 Elas apresentam zônulas de oclusão, que 
tem um papel importante na regulação de 
moléculas, pois elas não deixam moléculas 
entrarem e saírem com facilidade dos 
vasos para os ventrículos, uma vez que, 
elas devem passar através dessas células 
(barreira hematoliquorica). Isso mantem 
um ambiente ideal para as células 
Absorção 
 
 
Sua drenagem para fora do SNC ocorre nos 
vilos aracnoides, os quais servem como 
válvulas unidirecional 
O seio sagital superior é a região em que 
teremos a maior concentração dos vilos 
aracnoideos 
É importante o equilíbrio entre a formação e a 
absorção do LCR para manter a pressão do 
líquor normal, também chamada de pressão 
intra-craniana, igual a 10 mm de mercúrio 
O LCR é renovado a cada 8 horas 
Função 
Proteção mecânica do sistema nervoso 
Princípio de Arquimedes: um corpo imerso 
em liquido torna-se mais leve - deixa o 
encéfalo mais leve 
Dissipa as forças que são geradas dentro do 
sistema nervoso, uma vez que, qualquer 
pressão ou choque no líquido é distribuído 
igualmente em todos os pontos (princípio de 
pascal) 
BARREIRA HEMATOLIQUORICA 
Sangue → LCR 
 A formação de liquor pelos plexos 
coroides ocorre por filtração capilar 
(capilares fenestrados) e uma secreção 
epitelial ativa. 
 A barreira hematoliquórica existe no 
nível das células epiteliais que 
compõem os plexos coroides. 
 Existem diferenças na constituição do 
plasma sanguíneo e do liquor devido à 
barreira hematoliquórica, havendo, 
porém, um equilíbrio osmótico. 
 O líquor permanece em equilíbrio com 
o líquido extracelular do sistema 
nervoso central, possuem o mesmo pH 
e uma constituição química 
semelhante. 
 Ele fornece nutrientes e também o 
drena pra fora do SNC os retos 
metabólicos 
BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA 
Sangue → Tecido nervoso 
 Certas substâncias, quando injetadas na 
corrente sanguínea, penetram nos tecidos 
de vários órgãos, mas respeitam o sistema 
nervoso central. 
 Essa barreira é benéfica para a proteção 
contra diferentes agressões, mas, ao 
mesmo tempo, impede que vários 
medicamentos administrados por via 
sanguínea sejam eficazes. 
 A barreira hematencefálica existe no 
nível das células endoteliais 
especializadas dos capilares do encéfalo. 
 Esses capilares não são fenestrados 
 O endotélio apresenta zônulas de oclusão 
que adere firmemente essas células 
 Elas atuam como barreira, impedindo a 
passagem de certas moléculas e mesmo de 
íons, principalmente por apresentarem uma 
união intercelular bem mais intensa e uma 
alta resistência elétrica, se comparadas 
com as células endoteliais periféricas. 
 Além disso, nessas células existe um bom 
transporte transcelular de componentes, 
enquanto, nas do sistema nervoso, esse 
mecanismo não existe. 
 As substancias que passam através dessas 
células são lipossolúveis ou muito 
pequenas (gases, água), em contrapartida, 
substâncias hidrossolúveis e polares tem 
dificuldade em passar através das células. 
Logo, apresentam uma entrada e saída de 
substancias muito bem regulada 
 A glicose é polar por isso ela precisa de 
um transportador específico (difusão 
facilitada), o glut1, uma proteína 
transmembrana presente nos dois lados da 
parede da célula endotelial 
 Alguns aminoácidos também precisam de 
um transportador; 
 Aminoácidos essenciais neutros e 
grandes e passam por difusão facilitada 
 Aminoácidos neutros e pequenos 
(neurotransmissores), produzidos no 
sistema nervoso central passam para o 
sangue por transporte ativo secundário, 
o qual usa a energia do sódio para 
passar para corrente sanguínea 
 Contém um pequeno número de vesículas 
pnocíticas, que atravessam as células por 
pnocitose 
 Em algumas regiões do encéfalo, como a 
neuro-hipófise, essa barreira não existe, 
mas é compensada por outrossistemas. 
 Projeções dos astrócitos, chamadas pés 
astrocitários, mantêm contato com esses 
capilares. 
 
BARREIRA LIQUORENCEFALIA 
LCR → Tecido nervoso 
 Vai fazer a proteção do LCR para o tecido 
nervoso 
 É a mais fraca, dando passagem a um 
maior número de substancias que as outras 
 As vezes há vantagem em introduzir 
fármacos no LCR ao invés do sangue para 
que ele entre mais rápido no tecido 
nervoso 
 Esta situado na pia-máter mas seu 
funcionamento ainda não foi bem 
explicado 
 
MALFORMAÇÕES DA MEDULA ESPINAL 
Estão relacionadas a um defeito de fechamento do 
tubo neural 
Caso esse tubo não se feche isso vai causar uma 
alteração na vertebra no local onde o tubo não se 
fechou 
 
ESPINHA BÍFIDA OCULTA 
 Defeito de formação óssea 
 A região do tubo neural que vai dar origem 
a espinhosa não se fecha e o osso não se 
forma 
 Todo o conteúdo nervoso fica dentro do 
canal vertebral 
 Geralmente há formação de pelos nessa 
região, podendo ser um indicativo de uma 
anormalidade nessa região 
 O sistema nervoso continua protegido no 
canal vertebral e só vai ter um ponto de 
fragilidade na parte dorsal onde não se 
formou a coluna vertebral 
ESPINHA BÍFIDA CÍSTICA 
Meningcele 
Cele = bolsa 
A partir da espinha bífica pode-se formar uma 
projeção de meninge, formando uma bolsa 
contendo LCR; 
Caso essa bolsa se rompa o LCR, que protege a 
medula ira passar para os tecidos adjacentes, e a 
medula ficará exposta a contaminações por 
microrganismos, sua cicatrização forma uma 
ulcera 
Meningomielocele 
 É um bolsa de meninge com LCR, mas 
que contem também a medula espinal 
RAQUISQUISE 
 É quando não se forma/fecha por completo 
o tubo neural; 
 fetos natimortos 
 
MALFORMAÇÕES ENCEFALICAS 
HALOPROSENCEFALIA 
 
 Ocorre quando os hemisférios cerebrais 
não se dividem 
 Holo = tudo, ou seja, o prosencéfalo vira 
uma única bolsa/vesícula 
 Por causa dessa malformação não se 
formam duas vesícula óticas (dois olhos), e 
sim um único olho, na região central da 
face; 
 São natimortos 
HERNIAÇÃO DO ENCÉFALO 
 É semelhante a espinha bífida, mas no 
crânio 
 Duas estruturas ósseas que deveriam se 
aproximar e se fundir não se fundem 
permitindo assim a formação de uma bolsa 
crânio. 
 Compatível com a vida 
Meningocele 
 Uma bolsa de meninge com LCR 
Meningoencéfalocele 
 Bolsa de meninge com LCR e uma porção 
do encéfalo 
ANENCEFALIA X MEROENCEFALIA 
Anencefalia: é a ausência das estruturas do 
encefalo, não forma tronco encefálico, cerebelo, 
cérebro; 
São natimortos 
Meroencefalia: A não fusão do tubo neural na 
região cranial do prosencéfalo, não forma o 
telencéfalo e o diencéfalo (não formação do 
cérebro), mas pode formar o tronco encefalico e o 
cerebelo 
A criança nasce viva, com as funções vegetativas 
preservadas, pois tem controle da pressão arterial, 
da frequência respiratória 
MACROCEFALIA OU MEGALOCEFALIA 
 É uma condição em que a cabeça de uma 
criança é maior do que o normal para a 
idade e o sexo dela 
 A criança pode nascer ou desenvolver essa 
anormalidade 
 Causada por um cérebro aumentado ou por 
acumulo de líquido no espaço sub-
aracnóide frontal ou ventrículos 
encefálicos 
Macrocefalia familiar benigna 
Hidrocefalia 
 Ocorre o aumento excessivo da pressão do 
LCR dentro dos ventrículos encefálicos, 
que expande toda a estrutura do telencéfalo 
gerando uma pressão de dentro para fora, 
fazendo com que os ossos também se 
expandem 
 Pode ser congênita, pós-traumática, pós-
infecciosa... 
 A hidrocefalia também pode ser causada 
por distúrbios de drenagem, por exemplo, 
o forame magno que faz a drenagem entre 
o bulbo e a medula pode ser menor do que 
o normal, logo não ocorre a drenagem 
adequada do LCR do encéfalo para a 
medula eo liquido se acumula no encéfalo 
MICROCEFALIA 
 É um retardo do desenvolvimento do 
encéfalo 
 O individuo nasce com uma massa 
encefálica reduzida 
 O zica vírus é capaz de dificultar a 
proliferação celular, o telencéfalo atrofia e 
não se desenvolve 
 O QI da criança é reduzido, pois ela tem 
menos massa encefálica e 
consequentemente menos neurônios para 
fazer o processamento da informação 
EXENCEFALIA 
 Não fusão do tubo neural 
TERATÓGENO 
Um agente teratogênico é externo ao genoma e 
pode ser definido como qualquer substancia, 
organismo, agente físico ou estado de deficiência 
que, estando presente durante a vida embrionária 
ou fetal, produz uma alteração na estrurura ou na 
função da descendência. 
Estágio de desenvolvimento do concepto: a 
suscetibilidade a agentes teratogênicos varia 
segundo o estágio de desenvolvimento do 
concepto no momento da exposição. 
Se esta ocorre nas duas primeiras semanas de 
desenvolvimento, produz-se um efeito de tudo ou 
nada, ou seja, pode haver letalidade do embrião ou 
malformações. 
Em seguida, inicia-se o período de organogênese, 
entre a 3a e a 8a semana, que é o mais crítico com 
relação às malformações. 
Por exemplo, o tubo neural se fecha entre os dias 
15 e 28 após a concepção, e é neste período que 
algumas medicações, como o ácido valproico, 
podem causar defeitos de fechamento do tubo 
neural. Após o dia 28, o tubo neural já está 
fechado e este tipo de defeito não ocorrerá mais. 
a suplementação com ácido fólico reduz a 
incidência dessas malformações e não terá efeito 
se implementada depois do primeiro mês de 
gravidez. 
algumas substâncias com ação sobre o sistema 
nervoso central (neuroteratógenos), como o 
etanol, têm seu efeito estabelecido para todo o 
período gestacional 
Relação entre dose e efeito: as manifestações do 
desenvolvimento anormal aumentam, à medida 
que se incrementa a dose do agente, variando 
desde nenhum efeito, passando pelos danos 
funcionais e malformações, até a morte do 
concepto. 
A dose a que um feto é exposto durante a gravidez 
depende tanto de fatores maternos como fetais, 
incluindo a farmacocinética materna, taxa de 
passagem placentária, metabolismos placentário e 
fetal, a distribuição fetal da substância e, 
finalmente, a presença de receptores ativos no 
compartimento fetal. 
O metotrexato, por exemplo, é um conhecido 
abortivo em doses elevadas, mas usado com 
frequência para psoríase e artrite reumatoide. Nas 
doses geralmente usadas para essas doenças, o 
metotrexato não tem efeito teratogênico 
observado, podendo ser administrado mesmo 
durante a gravidez. 
Outro exemplo de uso frequente em obstetrícia é o 
fluconazol, que em doses elevadas está associado 
a uma síndrome dismórfica, mas quando 
observada a prescrição frequente de 150 mg para 
infecções vaginais por Candida, é desprovido de 
risco teratogênico. 
A dose de radiação utilizada na maioria dos 
procedimentos diagnósticos, em geral é muito 
pequena, o que permite a tranquilização de uma 
mulher após inadvertida exposição durante a 
gravidez. 
Genótipo maternofetal: a heterogeneidade 
genética, tanto da mãe como do feto, pode conferir 
maior suscetibilidade ou resistência à 
manifestação de um determinado agente. 
Os defeitos de fechamento do tubo neural (espinha 
bífida) são um bom exemplo de defeitos, nos 
quais a suscetibilidade genética é um importante 
fator e pode ser identificada pela história familiar 
de recorrência dessa malformação. 
USO DA NICOTINA EM GESTANTES: 
CONSEQUÊNCIAS NEUROLÓGICAS 
GRAVES PARA O FETO 
A nicotina é considerada um grave problema de 
saúde pública, sendo uma das principais causas de 
doença e morte no mundo. 
usuárias grávidas vem apresentando 
consequências negativas e indesejáveis, tanto para 
a mãe, e principalmente para o feto. 
Os principais efeitos neurológicos dessa 
substância no feto e em recém-nascidos: 
a mãe ao tornar o feto em um fumante passivo, 
acarreta lesões neurológicas provocando 
malformações no Sistema Nervoso Central, 
diminuindo o número de células neurais, que podedesenvolver defeitos momentâneos e/ou 
irreversíveis no tubo neural, induzindo uma 
teratogênese na neurulação, exencefalia, causando 
até uma microcefalia. 
o tempo mais vulnerável para esse problema é 
durante o segundo e terceiro semestre. Com essa 
exposição durante a gestação repercute danos 
enquanto recém-nascido, como alteração no 
desenvolvimento psicomotor, defeitos na 
noradrenalina e dopamina, e patologias, epilepsia, 
câncer e morte cerebral. 
Assim conclui que a nicotina é um agente 
neuroteratógeno, onde as implicações podem ser 
tão sérias que pode ocorrer à morte súbita na 
infância. A síndrome da morte súbita seria pelo 
fato da não redistruibuição do fluxo sanguíneo 
para o cérebro e coração ou pela exposição da 
medula adrenal do feto à nicotina, que acarreta na 
perda da capacidade de resposta a hipóxia. 
Paralelamente a isso é inadiável a instrução para 
os profissionais de saúde sobre o controle do 
tabagismo/nicotina, bem como as gestantes serem 
cientes desse problema 
CASOS DE MICROCEFALIA ASSOCIADOS 
AO ZIKA VÍRUS 
A zika é uma doença causada pelo ZIKV, do 
gênero Flavivirus, o qual foi obtido em 1947 do 
sangue de um macaco rhesus com sintomas de 
febre na floresta Zika. 
Devido a constatações de médicos foi detectada 
uma possível associação entre infecção 
intrauterina pelo ZIKV e microcefalia precoce. 
Tal achado é explicitado no aumento do número 
de casos de neonatos acometidos com 
microcefalia nas principais áreas afetadas pelo 
ZIKV 
O ZIKV chegou no Brasil no ano de 2014, 
propagando-se, principalmente, na região 
Nordeste e continua disseminando-se ao restante 
do território brasileiro pela fêmea do mosquito 
Aedes aegypti, devido a temperaturas propícias 
que favorecem o habitat ideal para proliferação do 
agente transmissor. 
Já a microcefalia é uma anomalia congênita com 
etiologia complexa e multifatorial caracterizada 
pelo perímetro cefálico da criança inferior a dois 
desvios-padrão da média para a idade gestacional 
ou menor que 32 cm. 
A correlação entre o ZIKV e os casos de 
microcefalia em recém-nascidos demonstra a 
necessidade de um diagnóstico clínico preciso 
pela medição acompanhada após o nascimento. 
Em virtude da alta incidência de microcefalia 
associada ao ZIKV, faz-se necessário o controle 
vetorial e o seguimento dos protocolos do 
Ministério da Saúde como o estímulo precoce às 
crianças diagnosticadas. É percebido, ademais, a 
necessidade de mais estudos acerca do tema em 
questão que enfatize o desenvolvimento de 
técnicas diagnósticas, a patogênese da infecção 
pelo ZIKV no SNC e os possíveis tratamentos. 
PALAVRAS-CHAVE: Microcefalia; zika vírus; 
Brasil. 
APLICAÇÃO DO MÉTODO PADOVAN EM 
UM PACIENTE COM SINDROME 
CONGENITA DO ZIIKA VÍRUS 
o vírus Zika (ZIKV) foi identificado como um dos 
agentes etiológicos da microcefalia no Brasil. A 
Organização Mundial da Saúde (OMS) define 
microcefalia como um quadro onde o perímetro 
cefálico apresenta-se igual ou inferior a 31,9cm 
para meninos e igual ou inferior a 31,5cm para 
meninas nascidos a termo. 
A microcefalia causada pelo ZIKV pode causar 
algumas alterações, como deficiência intelectual, 
paralisia cerebral, epilepsia, dificuldade de 
deglutição, anomalias dos sistemas visual e 
auditivo, além de distúrbio do comportamento. 
O método Padovan é indicado para essa 
população, pois é uma terapia que habilita e 
reabilita o Sistema Nervoso estimulando a 
neuroplasticidade. 
Metodologia: estudo realizado na clínica escola de 
Fisioterapia da Estácio FMJ. A terapia com o 
método Padovan foi realizada duas vezes por 
semana com um paciente do sexo masculino de 1 
ano e 7 meses que apresentava atraso no 
desenvolvimento neuropsicomotor. 
Resultados: Após 40 atendimentos utilizando o 
Método Padovan, o paciente apresentou evolução 
nos seguintes aspectos: diminuição da hipertonia 
dos membros inferiores em relação a sua primeira 
avaliação, desenvolvimento do controle cervical e 
torácico, conseguindo acompanhar objetos com o 
olhar, início do rolar, e passou a sentar-se sozinho 
sem apoio e, no momento, já fica em pé e realiza 
passos com ajuda da mãe, balbucia, solta gritos, 
segura objetos e os leva a boca. 
Conclusão: conclui-se que após 40 atendimentos, 
o método Padovan mostrou positivo para a 
reabilitação do desenvolvimento neuropsicomotor 
do paciente, sugerindo ser uma terapia eficaz 
como estimulação precoce em crianças que 
possuam microcefalia decorrente do vírus Zika. 
PALAVRAS-CHAVE: Fisioterapia, Microcefalia 
e Estimulação precoce. 
A NEURODEGENERAÇÃO NA SÍNDROME 
ALCÓOLICA FETAL 
A Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) ou o distúrbio 
de desenvolvimento neural associado ao álcool 
(DDNA) aplica-se a crianças cujas mães fizeram a 
ingestão de álcool durante a gravidez, e por 
consequência desenvolveram distúrbios fetais 
relacionados ao neurodesenvolvimento, incluindo: 
retardo mental, deficiências em capacidade 
cognitiva, atenção, função executiva, controle 
motor e comportamento. 
Objetivo: Ressaltar que a exposição pré-natal ao 
consumo excessivo, regular ou mesmo o consumo 
excessivo episódico de álcool pode danificar o 
sistema nervoso de forma a causar distúrbios 
mentais, de desenvolvimento embrionário, em 
problemas cognitivos e comportamentais, além do 
déficit intelectual, pode ser evidenciado a 
malformação facial e retardo considerável de 
crescimento. 
Com base nos estudos realizados se pode notar 
que a exposição ao álcool traz agravos também à 
saúde da mãe, como doenças cardiovasculares, 
depressão e distúrbios neurológicos, no entanto, a 
literatura mostra um maior risco para o feto como 
o crescimento intrauterino restrito (CIUR), retardo 
no neurodesenvolvimento, microcefalia, aborto 
espontâneo, prematuridade e baixo peso ao nascer. 
O uso de álcool entre as mulheres em idade fértil é 
causa evitável de anomalias congênitas e 
deficiências de desenvolvimento 
neuroembrionários. 
Dessa forma, para prevenir a SAF é aconselhável 
evitar o uso do álcool na gestação, visto que não 
há doses mínimas a serem definidas que garantam 
o saudável desenvolvimento do embrião. 
PALAVRAS-CHAVES: Alcoolismo; Síndrome 
alcóolica fetal; Gravidez 
PRÍOS E ENCEFALOPATIAS 
ESPONGIFORMES 
INTRODUÇÃO: Príons, Priões são moléculas 
proteicas que possuem propriedades infectantes, 
que ficam localizadas no cérebro, responsável 
pelas encefalopatias espongiformes, doenças 
caracterizadas por desordens degenerativas do 
Sistema Nervoso Central (SNC), que acomete 
humanos e animais. 
são doenças que por destruírem o SNC leva o 
individuo a morte. 
Atualmente existe 4 tipos de encefalopatias 
espongiformes que acometem o homem, Kuru, 
doença de Creutzfeldt-Jacob, síndrome de 
Gerstmann-Straussler Scheinker e insônia familiar 
fatal, todas podem causar danos irreversíveis no 
SNC levando a morte. 
PALAVRAS-CHAVE: Príons; encefalopatias, 
doença príonica. 
TALIDOMIDA 
Sintetizada pela primeira vez em 1954 
Alcançou grande sucesso a partir do final de 1957 
como sonífero e antiemético 
ela induzia a um sono profundo e prolongado. 
Foi detectada naquela época sua baixa toxicidade 
Os experimentos realizados em ratos e coelhos 
não mostraram taxas de letalidade significativas, 
mesmo com o uso de altas doses 
O produto foi "anunciado pela empresa como 
'inteiramente atóxico' 
era consumido sem prescrição médica 
Logo os danos gerados pela ingestão da 
talidomida começaram a surgir. Tonturas e 
neuropatia periférica foram efeitos adversos 
observados entre os que ingeriram o produto e, 
posteriormente, comprovou-se que a focomelia em 
recém-nascidos era fruto da iatrogenia 
medicamentosa. 
Efeitos colaterais apareceram em milhares de 
crianças, chamadas de "bebês da talidomida", 
porque suas mães, nos meses iniciais de gestação, 
ingeriram a droga, sobretudo, para alívio do 
desconfortodos enjoos matinais. 
Focomelia, nome dado pela semelhança daquelas 
crianças com as focas: eram as crianças que 
nasciam, com o desenvolvimento defeituoso dos 
ossos longos dos braços e pernas e cujas mãos e 
pés variavam entre o normal e o rudimentar" 
No Brasil, a talidomida começou a ser 
comercializada em março de 1958, tendo sido 
relatados os primeiros casos de malformações a 
partir de 1960. 
O medicamento continuou sendo vendido em 
nosso país como uma droga “isenta de efeitos 
colaterais”, até junho de 1963. 
Entre 1963 e 1965, a talidomida foi banida de 
quase todo o mundo. 
Mecanismos de teratogênese da talidomida: 
(i) diminuição da expressão de vários receptores 
de superfície ligados à adesão celular, causando 
alterações na comunicação intercelular e destas 
com a matriz extracelular, inibindo a 
diferenciação cartilaginosa (condroblastos em 
condrócitos), pré-requisito para a ossificação 
endocondral. 
(ii) induz a apoptose de células embrionárias: 
Estudos moleculares recentes indicam que as 
malformações de membros resultam em aumento 
da morte celular induzida pela talidomida durante 
o desenvolvimento embrionário dos membros. 
(iii) inibir a síntese proteica: aumento da 
concentração de derivados de glutaramida no 
tecido fetal, inibidores da síntese proteica. 
(iv) libera radicais livres que mutam o DNA: 
reação direta com o DNA embriônico, provocando 
danos oxidativos mediante liberação de radicais 
livres. 
Os autores demonstram que o estresse oxidativo 
gerado pela talidomida induz a sinalização de 
proteínas morfogenéticas ósseas (Bmps), protege 
PTEN ativo (gene supressor de tumor) da 
degradação proteossômica e isso resulta na 
supressão da sinalização Akt. 
A proteína quinase Akt protege as células contra 
a apoptose mediada por caspase, e é necessária 
para a sobrevivência celular. Com a supressão da 
sinalização Akt, há estímulo de morte celular 
dependente de caspase. 
(v) inibe os genes responsáveis pela angiogenese 
dos membros: capacidade de ligação dos 
metabólitos ativos da talidomida a sítios 
promotores G-C dos genes responsáveis pela 
angiogênese dos brotos dos membros, inibindo a 
transcrição desses genes, levando à interrupção do 
desenvolvimento dos membros por falta de aporte 
vascular. 
Malformações e/ou perda auditiva e oculares são 
muito comuns. 
Anormalidades neurológicas mais com uns são 
surdez e paralisia de nervos faciais, porém alguns 
estudos mostram retardo mental em 6,6% dos 
indivíduos afetados. 
Hemangioma na linha média da face e fenda labial 
e/ ou palatina são relatadas com mais frequência 
em vítimas da talidomida que na população em 
geral. 
Entre as anormalidades de órgãos internos, são 
frequentes as anormalidades de laringe, traqueia e 
lobulação dos pulmões. 
Cardiopatia congênita ocorre com considerável 
frequência e é a principal causa de morte. Entre as 
anomalias cardíacas estão os defeitos do septo 
ventricular, coarctação da aorta e tetralogia de 
Fallot. 
RETINOIDES 
Os compostos naturais e sintéticos que possuem 
uma estrutura química ou propriedades funcionais 
similares às da vitamina A são chamados de 
retinoides. 
Retinoides em excesso durante a gravidez, assim 
como uma dieta deficiente em vitamina A, são 
agentes teratogênicos. 
Tanto a vitamina A (retinol, ácido retinoico) como 
seus principais derivados sintéticos (isotretinoína 
e etretinato) apresentam efeitos teratogênicos e 
embriotóxicos 
Mecanismos da ação teratogênica dos retinoides: 
Interferem diretamente na atividade e migração 
das células da crista neural cranial durante o seu 
desenvolvimento, levando, portanto a 
malformações em estruturas crânio-faciais, 
tímicas, cardíacas e do sistema nervoso central 
(SNC). 
A vitamina A é lipossolúvel; 
É necessária para a visão e para o crescimento e 
manutenção das células epiteliais. 
Ocorre sob duas formas na natureza: 
 derivada de animais, sendo ingerida pela 
alimentação, em óleos de peixes e fígado, 
devendo então ser consumidos com 
moderação durante a gravidez. 
 encontrado em alguns vegetais e ingerido 
também pela alimentação, como 
provitamina A ou ß-caroteno, precursor da 
vitamina A 
A provitamina A é convertida no organismo 
ao retinol, conforme a necessidade individual, 
sendo o consumo de provitamina A 
considerado seguro durante a gravidez. Altas 
doses de ß-caroteno não aumentam a 
concentração sérica de retinol, 
As vitaminas cruzam a membrana placentária 
e são essenciais para o desenvolvimento 
normal do feto. 
A deficiência de vitamina A no período 
gestacional está fortemente associada à 
imunodepressão e à alta mortalidade fetal 
causada por doenças infecciosas respiratórias, 
sarampo e diarreia. 
Entretanto, é imprudente a exposição 
prolongada a grandes doses dessas 
substâncias. A vitamina A acumula-se no 
embrião. A concentração endógena dos 
metabólitos da vitamina no soro da mulher 
grávida é reduzida durante o primeiro 
trimestre, e durante a segunda metade da 
gestação essa concentração aumenta cerca de 
150% em relação a mulheres não grávidas. 
O organismo possui um mecanismo de 
transporte e depósito que mantém a vitamina 
A em uma forma não tóxica, ligada a 
proteínas. Desde que essa capacidade de 
depósito não seja excedida, não se observa 
aumento de malformações congênitas. 
ÁCIDO FÓLICO 
O ácido fólico é uma vitamina do complexo B, 
essencial a uma gravidez saudável. 
O ácido fólico é necessário para a síntese de 
purinas e do timidilato, tornando-se essencial para 
a síntese dos ácidos desoxirribonucleico (DNA) e 
ribonucleico (RNA), sendo elemento fundamental 
na eritropoiese. 
O ácido fólico também é indispensável na 
regulação do desenvolvimento normal de células 
nervosas, na prevenção de defeitos congênitos no 
tubo neural e na promoção do crescimento e 
desenvolvimento normais do ser humano. 
Ele impede o fechamento prematuro do tubo 
neural 
Tem importante papel na produção e manutenção 
de novas células, maturação e formação de 
glóbulos vermelhos e brancos na medula óssea. 
A deficiência de ácido fólico está associada ao 
aumento de defeitos do tubo neural (DTN) no feto 
e à anemia megaloblástica na mãe7-11. Há 
evidências suficientes de que a suplementação de 
ácido fólico no início da gestação reduz em até 
75% o risco de o bebê nascer com DTN. 
A partir destas evidências, a Organização Mundial 
de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde do 
Brasil (MS) recomendam a dose de 400µg 
(0,4mg), diariamente, por pelo menos 30 dias 
antes da concepção até o primeiro trimestre de 
gestação para prevenir os defeitos do tubo neural e 
durante toda a gestação para prevenção da anemia. 
E para as mulheres com antecedentes de 
malformações congênitas o MS recomenda a dose 
de 5 mg/dia a fim de reduzir o risco de recorrência 
de malformação5.

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