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A Teoria Econômica Keynesiana

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Universidade Federal de Pernambuco
A Teoria Econômica Keynesiana
Pedro Henrique Felix Amorim Ramos
Recife, março de 2021
Introdução
Esse trabalho aborda a teoria keynesiana, teoria essa que surgiu através do economista inglês John Maynard Keynes, considerado por muitos o maior economista do século XX, por ter através dos seus escritos revolucionado e criado um campo de estudo dentro das ciências econômicas. Por isso este trabalho se inicia com uma breve biografia de Keynes e o contexto mundial a época que surgiu suas ideias foram publicadas.
Como contrapeso as ideias keynesiana também será abordado nesse trabalho algumas críticas feitas por economistas as falhas da teoria, além das contribuições do economista inglês que perduram ate os dias de hoje
Biografia de Keynes
Considerado “O pai da macroeconomia” Keynes nasceu em 1883 na cidade de Cambridge no Reino Unido, oriundo de uma família de grandes intelectuais como o seu pai, John Neville Keynes que foi um renomado economista em sua época. Estudou na Universidade de Cambridge, onde anos depois também lecionou, em seu período como estudante foi aluno dos economistas neoclássicos Alfred Marshall e Arthur Pigou.
Além de professor Keynes desempenhou outras funções durante a sua vida. Adquiriu fortuna como especulador, foi escritor, mecenas, membro do corpo administrativo do Banco da Inglaterra e foi o principal representante do Ministério da Fazenda inglês na conferência da paz que ocorreu em 1919 com o termino da Primeira Guerra Mundial.
Contexto Histórico
Keynes bebeu bastante das ideias da escola Institucionalista Norte-americana, principalmente da necessidade de ter uma visão agregada da economia que foi iniciada pelos economistas institucionalistas, outra influência dessa escola no pensamento keynesiano foi a descrença na capacidade da teoria neoclássica em descrever a realidade econômica de forma fidedigna. Especialmente após a crise de 1929, crise essa que foi a época a maior crise já presenciada e persistiu durante a década de 1930.
A crise de 1929 endossou e pôs por terra muito preceitos e leis da economia neoclássica que vigoravam a época. Por isso, no início dos anos 30 muitos economistas passaram a defender programas econômicos em que o governo estimula a economia diretamente, como a geração do emprego público para assim estimular a geração de renda e suprir a falta de investimento que era vivido a época, ideias essas que levaram ao plano econômico New Deal do governo americano para combate a estagnação causada pela crise de 1929. Porém, Keynes foi o responsável por formalizar e sumarizar essas e outras ideias em sua famosa obra A Teoria Geral do Juro do Emprego e da Moeda.
Principais ideias da Teoria Keynesianas
Teoria do emprego
Keynes rejeitava a teoria do emprego neoclássica, pois segundo os neoclássicos não haveria desemprego involuntário, ou seja, os trabalhadores que se encontram desempregados estão nessa situação pois não querem trabalhar nos empregos existentes ou não aceitaram a condição salarial menor que permitiria as firmas contratarem mais mão-de-obra. Um dos argumentos para quebra desse paradigma neoclássico foi a crise de 1929, no qual muitos trabalhadores desempregados buscavam empregos mesmo com baixa remuneração e não encontravam. Keynes também argumentou que os salários não eram flexíveis, mas rígidos, pois os acordos feitos com os sindicatos e leis de salário mínimo não permitem uma diminuição dos salários pagos aos trabalhadores em tempos de crise. Assim se torna impossível haver um equilíbrio de pleno emprego no longo-prazo, pois os salários não se ajustam rapidamente. Com isso, o sistema capitalista flutua entre o pleno emprego e desemprego amplo. 
Determinação da renda e função consumo
Outra lei rejeitada por Keynes era a ideia empregada pela chamada lei de Say, na qual afirma que toda oferta gera sua própria demanda. Essa concepção era aceita pelos econômicas, dos clássicos aos neoclássicos, acreditando assim que todos os salários pagos aos trabalhadores era gasto com consumo e que, caso essa renda não fosse empregado para consumo seria necessariamente usada para realizar novos investimentos, no qual os empresários empregariam essa renda para aumentar a produção e os poupadores receberiam como prêmio um ganho extra. Para Keynes não há relação direta entre poupar no presente para consumir no futuro.
Para Keynes a renda é o único determinante do nível de consumo, diferente dos clássicos que consideravam a taxa de juros um determinante do consumo, pois para os clássicos, em caso de uma taxa de juros mais elevada as pessoas irão preferir poupar a consumir. Na função de consumo keynesiana há um consumo autônomo e a propensão marginal a consumir, propensão essa que se encontra entre 0 e 1. Pois, em caso de ganho monetário adicional parte será gasta com consumo e parte será poupada.
C = c0 + cy c0 > 0, 0 < cy > 1
Argumento que a medida que o nível de renda aumenta a propensão media (PMC) a consumir diminuiu, ou seja, a medida que os países ficam mais ricos as famílias passam a consumir menos.
PMC = c0/y + c
Demanda efetiva
O primeiro a observar um problema na lei de Say foi o economista inglês Thomas Malthus, que em sua obra Principles of Political Economy descreveu que os salários pagos aos trabalhadores eram apenas de subsistência, não sendo suficiente para comprar toda produção, sendo necessário que os proprietários de terra não retenham grande fração da moeda, mas a usem para chamado consumo não produtivo e que até mesmo as guerras seriam positivas para evitar uma crise de superprodução. 
Keynes aprimorou essa ideia, no qual a demanda efetiva seria o determinante da renda nacional. Porem a demanda efetiva deve ser igual a produção para manter o nível de investimento e emprego, caso contrário haverá uma crise de superprodução. No qual, a produção das empresas não será vendida, levando assim as firmas a demitir os funcionários e consequentemente diminuir a produção. Para evitar isso se faz necessário que nesse caso o Estado gaste a parte da renda que não foi usada na economia para manter o nível de emprego.
De = C + I + G
Investimento, taxa de juros e poupança
Keynes considerava investimento a compra de bens de capital fixo que tem como objetivo aumento da produção, não considerando compra de ações e outros títulos no mercado financeiro como investimentos propriamente dito, para a teoria keynesiana isso seria apenas uma recomposição da poupança.
O principal determinante de investimento são as expectativas dos capitalistas, sendo essas expectativas de curto e longo prazo. As expectativas de curto prazo são mais fáceis de serem mensuradas, já as de longo prazo sofrem com uma grande incerteza sobre as leis e o cenário político e econômico futuro.
Outros determinantes seriam as expectativas da eficiência marginal do capital (EMgK) e das taxas de retorno (lucro) do investimento sobre a taxa de juros do empréstimo tomado para investir. Os investimentos só ocorrem se a EMgK for ≥ que a taxa de juros de tomar empréstimo para investir. Em caso de expectativas de aumento dos custos a EMgK diminui. Isso implica que o investimento futuro irá cair, ou seja, a poupança gerada hoje não será totalmente investida, pois mesmo que a taxa de juros para tomar empréstimo diminua, ela terá que ficar menor que a EMgK. Nesse caso para que ocorra um nível de investimento que se iguale ao estoque de poupança existente será necessária a atuação do Estado, pois a expectativa dos investidores não proporciona esse nível de investimento.
Logo, o excesso de retenção de moeda em forma de poupança acaba gerando crises econômicas. Devido à falta de investimentos que se converte em trabalhadores desempregados e maquinário ocioso.
Keynes rejeitou a teoria neoclássica sobre taxa de juros, para os neoclássicos a taxa de juros era determinada pelo nível de poupança existente e a quantidade desta mesma poupança que as firmas precisarão tomar para realizar os seus investimentos. Segundo a teoria Keynesianaa taxa de juros é determinada pela relação de oferta e demanda por moeda. No qual, a demanda é determinada pela preferência pela liquidez, quanto maior for a preferência pela liquidez mais os agentes tendem a entesourar moeda, o que leva a uma maior taxa de juros.
Críticas as Ideias Keynesianas
As políticas anticíclicas que o Estado deve financiar encontram limites orçamentários, pois apesar da ação do estado manterem o nível de emprego e gerarem maior consumo elas precisam ser financiadas de alguma forma, Keynes descreveu duas maneiras de financiá-las:
1. Política monetária: No qual para incentivar o aumento do investimento o Banco Central reduziria a taxa de juros. Porem há limites em reduzir o nível da taxa de juros, pois ao injetar mais dinheiro na economia as pessoas passam a entesourar o dinheiro, não reduzindo a taxa de juros. Ou seja, acaba caindo na armadilha da liquidez;
2. Política fiscal: Em suma o aumento dos gastos do governo para suprir a falta de investimentos privado, porem para aumentar os gastos o Estado precisa aumentar sua carga tributária.
Essas medidas levam ao déficit público e consequentemente endividamento do Estado, o que pode acabar gerando um processo inflacionário. Ou seja, a política anticíclica keynesiana passa a ser a causa da crise.
Outras críticas tecidas ao pensamento Keynesiano é o enfoque no curto prazo e a negligencia a capacidade de novas tecnologias aprimorarem a produção.
Contribuições da Teoria Keynesiana para as Ciências Econômicas
A teoria Keynesiana revolucionou o estudo da macroeconomia aumentando a importância desta área dentro das ciências econômicas. As ideia e conceitos keynesianos como o de eficiência marginal do capital, da poupança e do investimento passaram a fazer parte da ortodoxia econômica.
Bibliografia
GENNARI, Adilson Marques, História do Pensamento Econômico. São Paulo: Saraiva, 2009.
BRUE, Stanley L., História do Pensamento Econômico. 6ª edição. São Paulo: Thomson Learning, 2006.
LIMA, Jandir Ferreira e PITAGUARI, Sinival Osorio, As ideias keynesianas e o crescimento do produto nas economias locais. Interações – Revista Internacional de Desenvolvimento Local, Campo Grande, v. 6, n. 10, p. 11-20, Mar. 2005. 
MANKIW, N. Gregory, Macroeconomia. 8ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 2015.

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