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Escola Institucionalista norte-Americana

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Universidade Federal de Pernambuco
Escola Institucionalista norte-americana
Pedro Henrique Felix Amorim Ramos
Recife, março de 2021
Introdução
Esse trabalho se debruça em apresentar as principais ideias da Escola Institucionalista Norte-americana e como ela surgir em um dos principais momentos para a economia americana.
No decorrer do trabalho, os três principais pensadores dessa escola e suas ideias sobre economia também será abordada, além de uma análise das principais contribuições desta escola para as ciências econômicas.
A Escola Institucionalista norte-americana surgiu em 1900 com a publicação do primeiro livro do economista Throstein Veblen, que apesar de ser da Escola Histórica também é considerado o “pai” da Escola Institucionalista norte-americana.
A Escola Institucionalista Norte-americana priorizava o estudo agregado da economia em detrimento do indivíduo maximizador neoclássico, para analisar a economia agregadamente as instituições e como elas evoluem com o passar do tempo devem ser o norte da análise econômica, Instituições são os conjuntos de costumes, hábitos, leis e cultura da sociedade. Para os economistas institucionalista apenas a econômica não tem essa capacidade, sendo necessário auxiliar-se de conhecimentos advindos da história, ciência política e sociologia.
Grandes críticas as ideias marginalistas e neoclássicas foram tecidas pelos institucionalistas: 
· Rejeitavam o utilitarismo de Jeremy Bentham na análise econômica e sua concepção de maximização de bem-estar e minimização da dor;
· Segundo eles o livre-mercado não tem a capacidade de levar a melhor alocação de recursos, sendo necessária a ação do Estado para atingir esse objetivo através da regulação dos mercados e da distribuição de renda;
· Inexistência de um equilíbrio harmônico entre os agentes, o que leva a crises econômicas, crises essas que são naturais em uma economia capitalista e que são resolvidas através da intervenção do Estado.
Origem e Contexto Histórico
No período que compreende o final da guerra de secessão e a primeira guerra mundial os EUA passaram por for fortes transformações socioeconômicas, o fim da escravidão proporcionou um grande contingente de trabalhadores assalariados para trabalhar nas indústria, a marcha para o oeste fez aumentar a malha ferroviária e a demanda por produtos manufaturados. Com isso forte crescimento industrial tornou os EUA a maior potência econômica mundial. Apesar da forte pujança econômica, esse não se refletia na vida dos trabalhadores que viviam em péssimas condições laborais, alto desemprego, baixas aposentadorias e péssimo acesso a serviços de saúde e acesso à educação superior. Também houve um aumento dos monopólios no período e a ideia de livre-mercado não passava dos textos da teoria neoclássica, já que haviam muitas políticas que concediam subsídios e proteção setoriais as empresas.
Esse ambiente levou muitos economistas a refletirem sobre a infidelidade da teoria neoclássica com a realidade econômica americana. Neste cenário surgiu a Escola institucionalista norte-americana com o objetivo de melhorar as condições sociais preservando o capitalismo, mas realizando reformas que melhorem a vida dos trabalhadores.
Principais Pensadores 
Throstein Veblen 
Considerado o fundador da escola institucionalista. Veblen foi um forte crítico da chamada classe ociosa e de seu consumo conspícuo. O consumo conspícuo é o consumo em larga escala de bem que tem como único objetivo demonstrar poder e riqueza. A classe ociosa por ser dominante acaba impondo esse tipo de consumo a classe trabalhadora que passa a buscar bens apenas para se esbanjar, Veblen defendia que o Estado deveria intervir proibindo o consumo conspícuo.
Para Veblen as mudanças institucionais ocorrem de forma semelhante a evolução das espécies, no qual através de uma certa seleção natural os hábitos e costumes mais adequados sobrevivem e, a sociedade acaba se adaptando a essa nova conjuntura. essas mudanças sociais representam o desenvolvimento da sociedade.
Foi um grande crítico da teoria neoclássica, afirmava que a teoria neoclássica era na verdade composta por dogmas que deveriam ser seguidos de modo a manter o status quo dos empresários. Algumas das críticas tecidas por Veblen foram:
· rejeitava a ideia de que os consumidores são soberanos na determinação do que consumem e de como esses produtos são alocados e que esses consumidores não são guiados pelo utilitarismo na hora de escolher sua cesta de consumo.
· Segundo ele a ideia de concorrência perfeita era uma falácia, pois fica notório a existência de monopólios e o uso da propaganda por parte dos monopolistas para incentivar o consumo dos bens que eles produzem.
Veblen afirmava que o interesse dos monopolistas difere dos interesses da sociedade, para os monopolistas o que importa é auferirem lucros cada vez maiores, e para atingirem esse objetivo muitas vezes os monopolistas diminuem a produção para aumentar os lucros, em detrimento dos interesses da sociedade que deseja preço menores e mais empregos
Veblen era um tecnocrata convicto, propunha um conselho formado por técnicos, sobretudo constituído por engenheiros que através de decisões técnicas iriam gerir as indústrias e a sociedade, no qual através dessas decisões seria obtido pleno o bem-estar social. 
Wesley Clair Mitchell
Foi aluno de Veblen, defendia que a economia é uma ciência que estuda o comportamento humano e para analisar esse comportamento os economistas devem dar maior ênfase a métodos quantitativos, por isso em suas pesquisas Mitchell priorizava a estatística e o empirismo.
Realizou seu principal estudo sobre os ciclos econômicos, no qual ele chegou a as seguintes conclusões: 
1. A interdependências das empresas, no qual as firmas de todos os setores estão conectadas umas com as outras, assim sendo impossível uma empresa prosperar ou falir sem influenciar ou ser influenciada pelas outras;
2. As instabilidades são geradas pelas próprias expectativas por lucro, sendo o lucro o objetivo principal das firmas em uma economia capitalista. Logo, as empresas realizam seus investimentos baseado na expectativa dos lucros;
3. As crises são inerentes ao sistema capitalista, ou seja, períodos de crises são algo natural no capitalismo.
Sucintamente Mitchell descrevia o ciclo econômico da seguinte forma: O período de crescimento se inicia logo após uma recessão quando as empresas começam a auferir maiores lucros, pagam maiores salários e as expectativas aumentam fazendo as empresas aumentarem os investimentos, consequentemente há uma maior produção, e por último os preços começam a subir e a expectativa por preços ainda maiores também. Entretanto, devido ao aumento dos custos causado pelo aumento dos investimentos e pela contratação de trabalhadores menos produtivos os custos passam a ser maiores que os lucros; além disso, os preços não continuam a subir devido a maior produção. Com isso, surge a crise. Com o tempo as mesmas forças que levaram a recessão levam a bonança, pois os empresários passam a cortar o máximo possível os custos e os salários também caem visto que os trabalhadores improdutivos ficam desempregados, assim os custos se equiparam a os preços.
Mitchell defendia um planejamento social por parte do Estado como medida de combate as instabilidades econômicas, pois segundo ele durante a história dos EUA muitos planejamentos nacionais foram bem sucedidos, logo o planejamento social era inevitável para a manutenção da estabilidade econômica.
John Kenneth Galbraith
Galbraith assim como seus contemporâneos da Escola Institucionalista teceu grandes críticas a teoria neoclássica, segundo ele a teoria neoclássica seria obsoleta em representar a realidade econômica da sociedade e só sobrevive devido a tradição consolidada de ser ensinada nas universidades.
Assim como Mitchell e Veblen não acreditava na soberania dos consumidores, mas sim as grandes empresas que decidem o que querem produzir e em seguida produzem uma serie de propagandas para os consumidorespassarem a desejar aqueles produtos. Para Galbraith isso seria um problema pois assim os consumidores diminuem a demanda por bens públicos. Logo, para Galbraith seria necessário taxar bens e serviços produzidos pela iniciativa privada para financiar bens e serviços públicos como escolas e estradas.
Na sua ideia de teoria da firma Galbraith descreve que as grandes empresas não são mais geridas pelos seus proprietários, pois os proprietários passaram a ser os proprietários das ações, sendo as empresas geridas por executivos que não tem como objetivo maximizar o lucro dos acionistas, mas sim dois objetivos que ele chamou de proposito protecionista e proposito positivo.
Proposito protecionista seria fazer com que a empresa obtenha lucros suficientes para continuar viva no mercado e deixar seus acionistas satisfeitos; Já a o proposito positivo seria o crescimento da corporação com o aumento produção e das vendas.
Para Galbraith diferente da teoria neoclássica os oligopólios não diminuem os preços de modo a auferirem os maiores lucros, mas reduzem os preços e realizam ações como propaganda e adquirem outras empresas com a intenção de obter maior poder de mercado. Sendo esses dois propósitos realizados pelos executivos com o objetivo de maximizarem sua utilidade, que seria manterem seus empregos e cargos.
Contribuições da Escola Institucionalista norte-americana para as Ciências Econômicas
Os institucionalistas deram maior importância para as necessidades e demandas sociais dos trabalhadores como as políticas de salário mínimo e manutenção dos empregos. Ênfase nas instituições, no qual atualmente economistas ortodoxos estudam a lógica econômica das instituições e sua importância para a sociedade e o olhar agregado para economia como defendiam os institucionalistas passou a ser uma realidade depois do surgimento da macroeconomia com John M. Keynes. 
Bibliografia
GENNARI, ADILSON MARQUES, História do Pensamento Econômico. São Paulo: Saraiva, 2009.
BRUE, STANLEY L., História do Pensamento Econômico. 6ª edição. São Paulo: Thomson Learning, 2006.

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