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RESUMO Da arte brasileira de ler o que não está escrito

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Da arte brasileira de ler o que não está escrito
Cláudio de Moura e Castro, VEJA, 08/10/1997
RESUMO
Primeiramente o autor relata a história de um jovem que provavelmente morava no interior e após concluir seu ensino médio foi para a capital ou outra cidade para dar continuação aos seus estudos, logo após a uma continuação mostra o que foi gerando um questionamento na sua vizinhança porque o jovem ainda estava estudando, pois para os vizinhos a única função da escola seria ensinar a ler. O autor tenta expor essa visão para a provocar uma concepção diferenciada sobre a leitura e seus diferentes tipos de compreensão. O autor faz um novo relato sobre cartas que recebeu de leitores da Veja apresentando que teria críticas até mesmo para as cartas elogiosas evidenciando a arte da leitura. Em vista do apresentado o autor mostra uma preocupação com a liberdade dos leitores com a interpretação devido aos leitores ignorarem as linhas e advinham as entrelinhas. E busca retratar que os leitores atribuem opiniões ao autor que ele nem tem nem quis dizer no texto e decidem que ele pensa assim e ficam aborrecidos com esses pensamentos mesmo que ele tenha uma ideia contraria as opiniões dos leitores. O autor não critica as opiniões dos leitores, mas mostra ficar indignado devido os leitores passarem por cima da lógica do escrito. E mostra ser essencial a participação correta da opinião pública pois não se consegue avançar na discussão, pois ficar afogado na indignação dos leitores. Um exemplo claro foi a apresentação da inviabilidade econômica de um sistema de saúde gratuito e universal que é preconizado pela constituição por consumir cerca de 40% do PIB, portanto inverossímil, mas ninguém é obrigado aceitar as afirmações. Há a possibilidade de discordar das ideias apresentadas, mas esta discordância deve ser feita dentro do que foi apresentado no texto. Curiosamente, grande parte das cartas não discordam do texto com base nos cálculos e argumentos, mas sim utilizam do xingamento como meio de discordância e crucificaram ou fuzilaram as autoridades. O ponto central do ensaio é criticar as regras e não as inevitáveis consequências. Os comentaristas mostram um conhecimento no uso adequado da língua portuguesa, mas não passam do texto literal Compreendem das regras da escrita, mas são cegos para as entrelinhas.

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