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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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ÍNDICE
Teorias Sociológicas da Criminalidade ............................................................................................................2
Teorias de Consenso ..........................................................................................................................................................2
Teorias de Conflito ............................................................................................................................................................4
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
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Teorias Sociológicas da Criminalidade
São também chamadas Teorias Macrossociológicas da Criminalidade, simplesmente Teorias cri-
minológicas, Escolas sociológicas do crime, ou, ainda, Escolas sociológicas ou teorias consensuais e 
conflitivas.
Teorias criminológicas, em geral, têm como objeto quatro elementos: a lei, o criminoso, o alvo e 
o lugar.
O estudo dos antecedentes históricos da Criminologia propicia uma análise do desenvolvimento 
do pensamento criminológico e das estruturas das principais teorias sociológicas da criminalidade, 
que se dividem basicamente em duas vertentes: de consenso e de conflito.
Teorias de Consenso
Escola de Chicago ou Teoria Ecológica
Surgiu nos anos de 1920 e 1930;
Prioriza as ações preventivas (programas sociais), reduzindo a repressão; (PENTEADO FILHO, 
2012)
Fundamental importância para o estudo da criminalidade das cidades (urbana);
Abandonou o paradigma, até então dominante, do positivismo criminológico, do delinquente 
nato de Lombroso, e girou para as influências que o ambiente e, no presente caso, que as cidades 
podem ter no fenômeno criminal;
Explica o efeito criminógeno da grande cidade, valendo-se dos conceitos de desorganização e 
contágio inerentes aos modernos núcleos urbanos.
Teoria da Anomia
Principal representante: Émile Durkheim;
Cunho funcionalista (a sociedade é a reprodução de um todo organizado e em funcionamento);
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Analisa o crime como fenômeno normal, não necessariamente um dado ruim, pois pode ajudar 
a sociedade a identificar seus valores; (PENTEADO FILHO, 2012)
A anomia é a crise ou perda da efetividade das normas e valores como consequência do rápido 
desenvolvimento econômico da sociedade e de suas alterações sociais que debilitam a consciência 
coletiva gerando um rápido aumento ou diminuição nas taxas médias da criminalidade.
Teoria da Associação Diferencial
Principal representante: Edwin Sutherland;
Os valores dominantes no seio do grupo social ensinam o crime;
Amplia a noção de influência biológica nos crimes; (PENTEADO FILHO, 2012)
O homem aprende a conduta desviada e a associa como referência;
Ao contrário do positivismo, que estava centrado no perfil biológico do criminoso, tal pensa-
mento traduz uma grande discussão dentro da perspectiva social;
Discorre sobre os crimes do colarinho branco (cifra dourada);
Parte da ideia segundo a qual o crime não pode ser definido simplesmente como disfunção ou 
inadaptação das pessoas de classes menos favorecidas, não sendo ele exclusividade dessas.
Teoria da Subcultura Delinquente
A subcultura é uma cultura associada a sistemas sociais e categorias de pessoas;
Identifica um tipo de criminalidade atribuído a grupos sociais bem definidos (grupos de 
minorias - hippies, punks, pacifistas etc.);
Sustenta três ideias fundamentais: o caráter pluralista da ordem social, a cobertura normativa da 
conduta desviada, e a semelhança estrutural, em sua gênese, do comportamento regular e irregular;
Defende o combate à criminalidade por meio de técnicas não convencionais, com investimentos 
na área de inteligência policial e especialização de delegacias. (PENTEADO FILHO, 2012)
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Teorias de Conflito
Teoria do Labelling Approach ou Etiquetamento ou Rotulação ou da Reação 
Social ou Teoria Interacionista
Surgiu nos Estados Unidos;
Expoentes: Ervinh Goffman e Howard Becker;
Seu objeto de investigação fixa-se nos processos de criminalização, em detrimento da pessoa do 
delinquente e do seu meio;
A incriminação não segue padrões objetivos, mas decorre de decisão unilateral dos detentores do 
poder, incriminando aqueles que estejam longe deste, do dinheiro ou sucesso (rótulos de delinquentes).
A tese central dessa corrente pode ser definida, em termos muitos gerais, pela afirmação de que 
cada um de nós se torna aquilo que os outros veem em nós e, de acordo com essa mecânica, a prisão 
cumpre uma função reprodutora: a pessoa rotulada como delinquente assume, finalmente, o papel 
que lhe é consignado, comportando-se de acordo com o mesmo;
Todo o aparato do sistema penal está preparado para essa rotulação e para o reforço desses papéis. 
(PENTEADO FILHO, 2012)
Teoria Crítica, Radical ou “Nova Criminologia”
Consolidou-se na década de 1970;
Principais representantes: Ian Taylor, Jock Young;
Inspirada nas ideias marxistas;
Vê todo o processo de estigmatização da população marginalizada, que se estende à classe traba-
lhadora, como algo preferencial do sistema punitivo, e que visa criar um temor da criminalização e 
da prisão, para manter a estabilidade da produção e da ordem social;
Alçou a sociedade capitalista à categoria de principal desencadeadora da criminalidade;
Destacam-se as correntes do neorrealismo de esquerda, do direito penal mínimo e do abolicio-
nismo penal, que apregoam a reestruturação da sociedade, extinguindo o sistema de exploração 
econômica;
Uma vertente diferenciada surge nos Estados Unidos, com a denominação “lei e ordem ou tole-
rância zero” (derivada da “broken windows theory” – “teoria das janelas quebradas”), a qual defende 
que pequenos delitos, quando tolerados, podem levar à prática de delitos mais graves, ou seja, os 
pequenos delitos devem ser rechaçados, o que inibiria os mais graves;
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Inspirada pela Escola de Chicago, dá um caráter sagrado aos espaços públicos, que devem ser 
tutelados e preservados. (PENTEADO FILHO, 2012)
EXERCÍCIOS
O movimento “Lei e Ordem” e a teoria das “janelas quebradas” (broken windows) defendem que 
pequenas infrações, quando toleradas, podem levar à prática de delitos mais graves.
01. O texto acima se refere à:
a) Criminologia Radical;
b) Defesa Social;
c) Tolerância Zero;
d) Escola Retribucionista;
e) Lei de Saturação Criminal.
02. O efeito criminógeno da grande cidade, valendo-se dos conceitos de desorganização e contágio 
inerentes aos modernos núcleos urbanos é explicado pela:
a) Teoria do Criminoso Nato;
b) Teoria da Associação Diferencial;
c) Teoria da Anomia;
d) Teoria do Imhelling Approach;
e) Teoria Ecológica.
03. A Teoria da Associação Diferencialdesenvolveu principalmente estudo sobre:
a) Delinquência juvenil.
b) Criminalidade de colarinho branco.
c) Criminalidade secundária produzida pela intervenção seletiva e estigmatizante do sistema 
oficial de controle do crime.
d) A reestruturação urbanística e arquitetônica como instrumento de prevenção da criminalidade.
GABARITO
01 - C
02 - E
03 - B

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