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INTRODUÇÃO A CIENCIAS SOCIAIS Émile Durkheim Dualidade dos fatos morais Tópicos retirados do livro toque de clássicos de Tania Quintaneiro. As regras morais são fatos sociais e mostram coisas agradáveis de que gostamos e que desejamos espontaneamente. A sociedade é nossa protetora, por isso, apreciamos tudo que ela preza. Somente uma sociedade constituída goza da supremacia moral e material indispensável para fazer a lei para os indivíduos; pois só a personalidade moral que esteja acima das personalidades particulares é que forma a coletividade. A sociedade, para Durkheim, é como se tivesse vida própria, que antecede e sucede os indivíduos, possui certa autoridade que mesmo constrangendo, os indivíduos amam. Lhe concede a humanidade. A constituição é periodicamente revisada por meios de reuniões com os indivíduos dando as opiniões, ritual esse que aproxima várias e várias pessoas por ter gostos parecidos, além disso, se assemelha com celebrações religiosas. Para ele, essas reuniões são responsáveis por manter a coesão e vitalidade desse grupo de pessoas. Coesão e solidariedade Durkheim acredita que temos duas consciências: 1) Individual, que é constituído de todos os estados mentais, mas que só se relacionam com nós mesmos e o 2) Revela em nós a mais alta realidade, um sistema de ideias e sentimentos que exprimem em nós e em nossos grupos que fazemos parte. Para ele, o objetivo da educação pública é constituir a consciência comum, formar cidadãos para a sociedade, o ensino precisa ser moralizador, libertar espíritos de egoísmos e interesses. Quanto mais extensa é a consciência coletiva, maior a coesão entre eles, por conta das similitudes. Os laços que unem os membros entre si e ao próprio grupo constituem a solidariedade, a qual pode ser orgânica ou mecânica: a) mecânica - Liga diretamente o indivíduo a sociedade, sem intermédio. É o chamado tipo coletivo, pois possuem crenças e comuns a todos os membros desse grupo. A coesão se deve pela similitude, pois as consciências são muito parecidas. Tipo de sociedade não organizada. b) orgânica - Derivada da divisão social do trabalho. Pessoas que têm uma esfera própria de ação, por isso, há uma interdependência entre todos, no qual, a função da divisão social do trabalho é unir. A função que o indivíduo representa é o que marca seu lugar na sociedade. Só existe indivíduos se tiver divisão do trabalho. Essas duas formas de solidariedade evoluem em razão inversa: enquanto uma progride, a outra se retrai, mas cada uma delas, a seu modo, cumpre a função de assegurar a coesão social nas sociedades simples ou complexas. O direito nas sociedades complexas, ou seja, onde tem a solidariedade orgânica, tem a função de regular as ações e as pessoas. A sansões: a) repressivas - que infligem ao culpado uma dor, uma diminuição, uma privação. b) restitutivas - que fazem com que as coisas e relações perturbadas sejam restabelecidas à sua situação anterior, levando o culpado a reparar o dano causado. O crime provoca uma ruptura do elo de solidariedade, pois fere a consciências da maioria das pessoas, na qual, a vingança é na mesma proporção do crime para que continue a vitalidade dos grupos já estabelecidos. As vezes, a pena ultrapassa os criminosos e afeta a família pelo uma forte paixão, incontrolável e irracional, que os ligam. A sociedade é, portanto, capaz de cobrar ações resolutas de seus membros tendo em vista a autopreservação, por isso pode exigir que, em nome dessa coesão, eles abdiquem da própria vida. Definição objetiva de suicídio – “todo caso de morte que resulte direta ou indiretamente de um ato positivo ou negativo praticado pela própria vítima, sabedora do resultado causado." Para o autor, as pessoas que estudam suicídio como caso isolado, não irá encontrar o que deseja, pois é algo exterior ao indivíduo e por isso, o suicídio é um fato social. Suicídio Egoísta: A intensidade que você vive dentro dos seus grupos de convivência diminui o risco do suicídio, na qual, desintegrando-se do grupo, as regras de conduta do homem passa a depender só de si próprio. Suicídio Altruísta: O suicídio é visto então como um dever que, se não for cumprido, é punido pela desonra, perda da estima pública ou por castigos religiosos. O ego das pessoas não pertencem aos grupos. Suicídio Anômico: Desintegração social por não cumprir as normas. A sociedade deixa de estar presente o suficiente para cuidar das paixões individuais.
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