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Fundamentos de Físico-Química Prof. Danilo Rodrigues de Souza Gabinete 28 – Pavilhão 2 danilo.souza@ufob.edu.br 1 1. Conceitos básicos de termodinâmica Lei zero Primeira Lei Segunda Lei e Terceira Lei Conteúdo programático 2 2. Equilíbrio químico Energia de Gibbs de reação Reações em equilíbrio e constante de equilíbrio Resposta do equilíbrio às condições do sistema; 3 3. Termodinâmica dos líquidos e soluções Propriedades de líquidos: pressão de vapor, mudanças de estado físico, diagrama de fase de substâncias puras; Propriedades termodinâmicas de soluções: soluções de gases em líquidos, lei de Henry, solução ideal, lei de Raoult, desvios do comportamento ideal. 4 Propriedades coligativas: elevação da pressão de vapor, elevação ebulioscópica, abaixamento crioscópico, osmose; 5 4. Cinética química, velocidades das reações químicas. Conceitos básicos: lei de velocidade e constantes de velocidades, ordem de reação, determinação das leia de velocidades, método diferencial e método de integração, meia-vida; Efeito da temperatura, os parâmetros de Arrhenius; Catálise 6 7 1º Prova dia – /02/2015 2º Prova dia – /03/2015 3º Prova dia – /04/2015 Avaliação 8 Bibliografia 1. ATKINS, P.; PAULA, J.; Físico-Química Vol. 1, 7º ou 8ª edição, LTC 2009. 2. BALL, D. W.; Físico-Química Vol. 1, 2005, 1º Edição, Thomson, 2005. 3. MOORE, W. J.; Físico-Química, Vol. 1, 4º Edição, Blucher, 1976. 1 LEI DOS GASES 10 AS PROPRIEDADES DOS GASES • Movimento aumenta com aumento da Temperatura • Moléculas muito separadas umas das outras • Trajetórias muito pouco perturbadas por forças intermoleculares 11 Estado físico : definido por propriedades físicas Estado de um gás puro: Volume que ocupa, V Quantidade de substância (número de moles) , n Pressão, P Temperatura , T Se três variáveis especificadas quarta variável fixada Equação de Estado: P = f ( T, V, n) O estado dos gases 12 Pressão 𝑝 = 𝐹 𝐴 [SI] = Pa 13 14 https://drauziovarella.com.br/hipertensao/casos-de-infarto-e-avc-aumentam-no-inverno/ Medida de Pressão P = Pex + r g h 15 (a) Tubo aberto ρ = Densidade (líquido) g = Gravidade local h = altura Barômetro desenvolvido por Torricelli, discípulo de Galileu. Propriedade que nos indica o sentido do fluxo de energia através de uma parede termicamente condutora. 16 Temperatura Fronteira adiabática não há transferência de calor. Equilíbrio térmico. 17 18 Lei zero da Termodinâmica 19 T(K) = T(oC) + 273,15 o Construídos pela diferença de temperatura entre a água em ponto de fusão e ponto de ebulição. o Como líquidos diferentes expandem em temperatura diferentes, utilizou-se uma escala padrão, a medida em Kelvin. o Utilizou-se um gás para se medir a escala de temperatura, conhecida como escala de temperatura termodinâmica. 20 A Lei do Gases o Lei do gás perfeito: Leis de Boyle, de Charles e o Princípio de Avogadro. o A teoria cinética dos gases. o Misturas de gases. 21 A equação de estado de um gás em baixa pressão foi estabelecida pela combinação de várias Leis empíricas. PV = nRT Empírico: Experimental, prático 22 Leis empíricas Lei de Boyle P 1 / V À temperatura constante, a pressão de uma determinada quantidade de gás é inversamente proporcional ao seu volume. P 0 23 Lei de Charles, Gay-Lussac (a Pressão Cte) (a Volume Cte) V = Cte x T P = Cte x T 24 Volume molar: Vm Vm = V / n Princípio de Avogadro: “Volumes iguais de gases, nas mesmas condições de temperaturas e pressão contêm o mesmo número de moléculas” V = constante x n (P e T constantes) 25 P V = cte V = cte x T P = cte x T V = cte x n PV = cte x nT A constante de proporcionalidade é independente da identidade do gás 26 Lei dos Gases perfeitos ou ideais 27 P V = n R T Volume molar Vm Condições normais ambientes de temperatura e pressão (CNATP) T = 298,15 K P = 1 bar (105 Pa) 1 m molL789,24 1 15,298x08314,0 P RT V Condições normais de temperatura e pressão (CNTP) T = 0o C = 273,15 K P = 1 atm 1 m molL4,22 1 15,273x082,0 P RT V Superfície de estado dos gases 28 Transformações isotérmicas Transformações isobáricas Transformações isométricas Equação combinada dos gases 29 O modelo cinético dos gases Simulação Lei de Boyle: P α 1/V explicação molecular A pressões baixas as moléculas estão tão afastadas umas das outras, que em média não exercem influência entre si. Logo o deslocamento das moléculas ocorre independentemente. Lei de Charles V α T explicação molecular 30 31 A partir de poucas hipóteses do modelo cinético, pode ser deduzido (em outra oportunidade) que a relação entre pressão e o volume de um gás é expressa na equação abaixo: 𝒑𝑽 = 𝟏 𝟑 𝒏 ∗ 𝑴.𝑴.∗ 𝒄𝟐 n = nº de mols M.M. = massa molar das moléculas c = velocidade média das moléculas Se PV = nRT 𝒄 = 𝟑𝑹𝑻 𝑴.𝑴. 𝟏 𝟐 Moléculas mais pesadas deslocam-se mais lentamente! 32 33 • A extensão dos desvios do comportamento ideal é introduzida pelo fator de compressibilidade. • A equação do virial é uma extensão empírica da equação dos gases perfeitos que descreve o comportamento dos gases reais em uma ampla faixa de condições . • As isotermas de um gás real levam ao conceito de pressão de vapor e comportamento crítico. • Um gás pode ser liquefeito somente pela aplicação de pressão se sua temperatura for igual ou menor que sua temperatura crítica. 34 Interações entre as moléculas gasosas Forças de atração Forças de repulsão Interações de curto alcance distancia inter-molecular pequena Pressão alta Alcance relativamente grande pressões moderadas Gases reais exibem desvios em relação à Lei dos Gases Perfeitos, por causa das forças intermoleculares. Repulsão: distância pequena atração: distância intermediária nula: distância muito longa Interações intermoleculares ∆T pode influenciar as interações. P 0, gás que ocupa volume grande comporta- se como gás ideal P . moderada, prevalecem as forças atrativas. P. Elevada prevalecem as forças repulsivas. 35 Simulação 0 m m V V perfeitogásumdemolarvolume gásdomolarvolume Z RT PV Z m como P RT Vom Fator de compressibilidade: Z 36 37 Quando p 0, logo todos os gases Z 1 (gases ideais). Z = 1 Pressões elevadas todos os gases possuem Z >1. Forças repulsivas dominantes. Pressões intermediárias todos os gases possuem Z < 1. Forças atrativas dominantes. T = 0 ºC 38 Coeficientes do virial (variação de temperatura) Em volumes molares elevados (P 0) e temperatura elevadas, as isotermas dos gases reais pouco diferem das isotermas do gases perfeitos. 39 40 Z Coeficientes B e C que variam em função da temperatura, são conhecidos como coeficientes do virial. O terceiro coeficiente (C) é usualmente menos importante que o segundo (B), pois em geral tem-se: C/Vm 2<< B/Vm. 40 PVm = RT (1 + B’p + C’p 2 + ....) Segundo coeficiente virial, B(cm3/mol) Gás 273 K 600 K Ar -21,7 11,9 CO2 -149,7 -12,4 N2 -10,5 21,7 Xe -153,7 -19,6 Como muitas propriedades de um gás dependem das derivadas, as propriedades dos gases reais nem sempre irão coincidir com as do gás ideal nas pressões baixas. 41 Temperatura de Boyle Para a temperatura de Boyle, o gás tem um comportamento ideal num intervalo maior Deve haver uma temperatura em que B 0. 42 Exemplos de temperaturas de Boyle Gás Ar CO2 He N2 TB/ K 346,8 714,8 22,6 327,2 TB/ oC 73,6 441,6 -25054 43 Condensação 44 A pressão, quando o líquido e o vapor estão presentes em equilíbrio, é chamada de PRESSÃO DE VAPOR DO LÍQUIDO na temperatura da experiência Isotermas do CO2 ABC: aumento de P a T = cte Em C : • deslocamento do pistão sem aumento de P • aparecimento de uma gota de líquido • equilíbrio líquido/gás CDE: quantidade de líquido aumenta, não há ΔP, pois ocorre condensação. Tc, não se difere os estados físicos: L/G. E: Amostra inteiramente liquefeita EF: Para que haja redução de V. é preciso altas pressões. 45 46 Acima da Tc a amostra ocupa uma única fase ocupando todo o volume do recipiente e não se forma líquido. Por ex. O2(g) possui Tc = 155 K isso quer dizer que acima dessa temperatura é impossível produzir O2(l). A fase gasosa que é formada acima da Tc possui densidade acima do normal para gases. É conhecida como fluído supercrítico. 47 “O interesse pelos sistemas envolvendo fluidos supercríticos na área farmacêutica cresceu muito nos últimos anos impulsionado pelas suas aplicações na geração de produtos para uso alimentício, cosmético, terapêutico e analítico. Sem dúvida nenhuma, a área de maior crescimento em aplicações dos fluidos supercríticos foi a indústria farmacêutica. Como exemplo podemos citar a análise de antibióticos, antifúngicos, benzodiazepínicos, sulfonamidas, tocoferóis e esteróides (CARRILHO et al., 2006).” Fonte: http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/8mostra/3/335.pdf 48 Fonte: http://www.oleosessenciais.org/metodos-de-extracao-de-oleos-essenciais/#Fluidos_Supercriticos 49 Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X1996000200006 50 Equação de van der Waals • A equação de van der Waals é um modelo de equação de estado para um gás real expresso em termos de dois parâmetros, correspondente às atrações e outro às repulsões moleculares. • Descreve as características reais do comportamento dos gases reais, incluindo o comportamento crítico. • As propriedades dos gases reais são correlacionadas exprimindo- se suas equações de estado em termos de variáveis reduzidas. • As equações do virial fornecem informações objetivas sobre o gás. A eq. de van der Waals dá uma visão mais geral, embora seja menos precisa. p = nRT V - nb a- n V 2 Equações de estado virial só proporcionam informações objetivas sobre o gás quando se inserem os valores particulares de coeficientes. J. D. van der Waals propôs uma equação de estado aproximada, que é válida para todos os gases, porém menos precisa. 51 52 Esses parâmetros estão relacionado com propriedades físicas como temperatura crítica, pressão de vapor e entalpia de vaporização. Que refletem a intensidade das forças intermoleculares. As constantes a e b são chamadas de coeficientes de van der Waals. O valor de a representa a intensidade das interações atrativas, e o valor b, as interações repulsivas entre as moléculas. Os coeficientes de van der Waals são característicos de cada gás e independentes da temperatura. 53 54 A correlação entre a eficiência de um gás como anestésico e o parâmetro a de van der Waals. A pressão isonarcótica é a pressão necessária para produzir o mesmo grau de anestesia. O efeito das interações atrativas pode influenciar na pressão de maneira a reduzi-la. Devem ser considerados, choques que atingem as parede do recipiente e redução das forças de colisão. 55 56 57 Característica da equação de van der Waals • Nos trabalhos de grande exatidão envolvendo gases, a equação do virial é indispensável. • A vantagem da equação de van der Waals, é ser analítica e possibilitar a obtenção de algumas conclusões gerais sobre o comportamento dos gases. • Quando a equação falha, temos que usar outra equação de estado, ou voltar para a equação do virial. 58 59 Superfícies de estados possíveis Oscilações são impossíveis pois ↑ P ↑ V 60 61 62 Construções de Maxwell 63 64
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